Fanfics Brasil - Capítulo 17 Cicatrices Portiñon (Finalizada)

Fanfic: Cicatrices Portiñon (Finalizada) | Tema: RBD Anahi e Dulce Maria


Capítulo: Capítulo 17

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-Eu não quero que você deixe de ser quem você é – para em frente à Dulce – Por mais que seja difícil aceitar, por mais que eu não entenda e ainda não aceite que você goste de mulheres – respira fundo – Como sua mãe disse o amor dos pais por seus filhos é incondicional. Quando você nasceu eu prometi que faria de tudo para fazê-la feliz, que a protegeria de tudo, que a amaria sempre. Sei que falhei com algumas dessas promessas, mas – encara Dulce – Estou disposto a cumprir com cada uma delas novamente se você me aceitar como seu pai – termina de falar, não controlando mais o choro.
-Vo…você está me pedindo perdão é isso? – pergunta Dulce emocionada.
-Sim filha. Estou pedindo perdão a você e a sua mãe – encara a esposa  - Sei que falhei com você, que me tornei um marido duro, ausente, mas prometo que voltarei  a ser aquele Carlos por quem você se apaixonou – acaricia o rosto da esposa e em seguida fita Dulce – E serei o seu pai – limpa as lágrimas dos olhos da filha – Vocês me aceitam?
-Sim – as duas falam chorosas e levantam para abraçar Carlos. Os três permanecem abraçados por um bom tempo, até serem interrompidos por um furioso Rodrigo que entra na sala sem ser anunciado.
-Que lindo! – diz sarcástico – Que família mais unida eu tenho.
-Quem te deu autorização de entrar na minha sala sem ser anunciado? – pergunta Dulce brava.
-Preciso ser anunciado para entrar na sala da minha irmãzinha? – pergunta Rodrigo com certa ironia.
-O que você quer? – pergunta Dulce sem paciência.
-Só quero deixar claro que não deixarei que você dê o dinheiro da nossa família para instituições de caridade – fala bravo.
-O dinheiro não é da “sua” família – fala irônica – O dinheiro é meu, eu o herdei e faço com ele o que eu quiser – o desafia com o olhar.
-Você não pode acabar com a empresa, ela não é só sua - grita com raiva.
-Eu sei que ela não é só minha, mas sou a sócia majoritária e a presidente. Se você não quer perder a empresa, junte-se com a “sua família” – fala o último com ironia na voz - e me faça uma proposta, quem eu mudo de idéia e vendo para vocês, mas – ri – Nem juntando todas as economias de vocês, vocês conseguiram comprar a minha parte, e eu nem sei se venderia para vocês.
-Sua idiota – grita Bravo – Você sempre que tudo para você. Primeiro roubaste toda atenção dos nossos pais quando nasceu depois que se assumiu lésbica tomou toda a fortuna da nossa família fazendo a cabeça da vovó – fala com rancor.
-Eu não roubei nada de você seu idiota – grita Dulce – Você que sempre foi invejoso. A vovó me deixou tudo, pois julgava que vocês não eram merecedores de estarem no comando desta companhia, por isso não fale o nome da MINHA AVÓ em vão, muito menos para julgá-la – se levanta – Você tem raiva de mim porque quando eu nasci os nossos pais me paparicaram demais, mas você já parou para pensar que você é o filho mais velho? O orgulho? O varão que o papai sempre quis?  - pergunta encarando Rodrigo – Não nisso você nunca pensou. Sabe por quê? Porque na verdade você não se importa nem um pouco com a família, você assim como todos os outros só se preocupam com o status social e o número de zeros na conta bancária. Eu roubei os nossos pais? Que ironia! Todos esses anos o que eu menos tive ao meu lado foram meus pais – se emociona ao falar isso, mas não perde a postura – Todos esses anos você os teve para si, mas aproveitastes? Não. Você só estava interessado em gastar o dinheiro da nossa família em carros importados, mulheres e sabe se lá que outras coisas – pausa – Não venha querer tirar satisfações comigo, ou tentando fazer com que valha sua vontade. Nesses anos que assumi a herança e o comando da empresa, nunca, escute bem NUNCA fiz nada que prejudicasse a “sua família”. Todos vocês receberam aumentos, todos vocês acionistas receberam seus devidos lucros que não foram