Fanfics Brasil - Capítulo 2 - Sequestro Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon

Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capítulo 2 - Sequestro

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Os toques daquela mulher estavam lhe deixando louca, suas ações eram completamente diferentes a sua personalidade, no momento sentia-se um lixo, alguém sem orgulho, mas apenas com o desprezo por seu próprio respeito que poderia continuar com aquela que tanto lhe seduzia.
No começo queria ficar com Aziel somente para provocar ciúmes na sua irmã e para provar para si mesma que tinha capacidade de conseguir outra pessoa, mas com o passar das semanas, o seu sentimento havia mudado. O jeito agressivo e indiferente da mais velha estava começando a deixar Alexia balançada.
A mais nova sempre visitava Aziel que morava sozinha num apartamento velho no centro da cidade. Sempre que saia da escola ligava para ela perguntando se podia visitá-la. Não era sempre que Aziel concordava, mas quando aceitava Alexia não podia perder a oportunidade.
O dedo trêmulo de Alexia tocou a campainha, passaram-se alguns segundos e a porta foi aberta, a mais nova sorriu vendo o par de olhos azuis que lhe encaravam. Desde que Aziel havia feito a cirurgia para recuperar o seu olho esquerdo, ela havia ficado ainda mais atraente.
Aziel virou-se de costas e Alexia entrou, fechando a porta. Aziel sentou-se no seu sofá, bebia um pouco de suco enquanto assistia a um filme qualquer. Alexia colocou sua mochila em cima da mesa e sentou-se numa poltrona de veludo, ficando a assistir o filme em silêncio.


- Fez alguma coisa hoje? – Alexia indagou.
- Não. – respondeu.
- Gostaria de sair um pouco?
- Não.
- Quer jogar algo?
- Não.


Alexia suspirou, não conseguia fazer Aziel falar muito todas as vezes que se encontravam. De repente o telefone tocou, Aziel estendeu o braço e atendeu, respondendo secamente a ligação, desligou e voltou à atenção ao filme.


A caçula dos Javier ficou olhando para os lados, balançando a perna com impaciência, pensando no que diria para a mais velha. Suspirou e puxou seu celular do bolso da calça, havia recebido uma mensagem de sua irmã mais velha, indagando onde ela estava. Alexia olhou com desprezo para a mensagem e depois colocou o aparelho no bolso da calça.


- Sua irmã? – Aziel indagou.
- Sim. – respondeu.
- Melhor ir para casa. – falou.
- Eu queria ficar com você. 


Aziel sorriu de canto e se levantou, desligou a televisão e passou por Alexia, puxando-a pelo braço, entraram no quarto e Aziel fechou a porta. A luz não foi acesa, elas estavam aproveitando a claridade do final da tarde, contudo o quarto estava um pouco escuro.
A mais velha despiu-se rapidamente, sentando-se na sua cama, puxou um maço de cigarros que estava em cima de uma cômoda e começou a fumar uma unidade. O cheiro enjoado começou a invadir o quarto, Alexia não gostava, mas a última vez que reclamou, foi tratada com frieza e arrogância. Alexia sentou-se na cama lentamente, abaixou cabeça e começou a desabotoar o botão de sua blusa, deixando as mechas longas de seus cabelos cobrirem parte de seu rosto. Aziel a observava em silêncio, vendo que suas mãos tremiam levemente, riu baixinho e continuou a saborear a sua droga.
As roupas de Alexia estavam jogadas no chão, o seu corpo não era magro, pois gostava de fazer academia no antigo Saint Rosre e ainda fazia natação depois da escola. Seus ombros eram largos e ficariam maiores quando ficasse mais velha, seu abdômen tinha pouca definição e suas coxas eram torneadas, passou a mão por seus cabelos, que estava chegando próximo ao seu ombro.
Alexia ajoelhou-se ao lado de Aziel e tocou no seu queixo, puxando a cabeça da mais velha para lhe beijar nos lábios, sentindo o gosto forte do cigarro. Suas mãos frias passaram pelo corpo da mais velha, sentindo sua barriga. Aos poucos passou sua perna pelo corpo da maior e sentou-se nas suas coxas, enquanto beijava sua boca.
Aziel virou a cabeça para o lado, voltando a fumar seu cigarro, enquanto Alexia continuava a beijar seu corpo, descendo sua boca por toda a pele, sentindo o gosto salgado de seu suor. Continuou até chegar na bct de Aziel,  chupando com ânimo e presteza.
A mais velha fumava com gosto, enquanto seu corpo se arrepiava com a boca faminta que lhe chupava, Aziel abriu um pouco mais as pernas.


