Fanfic: FatWilly, amor em triângulos | Tema: William Bonner e Fátima Bernardes

 Juliana estava na redação, terminando de se arrumar, quando bateram na porta de seu camarim.

 - Entra! - e ela se virou pra ver quem era. - O que você quer aqui?

 - Eu quero saber o que você quer com o meu marido. - Camila aparentava uma raiva terrível.

 - Se fosse seu marido não estaria comigo. - Juliana era incrivelmente irônica.

 - Ele vai acabar descobrindo que ao mesmo tempo que está com ele, você está com o Pedro também.

 - Ele nunca vai descobrir, porque está louco por mim!

 - E o Pedro? Você acha mesmo que ele não ama mais a Fátima?

 - Se amasse ainda estaria com ela, ou pelo menos, lutando pelo seu amor. Não ajudando o William a voltar com ela!

 - Ama tanto que a quer bem. Mas e você Juliana? Já amou alguém?

 - Eu amo a mim mesma e isso basta. Mas, por favor, me dê licença. Pra mim chega desse papo! - disse Juliana, estendendo a mão a fim de mostrar o caminho da porta pra Camila.

 - Um dia você cai desse cavalo, Juliana. Pode acreditar!

 Camila saiu do camarim de Juliana com "fogo nos olhos". Estava triste por saber que Maurício caíra numa cilada, porém feliz ao saber que mais dia ou menos dia, Juliana deixaria sua máscara cair.

 Fátima estava se revirando na cama, a fim de arrumar alguma maneira de se sentir confortável na cama onde estava. Se sentia fraca e por isso não conseguiria levantar, porém se sentia forte o suficiente pra voltar pra casa. Porém, nem sabia se ainda tinha casa.

 Havia ficado na casa de William por tanto tempo, que nem sabia mais se sua casa estava "habitável".

 Enquanto pensava em seus momentos de "casada", ouviu baterem na porta. Porém, ela ouviu três batidas clássicas e seu coração começou a bater acelerado. Ela sabia que se visse William em sua frente, seu corpo não seria mais seu, e sim dele. Ele faria o que quisesse com ela, apenas estralando os dedos.

 Ficou receosa, mas mandou entrar.

 - Com licença? - perguntou William, ao abrir a porta.

 - Toda! - e Fátima sentia um misto de alegria e tristeza, junto com medo, felicidade e pavor.

 - Passei aqui porque quero saber quando você irá poder voltar pra casa.

 - Como se eu soubesse. - e Fátima arqueou o corpo, instintivamente.

 - Você está bem? - perguntou William, percebendo a excitação de Fátima.

 - Eu vou ficar.

 Fátima tentava se controlar, porém não era capaz. Ela sabia que seu corpo já não era mais seu, mas temia que William o recusasse. Ela estava suplicando por um beijo dele, apesar de saber da sua mágoa.

 - Quer que eu chame o doutor?

 - Não é caso pra médico.

 - Então espere que eu vou chamar o Fabiano. Assim vocês poderão se beijar e você melhora!

 - William, por favor! - e Fátima ergueu seu braço esquerdo para William se aproximar.

 Ele estava gostando da brincadeira. Sentia uma falta enorme de Fátima, de estar com ela e podia confessar não se controlar tanto assim. Porém, sua mágoa era maior, pois ele pensava que Fátima havia o traído.

 William tocou na mão de Fátima e começou a beijar-lhe o braço, se aproximando cada vez mais.

 - William! - Fátima já estava perdida somente ao olhar aquele corpo todo. - Você não sabe como me sinto bem!

 - Já você não sabe como me sinto mal. - e William parou, sentando ao lado de Fátima.

 Ele a olhava nos olhos, fixamente. Sabia que Fátima queria um beijo, um abraço apertado e também queria que fizessem as pazes, porém ele não tinha certeza se queria realmente aquilo.

 Enquanto sentia uma vontade maior que seu próprio corpo de beijá-la e voltar pra ela, lembrava da cena que vira mais cedo: o "beijo".

 - William, para.

 - Você não tem nem uma mínima noção do que sinto. Por mais que eu tenha errado feio com você, eu jamais a traí e com certeza não a trairia. E você sabe disso!

 - Eu não traí você.

 - Não? Beijar outro homem não é traição?

 - Eu não - porém foi interrompida.

 - Você tem razão, não é traição. Afinal, nós já tínhamos terminado.

 - Eu não o beijei!

 - Não? Foi ele quem beijou você?

 - Ele não me beijou! Eu desmaiei, William.

 - E como pode ter certeza que ele não beijou você? Ora, Fátima... Não minta pra mim. Apenas confirme o que eu já sei.

 - E o que você já sabe, exceto que eu amo você, que jamais o trairia e que eu não aguento mais ficar longe me fingindo de forte, sendo que o que mais quero é ter você comigo?

 - Eu sei que você precisa de um homem de verdade ao seu lado.

 - E por que está na minha frente agora? A culpa é sua. - Fátima tentou amenizar o clima.

 - Porque eu não sou esse homem. Eu sou um muleque, uma criança que deixa você desamparada.

 - Não, você não é. - e Fátima grudou as mãos na cabeleira de William, acariciando-o.

 - Sou sim. Eu não fui capaz de cuidar de você!

 - Mas está aqui agora, pronto pra me cuidar! - e se aproximou o suficiente pra grudarem os lábios. - Eu amo você! Volta pra mim?

 E quando estavam prontos para se beijar, Daniela bateu na porta.

 Os dois riram e naquele momento pareciam que haviam feito as pazes.

 - Precisa tomar os remédios, Fátima.

 - Você é sempre assim? - perguntou William.

 - Assim como?

 - Ela está fazendo o trabalho dela, William! - e Fátima riu. - Nós que estamos todos errados!

 - Tudo bem, já entendi o recado! - ele riu e então parou para poder sorrir pra Fátima. Se despediu das duas e antes de cruzar a porta, Fátima estranhou a falta de um beijo e se preocupou.

 - Você volta?

 - Volto, sim.

 - Mas volta como?

 - Eu volto como eu fui. Até daqui a pouco! -  e então foi embora.

 Daniela viu que o semblante de Fátima estava com rugas de expressão.

 - Está com medo?

 - Eu queria que estivéssemos bem!

 - Eu atrapalhei o beijo? - Daniela conversava com Fátima enquanto a dava os remédios.

 - Sim... Mas isso não é o problema. O problema é que eu não sei se ele confia em mim.

 - E por que não confiaria?

 - Ele insiste em ter me visto beijando outro homem!

 - E por que você não pede pra esse outro homem esclarecer as coisas para ele? Só assim terão paz.

 - Você tem razão, Daniela! Obrigada!

 Daniela sorriu pra Fátima e sentiu uma necessidade enorme de lhe contar toda a verdade sobre Pedro.

 Sentou ao lado de Fátima e as duas ficaram conversando, como se fossem grandes amigas!