poucos, por isso não venha me desafiar, pois você não sabe onde está se metendo – o fuzila com os olhos –Não sou mais aquela adolescente idiota que você ameaçava o tempo todo. Você nunca teve um bom caráter Rodrigo, você sempre teve inveja de todos, você chegou ao ponto de seduzir a mulher que eu amava com loucura na adolescência e levá-la para cama só para me fazer mal – deixa uma lágrima cair dos seus olhos – Eu não te roubei nada, muito menos o amor dos nossos pais, quanto ao dinheiro, já disse que ele é meu, e eu faço com ele o que eu quiser nem você, nem ninguém vão poder fazer nada para mudar isso. E se tentarem fazer já sabem que a empresa será vendida e que todo o dinheiro será doado para instituições de caridade, aí sim você vai ter um motivo para me odiar, porque eu serei a responsável pela ruína de “sua família”.
-Eu posso ser o filho mais velho, posso ser o varão da família, mas você sempre foi a princesinha. Mesmo depois de tudo que você fez, se assumindo como lésbica não deixou de ser orgulho para eles – apontam para os pais – Pensa que eu não sei papai? – se vira para o pai – Que você contratou um detetive que lhe dava informações de Dulce, que ficaste orgulhoso quando ela se formou em administração e fez MBA? Era só comparações  - ri com ironia – Ela já se formou em moda e está cursando administração, enquanto você está por aí se divertindo e torrando o nosso dinheiro com irresponsabilidade.
-Eu já disse que seu problema é que você tem inveja de tudo àquilo que eu conquistei. Não me culpe pelas coisas que te acontecem, ou pelo que você deixou de ganhar. Você é o único responsável pelo andamento de sua vida, se ao invés de guardar todo esse rancor e essa raiva de mim você se esforçasse para provar para eles – aponta para os pais – e para todos os outros que você é capaz, você seria melhor do que eu - o encara – Se é isso que você tanto deseja. Eu já disse um milhão de vezes e repito, não tenho interesse em nada do que é seu por isso não venha querer se meter no que é meu.
-Provar que sou melhor que você? – ri – Você acha que isso adiantaria? Você só pode está brincando comigo. Agora que vocês fizeram as pazes é que eu vou ficar de lado mais uma vez. Dulce Maria Saviñon a promissora estilista, dona de uma grife e uma rede de lojas que está se tornando influente no mundo da moda – fala tudo de forma irônica – Além de ter a fortuna dos Saviñon em suas mãos você conquistou a sua própria fortuna sozinha, aos 28 anos, você é multimilionária.
-Sim sou multimilionária como você falou, mas todos esses anos a única coisa que eu queria o dinheiro não podia comprar – olha para os pais – Eu não sou perfeita Rodrigo, nem tento ser, sou um ser humano como outro qualquer – dá os ombros – A única diferença entre nós além do sexo é que enquanto você fica alimentando um ciúme e uma raiva gerada com o meu nascimento que te impedem de viver, eu mesmo não tenho os meus pais ao meu lado, ter o ódio de toda a minha família segui em frente, pois eu queria ter o meu espaço, não só pelo dinheiro e sim para provar para todos, que eu não sou acomodada. Que mesmo sendo herdeira de uma fortuna, eu não me acomodei.
-Sim. Você sempre tem que ser perfeita.
-Rodrigo, eu não vou perder o meu tempo discutindo com você, não lhe devo satisfações, as satisfações que devo a você é nas reuniões semestrais, onde são prestadas as contas aos demais acionistas. Se você quer continuar com esse ciúme e raiva medíocre o problema é seu – pega sua bolsa no braço da cadeira – Só te aviso uma coisa: Não seja burro como o seu tio Bernard, pois os únicos prejudicados se algo venha a me acontecer serão vocês – se vira para os pais – Eu vou procurar minha namorada, estou morrendo de dor de cabeça, preciso descansar.
-Você está hospedada em que hotel? – pergunta Carlos.
-No The Ritz.
-Por que não fica conosco? – pergunta a mãe.
-Já tenho reserva para uma semana lá – faz uma careta – E nem eu, nem a Annie nos sentiríamos bem lá. Por mais que eu e o papai estejamos de bem não quero forçar essa aproximação – olha para o pai – Quero que tudo aconteça naturalmente.
