Fanfics Brasil - Capítulo 3 - Tentação Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon

Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capítulo 3 - Tentação

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      Leona bufou e colocou o cinto de segurança, já bastava o seu braço quebrado, olhou de canto para a ruiva, que dirigia em silêncio, não sentia vontade de falar com ela, não queria se magoar novamente.


O carro esporte passava pela cidade, a ruiva procurava algum lugar para poder parar e conversar com sua prima, de repente saiu da avenida principal, indo para um bairro mais calmo e cheio de árvores. Leona parou o carro numa rua vazia e retirou seu cinto de segurança, respirando fundo em seguida.


- Agora podemos conversar? – Juliana indagou.
- Tudo bem, eu acho melhor, – falou – vamos esclarecer as coisas hoje mesmo.


Juliana tirou o cinto de sua prima que a olhou com certa desconfiança, e como previsto, Juliana fechou sua mão nos seus fios negros puxando sua cabeça na sua direção, beijando os lábios que tanto sentia saudade.


A princípio Leona tentou se afastar, batendo na mais velha com o seu braço bom. Mas se antes não conseguia afastar Juliana com os dois braços, o que diria agora que sua força foi reduzida? 


A ruiva se afastou lentamente, exibindo um sorriso satisfeito, afagou a cabeça de Leona que começou a se afastar, encostando-se a porta do carro.


 


- Por que foge de mim? – Juliana indagou – Eu juro que nunca mais vou te machucar.
- Você já jurou isso antes, – falou – pensei que íamos conversar.
- E vamos. Eu quero namorar você.
- Tarde demais, nosso tempo já se foi, tenho raiva de você, Juliana. – desabafou – Você nunca ligou para mim, me deixava jogada naquele colégio, batia em mim, me xingava... sabe como eu me sentia?
- Perdão. – pediu.
- E você acha que eu vou esquecer tudo por que você pediu perdão? – indagou com revolta – Que ridículo Juliana! Eu não quero mais você na minha vida, você parece um câncer, só me faz mal!
- Você gosta de mim, eu sei que não fui nem um pouco legal com você, mas... mas... eu... eu não queria admitir que... amava você, então eu te destratava – confessou.


 


Leona sentiu o choque daquela revelação, ela nunca havia ouvido aquela palavra da boca de sua prima antes. Sua garganta começou a lhe incomodar de repente, sentia vontade de chorar, mas não podia vacilar naquele momento, sua prima merecia sofrer pelo que havia causado.


Juliana virou-se para frente e colocou novamente seu cinto, ligando o carro e saindo dali em silêncio. Leona indagou para onde estavam indo, mas ela não respondeu, acelerando o carro sempre que podia. A mais nova ficou amuada no seu canto, sentindo vontade de ir embora.


O carro parou na garagem da casa de Juliana. Leona suspirou, ia ter que falar com seus tios agora, saiu do carro assim que ela estacionou, mas não ficou livre por muito tempo, pois foi logo puxada para dentro por sua prima que a puxava até o segundo andar.


- Onde estão seus pais? – indagou com um pouco de nervosismo.
- Na empresa. – respondeu seco.


 


Juliana abriu a porta de seu quarto e puxou sua prima para dentro, fechando-a em seguida. A morena sentiu um calafrio correr pelo seu corpo, estava sozinha naquela casa com sua prima e não podia se defender.
Leona foi guiada até uma poltrona de couro, onde ela se sentou, Juliana sentou-se numa mesinha de madeira que ficava na frente, olhando diretamente para sua prima.


- Nós nos gostamos, não tem motivo para ficarmos separadas. – falou de repente.
- Você aprendeu a falar o que sente agora? – indagou com divertimento – Gosto de você, eu não nego isso, mas também tenho ódio de você. Por isso mesmo eu quero ficar longe, entendeu, Juliana?
- Você sempre quis que eu falasse coisas bonitas para você, e agora que eu estou falando, você me olha com desprezo. – comentou.
- Nossa! Como eu sou ingrata, não é mesmo? – falou sarcasticamente – Eu devia chorar de felicidade e lamber seus pés?


- Pare de falar assim comigo. – pediu num tom baixo.
- Ou o quê? Vai quebrar meu outro braço.
- Eu não vou mais te bater – falou.
- Vamos ver até quando vai manter sua promessa. Aliás, eu não conheço ninguém melhor que você para quebrar promessas. – disse, erguendo-se da poltrona – Vamos esclarecer as coisas. Não estamos namorando, não quero mais ser arrastada por você, no máximo vamos nos falar apenas como primas.
- Eu não vou aceitar isso. – disse, erguendo-se em seguida.
- E o que vai fazer então? – indagou.
- Pare de ser infantil,  e aceita logo o que eu estou falando e vamos viver em paz – disse com agastamento, passando a mão por seus fios ruivos.


