Fanfic: FatWilly, amor em triângulos | Tema: William Bonner e Fátima Bernardes

 William estava furioso. A cada sinal vermelho, bufava com mais força. Até mesmo os minutos, que demoravam 60 segundos pra passar, incomodavam William.

 O trânsito não ajudou em nada e William chegou a redação quase uma hora depois. Ele não era mais o mesmo; não cumprimentou ninguém que viu, não foi capaz de dar um sorriso à ninguém e era como se não soubesse dizer "licença" e "obrigado".

 Subiu as escadas rapidamente e abriu a porta de Carlos, sem ao menos bater. Quando viu aquele homem, imaginou o que Fátima sentira.

 - William! O que faz aqui a essa hora? - disse Carlos, com uma receptividade sínica.

 William partiu pra cima de Carlos sem dizer nada. Apenas cerrou os pulsos e grudou as duas mãos no colarinho de Carlos, o jogando no chão.

 - William, para! O que é isso? Vá embora.

 William parecia não ouvir. Carlos estava deitado no chão e William só sabia lhe bater. Uma das mãos permanecia serrada no colarinho e a outra deixava o rosto de Carlos roxo, com os tamanhos golpes grotescos de William.

 Carlos não era capaz de se defender, o que possibilitava a William um maior prevalecimento.

 Enquanto golpeava seu rosto, cuspia juntamente. Carlos tentava gritar, mas a cada nova tentativa, William lhe golpeava com maior voracidade. Parecia que aquilo o satisfazia. Mas ainda não era suficiente. Ele levantou e começou a chutar o corpo de Carlos. Começou pelas pernas, depois para a barriga, até chegou onde Carlos mais temia. Cobriu, imediatamente, com as mãos e suplicou que William parasse.

 - O QUE EU DEVIA FAZER COM VOCÊ É ALGO MUITO PIOR. - disse William, abrindo o jogo.

 - VOCÊ TÁ MALUCO? EU VOU DEMITIR VOCÊ. PARE!

 - DEMITA! FAÇA ISSO E VOCÊ  VERÁ QUEM SERÁ PRESO POR ESTUPRO! - dito isso, William cuspiu mais uma vez.

 Voltou ao rosto de Carlos e tornou a golpeá-lo, fortemente.

 - VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE FEZ COM A MINHA MULHER? EU DEVIA MATAR VOCÊ!

 - AQUELA VAGABUNDA?

 E William não se conteve. Com maior força, golpeou o rosto de Carlos, que já sangrava há um tempo. Chutou todo o corpo de Carlos, enquanto o cuspia. Bateu tanto que chegou a quebrar-lhe o nariz.

 - VOCÊ É UM IDIOTA! A FÁTIMA ME PEDIU PARA QUE FIZESSE ISSO COM ELA.

 - EU CONHEÇO A MULHER QUE TENHO!

 - E DESDE QUANDO ELA É SUA MULHER?

 - DESDE QUANDO EU SEI O QUÃO FRÁGIL ELA É. AGORA QUE SEI QUE ELA PRECISA DE MIM - e alguns outros jornalistas chegaram a sala, pois ouviam os gritos. - NUNCA MAIS VOU DESGRUDAR DELA! A PARTIR DE AGORA, NÓS ESTAMOS CASADOS. E QUANTO A VOCÊ, EU ACHO QUE SABE ONDE VAI PARAR. - e William voltou a lhe bater.

 As outras pessoas que estavam ali também começaram a gritar, a tentar parar com a briga, porém era em vão.

 William levantou Carlos e o arrastou até a mesa. Bateu com as costas dele na mesa, até ele amolecer as pernas. Quando percebeu que ele já não tinha mais forças, o arremessou contra a parede, deixando o cair no chão. Vê-lo sangrando não era tão bom, quanto imaginar a dor que ele estava sentindo. Apesar disso, William sabia que nada seria tão grave quanto o que ele fizera com Fátima.

 Foi até ele e tornou a lhe bater. Levou seu braço direito até as costas de Carlos e não parou enquanto não quebrou. Chutou-lhe tanto, mas tanto, que Carlos já não sentia mais as pernas, apenas as dores. Ele não estava satisfeito e voltou ao rosto do jornalista. A cada novo golpe, William cuspia mais e mais.

 Leandro, colega de Carlos, assim que chegou na sala e viu a cena, apartou a briga. Segurou os braços de William e tentou o acalmar, mas acabou apanhando também. Levou um duro golpe no rosto e saiu cambaleando.

 Outros jornalistas chamaram alguns seguranças e eles, então, conseguiram acalmar os ânimos. Seguraram William e ele não pôde fazer mais nada, exceto o que há muito queria.

 Lhe golpeou as `partes íntimas` de Carlos, fazendo o gritar de dor. Logo depois, cuspiu mais uma vez.

 - MEU AMOR E DA FÁTIMA ESTÁ MAIOR, MAIS FORTE E VOCÊ NADA PODERÁ FAZER. E UM DIA VOCÊ VAI PAGAR POR TUDO O QUE FEZ. - William parou e observou Carlos, deitado no chão, se contorcendo de dor. O olhou com um olhar de pena, pois por pior que fosse, ele era um pai de família. - Eu tenho pena dos seus filhos. Eles não mereciam um pai como você! - e saiu da sala.

 Todos que estavam ali não entendiam nada. Não sabiam o que pensar, o que falar, o que fazer. William saiu da redação calmamente, com a alma mais tranquila. Não era um homem violento, mas não conseguiria dormir sem antes fazer aquilo.

 Decidiu voltar para o hospital onde Fátima estava internada e antes passou em uma joalheria. Comprou um colar lindo, além de um anel dourado de brilhantes. Nada como amá-la para se sentir melhor!