-Sabes que sempre será bem vinda a nossa casa – diz Carlos.
-Eu sei – sorri para o pai – Mas prefiro ficar no hotel, lá tenho mais liberdade para ficar com a minha namorada.
-Como queira minha querida – diz Blanca com voz carinhosa – Mas virá almoçar conosco no domingo.
-Ok – ri Dulce – Assim eu me despeço de vocês, pois iremos embora segunda-feira.  Iremos à Londres tratar de alguns assuntos – diz Dulce não entrando em detalhes.
Ela se despede dos pais e vai procurar Annie, como não a encontra liga para o celular do tio:
- Tio, onde vocês estão?
-Estou com Annie no jornaleiro, a sua namorada queria comprar algumas revistas – ri Ryan.
-Ela e sua mania por revistas – ri Dulce – Pergunta se ela quer sair para almoçar.
-Annie – chama Annie que está distraída vendo algumas revistas de moda.
-Oi?
-Dulce está perguntando se você que sair para almoçar – diz entregando o telefone celular.
-Oi Dul!
-Oi linda! Você que sair para almoçar?
-Almoçar Dul? – ri – Já são quase 4 da tarde.
-É verdade – diz olhando para o relógio do outro lado da linha – O que você acha de comermos alguma besteira, e a noite sairmos para jantar?
-Por mim tudo bem.
-O que você quer comer?
-Qualquer coisa.
-Qualquer coisa não tem – ri.
-Sua boboca, por mim tanto faz, só não pode ser fritura.
-Estou descendo com os homens de preto, peça ao meu tio para trazê-la de volta.
-Ok!
*Rio de Janeiro*
-Oi Bertha!
-Oi Ângela! – sorri – Entre – fala dando passagem para Ângela.
-Tem noticias das meninas?
-Sei que chegaram bem, mas não sei como estão as coisas lá.
-E como vão as coisas na cobertura de Dulce?
-Uma loucura – ri – Estou deixando as arquitetas doidas.
- Imagino.
-Dulce me deu carta branca, então estou dando uma de madame, eu escolho e ela paga – faz cara de criança arteira – Tem uma equipe grande trabalhando, a arquiteta disse que em 10 dias entrega a cobertura, decorada e reformada.
-Com dinheiro se constrói uma casa em uma semana.
-Dinheiro não compra felicidade, nem amor, mas nos dá um bom conforto – ri.
-Estou muito feliz com essa relação da minha filha com Dulce. A Annie nunca trouxe um namorado desde o - pausa.
-Não se preocupe – encara Ângela - a Annie já contou a minha menina tudo sobre o seu passado, e a minha menina contou-me em forma de desabafo.
-Eu tenho medo de que isso seja apenas uma fase da Annie – diz Ângela tristemente – tenho medo de que ela magoe a Dulce. A Annie ás vezes é uma menina doce, alegre, mas em certos momentos ela se transforma tornando-se uma menina triste e isolada.
-Não se preocupe se eu não me engano aquelas duas estão começando a se apaixonar uma pela outra – sorri – Minha menina também tem os seus problemas como: Não acreditar no amor. Assim como ela ajudou a Annie nesse trauma que ela tem, a Annie nesse momento a está ajudando com um trauma que ela sofre há anos: O preconceito de sua família.
-Você sabe em que hotel elas estão hospedadas?
-Sim – levanta-se – Estão no The Ritz – Pega um bloco de recados – Aqui está o número da suíte e os telefones do hotel.
-Obrigada!
-De nada.
Bertha e Ângela conversam algumas amenidades, falam um pouco de suas “filhas”, filhas porque Bertha considerava Dulce como sua filha.
Durante toda a semana Dulce levou Annie para conhecer todos os pontos turísticos de Madrid, as duas estavam cada vez mais unidas, conversavam sobre muitas coisas. Os pais de Dulce estavam encantados com Annie, até mesmo Carlos que era fechado no começo, caiu nos encantos da bela loirinha de olhos azuis que agora estavam menos tristes. Carlos e Blanca acompanharam as duas em alguns passeios como: a ida ao teatro, e um jantar em um dos melhores restaurantes de Madrid. Annie e Dulce evitavam trocar carícias ou beijos na frente de Carlos e Blanca. Elas os respeitavam muito.