- Chup*a direito. – Aziel sussurrou com a voz rouca.


Alexia suspirou, estava dando seu melhor, até mesmo sua irmã suspirava quando a chupava assim. Por que nunca conseguia agradar Aziel? Contudo, fechou os olhos e fechou mais sua boca naquela bct dando longas chupadas que lhe machucavam a boca.
Se afastou e começou a beijar a coxa de Aziel, que apagou seu cigarro num cinzeiro e puxou Alexia pelos braços, jogando-a no colchão de qualquer jeito, se ajoelhou e acomodou a mais nova, fazendo-a ficar de lado na cama, assim podia vê-la de perfil.


Alexia deixou a mão pesada de Aziel abrir suas pernas, se acomodou e fechou os olhos ao sentir o dedo da mais velha a penetrá-la, depois suspirou ao sentir que o mesmo dedo se movia no seu interior, gemeu baixinho e respirou fundo.


- Falou para sua irmã que você vem aqui? – Aziel indagou entretida no que fazia.
- Não! – respondeu.
- Por quê?
- Porque ela não vai mais me deixar vir – respondeu baixinho.


Aziel forçou a entrada com segundo dedo, ouvindo um gemido um pouco mais alto, continuou a movê-los com cuidado, os retirou lentamente, e depois pegou seu vibrador.
- Melhor avisá-la que você vem aqui.
- Para quê? – Alexia indagou com agastamento – Isso só me causará problemas.


A cabeça do vibrador de Aziel começou a pedir passagem, Alexia respirava bem fundo quando ela começava a colocar. Gemeu alto e deixou Aziel abrir mais suas pernas, ela ia movendo seu quadril lentamente até que colocou seu vibrador por inteiro.


- Está com medo que eu bata na sua irmã? – Aziel indagou, dando um tapa forte na nádega de Alexia – Ela te pega em casa?


- Não, – Alexia respondeu – nunca mais ficamos juntas. – falou, gemendo em seguida com a primeira estocada que recebeu.
- Geme bem alto, eu quero te ouvir. – pediu.


E Alexia obedeceu, gemendo alto toda vez que Aziel investia contra ela. Seus fios louros foram agarrados pela mão de Aziel que puxou sua cabeça para trás, deixando a boca aberta à mostra para a mais velha que se deliciava com sua agonia.


- Eu vou te encher de gozo para você mostrar para sua irmã. – falou baixinho.


Os minutos que se passaram foram de puro desejo e prazer para ambas que não disseram mais nada, os gemidos confundiam-se com a respiração pesadas de ambas, o ranger da cama também chamava a atenção. O cheiro forte de sexo estava misturando-se com o cigarro que foi apagado no cinzeiro.
A mão de Alexia acabou por ficar ocupada para dar prazer para ela própria e logo chegou ao auge do prazer. Aziel foi logo atrás, gozando junto com a menor, Ela se afastou lentamente e deitou-se com as costas acomodadas na cabeceira da cama, pegou um cigarro e o acendeu, voltando a fumar.


- Quer sair um pouco?
- Você só serve para ser comida, Alexia. Melhor dar umas voltas pelo quarteirão para ficar sempre em forma, eu não quero sair. – disse friamente – Se vista e vá embora, eu quero ver filme.


