Fanfic: FatWilly, amor em triângulos | Tema: William Bonner e Fátima Bernardes

 William ainda estava com Fátima no quarto, quando o médico chegou.

 - Com licença... - e entrou.

 - Olá doutor! O senhor tem alguma novidade?

 - Não, nenhuma, por enquanto. É que, na verdade, eu preciso ficar a sós com a Fátima. Precisamos bater um papo, para ser possível um melhor diagnóstico! Por favor, espere lá fora.

 - Claro... - William deu um beijo em Fátima, sorriu e saiu dali.

 - Está tudo bem comigo, doutor?

 - É exatamente isso que quero ver!

 O médico tirou alguns aparelhos de dentro de sua maleta e começou a examinar Fátima. Pediu que ela sentasse e ficasse distante do travesseiro, para que ele pudesse verificar sua respiração. Logo depois, colocou um aparelho no braço esquerdo de Fátima para medir sua pressão.

 - Muito bem, Fátima! Vejo que a senhorita vai melhorar logo!

 - Ah! Obrigada, doutor.

 - Ergh... É senhorita ainda? - perguntou o médico, a perceber o anel no dedo de Fátima.

 - Ah! Sou, sim. Apesar de estar quase noiva! - e os dois riram.

 - Você o ama, não é mesmo?

 - Amo... E muito! Eu pensei, inclusive, que fosse gravidez...

 - É uma pena você não ter se tratado antes... Você poderia ter ficado muito pior!

 - Eu sei... O senhor não sabe como estou triste...

 O médico se aproximou e segurou a mão de Fátima. Ao vê-la, sentia uma espécie de tristeza em seu semblante.

 - A culpa não foi sua. É natural imaginar uma gravidez com esses sintomas!

 Fátima parou e observou a aparência do doutor. Branco, com as bochechas levemente coradas e de olhos azuis. O cabelo era moreno e bem aparado. A barba era bem feita e alguns fiozinhos grisalhos se tornavam notáveis.

 Sorriu docemente e acariciou a mão do médico, sem perceber.  Quando se deu conta do que estava fazendo, baixou a cabeça e retirou sua mão, rapidamente, da mão do médico.

 - Ergh... Qual é o seu nome? - perguntou Fátima, levemente desconcertada.

 - Fabiano. Fabiano Muniz, prazer! - ele sorriu e estendeu a mão para Fátima.

 - Fátima Bernardes!

 Os dois riram e a enfermeira chegou. Viu que os dois estavam bem próximos e deu um jeito de afastá-los. Entregou o horário dos plantões para o doutor e foi dar um remédio para Fátima. A avisou de que, em alguns instantes, lhe traria algo para comer, se despediu e saiu do quarto.

 O médico continuou ali, mas já teria que ir embora.

 - Bem, eu tenho que ir. Outra hora eu volto para examiná-la mais! Tome cuidado e procure não se agitar muito.

 - Pode deixar!

 O médico, por um instalo, lembrou que havia uma amiga de Fátima na sala de espera. Achou que fosse a fazer bem deixá-la entrar.

 - Tem uma moça na sala de espera, junto com o William. Você quer que eu mande ela entrar?

 - Por favor, faça isso.

 O médico sorriu e saiu do quarto, deixando Fátima sozinha. Foi até a sala de espera e disse à Márcia que Fátima a esperava. Márcia sorriu e foi até o quarto da amiga.

 - Fa?

 - Oi Márcia! Entra, amiga...

 - Tudo bem com você?

 Márcia entrou e as duas ficaram conversando. Fátima lhe contou do pedido de William e as amigas comemoraram. Tudo estava indo muito bem, até que Fátima sentiu, novamente, uma tontura.

 - Você está bem?

 - Não. Está tudo girando! - e por um momento, Fátima não sentiu mais seu corpo. Apesar disso, seu tornozelo começou a "gritar". - Márcia! Por favor, chame o médico...

 Márcia correu até o doutor e Fátima ficou sozinha no quarto, como se estivesse em uma roda gigante, de altos e baixos. Sentia um calor tremendo e a cama parecia mexer.

 O doutor chegou e correu até ela. Posicionou a mão sobre sua testa e percebeu que ela estava quente.

 - Fátima, o que você sente?

 - Estou com calor, tonta... Mas eu acho que já vai passar! - e Fátima apertou a mão do médico.

 William entrou no quarto preocupado, ao lado de Márcia. Quando viu Fátima segurando firme a mão do médico, baixou a cabeça e ficou temeroso. Não poderia perdê-la!

 - Como ela está, doutor? - perguntou William, preocupado com a "noiva".

 - Vai ficar bem... - e o médico pegou um comprimido para dar para Fátima. - Tome-o! - disse, entregando-lhe o comprimido.

 - Obrigada, doutor!

 Fátima tomou o comprimido e pediu para ficar a sós com William. Todos obedeceram e William ficou em pé, ao seu lado.

 - Pronto! O que você quer? - William estava sendo grosseiro.

 - Nossa! Obrigada por se preocupar comigo, William!

 - De nada, Fátima. Eu bem vi como você se sentia bem ao lado do doutor "gostosão" e então acho que você fica melhor com ele. Você não acha que basta um preocupado com você?

 - Acho. Eu acho que basta somente você preocupado comigo! William, francamente, ciúmes do doutor Fabiano?

 - Não. Ciúmes de você! - e William beijou Fátima, calorosamente. - Não vejo a hora de lhe levar para casa, pra poder te ter só pra mim!

 - Meu amor! Eu sou só sua, você sabe disso.

 - É, eu acho que sei... - e William a beijou novamente.

 Fátima sentiu falta de alguém com ela, naquele momento.

 - Os meus pais sabem que estou aqui?

 - Na verdade, não tive tempo de avisar.

 - O que você fez quando saiu daqui?

 - Fui acertar as contas com o Carlos.

 Fátima não entendeu nada. Engoliu a seco a última frase de William e pediu para ele lhe explicar o que havia acontecido. Detalhadamente e "puxando a sardinha" para o seu lado, William contou sobre a briga que tivera com Carlos.

 - Você precisava ver como aquele homem ficou! Ah! Fátima, como eu amo você!

 Os dois se beijaram novamente e ficaram conversando por um tempo, até que William percebeu que teria que ir para a redação, pois precisava trabalhar.

 Se despediu de Fátima e foi até a casa dos sogros. Contou para eles o que havia acontecido e os levou ao hospital. Aproveitou para dar um beijo em Fátima e foi para a redação. Quando chegou, cruzou com Juliana.

 - Fiquei sabendo o que aconteceu entre você e o Carlos. Você está morto!

 - Não. Morto vai estar ele se tornar a olhar para a Fátima! Agora, se você me dá licença...

 Juliana não deixou William passar. Segurou o braço do jornalista com força e o olhou com ternura.

 - Por favor, me desculpe. Eu juro que não era a minha intenção ir pra cima de você com aquele ardor todo! Eu não sei o que me deu...

 - Tudo bem, mas agora me solte.

 Juliana soltou seu braço e deu um sorriso modesto.

 - Conte comigo. Estou do seu lado!

 Ambos sorriram e William foi até seu camarim.