O namoro das duas ia de vento em poupa. Dulce mimava Annie todo tempo, ela se sentia na obrigação de protegê-la.  Até o presente momento as duas não haviam ido além de caricias inocentes, por mais que ambas sentissem vontade de estarem uma com a outra de forma mais intima, queriam que fosse no momento certo e no lugar certo. Podia parecer besteira já que ambas eram adultas e não eram mais virgens, mas para elas as coisas não funcionavam dessa maneira. Dulce queria que a primeira vez dela com Annie fosse mágica e inesquecível que fosse como a primeira vez dela, podia parecer maluquice, mas ela queria a entrega total de Annie. Como se fosse à primeira vez dela, já que sua primeira vez foi tão traumatizante.
“Sinto que estou me libertando, sei que já me senti assim tantas outras vezes. Mas agora é diferente, chego a pensar que tudo é um sonho e que a qualquer momento vou acordar e viver todo aquele pesadelo. Dulce é maravilhosa. Ela é carinhosa, atenciosa, me mima muito. Não sei se ela era assim com as outras namoradas delas, ou se é só comigo. Tenho medo de magoa - lá, queria poder perder esse medo, mas ás vezes é tão difícil. Em algum lugar desse mundo está minha filha. Será que ela é feliz? Será que ela recebeu o amor que eu neguei? São tantas coisas que passam pela minha cabeça, tantos sentimentos confusos e contraditórios. Queria poder ter o poder de apagar o passado, de viver o presente livre desses fantasmas do passado. Não é que eu queria esquecer minha filha se é que posso chamá-la assim, não sei o que acontece, quero tanto encontrá-la para pedir-lhe perdão, mas ao mesmo tempo tenho medo. Não estou preparada para lidar com uma rejeição. Ela é uma menina de 10 anos, não sei nada dela, nem ao menos conheço o seu rosto. Como posso chegar em frente a ela e dizer: Oi sou a mulher que te abandonou, queria que me perdoasse, mas eu não estava preparada para ser mãe. Isso seria no mínimo ridículo, mas o que eu vou falar? Como explicar que a abandonei porque o seu “pai” me violentou me deixando com um trauma que eu nunca mais esquecerei? E que ela me lembrava isso e por isso a abandonei. Céus! Por que tudo é tão difícil? Será que eu nunca vou poder ser feliz? Estou com medo de que Dulce se canse de mim, sei que ela se excita quando nos beijamos, que se segura ao máximo para não avançar o sinal. Eu também quero muito fazer amor com ela.  Pera aí! Fazer amor?  Nossa! Nunca pensei dessa maneira: Fazer amor: Soa Bonito. Não é amor o que eu sinto por Dulce, nos conhecemos há tão pouco tempo, mas ela me transmite e já demonstrou que é de confiança. Gosto dela, gosto de estar com ela, gosto dos seus beijos, gosto de suas carícias, de sua companhia. Mas ainda não sinto amor, Na verdade tenho medo de senti-lo, por mais que saiba que Dulce é totalmente diferente do Poncho ainda tenho receio de me entregar completamente a essa relação, sei que estou sendo errada, mas é mais forte do que eu. Ás vezes dá vontade de chegar para a Dulce e terminar tudo, mas eu não quero. Droga! Eu sou tão complicada, sinto vontade de me dar um soco. Deus! Ajuda-me com essa cicatriz, a cura-lá de uma vez por todas. “Eu quero ser feliz, eu quero voltar a ser a Annie sem medos, quero esquecer o passado, por favor, me ajude, me ajude a superar tudo isso”.
Annie terminar de escrever em seu diário de desabafos.
Dulce sai do banho e o telefone toca.
-Alô!
-Oi Menina desnaturada – diz Bertha fingindo-se de aborrecida.
-Báaaaaaa! – grita Dulce animada – desculpe por não ligar, mas é que estes dias foram simplesmente assustadores.
-Como que assustadores? Algum problema? – pergunta preocupada.
-Não – ri – É que Annie, minha mãe, meu pai e eu estivemos saindo quase todos os dias e por conta do fuso horário não dava para eu te ligar.
-Escutei bem? Dissestes sua mãe e seu pai? – pergunta Bertha com voz risonha.
-Sim Bá – dia Dulce contente – Eu fiz as pazes com os meus pais – ri – Ai bá! Queria tanto que você estivesse aqui comigo para compartilhar tudo isso, ás vezes parece que estou sonhando – suspira feliz – O meu pai adorou a Annie, eles ficam horas conversando, sobre o que eu não sei, pois quando os dois começam, minha mãe e eu saímos para conversar – ri.
-Não sabes o quanto me deixastes contente. Eu lhe disse que era só questão de tempo para que seus pais se dessem conta que você continua sendo a garotinha deles, só que gostando de mulheres – diz Bertha com certa emoção na voz.
-Apesar de tudo o que eu sofri durante todos esses anos eu estou feliz em tê-los de volta – fala feliz.
-Liguei para saber como as suas mocinhas estavam e para avisar que dentro de 3 dias entregaram a cobertura.
-Já? – pergunta surpresa.
-Sim – ri Bertha – Tem quase 20 pessoas envolvidas na reforma, vai lhe custar uma pequena fortuna.
-Não tem problema com tanto que fique bonito – ri Dulce do outro lado da linha.
-Está ficando lindo. As Amigas da Annie são muito competentes.
-Sei - faz voz de desdém.
-Por que essa voz? – pergunta Bertha já imaginando a resposta.
-Nada – tentando disfarçar a pontinha de ciúmes que surgiu ao lembrar-se da maneira que as amigas de Annie a tratavam.
-Sei senhorita ciúmes – ri Bertha – deixe de ser besta Dulce. Annie está com você e namorando – frisa o namorando – Você sabe que se tratando da Annie e de todo o seu passado isso é no mínimo uma honra, já que ela afastou todas as pessoas que tentaram ter algo sério com ela.
-Eu sei bá, mas é que é impossível não se sentir insegura – fala triste.
- O que está acontecendo? – pergunta preocupada por ter notado a tristeza na voz de Dulce – Vocês brigaram?
-Não. Está tudo perfeito, mas é que eu tenho medo de que ela me abandone bá – diz tristemente – Eu já estou completamente apaixonada por ela – confessa – E eu não me sinto segura nessa relação. A Annie é de altos e baixos - pausa – Por que eu fui me apaixonar por ela Bá? – pergunta Dulce já com a voz embargada pelo choro.
-Oh minha menina! Sei o quanto estás insegura com esse passado de Annie, mas como já lhe disse precisas ser paciente – fala com voz mansa demonstrando afeto – Tudo é muito complicado para essa menina. Ela foi estuprada, ferida, violentada sexualmente e fisicamente por uma pessoa que ela amava com loucura. É normal que ela se sinta insegura agora, tudo está acontecendo rápido demais entre vocês duas. Você se apaixonou por Annie porque ela é merecedora seu coração minha menina.
- Eu estou tentando bá, não vou cobrar nada dela – dá um suspiro aflito – Só que eu não esperava me apaixonar tão rápido.
- No coração infelizmente nós não mandamos, mas quero que você se dê a oportunidade para essa relação, deixe suas inseguranças de lado. Você é inteligente o suficiente para saber que se a Annie está com você é porque no mínimo ela sente alguma – Dulce ouve com atenção cada palavra de Bertha – Sei que você já foi muito machucada pelas pessoas que você amou e que está com medo de que se machuque uma vez mais.  O amor não é para covardes e nem sempre é fácil.
-Eu sei Bertha. Tentarei afastar essas bobagens da minha cabeça.
-Sim. Agora me conte como está a situação por aí com sua família.
-Com meus pais está tudo bem. Meus irmãos nem chegam perto de mim, os restante tão pouco.
-O mais importante é que seus pais estejam do seu lado.
-Sim – sorri – O meu pai me defendeu Bá .
Dulce conta a Bertha tudo o que ocorreu na reunião e nos dias com os pais.
A semana em Madrid termina com saldo positivo. Os pais de Dulce prometem visitá-la em breve.
Bernard desistiu de todo o plano contra a vida de Dulce. Era uma guerra perdida. Não havia nada que ele e os outros pudessem fazer para recuperar a fortuna dos Saviñon.
Rodrigo estava furioso com a irmã mais nova, sempre tivera ciúmes de toda a atenção que Dulce recebia de seus pais quando eram crianças. Agora a fortuna de toda sua família estava nas mãos de alguém que não se importava nem um pouco com o os benefícios que o dinheiro proporcionava. Dulce apensar de ser multimilionária não esbanjava dinheiro, tampouco abusava de sua posição social o que deixava Rodrigo furioso porque este sempre se importou com tudo o que o dinheiro lhe proporcionava.
- Preciso pensar em alguma coisa, Dulce não pode doar toda a fortuna de nossa família para um bando de carentes que não saberiam aproveitar o dinheiro como se deve – pensa Rodrigo torcendo o nariz.


*Aeroporto internacional*


-Façam boa viagem minhas filhas - diz Blanca Abraçando Annie e em seguida abraça Dulce forte – Eu te amo! – sussurra no ouvido da filha – Nunca se esqueça disso – a aperta mais entre seus braços.
-Eu também te amo muito mamãe – se aconchegando mais nos braços da mãe.
- Annie – fala Carlos – Foi um prazer conhecê-la. Peço que cuide de minha menina – sorri para Annie – Qualquer coisa que precise pode contar comigo. Nos vemos em breve no Brasil – a abraça – Faça uma boa viagem – se afasta.
-Adorei ter conhecido vocês, os espero em breve no Rio de Janeiro – olha para Dulce que continuava abraçada com a mãe – Eu vou cuidar da sua menina, pode deixar – sorri para Carlos.
- Obrigado! – sussurra, em seguida vira-se em direção a esposa e a filha – Ei! Eu também quero me despedir da minha menina – fala em tom de falsa indignação, as duas sorriem e trocam um olhar cúmplice.
-Ela é toda sua mi amor – sorri Blanca.
-Filha – Abraça Dulce – Faça uma boa viagem – dá um beijo no alto da cabeça de Dulce – Se acontecer alguma coisa, se os seus tios, primos, ou o seu irmão Rodrigo tentar qualquer coisa contra você me avise imediatamente que tomarei providencias – se afastando do abraço – Não quero que nada lhe mal lhe aconteça meu amor – fala com a voz embargada de choro fazendo um suave caricia nos cabelos de sua menininha – Eu não me perdoaria se algo acontecesse com você por causa de dinheiro.
-Papai, eu ficarei bem, estou com uma equipe competente de guarda-costas – Dulce se sente explodir de felicidade por dentro ao notar todo o amor que seu pai sente por ela, sorri para ele – mas fique tranqüilo, acredito que eles não são malucos a ponto de arruinarem suas próprias vidas.
-Se cuide, sim?
-Pode deixar senhor Carlos – ri Dulce.
-Faça uma boa viagem – Dá um beijo na testa da filha.
Eles trocam um último abraço. Dulce e Annie seguem com os guarda- costas para o portão de embarque.


 


brunamachado: não a fic não é minha eu li e gostei e resolvi posta muito obg por ler e comentar. 


juju_simoess_: obg e comentar.



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Autor(a): Miaagron

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 48



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  • tryciarg89 Postado em 10/08/2024 - 01:30:04

    Linda essa fic,ameii

  • bellapilo Postado em 26/12/2014 - 02:11:34

    Você deveria ter me dado os Créditos, pois essa estória não foi você quem escreveu e sim eu no site Xana in box e depois no livre arbítrio. Sem mais, Belladonna. belladonnapilocarpina@yahoo.com.br

    • Miaagron Postado em 13/02/2017 - 16:45:46

      Oi, tudo bem? Bom amei a estoria Cicatrizes e gostaria de adapta-la para Camren( Camila Cabello e Lauren Jauregui) se você mim der a autorização vou dar total créditos de criação a você.

  • snuffyrj Postado em 27/10/2014 - 19:21:50

    Oi linda, acabei de ler sua fic e fiquei simplesmente encantada com a estória. Atualmente estou adaptando a fic "quebrando a rotina clanessa" e gostaria de pedir sua autorização para adaptar sua fic para clanessa (Clara e Vanessa do BBB14). Claro que os créditos da fic serão seus, não se preocupe... Se puder me adciona no twitter @naretapasamio ou pelo e-mail snuffy@bol.com.br Fico torcendo pela sua autorizaçao. Obrigada e mais uma vez parabéns pela excelente fic.

  • justin_rbd Postado em 01/06/2014 - 20:35:52

    li a fanfic e amei ,mt boa !!!!

  • vverg Postado em 11/05/2014 - 17:43:27

    Olá. Li a fic em dois dias. Adorei a estoria. Envolvente e interessante.. *_*

  • juliapuente Postado em 28/09/2013 - 10:43:32

    lindaa web *-* amei

  • chavinonyportinon Postado em 27/09/2013 - 19:07:55

    web mt mt mt linda, adorei =)

  • sarah_gilbert Postado em 26/09/2013 - 12:48:09

    Adorei essa web. Perfeita!

  • brunamachado Postado em 25/09/2013 - 01:55:58

    MUITO LINDO O FINAL,AMEI SUA FIC,FOI MUITA LINDA,TEREI SAUDADES

  • juju_simoess_ Postado em 25/09/2013 - 01:43:02

    Muitoo boa essa Web! Gostei muito de ler ela! Sentirei falta. E essa declaração da Annie foi emocionante, simplesmente perfeita!


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