Fanfic: FatWilly, amor em triângulos | Tema: William Bonner e Fátima Bernardes

 William, assim que acordou na sexta-feira, dois dias depois do término do namoro, foi até a Igreja. Precisava arrumar forças para continuar em algum lugar, e foi aconselhado a procurar uma paróquia.

 Assim que chegou, percebeu que causara um certo alvoroço. Algumas senhoras que rezavam, ao perceber sua presença ficaram um pouco mais assanhadas que o normal. Porém permaneceram em silêncio, apenas a olhá-lo por estarem em uma Igreja, rezando.

 Caminhou mais um pouco, até encontrar o padre.

 - Senhor?

 - Pois não, meu filho?

 - Ergh... Eu gostaria de me confessar. É possível?

 - Geralmente eu ouço as confissões no domingo, depois da missa, mas se é importante eu acho que posso ouví-lo agora.

 - É importante, sim. E quase urgente, mas se não der pra ser hoje, tudo bem, eu volto no domingo.

 - Não, eu não vou fazer você perder a viagem! Vamos até ali. - o padre levantou do altar e encaminhou William até o confessionário. Assim que entrou, pediu para que William se ajoelhasse e começasse. - Fique tranquilo e a vontade. Nada do que eu ouvir aqui, contarei a alguém. Pode começar!

 - Bom, eu fui promovido no meu trabalho a editor-chefe da redação, mas isso me atrapalhou um pouco. A minha namorada, a qual eu havia pedido em noivado, está com anemia, porém eu não quis cuidar dela. Querer, eu até queria, mas eu não fui. Uma outra colega de serviço disse pra mim que isso não seria certo, pois se tratava da minha namorada e eu estaria dando benefícios à ela que eu não daria a nenhuma outra funcionária. Na hora, eu dei ouvidos a ela e não acompanhei a minha namorada. Ela quase faleceu e eu não estava lá pra ajudá-la, padre. Ela já havia tentado atrapalhar o nosso namoro antes, mas eu a perdoei e não me lembrei que talvez ela quisesse o meu mal. - William fez uma pausa e recordou de tudo. - Mas o problema maior não está aí. A minha namorada ficou muito chateada comigo, e com razão, então acabei terminando com ela por me sentir mal e por não querer deixá-la mal. Acontece que ela está doente e precisando de mim. Eu não sei o que eu faço!

 - Meu filho, você já pediu ajuda a Deus?

 - Sinceramente? Ainda não.

 - E por que não pede? Não adianta nada você vir se confessar com o coração fechado. Você ouviu o que você disse?

 William parou pra pensar.

 - O senhor me desculpe, mas qual parte?

 - A parte que você acha o seu erro e quer se redimir! Sente com todos e reze um pouco, pois Deus irá o ajudar.

 William sorriu e agradeceu ao padre. Levantou e foi até onde todos estavam.

 Se ajoelhou e pediu ajuda, um consolo. Fechou os olhos, inclinou a cabeça pra baixo e cruzou as mãos: começou a rezar.

 Depois de alguns "Pai-Nosso" e algumas "Ave-Maria", William lembrou do que falou. Sorriu, agradeceu e saiu da Igreja apressado, pois queria muito falar com Fátima.

 Passou em uma floricultura perto dali e comprou tulipas laranjas, pois sabia que Fátima iria gostar. Estava decidido e determinado a voltar com ela, de qualquer maneira.

 Fátima já havia acordado há um tempo, pois sentira frio ao estar descoberta. Ainda deitada, foi pra debaixo dos cobertores e viu que seu telefone estava em suas mãos. O viu piscar e quando o olhou atentamente, viu que haviam chamadas de William.

 - Eu não entendo porquê faz isso comigo. Me abandona e depois me liga pra me deixar pior! Eu sei que é amor, mas porquê doi tanto? - e então Fabiano entrou no quarto. - Bom dia doutor!

 - Bom dia Fa! Como se sente?

 - Bem... - Fátima parecia desanimada.

 - Pra uma mulher sorridente e radiante você não parece nada bem!

 - Ontem eu e o William tivemos uma leve discussão por telefone.

 Fabiano puxou uma cadeira e sentou ao lado de Fátima, que estava sentada na cama.

 - Você não deve se estressar!

 - Eu sei, mas eu não consigo deixar de falar com ele...

 - Vocês estão juntos?

 - Não estamos mais. Ele terminou tudo porque disse não ter tempo pra cuidar comigo como gostaria.

 - E por isso deixou você sozinha e sem aparo?

 - Pois é. Estou me sentindo mal, porque eu amo ele! Me sinto sozinha também...

 - Sozinha você não tá, porque eu estou aqui com você! - e Fabiano pulou pra cama, segurando firme as mãos de Fátima e a olhando fixamente no olho, como se quisesse lhe pedir um beijo com o olhar. - Eu estou aqui e vou sempre estar.

 - Mas não é do mesmo jeito...

 - É sim, basta você querer! Eu custo a acreditar que você ainda não percebeu meu real interesse!

 - Fabiano? - e Fátima ficou confusa, porém envergonhada.

 - Eu estou apaixonado por você, Fátima. Desde o dia em que lhe vi pela primeira vez! Já era completamente encantado antes, mas depois que a vi pessoalmente me apaixonei de verdade.

 Fátima sorriu ao lembrar que William disse à ela quase a mesma coisa.

 - Cuidar de você é algo divino pra mim, porém é ruim ao mesmo tempo. Eu convivo com você, mas não tenho você. Isso é bom e agoniante ao mesmo tempo...

 - Mas Fabiano, eu...

 - Eu sei que você ainda ama o William, mas parece que ele já não a ama mais, afinal, ele abandonou você! E dizem que só se cura um amor com outro!

 - Eu sei, mas...

 Porém Fátima não pôde falar mais nada. Fabiano foi se aproximando dela mais e mais, até que Fátima fechou os olhos e perdeu o sentido de seu corpo; ainda sentada e "a esperar" o beijo de Fabiano, ficou desmaiada.