A loura fechou os olhos ao ouvir aquilo, rolou e saiu da cama, começando a se vestir. Quando terminou, se aproximou de Aziel para lhe beijar, mas foi surpreendida pela mão que se fechou nos seus cabelos.


- Já fumou? – Aziel indagou.
- Não.


- Que provar? – indagou com um leve sorriso.
Alexia sentou-se lentamente, sentindo seus fios serem puxados, pegou o cigarro que estava na mão de Aziel e colocou na boca.
- Aspire e prenda a respiração. – Aziel falou.


E a menor obedeceu, aspirando e antes que pudesse raciocinar, começou a tossir com força, encurvando seu corpo para frente. A risada divertida de Aziel ecoou pelo quarto, ela puxou o cigarro e deu uma longa tragada, puxou a boca de Alexis que parou de tossir e depois soprou toda a fumaça contra a boca da menor.


Alexia ergueu-se e se afastou, continuando a tossir, tocou na porta do armário e abaixou a cabeça.


- Você não sabe fumar, não sabe beber, nem chupar direito... desse jeito eu vou deixar você na rua. – riu alto – Vá aprender ser mulher e depois volte aqui.


Se Kirias era uma masoquista na dor física, Aziel era igual, contudo na dor emocional, era tratada feito um lixo, mas gostava daquela pessoa. Era incrível como alguém podia destruir o seu amor próprio tão rapidamente.
A mais nova ficou um pouco irritada com a reação da mais velha, suspirou e disse:


- Vou indo, até mais.


Aziel se ergueu, arrumando seu short, passou a mão por sua regata e seguiu a mais nova, observando seu dorso com um leve sorriso. Alexia pegou sua mochila que estava na sala e se dirigiu até a porta, com a cabeça baixa.
E antes que Aziel permitisse que ela partisse, puxou o rosto da menor e lhe beijou os lábios, abraçando-a, apalpando cada pedacinho, deixando Alexia desnorteada.


- Vem aqui amanhã depois da aula, – Aziel falou – eu comprei algo e quero usar em você.
- Comprou? – indagou com surpresa.
Aziel abriu a porta e deu um leve empurrão na menor, expulsando-a de seu apartamento.
- Amanhã você verá, – falou – até. – disse, fechando a porta.


Alexia ficou olhando para a superfície lisa de madeira, sentindo seu coração disparar, entrou no elevador que estava parado no mesmo andar e ficou se arrumando no espelho, estava vermelha, suada e descabelada.
A loura ficou andando pela rua com a cabeça baixa, passou em frente a um salão de beleza e olhou com atenção para a cabeleireira que estava sentada num sofá vermelho, descansando e por impulso, entrou no lugar.


- Boa tarde, – sorriu a mulher que tinha um lindo sorriso – vai querer cortar o cabelo, lindinha?
- Sim, por favor. – sorriu, encantando-se com a mulher a sua frente.
- Seu cabelo está comprido, – ela disse – sente-se aqui. Você quer algo em especial?
- Eu quero cortar bem curto, apenas deixe minha franja até... meu nariz.


- Você costuma pentear a franja para o lado? – indagou, passando a mão pelo cabelo da loura, para sentir sua textura.
- Sim, – respondeu – e eu quero pintar também.
- Pintar? – indagou surpresa – qual cor?
- Preto. – respondeu.
- Hum... você é bem branca, olhos verdes... vai ficar muito bom. – ela disse – Pessoas muito brancas ficam melhores com roupas e cabelos escuros. Qual é seu nome?
- Alexia e o seu?
- Pode me chamar de Rosa, Alexia. Sente-se no lavatório, e vamos fazer a mudança!


A loura ficou um bom tempo no salão, ficou observando a tesoura começar a arrancar seus fios longos. E quando a tinta atingiu seus fios louros, sentiu um pouco de receio, contudo estava gostando da imagem que surgia no espelho, precisava mudar, precisava sentir-se melhor consigo mesma.