 


Leona virou-se de costas e começou a caminhar a fim de fugir daquele quarto, sentindo calafrios de ficar sozinha com Juliana. Mas a morena sabia que não sairia tão fácil, afinal conhecia a ruiva muito bem. E como previsto, ela foi puxado pelo braço novamente.


- Não terminamos, – Juliana falou – te levo para casa também. Não vai querer pegar um ônibus assim.
- Eu vou de táxi. – falou seco.
- Você sabe que não vai sair daqui enquanto eu não quiser e que eu vou fazer o que eu desejar, assim como te levar a hora que eu quiser. Por isso, pare de ficar bancando a rebelde, – falou com agastamento – estou perdendo a paciência.


A morena foi puxado para cama, engolindo em seco. No seu íntimo estava amando saber que sua prima, aquela por quem sempre foi apaixonada, estava no momento implorando por sua pessoa. Contudo, não podia esquecer-se dos dias de tortura que viveu graças a ela.


Caiu deitada na cama de casal de sua prima, a faixa que segurava seu braço foi puxada para cima de seu pescoço. Leona olhou para as mãos de sua prima que começavam a puxar a barra de sua blusa para cima, tentando retirá-la


- Não mesmo! – falou, puxando a blusa para baixo.
- Você quer também, posso sentir sua excitação daqui. – falou.


 


O braço bom de Leona foi preso com uma única mão, enquanto o outro ficou imóvel ao lado de seu corpo, ela não queria mexê-lo. A blusa da mais nova foi puxada para cima com dificuldade, Juliana tomou cuidado para não machucar ainda mais o braço engessado e finalmente retirou aquela peça de roupa.


A ruiva retirou sua camiseta num segundo, jogando-a no chão, cobriu o corpo menor, olhando para os olhos cor de fogo, observando que ela suava um pouco também. A mão da mais velha deslizou até o meio das pernas de Leona, apertando lentamente sua bct que já estava molhada.


- Eu falei que você estava excitada, – Juliana sorriu – eu sei que você gosta quando eu te toco assim.


Leona ficou envergonhada, ela não conseguia evitar que seus sentimentos fossem tão visíveis, fechou os olhos e virou o rosto para o lado, sentindo-se derrotada. Juliana sorriu e começou a retirar o calçado e a calça da menor, com pressa, precisava daquele corpo o quanto antes.


Os olhos da menor estavam fechados, ela não teria coragem de abri-los, e ficou assim, ouvindo as roupas da sua prima serem retiradas e jogadas no chão. E quando sentiu a boca da mais velha correr por sua bct, o coração de Leona pareceu explodir.


Um gemido tímido deixou seus lábios, ela passou a mão por seus olhos, escondendo seu rosto. Não queria que nenhuma expressão prazerosa fosse visível.


Juliana sorriu ao ver as reações de Leona, abriu as pernas e as flexionou no colchão, voltando a sua atenção a sua bct, desejando que ela gozasse na sua boca rapidamente. Por isso a chupava com força, pressão, enquanto uma de suas mãos acariciavam seu seios.


- Juliana... por favor, pare. – implorou, sentindo seus olhos encherem-se de lágrimas.
- É ruim admitir que está gostando? – indagou a ruiva – Não vou parar. Você vai desejar mais disso, e vai parar de tentar me afastar de você.


 


O gemido de Leona foi mais longo, ela curvou sua coluna, despejando seu gozo na boca da mais velha que continuou a chupá-la. Juliana sorriu, animando-se com a cena a sua frente, Leona estava com a mão sobre o rosto, respirava com os lábios entreabertos e seu peito subia e descia rapidamente.
A ruiva passou sua mão pelos lábios de Leona, colocando um dedo dentro da cavidade úmida.


- Chupe, Leona – pediu.
- Não. – disse, virando o rosto para o outro lado.


 


Juliana suspirou, ela tinha que ter paciência. A ruiva levou seus dedos até sua boca e os chupou, depois deslizou o seu indicador até o meio da bct da menor, começando a empurrar lentamente. Leona tentou se mover para trás, mas o braço da mais velha estava segurando sua coxa.


 


- Juliana... por favor! – pediu e gemeu alto.
- