Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon
Kirias olhou para seu caderno e depois rodou seu olhar pela sala, ela era a pessoa mais estranha daquele grupo que ela julgava serem “certinhos”, os garotos vestiam calça de alfaiataria e as meninas vestiam vestidos com cores sóbrias e bem comportados, sendo que a maioria usava óculos.O curso de medicina era pago, contudo era muito difícil entrar na universidade, pois a coordenação exigia que o aluno tirasse uma boa nota no vestibular, para assim formar bons médicos e não apenas “filhinhos” de papai que foram obrigados a seguirem essa carreira de grande prestígio na sociedade.
A aula teve seu fim, Kirias olhou para a garota que estava sentada ao seu lado na mesa, ela lhe exibiu um sorriso tímido e mexeu na sua franja com certo nervosismo. Kirias sorriu de canto e pegou seu material, saindo da sala em passos lentos, sentindo-se a dona daquele lugar, ela não tinha medo de conversar ou de fazer nada vergonhoso na frente de ninguém, por isso agia livremente.
Kirias cursava a faculdade Saint de La Cruz com as outras colegas do antigo colégio. A universidade possuía quase todos os cursos possíveis, havia fechado praticamente um bairro inteiro com seus prédios monstruosos. Para caminhar nessa cidade universitária, era necessário pegar um microônibus ou então ir de bicicleta, carro ou procurar alguma carona.
Mesmo tentando se livrar da imagem do terrível Saint Rosre, aquele lugar não permitia, pelo fato de muitas alunas do antigo colégio circularem pela região, mesmo alunas de anos superiores que já haviam deixado o colégio há muito tempo. Kirias as reencontrava pelos corredores, mas passava reto, sem nem sequer olhá-las, surpreendendo algumas alunas que ainda a temiam.
Kirias passou olhando pela sala de educação física, vendo que sua amiga estava jogada numa das cadeiras, falando com um garoto que lhe sorria de orelha a orelha. Entrou na sala, sendo observada por quase todos os presentes por causa de seu moicano louro.
- E aí! – Kirias sorriu para a karateca.
O garoto deu um passo para trás e olhou Kirias de ponta a ponta, exibindo um largo sorriso, deixando suas faces ficarem mais avermelhadas do que já estavam. Dulce se levantou e se afastou com sua amiga, pegando apenas sua carteira que estava em cima da mesa.
- Como está sendo sua aula? – Dulce indagou.
A karateca puxou um cigarro do bolso de sua calça, o acendendo imediatamente, enquanto debruçava-se num muro de tijolos avermelhados. Elas estavam no térreo, e por isso podiam sentir o cheiro das flores do jardim, juntamente com a terra molhada.
O vento frio bateu contra os cabelos de Dulce, jogando-os para trás. Kirias postou-se ao seu lado, arrumando o seu casaco, olhando para o campus com paciência.
- E a Any? – Kirias indagou.
- Ela não quis vir no primeiro dia – Dulce disse, aspirando a fumaça de seu cigarro.
- Por quê?
- Por causa do trote – respondeu seco.
- Hum...talvez tenha sido melhor para ela, pois com certeza irão querer cortar seu cabelo ou fazê-la pagar a conta do bar – Kirias falou.
- Isso se aplica a nós também – sorriu de canto.
Kirias riu baixinho e então disse:
- O primeiro idiota vai parar no hospital.
- Eu bato e você socorre. Quem é a futura médica aqui?
- Por enquanto sou uma estudante, só posso agredir os idiotas que me perturbarem – sorriu.
- Já te chamaram para ir ao barzinho? – indagou, exibindo um olhar cansado.
- Não, as pessoas da minha sala não falam comigo, – falou – acho que elas me acham estranha.
E nesse instante Dulce começou a rir, esquecendo-se de seu cigarro que acabou caindo na terra úmida, sujando o canto onde belas rosas cresciam. Passou a mão por seus cabelos que insistiam em cair por seus olhos e depois encarou sua amiga que mantinha um semblante impassível olhando para o cigarro que estava no chão.
- E você tem falado com Madona?
- Por telefone. – respondeu com um suspiro.
- Como vocês estão se resolvendo?
- Não sei ainda. Ela mora em outra cidade e está no terceiro ano ainda... muito nova.