Uma hora se passou e elas finalmente terminaram, Rosa passou o secador e penteou os cabelos da sua cliente, deixando uma franja desalinhada cair por seu rosto.


- Ficou muito bom. – ela disse.
- Eu gostei. – falou, olhando-se com surpresa no espelho – Contudo, me sinto estranha.
- Normal. – ela disse.


Alexia agradeceu, pagou e começou a caminhar de volta para casa com um sorriso confiante, sentindo-se nova e revitalizada. Pegou um ônibus e dentro alguns minutos estava no seu bairro, passava por algumas casas bem rebuscadas, mas a sua não era diferente.


A loura, ou melhor, a ex-loura passou por um portão antigo de metal, passando por um jardim de poucas flores, entrou na sua casa e foi até a sala, onde seus pais estavam conversando.


- O que você fez? – a mãe de Alexia indagou num grito. 
- Oi, – sorriu – gostou? – indagou.


Os seus pais se olharam com surpresa. A mãe de Alexia chamava-se Carmélia e estava com os olhos arregalados, seus orbes eram verdes contratando com os olhos do marido, que eram castanhos escuros. Por isso as filhas tinham os olhos levemente esverdeados. Contudo, Alexia tinha os olhos mais claros que Kirias.


- Ah, minha filha, seu cabelo era tão bonito, – ela disse – mas ficou bonita mesmo assim. – sorriu, abraçando a menor – Onde você estava?
- Andando. – respondeu.


Os três conversaram um pouco e Alexia começou a subir um lance de escadas, passando por um corredor ricamente decorado, entrou no seu quarto e fechou a porta.
A mais nova dos Javier, retirou sua roupa e vestiu um shortinho e uma camiseta velha, não queria tomar banho, pois ia desarrumar seu novo cabelo e ainda por cima tiraria o cheiro de Aziel.
A porta do quarto abriu-se de repente, Kirias adentrou e olhou com surpresa para a irmã, ficou um tempo parada, tentando raciocinar e aceitar a mudança de visual que sua irmã havia feito.


- O que você fez? – indagou a mais velha.
- Nada demais. – respondeu com agastamento.


Kirias se aproximou rapidamente, passando a mão pelos cabelos de Alexia, puxou o seu queixo para cima e viu o contraste da pele pálida com os fios negros.


 


- Deixe-me em paz. – pediu, dando um tapa na mão da irmã mais velha.


- Por que pintou de preto?
- Porque achei que ficaria bom. – respondeu – Agora me deixe em paz.
- Por que não respondeu a minha mensagem?
- Estou sem crédito no celular, – respondeu – não enche Kirias.
- Eu estou preocupada com você. Você está fazendo algo errado – falou, sentando-se na cama da irmã.


Alexia puxou sua mochila e pegou seu caderno, tinha que fazer algumas tarefas. Sentou-se na cadeira próxima a escrivaninha e começou a mexer nas páginas.
Kirias caminhou até a menor, ficando parada atrás do encosto da cadeira, deslizou suas mãos pelo peito de Alexia que fechou os olhos ao sentir aquele toque. Os dedos de Kirias ficaram deslizando numa leve carícia.


- Você está com algum problema? Vamos conversar de irmã para irmã. – falou baixinho.
- Não é nada. – falou com menos agressividade.
- Alguém está te perturbando? Está tudo bem na escola?
- Sim, Kirias, – falou – eu me dou bem na escola.
- Você está muito quieta esses dias. Outro dia pensei que estivesse chorando. – comentou.
- Eu estou bem. Não se preocupe – falou, pegando o lápis, começando a fazer os exercícios de matemática.


Kirias ficou um tempo na mesma posição, analisando sua irmã, beijou o seu pescoço com ternura e depois fechou mais seu abraço, para se a afastar de vez em seguida.


- Qualquer coisa eu estou aqui. – disse a mais velha, caminhando para fora do quarto.


Alexia suspirou e soltou o lápis quando Kirias se afastou, passou a mão por seus olhos, massageando-os.


No apartamento que ficava no centro da cidade, Any e Dulce nem tiveram tempo de brigar e mesmo que quisessem seria impossível, pois os móveis que a loira havia comprado haviam chegado. Um monte de homens começou a descarregar os produtos, tendo dificuldade em certos momentos por causa da porta estreita.
O final da tarde chegou e o casal parou para descansar, jogaram-se no sofá cor de creme que ainda estava com o plástico. Dulce estava suando, havia ajudado os funcionários, que ficaram muito agradecidos.


- Por que... comprou tanta coisa... de uma vez? – Dull indagou ofegante.
- Eu não pensei que viria tudo de uma vez, – falou – estou morta.
- Pelo menos tem uma cama agora. – falou.
- Sim. – sorriu.


Any levantou-se e puxou a mão de sua namorada, desviando-se das caixas que se estendiam por todo o caminho, entraram no quarto onde havia uma grande cama de casal e um armário de madeira branco, Any podia vestir vestes escuras, contudo sua casa possuía móveis claros, para dar mais leveza.
A loira puxou o plástico que estava no colchão e depois olhou para sua namorada que já havia entendido o recado. Dulce pegou o colchão que estava no chão com dificuldade e o colocou em cima da cama.


- Eu estou morta, – Dul falou, jogando-se no colchão – não me peça para carregar mais nada.
Any riu alto ao ouvir aquele comentário.
- Nem para me carregar? – indagou provocante.
Dulce ergueu sua cabeça e exibiu um olhar derrotado para Any.
- Não me diga que você quer fazer isso agora?
- Eu queria estrear a cama. – falou, dando um tapa no colchão.
- Pela primeira vez no nosso relacionamento... eu vou recusar. – Dul falou.


Any não se importou, ficou rindo, fingindo estar ofendida por estar sendo recusada por sua namorada. Continuou sentada na cama, olhando para Dulce.


O corpo da menor inclinou-se e ela beijou os lábios entreabertos, saboreando a saliva de sua namorada.


- Você está muito suada – Any reclamou, afastando-se.
- Hum... você só carregou coisas pequenas – falou.
- Você não estava reclamando que não havia achado uma boa academia ainda? Então, eu te ajudei a exercitar! – falou – Você não quer ser lutadora profissional?


Dul se ergueu com um pouco de dificuldade devido à preguiça e ficou com o cotovelo apoiado no colchão, puxou Any para baixo, fazendo-a se deitar e depois passou suas pernas em volta do corpo da menor, ficando de quatro em cima dela.


- Não quero você abraçada com outra pessoa. – falou de repente.
- “Droga, pensei que ela ia esquecer” – pensou com aflição – Desculpe-me, eu fiquei sem reação, ela começou a me levar para o bar.
- Não a quero te tocando, – falou seriamente – você pode ir para o bar com os outros, pode conversar, claro que às vezes é inevitável, mas não precisa ficar passeando com outra pessoa abraçada.
- Dulce, eu não ia fazer nada. – falou baixinho.
- Eu sei, Any, confio em você – sorriu – e eu não vou mais explodir de ciúme, eu estou controlando isso por nós duas.
- Que bom, – Any sorriu, beijando os lábios de sua namorada – eu pensei que íamos brigar muito.
- Eu fiquei puta, eu admito, mas eu estou bem agora, – falou – eu só não quero...
- Sim, eu entendi. – interrompeu a mais velha – Saiba que te amo, posso ter amigas, mas só tenho olhos para você.


O sorriso de Dulce foi sincero, ela começou a beijar a sua namorada, mas logo sentiu o cansaço tomar seu corpo, e tombou para o lado, com os braços abertos.


- Preguiçosa – Any zombou – eu vou colocar um lençol nesse colchão, levanta daí
Ah... Any– resmungou.
- Vá tomar um banho, eu vou arrumar o quarto, depois você dorme. Prometo que não vou te agarrar!


