Fanfic: FatWilly, amor em triângulos | Tema: William Bonner e Fátima Bernardes

 Deu a hora do lanche e William saiu correndo pra pegar suas coisas. Mal abriu a porta de seu camarim e já estava com a pasta e com as chaves do carro em mãos.

 Saiu do seu camarim e correu ao de Felipe; entrou apressado.

 - O que o senhor quer?

 - Estamos na hora do lanche, não são necessárias formalidades.

 - Não parece.

 - Felipe, por favor.

 William olhou para Felipe como se estivesse pedindo auxílio.

 - Tudo bem. - e Felipe fechou a porta, abandonando as "armaduras". - Ela foi internada, mas vai ficar bem.

 - Então ela não está?

 - Não... O doutor Fabiano não falou nada pra mim, porque eu não fui ao hospital com eles, eu só sei que talvez seja grave.

 - GRAVE? - e William ficou preocupado com o estado de saúde de Fátima.

 - Eu não sei. Ela deitou na maca e assim que levantou, ele informou que seria necessário uma internação. Nada além disso.

 William sentou no sofá e apoiou os cotovelos nos joelhos e as mãos na cabeça.

 - Eu sou um monstro!

 - É, você é um monstro...

 - Eu não acredito que fui frio com a pessoa que eu mais amo nesse mundo depois dos meus pais! Sempre que eu preciso ela está do meu lado pra me apoiar, mas eu nunca apareço pra ela nos momentos ruins.

 - Pelo menos você sabe que errou!

 - Eu não acredito que fiz isso!

 - Mas afinal, por que você fez isso?

 - A Juliana me deu o conselho de - porém foi interrompido.

 - Como é?

 - A Juliana...

 - Você deu ouvidos a Juliana?

 - Ela - porém foi interrompido novamente.

 - Você esqueceu quem é ela e o que ela fez?

 - Claro que não! Mas...

 - Você não cuidou da Fátima, a mulher que você ama, somente porquê a Juliana disse que você não deveria?

 - Mas não foi bem assim.

 - Então como foi William?

 E William contou toda a história para Felipe, em todos os detalhes. Os dois estavam sentados no sofá, um ao lado do outro.

 - E foi isso.

 - E você acreditou nisso?

 - Eu to atordoado, Felipe. O que eu posso fazer?

 - Corre para o hospital! Faz isso e lute pelo seu amor!

 William levantou e Felipe deu o endereço do hospital a ele. Ele foi correndo até o hospital e não se despediu de ninguém na redação.

 Assim que chegou no hospital, arrumou uma confusão na recepção por não deixarem ele entrar. Poderia ter sido preso por perturbação da ordem, caso Fabiano não chegasse a tempo.

 - O que está acontecendo aqui? - perguntou Fabiano, percebendo a confusão e quem se metera nela.

 - O senhor William não entende que aqui há regras! - informou a recepcionista do hospital.

 - Deixe ele comigo!

 William seguiu com Fabiano até a porta do quarto de Fátima. Pararam na porta e Fabiano o encarou.

 - Por que você não veio antes?

 - Eu estava trabalhando.

 - Um moço trouxe a Fátima aqui.

 - Eu sei. Foi o Felipe, um amigo nosso.

 - Ele não estava trabalhando?

 - Estava, também.

 - Engraçado... A Fátima poderia ter morrido e você nem saberia disso! Eu não devia deixá-lo entrar, mas como eu sei que ela vai se sentir melhor depois de ver você, sua visita está liberada.

 - Como assim morrer?

 - Se você tivesse vindo antes, saberia. - e Fabiano abriu a porta, deixando William ver Fátima deitada na maca, quase desmaiada.

 - Amor? - perguntou ele, entrando no quarto.

 Fátima não falou nada, apenas baixou a cabeça, deixando escapar três ou quatro lágrimas teimosas.

 - Fátima? - e William sentou na beira da cama. - Você não vai falar comigo.

 - Tem certeza que você quer falar comigo? - e Fátima ergueu a cabeça, mostrando os rostos lacrimejantes.

 - Como assim? É lógico que eu quero falar com você! - e William começou a acariciar o rosto de Fátima, porém ela o impediu.

 - Cadê você quando eu mais precisava?

 William baixou a cabeça e também deixou algumas lágrimas escapar.

 - Ah! Sim, claro... Eu esqueci que você estava ocupado demais cuidando de uma redação inteira!

 - Fátima, por favor...

 - Eu que peço, William. Você tem noção do quanto me fez mal? Pois é, não. Não tem noção porque você não está preocupado com isso; o que você quer, de verdade, é que o Jornal saia bem feito. E eu é que me... - porém Fátima parou, respirou e quase desmaiou.

 - Eu errei, amor.

 - Amor? Você tem certeza que me ama?

 - Fátima!

 - Se me amasse realmente, teria vindo comigo. Ou, no mínimo, se preocupado com o meu estado de saúde. Você não podia me ligar pra saber como eu estava?

 William não falou mais nada e ainda de cabeça baixa, beijou a testa de Fátima. Apertou uma de suas mãos e foi até a porta. Antes de sair do quarto, a jogou um beijo.

 - Eu volto, minha linda! Eu prometo que volto. - dizendo isso, foi embora.

 Quando cruzou a porta, William começou a chorar.

 - E então?

 - Talvez eu esteja ocupado demais olhando para o mundo inteiro e não tenha tempo pra cuidar da única pessoa que me importa de verdade, junto dos meus pais e dos meus sogros. Então, por favor, cuida dela pra mim?

 - William... Você está abandonando a Fátima?

 - Eu estou me abandonando! - e então foi embora do hospital.

 Entrou no carro e chorou desconcertado, sem parar.

 - POR QUÊ? POR QUÊ? EU TE AMO FÁTIMA! VOLTA PRA MIM... - e ali ficou.

 Fátima estava no quarto sozinha, chorando, precisando de seu amor.

 - Licença? - e Fabiano entrou.

 - Claro... - Fátima tentava esconder as lágrimas.

 - Pode chorar, faz bem.

 - Por que ele fez isso comigo?

 - Nem ele sabe.

 - Eu queria tanto ter ele comigo... Mas tanto, doutor! - e então os dois se abraçaram.