- E sua irmã?
- Ela está estranha, ultimamente anda cabisbaixa, ficando presa no quarto, eu estou preocupada, ela não conversa mais comigo, – desabafou – desde que voltamos de férias, ela não se abre mais para mim.
- Ela sentiu-se trocada, – Dulce falou – você devia saber disso. Ela ficou chateada.
- Eu sei, eu sei – disse com impaciência – eu errei, eu sei, mas eu gosto muito da minha irmã.
- Disso eu sei, mas você a trocou tão facilmente – Dulce observou – ela sentiu-se um lixo.
-Como sabe? – indagou com surpresa.
- Ela veio chorar um dia para nós duas – revelou.
- Que dia? – indagou com surpresa.
- Ela não estava se sentindo bem no hotel, então pediu ajuda para mim e Any. Estava com hipoglicemia, – comentou – não te disse?
- Ela estava mesmo? – arregalou os olhos – Pensei que fosse drama. Ela não me falou nada depois.
Dulce suspirou, olhando para a expressão desolada de sua amiga sentindo um pouco de pena da situação que ela se encontrava.
- Mas ela não te procura mais? – Dulce indagou com curiosidade.
- Não. – respondeu – Deve estar com alguém.
- Você se importa?
- Sinceramente? Sim, eu não quero nem saber quem é – disse, passando a mão por suas têmporas, massageando-as – eu tenho dor de cabeça só de pensar.
- Kirias, você quer ter sua irmã e mais outra pessoa e não quer que ela tenha ninguém. Você está sendo egoísta demais – disse.
- As pessoas não são perfeitas, eu sou egoísta – disse – algum problema? – indagou em seguida.
-Nenhum – sorriu.
- Aquele menino estava querendo te levar para o bar? – Kirias indagou, a fim de mudar de assunto.
-Sim. – respondeu com agastamento – Ele grudou em mim desde que sentei ao seu lado, e vive me chamando de “Dulcinha” – falou, fazendo careta – eu não tenho paciência com esse tipo de homem.
E quem riu agora foi Kirias, passou a mão pelo ombro de Dulce e depois deu alguns tapas de leve.
- Se você está sofrendo esse assédio, imagine a Any! – provocou, recebendo um olhar fulminante.
- Ela nem é louca de aceitar o xaveco desses meninos assanhados – falou num tom elevado.
- Vai ter ciúme de homem, Dulce? – Kirias indagou.
A karateca não disse nada, virou de costas para a loura e se afastou, ouvindo ao longe a risada divertida de Kirias.
OoO
No centro da cidade havia um pequeno prédio de quatro andares feito de tijolos que já estava desgastado com o tempo. As janelas eram de metal, escuras e algumas eram mais claras por causa da ferrugem. Não havia elevador, nem porteiro, sendo assim o condomínio era muito barato.
Ananhi estava morando no último andar do apartamento, por enquanto estava sozinha, mas logo moraria junto com sua namorada que estava planejando dividir o aluguel com ela, apesar de não precisar economizar seu dinheiro.
A loira estava olhando para o cômodo vazio, havia somente duas caixas de papelão no meio da sala, e no quarto havia um colchão minúsculo que comprou de emergência. Ela não tinha para onde ir depois que saiu do Saint Rosre, e decididamente não podia mais viver com seus tios... que lhe tratavam mal desde que começou a cuidar de sua herança.
- “Aqui é tão frio” – pensou, sentindo um vento frio correr pela sala, se aproximou da janela e viu que um dos vidros estava quebrado, sorriu amarelo e depois caminhou pelo apartamento.
O apartamento era grande, o seu aluguel tinha um preço alto, mas Any fazia questão de ter espaço e morar no centro da cidade que ficava próximo a universidade. Havia uma sala de tamanho médio, a cozinha era pequena, servindo apenas para os eletrodomésticos, havia um quarto médio com uma espaçosa janela, um banheiro pequeno e uma lavanderia bem grande que poderia ser considerada um quintal.
- “Eu preciso dar um jeito nisso” – pensou, olhando com desespero para as paredes brancas.
A loira pegou seu casaco preto que chegava abaixo de seu quadril e saiu do apartamento, descendo o conjunto de escada em passos rápidos. Alcançou a rua, sentindo o vento frio bater contra seu corpo, seu casaco foi arrumado pelas mãos hábeis e apressadas e logo postou a caminhar.
Entrou na primeira loja que achou interessante, conversando atentamente com o vendedor que se animou com a idéia de sua cliente. Any queria mobiliar seu apartamento, não havia problema com dinheiro, mas mesmo assim pediu um desconto.
As horas foram passando e o número de objetos que foram comprados alegrava os dois. Depois de muito conversar, olhar e pesquisar, Any saiu da loja, com a nota fiscal de suas compras que seriam entregues na mesma semana. Ela não queria mobiliar a casa com Dulce, mas mesmo assim havia comprado algumas coisas que a karateca com certeza usaria.
- “Viver pensando em duas... será que eu consigo?” – pensou, olhando para o pequeno pacote que havia na sua mão. Any havia feito questão de levar um conjunto de taças que havia comprado na loja.
A loira passou num mercado, onde comprou alguns alimentos para sua sobrevivência, assim como vinho e algumas guloseimas. Depois de seu passeio capitalista, acabou retornando para o apartamento.
Na sua nova casa, sentou-se no chão de madeira da sala e ficou olhando para o nada, sentindo uma tristeza abater no seu peito. O que faria daqui em diante? E se não gostasse da faculdade? E se não desse certo morando com Dulce? Essas perguntas estavam deixando angustiada.
O seu celular tocou de repente, o som que ele fez acordou Any de seus devaneios, esticou o braço e pegou o aparelho vendo o número que lhe chamava. Atendeu, ficando em silêncio, até que ouviu a voz grave de sua namorada.
- Any?
- Oi, Dulce.
- Estou te ligando para saber como você está.
- Eu fui fazer umas compras.
- Eu pensei que faríamos juntas.
- Eu estava com tédio, e acabei comprando um monte de coisas.
- Ah... tudo bem. Eu vou passar aí depois da faculdade.
- Eu vou te esperar.
- Quer que eu leve alguma coisa?
- Traga pão e frios, eu quero comer alguma coisa. E... traga coisas que não precisem ser lavadas e nem que precisem de copo. E eu não tenho talheres também.
- Certo, eu providencio tudo. Logo eu estarei aí, um beijo.
- Um beijo.
A ligação foi encerrada, Any animou-se com a idéia que sua namorada estava vindo. Correu até o banheiro que estava imundo e depois foi até seu quarto, pegando uma toalha e alguns produtos para seu banho. A loira começou a se lavar, sofrendo com a água morna do chuveiro, saindo rapidamente.
- “Banho miserável, eu preciso de uma empregada, de um chuveiro novo... de um pintor. Esse apartamento está muito branco... e tapete, isso! Tapete, eu esqueci... Ah! E esse chão precisa ser encerado”.
A loira vestiu um shortinho jeans e uma blusinha preta, foi até a cozinha onde havia uma mesa de madeira caída aos pedaços que os antigos donos haviam deixado. Any colocou suas compras ali em cima e retornou para a sala, colocando seu Ipod para tocar algumas músicas.
Olhava impaciente para o relógio de seu celular até que finalmente ouviu o interfone. Correu até o aparelho, ouvindo a voz de Dulce, sorriu e apertou um botão que ficava ao lado do aparelho, que possibilitava que abrisse a porta. Alguns segundos e ouviu a campainha tocar, abriu a porta com um largo sorriso e Dulce adentrou com duas sacolas de compras. A karateca entrou na cozinha e colocou as coisas em cima da pia, e antes que se virasse para falar com Any, a abraçou por trás, beijando-lhe as costas.
- Humm... muito bom ser recebida assim. – Dulce falou, passando as mãos pelos braços de sua namorada – Está tudo bem?
- Sim, eu estava me sentindo muito sozinha – confessou.
- Eu vou me mudar logo, não se preocupe – falou.
- Quando?
- Daqui a duas semanas – respondeu.
- Por que tanto tempo? – indagou com uma voz manhosa.
- Porque minha mãe está fazendo drama – falou.
Dulce afastou os braços que lhe seguravam e virou-se, abraçando o corpo menor de frente, procurando seus lábios para então beijá-los com doçura, enquanto suas mãos acariciavam os cabelos úmidos.
- Você tem cama? – indagou num sorriso malicioso.
- Eu mal caibo nela – riu baixinho.
Dulce abaixou-se um pouco e pegou Any no colo num único impulso, caminhando até a parede, onde as costas da loira se aconchegaram; As pernas de Any envolveram a cintura de Dulce seus braços se encarregaram de abraçar seu pescoço. O casal começou a se beijar com paixão, os lábios escorregavam de um lado para outro, causando sons característicos de um beijo carregado de saudade e desejo. As mãos de Dulce passavam pelas pernas de Any, apertando suas nádegas, desejando se livrar daquela roupa que ocultava o corpo que tanto gostava.
A loira ergueu um pouco o pescoço, aspirando o ar empoeirado a sua volta para voltar a beijar o pescoço de Dulce, dando longas lambidas, gemendo baixinho enquanto era pressionada com força na parede, afim de amassar seu sexo. Dulce afastou Any da parede e começou a caminhar com a loira nos seus braços, tentando enxergar o cômodo, pois não conseguia raciocinar direito com Any em seus braços, beijando-lhe o pescoço de modo enlouquecido. Elas chegaram ao quarto, Dulce olhou para o colchão, vendo que era fino e portátil, não servia para dormir e por um momento sentiu pena de Any. Contudo, Dulce ajoelhou-se no colchonete e despejou Any, que continuava grudada nela como se fosse um carrapato, não desprendendo suas pernas da cintura, enquanto atacava seu pescoço.
- Nossa, Any!– Dulce exclamou – Eu já vou te comer, deixe-me tirar a roupa primeiro – riu baixinho.
A karateca começou a abrir o botão de sua calça jeans com dificuldade, pois Any não havia desgrudado um segundo sequer. Ela se desequilibrou algumas vezes até conseguir passar sua calça até o joelho, retirou seu tênis com os pés e movendo as pernas acabou retirando a calça incômoda.
- Any... deixe-me tirar sua roupa, – pediu – desgruda um pouco.
A loira nem sequer ouviu, voltando a segurar a cabeça de sua namorada para lhe beijar a boca. Dulce acabou retribuindo ao beijo, porém estava mais entretida em retirar as pernas que lhe prendiam, forçando-as para o lado até que finalmente conseguiu fazer com que Any as deixasse flexionadas no chão.
E antes que desse a louca na sua namorada de novo, Dulce puxou o shortinho jeans juntamente com a calcinha apressadamente, depois começou a puxar a camiseta de Any para cima interrompendo o beijo por um minuto. Dulce se ajeitou e retirou sua camiseta e sua jaqueta, ficando somente com a calcinha e quando ia tirar a última peça de roupa, Any voltou a agarrá-la.
- Hoje você está com fogo! – Dulce exclamou – deixa-me tirar minha calcinha pelo menos!
- Você é muito lenta – Any reclamou, passando a língua pela bochecha de Dul.
- Hum... você está muito provocativa também – sorriu.
Any se afastou com dificuldade e finalmente retirou sua última peça de roupa com um sorriso vitorioso no rosto, deitou em cima do corpo magro de Any, adorando sentir-se livre para poder tocá-la a loira sorriu. Dulce mordeu levemente os ombros de Any e depois os beijou.
- Você está louquinha para ser comida. Eu quero que seja assim todos os dias – falou baixinho numa voz sensual – nem quer que eu te prepare? Eu vou colocar tudo de uma vez então até você gritar, sua puta.
Any sorriu de canto ao ouvir aquilo, mas nunca ia admitir que gostava de ouvir safadezas de sua namorada, ela curvou mais suas costas e levantou mais seu quadril, batendo sua intimidade no baixo ventre do sua namorada, movendo seu corpo de um lado para o outro, se esfregando em Dulce.
- Ah... vai logo, Dul. Eu fiquei muito tempo sozinha aqui – falou baixinho.
O jeito de Any estava deixando Dulce entorpecida, ela não precisava de mais nada para aumentar sua excitação. Sua mão tocou no sexo já molhado começou a massageá-la lentamente, enquanto seus lábios cuidavam do dorso de Any. A cabeça do vibrador de Dulce começou a pedir passagem, sorriu ao ouvir um gemido agudo de Any. Seu braço segurou o quadril da menor, enquanto ela se empurrava para frente, deliciando-se com o gemido longo e carregado de agonia da loira, que abriu mais as pernas.