Dul foi literalmente chutada da cama e arrastada até o banheiro, Any foi até o quarto, começando a arrumar a cama, depois passou uma vassoura pelo chão a fim de retirar o pó. Colocou os plásticos de proteção numa das caixas e as levou para a sala.
A loira jogou-se no sofá e olhou para o seu celular que estava em cima da cômoda, viu uma mensagem que havia recebido, e foi logo na caixa de entrada
“Eu soube que está na faculdade, e na mesma cidade que eu! Fique tão feliz com isso. Eu queria muito te ver, eu tenho muita saudade de você. Beijos, Viviane”.
O coração de Any pareceu parar uma batida, olhou para o número do celular, gravando-o na sua agenda de contatos. A mensagem lhe seduzia, não conseguia parar de ler e reler, a loira estava distraída.
Dulce apareceu na sala com uma toalha úmida em volta ao corpo, olhou para sua namorada que estava em silêncio, sendo hipnotizada pelo celular.


- O que foi Any? – indagou de repente.


Any virou a cabeça na sua direção com os olhos arregalados, não conseguindo evitar o susto e a surpresa. Dulce olhou com desconfiança para o aparelho e caminhou até Any, sentando-se ao seu lado.


- O que foi? Deixe-me ver! – pediu, tentando puxar o celular da mão da menor.
- Não. – Any falou num tom alto, levantando-se.
- Não? – Dulce indagou com surpresa – Como assim, não? Eu quero ver, me da isso aqui!


A loira desviou-se do toque da karateca e deu um passo para trás, colocando o celular no bolso de trás de sua calça, não podia permitir que Dulce lesse aquela mensagem, pois queria falar com sua ex-namorada, tinha curiosidade de saber como ela estava, mas não que quisesse alguma coisa com ela.
O olhar de Dulce se estreitou, ela respirou bem fundo e olhou para Any que parecia irredutível, avançou e a abraçou pela frente, prendendo seus braços e com um pouco de dificuldade e destreza, conseguiu virar Any, abraçando-a por trás e pegar o celular que estava no seu bolso.


 


- Dul, você vai pensar besteira. – Any falou.
- Que bom saber que você acha isso. – falou com irritação, virando-se e começando a mexer no aparelho.


Any puxou o braço da mais velha, tentando puxar o aparelho de volta, mas recebeu um leve empurrão, sendo jogada contra o sofá, suspirou e cruzou os braços. Dulce virou de frente para ela e ficou mexendo no aparelho, até que foi na caixa de mensagens.
A karateca leu a mensagem sentindo uma ameaça daquela garota que jamais havia visto, mas Any já havia falado sobre ela antes, e já havia conversando por telefone uma vez com a infeliz.


- Feliz? – Any indagou.
- Você não vai vê-la. – Dulce falou baixinho, apagando a mensagem.
- Por quê?
- Oras, porque eu não quero Any. – gritou com fúria, jogando o celular no sofá.


A loira se encolheu com aquele grito, quando Dulce estava nervosa, nem ela tinha coragem de discutir com a karateca. Any fechou os olhos e abaixou sua cabeça, começando a massagear suas têmporas. Dulce ficou parada na sua frente, passou a mão pelos cabelos de Any.


- Any, olhe para mim. – pediu com mais calma.


A mais nova obedeceu, exibindo um olhar cansado.
- Eu me sinto ameaçada por ela – revelou – é sua ex-namorada, e você mesmo disse que ela te deixou. Então...
- Então quer dizer que eu gosto dela? – Any indagou, prevendo o comentário da mais velha.
Dulce não respondeu, passou os dedos pela face alva de sua namorada, acariciando-a, sentou-se no sofá e puxou o rosto de Any, beijando os seus lábios lentamente, abraçando o corpo menor.
- “Dulce está tremendo” – observou em pensamento – “ela não devia ficar tão nervosa. Eu devia ter apagado a mensagem assim que recebi” – refletiu, retribuindo o beijo, percebendo que o sua namorada estava se acalmando.