- Ah... Dulce! – gritou alto.
- Geme pra mim gostosa – Dulce disse – eu vou colocar até você gritar.
Any levou sua mão até sua própria bct e começou a massageá-la, tentando se concentrar no prazer que dava a si própria, enquanto Dulce se movimentava. O vibrador da karateca entrou por inteiro na bct de Any que gritou.
Ao sentir-se preenchida. Começou a gemer baixinho sem que Dulce se movesse, e não teve pausa para descansar, pois a karateca começou a mover seu quadril. Any gemeu ligeiramente mais alto ao sentir um tapa na sua nádega direita, e depois recebeu mais dois tapas mais fortes de sua namorada que gemia baixinho. A loira sentiu novos tapas, sentindo vontade de pedir para que Dulce maneirasse na sua força, pois a karateca parecia estar tão desejosa quanto ela.
- Dul...
- Hum?
- Não... bate... tão forte – pediu com uma respiração descompassada
- Tão forte? Então eu posso bater? – indagou com ânimo.
- Não tão... forte!
Um sorriso radiante formou nos lábios de Dulce que voltou a dar outro tapa energético na nádega de Any. A loira abaixou mais sua cabeça, acomodando-a no fino colchonete, sentia suas pernas doerem pelo peso que Dulce fazia estava perdendo a força.
- Está gostando de ser comida? – Dulce indagou.
- Sim – respondeu rapidamente.
- Saiba que vai ser assim... sempre – Dulce disse – você dando para mim todos os dias... desse jeito. Entendeu?
- Hum, hum!
- Ótimo – sorriu, dando outro tapa na nádega de Any, que já estava marcada pelos cinco dedos da karateca.
Any fechou os olhos, sentindo seu gozo se aproximar, ela movia seu quadril contra os movimentos de Dulce para obter mais contato. Seus gemidos ficaram mais ritmados, anunciando a aproximação de seu prazer. Dulce acelerou as investidas e como prêmio, sua namorada acabou gritando seu nome, enquanto gozava nas suas próprias mãos.
A seqüência de movimentos começou a ficar mais lenta, Dulce estava mais concentrada no seu próprio corpo agora, sentindo seu vibrador ser esmagado toda vez que batia fundo no corpo da menor. Mais algumas investidas e acabou tendo o mesmo destino.
As duas caíram no fino colchonete, com a respiração acelerada. Seus corpos estavam suados, e uma brisa fria que vinha da janela aberta arrepiava seus corpos. O ambiente estava frio, mas só agora que havia notado isso.
- Dul...
- Hum?
- Eu estou com frio – Any falou.
A karateca suspirou e olhou ao redor, se levantou com preguiça e foi até a janela, fechando o seu vidro, depois começou a mexer na mala de Any até que encontrou uma manta vermelha. Voltou para o colchonete e deitou-se em cima de sua namorada, cobrindo-as.
- Eu não consigo respirar com você em cima de mim, Dul! – Any reclamou.
- Você não estava reclamando até agora – disse.
- Vamos ficar de lado – sugeriu, começando a se remexer, as duas se organizaram e ficaram deitadas de lado no colchonete, uma de frente para a outra, sentindo suas respirações pesadas. Uma vez ou outra se beijavam, enquanto se acariciavam.
- Como foi o primeiro dia? – Any indagou
- Pensei que nunca ia perguntar – sorriu – tranqüilo.
- Não quiseram te passar trote?
- Sim, mas eu recusei. Os garotos me seguraram e eu os derrubei no chão – falou com descaso.
- Você bateu neles? – indagou com os olhos arregalados.
- Não, Any. Não sou idiota, eu só os derrubei no chão, uma queda leve... eles nem se machucaram – falou – eles não vieram mais depois disso.
Só um menino chato que grudou em mim.
Any riu baixinho ao ver a careta que sua namorada fez.
- Ele ficou excitado com seu corpo definido? – indagou risonha.
- Só pode! – Dulce falou – Garoto chato.
O casal continuou a conversar embaixo da manta vermelha, tentando dividir o minúsculo colchonete que deixava parte de suas costas para fora, encostando-se ao piso frio de madeira.