- Eu te amo, sua boba – Any falou baixinho, beijando o rosto da sua namorada, adorando sentir o cheiro da recém tomada banho
- Hum
- Não faça essa cara, – Any sorriu – eu tenho curiosidade de ver Viviane. – revelou – Não faça essa cara para mim ela é minha amiga, se você quiser eu te apresento para ela.
- Ah, eu vou querer mostrar para essa aí que você já tem alguém. – falou.
- Ela deve estar namorando alguém, Dul. Se quiser, posso trazê-la aqui com você. – falou.
- Eu prefiro que você não a veja. – falou.
- Dulce, eu não vou poder mais ver as pessoas que você tem ciúme? – indagou – Se for assim, você vai me isolar.
- Mas... essa aí é a sua...
- Ex-namorada – falou rapidamente – a palavra ex está bem grifada. Ex-namorada, Dulce! Não temos mais nada e eu sou muito feliz com você. Não quero nada com ela.
Dul suspirou e achou melhor ceder, estava tentando treinar o seu lado explosivo, permitindo pensar mais antes de agir.


OoO


E num bairro mais afastado, Leona estava jogada na cama de seu quarto, lendo um livro, estava entretida até ouvir duas batidas na porta, a sua mãe entrou lentamente lhe sorrindo.


- A tia Norian está aqui, – ela sorriu – vamos descer. Juliana e Victoria vieram também.


Leona sentiu um frio na espinha ao ouvir o nome das primas, concordou balançando a cabeça e sua mãe se afastou. A morena calçou seu chinelo e arrumou sua blusa preta, saiu do quarto e foi até a sala.
A filha única da família cumprimentou sua tia com um abraço apertado, depois cumprimentou o tio e suas primas com um aperto de mão, para depois se sentar numa poltrona. A mãe de Leona e seu pai logo puxaram os pais da ruiva para o escritório a fim de conversar, afinal eram sócios de uma empresa.


- Como está Leona? – indagou Victoria
- Bem, – sorriu – como foi no barzinho hoje
- Ah, eu tentei levar sua amiga, mas a namorada dela apareceu e a arrastou, – falou – que menina invocada.
Leona riu baixinho.
- Você está procurando briga com quem não deve. – Leona falou
- Ela é invocada demais! – Victoria indagou, com um sorriso divertido.
- Ela vai te quebrar se você se engraçar com a namorada dela. – Juliana falou de repente.
- Eu não pergunte para você. – disse Victoria.
Juliana se levantou de repente, olhando com irritação para sua irmã que lhe sorriu provocante.
- Leona, eu quero falar com você. – disse.
A morena arregalou os olhos e sentiu um calafrio passar pelo seu corpo, contudo nem teve tempo de responder.
- Eu não vou deixar vocês falarem a sós. – Victoria falou – Leona ignore a besta da minha irmã, ela só quer usar você, nós duas sabemos disso.
- Cale a boca! – Juliana vociferou, fechando as mãos com força, sentindo vontade de socar sua irmã mais velha.
Leona suspirou, olhando para as duas que começavam a discutir.
- Eu não quero falar com você, Juliana. – Leona falou de repente, cortando as farpas que as irmãs estavam trocando.
Victoria riu alto ao ver a cara de desgosto que Juliana acabou fazendo, a ruiva caminhou até sua prima, sentando-se na poltrona ao lado. A mais velha apenas observou sua irmã, acomodando-se na poltrona, deixando sua cabeça se apoiar na palma de sua mão.
- Eu queria falar com você, ainda não consegui, – Juliana falou – por favor.
- Não quero. – Leona falou, tremendo levemente.
Levantou-se de repente e saiu da sala, sendo seguida pela ruiva que a puxou pelo braço que não estava em perfeitas condições. Victoria apenas observava de longe, esperando o momento certo para intervir.