OoO
Na manhã do dia seguinte, Any acabou concordando em ir à faculdade juntamente com Carei que faltou no primeiro dia. Elas estavam estudando no mesmo campus, que era vizinho ao de Dulce e Kirias.
Any comeu um pouco do que Dulce havia trazido no dia anterior, vestiu uma calça jeans apertada, calçou seu par de tênis e uma blusinha preta sem nenhum detalhe. O sol estava radiante, e a meteorologia avisou que o céu ficaria sem nuvens, sendo assim, Any pegou apenas sua bolsa e celular.
Entrou em um ônibus lotado, onde muitos passageiros viviam lhe dando cotoveladas, contudo era próxima a faculdade e ficou apenas quinze minutos naquele sufoco. Quando desceu, aspirou o ar fresco da manhã.
Any ficou parada na frente do campus, vendo um monte de jovens adentrarem com animação. Estava esperando suas amigas, Hudi ia entrar somente no segundo semestre da faculdade, pois houve complicações na hora da matrícula. Leona estava no mesmo campus, contudo ainda não havia chegado.
A loira ficou encostada no muro de tijolos, olhando paras as grandes árvores que se erguiam majestosamente por todo o campus. Era um lugar maravilhoso para se estudar, a maioria dos prédios tinha no máximo cinco andares, sendo que alguns eram térreos, onde eles podiam ficar próximos a natureza.
- Bom dia!
Any olhou para o lado, deixando que um largo sorriso desenhar-se em seu rosto, ela estendeu a mão para sua amiga Leona e depois a puxou, para lhe dar um abraço delicado, afinal a sua amiga estava com o braço direito quebrado.
- Eu estou feliz em te ver, fiquei preocupada com você – Any falou, olhando para os orbes vermelhos e profundos da sua amiga. Leona chamava um pouco a atenção das pessoas, por ser muito bonita, usar vestes claras e ter um penteado moderno.
- Bom dia garotas.
Uma voz mais forte ecoou pelos ouvidos de Any, ela olhou para trás encontrando uma mulher maravilhosa, morena, com longos cabelos castanhos escuros que circulava seus ombros.
- Any, essa é a minha prima Victoria. – Leona falou – Victoria, essa é a Any.
- Então essa é a Any, – sorriu – prazer. – e estendeu o braço, apertando a mão da loira com firmeza.
- Prima? – Any indagou.
- Sim, eu sou irmã mais velha de Juliana – comentou – e estou cursando literatura.
Any sorriu e disse:
- Então foi você quem incentivou Leona a ir nesse curso?
- Exatamente. – sorriu, dando uma piscada de leve para Any – Eu vou entrando, na saída vamos nos encontrar para bebermos alguma coisa. No começo do semestre é festa, depois nos preocupamos com as provas.
- Até mais – Any falou.
- Nos vemos depois – Leona sorriu.
Any ficou observando a prima mais velha se afastar, sentindo seu coração falhar uma batida. A irmã de Juliana era maravilhosa, ficou desnorteada com sua beleza e charme.
- Gostou da minha prima pelo visto – Leona observou.
A loira ficou com as faces avermelhadas e depois riu baixinho, não tinha como negar que Victoria era muita atraente.
- E a Juliana? – Any indagou, dando uma leve tossida.
Leona riu baixinho com a mudança radical de assunto.
- Ela está fazendo cinema – falou com agastamento – e está no campus de artes.
- Ou seja, naquele ali – Any falou, apontando para um prédio branco que ficava do outro lado da rua.
- Sim, bem perto... – suspirou.
- Vocês se falaram depois daquele dia?
- Ela vai à minha casa, Any. Somos uma família, se esqueceu? – comentou – Mas apenas falamos sobre coisas banais perante meus pais e meus tios, nada importante. Então, não nos falamos direito.
Leona olhou para o seu braço machucado com pesar e depois encarou Any que mordeu seu lábio inferior, erguendo os ombros levemente para a sua colega, ela não tinha o que comentar, era uma fatalidade que seu braço estivesse daquele jeito.
As garotas logo pararam de falar sobre sua vida pessoal quando Carei se juntou a elas. O trio entrou no colégio em passos lentos, estavam perdidas e ainda tinham que achar suas salas de aula. Mas com um sorriso simpático e muita desenvoltura, acabaram conversando com alguns veteranos que as ajudaram.
Na sala de aula, Any olhava para os seus novos colegas. Eles ficariam juntos por quatro anos, por isso era bom que tivessem uma boa relação desde o início. A loira começou a conversar com uma garota bem baixinha e muito simpática.
Era o segundo dia de aula, o primeiro para Any, contudo não havia matéria. A coordenadora do curso passava na sala para esclarecer eventuais dúvidas e reafirmar que a faculdade era a melhor do país. E assim o dia foi correndo, cheio de apresentações, alguns esclarecimentos e no final, todos estavam circulando pelo campus.
- “Ótimo, eu nunca vou encontrar a Leona ou Carei aqui.” – Any pensou, olhando para a praça de alimentação que estava lotada. A loira se sentou numa mureta de pedra e ficou olhando para baixo, mexendo seus pés sem nenhum propósito, sentiu uma mão em seu ombro, logo virou para trás vendo Victoria.
- Está perdida? – ela indagou.
- Oi, Victoria, – sorriu nervosa, mirando os lábios carnudos da prima mais velha de Leona – você viu a Leona?
- Não, – respondeu – mas eu estou vendo minha irmã. – falou, apontando para um canto.
Any ergueu seu olhar e viu que a ruiva estava encostada a uma parede, bebendo refrigerante enquanto conversava com três garotas.
- Ela está fazendo sucesso, – Victoria falou – mas nunca vai ficar com ninguém.
- Por que diz isso? – indagou curiosa.
- Oras, porque ela já gosta de alguém. – sorriu – Contudo, eu não vou permitir que essa relação continue.
- Está falando da Leona? – indagou receosa.
Victoria sorriu, passando a mão por seus longos cabelos.
- Sim. Cansei desse relacionamento.
- Mas Leona gosta dela e...
- E? – indagou, erguendo as duas sobrancelhas – Isso não quer dizer que eu vá aceitar.
- Mas... mas você não pode impedir.
- Claro que posso. – sorriu – Bom Any vou ao barzinho, você quer ir junto?
A loira sentiu vontade de aceitar imediatamente, mas só de sentir seu coração acelerar antes aquele convite, acabou balançando a cabeça negativamente.
- Por quê? Vai ser legal – falou.
- Não sei...
- Eu não mordo, – disse – ainda! – completou com um sorriso sedutor.
Nesse momento Any acabou se desequilibrando da mureta, caindo para frente com os dois pés no chão. Victoria riu alto e passou a mão pelos ombros magros de Any.
- Leona vai também, vamos beber – sorriu.
Any se viu arrastada pela mais velha, passou a catraca eletrônica do campus e saiu pela rua. Alguns garotos se juntaram a elas, com duas lindas garotas que eram namoradas delas.
- Onde está Leona?
- Ela logo virá – Victoria falou – vamos indo.
- “Meu Deus...” –Any pensou, olhando de canto para a mão forte que lhe segurava o ombro.
A loira começou a caminhar pelas ruas daquela cidade universitária, olhando para os outros campus. No campus de corpo humano, onde estava sua namorada, as pessoas pareciam mais sérias. A maioria usava roupas brancas ou então uniformes de educação física.
O sangue de Any gelou ao encontrar Kirias caminhando na sua direção. Tentou se esquivar do toque de Victoria em seus ombros, mas a mais velha apenas firmou o abraço.
- Any! – Kirias sorriu, olhando com curiosidade para Victoria.
- Oi, Kirias – sorriu nervosa.
- Kirias... hum, já ouvi esse nome. – Victoria falou – Por acaso era do colégio também?
- Sim, – Any respondeu – ela é amiga de Juliana. E Kirias, essa é Victoria, irmã de Juliana.
A loira balançou a cabeça num cumprimento e voltou sua atenção para Any, estranhando o jeito que a morena estava abraçada a outra mulher.
- “Se Dulce ver isso... vai ter morte” – Kirias pensou.
- “Se Kirias contar o que está vendo, Dulce vai me matar” – Any refletiu.
- Eu estou indo ao barzinho com Dulce. Você não vai junto? – Kirias indagou, cruzando os braços. A loira era uma amiga coruja, e estava atenta as ações de Any, para depois contar para sua melhor amiga.