- Eu estou muito arrependida, fiquei brava naquela hora, mas...
- Eu não quero ouvir suas desculpas, já te perdoei demais, por isso eu estou com esse braço hoje, – falou com mágoa – poderia me soltar?


Juliana soltou sua prima a contragosto, tocou numa mecha de seu cabelo, sentindo sua textura, mas a mais nova deu um passo para o lado, se afastando, para ser capturada novamente pela mão da ruiva. E nesse instante Victoria se ergueu, caminhando lentamente até as duas, fechou sua mão no ombro da irmã mais nova.


Vamos parar com isso. – disse seriamente – Leona, eu quero te mostrar uns trabalhos que eu trouxe e você Juliana, fica sentada ali no cantinho, seja comportada.


- Victoria, eu estou perdendo a paciência com você. – Juliana falou.
- E você é alguma ameaça para mim agora? – indagou com escárnio – Vá trocar suas fraudas, Juliana. Até Leona que é mais nova, é mais adulta que você.


Leona foi puxada por sua prima mais velha, voltando à sala, sentaram-se no sofá, onde Victoria começou a apresentar alguns trabalhos que havia elaborado na faculdade.
Juliana queria sumir com sua irmã, mas não podia brigar com ela na casa dos seus tios, e sabia que levaria a pior caso isso acontecesse. A ruiva ficou sentada numa poltrona, observando as reações da sua prima, perdendo-se nos olhos cor de fogo.


- “Ah, como eu fui idiota,” – pensou de repente – “mas eu sei que você gosta de mim. Só preciso me livrar dessa praga da Victoria.” – refletiu – “Amanhã na faculdade, eu vou jogá-la no meu carro, ninguém vai poder interromper”.


E a noite na família Sobelis passou sem problemas, elas jantaram juntas e depois se despediram.


Na manhã do dia seguinte, as garotas estavam indo para a faculdade. Seus ânimos não eram os melhores, pois estavam com sono e não haviam se acostumado com o período matutino ainda.
Any e Leona andavam pelo campus, bocejando a todo instante, as duas estavam falando de seus relacionamentos, Any reclamava do ciúme de Dulce e Leona das investidas da sua prima.
Elas se separaram, cada uma foi para a sua sala e as aulas foram passando, até chegar ao seu final. Any havia feito amizade com quase todos os meninos da sala que eram muito simpáticos e divertidos, ela estava sentindo falta do ar mais leve e feminino das garotas.
A loira saiu com seu mais novo colega que estava com os braços dado com ela. Ambos riam e conversavam com entusiasmo, falando sobre o curso. Seu nome era Eris, e tinha longos cabelos castanhos claros e olhos verdes.
Any parou de falar por um momento ao ver algo que lhe chamou a atenção, viu Leona sendo puxada para fora do campus por Juliana, a loira começou a caminhar rapidamente na direção delas, ignorando os chamados de seu colega que acabou ficando para trás.
Juliana puxava a menor sem muita dificuldade, pois Leona não queria fazer escândalo, era discreta, apenas pedia para sua prima lhe soltar com um pouco de agressividade.
Any não conseguiu alcançá-las, era o horário de saída da faculdade e muitos alunos estavam circulando pelo campus, dificultando sua caçada. E quando a loira chegou à rua, viu Juliana colocando sua prima dentro do carro e saindo em seguida.


- “Maldição! O que eu faço?” – indagou em pensamento – “Victoria!” – sorriu de repente, puxando seu celular do bolso, procurando o nome na sua agenda.


 



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38

    Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.

  • ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27

    kd vc? volta apostar please

  • cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55

    adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)

  • cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20

    O Capitulo ta bugado Ç.Ç

  • anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48

    Deu bug no cap

  • rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12

    E essa fic aqui, como fica??

  • rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29

    cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!

  • luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20

    Postaaa maiss...

  • rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03

    POSTA MAIS!!!!!

  • maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19

    posta mais.....bjaum lu


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