- Ah... mesmo? Eu vou com vocês então – Any falou.
- Ah, não! Você vai conosco – Victoria falou – depois você vai com essa baixinha.
Kirias ergueu uma sobrancelha ao ouvir a palavra “baixinha” e depois começou a rir com divertimento. Any se afastou da mão de Victoria e deu um passo para o lado.
- Eu vou com Kirias, – ela falou – desculpe. Depois nos falamos.
- Ah, você tem que conhecer pessoas novas – Victoria falou – não está a fim de saber mais sobre mim?
A resposta de Any era positiva, mas ela jamais ia admitir isso em voz alta e muito menos na frente de Kirias. A loira sorriu amarelo e voltou sua atenção para a loura que lhe observava.
- Eu vou com minha namorada – Any falou com timidez.
- Ela é sua namorada? – Victoria indagou com surpresa, apontando o dedo na cara de Kirias.
- Não, é aquela ali – Kirias falou, apontando para um canto.
E nesse instante Any sentiu seu mundo desabar, ela olhou para a karateca que estava encostada a uma parede, com os braços cruzados, usando um par de óculos escuros. Ela se mantinha séria.
- “Não me diga... que Dulce estava ali o tempo todo! Deuses... por favor, não!” – pensou com nervosismo.
- Aquela? – Victoria sorriu – Ela tem cara de mau, não combina com você, Any. Por que não a chama para ir com a gente? – Victoria ofereceu.
Kirias riu baixinho e se afastou, caminhando na direção de Dulce que nem sequer moveu sua cabeça para olhá-la, continuando a fixar seu olhar em Any e Victoria. Quando a loura se aproximou, ela exibiu um largo sorriso para Dulce.
- Parece que Any não terá problema somente com os garotos – Kirias comentou.
- E quem é aquela idiota?
- Irmã mais velha de Juliana – respondeu.
- Mesmo? – Dulce indagou com surpresa – Não se parecem.
- Pois é. Pelo que eu sei a mãe de Juliana é ruiva e o pai é moreno – Kirias falou.
A karateca se desencostou da parede e começou a caminhar até Any que tremeu levemente ao ver sua namorada se aproximando, Dulce parou ao lado de Any e olhou para Victoria que era alguns milímetros maior que ela.
- Essa é a sua namorada, então, – Victoria sorriu – quer ir beber conosco?
- Não, obrigada – Dulce falou – vamos, Any. – disse em seguida, tocando no ombro de sua namorada.
- Até mais, Victoria – Any falou, começando a se afastar.
A mais velha riu baixinho e se despediu. O casal de namoradas começou a andar em silêncio até Kirias que apenas as observava.
- “Dulce está quieta demais” – Any pensou – “ela vai explodir!”.
- “Primeiro dia e Any já estava de graça com outra garota” – refletiu a karateca – “eu tenho que ficar esperta”.
- “Essas duas estão estranhas agora. Acho que o barzinho deve ser anulado” – Kirias pensou – Eu vou até a biblioteca pegar um livro, não vou mais ao bar.
- Por quê? – Any indagou com desespero.
- Até mais! – disse a loura, afastando-se do casal.
Any ainda sentia a mão de Dulce no seu ombro, mas não conseguia saber o que se passava, pois a mais velha ainda usava o seu par de óculos escuros.
- Eu te levo em casa – Dulce falou baixinho, começando a andar um pouco à frente de sua namorada, que começou a segui-la.
- “É hoje que a gente briga...” – pensou com abatimento.
Continua...
Autor(a): lunaticas
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Os toques daquela mulher estavam lhe deixando louca, suas ações eram completamente diferentes a sua personalidade, no momento sentia-se um lixo, alguém sem orgulho, mas apenas com o desprezo por seu próprio respeito que poderia continuar com aquela que tanto lhe seduzia. No começo queria ficar com Aziel somente para provocar ciúmes n ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 61
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tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38
Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.
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ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27
kd vc? volta apostar please
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cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55
adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)
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cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20
O Capitulo ta bugado Ç.Ç
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anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48
Deu bug no cap
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rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12
E essa fic aqui, como fica??
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rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29
cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!
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luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20
Postaaa maiss...
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rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03
POSTA MAIS!!!!!
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maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19
posta mais.....bjaum lu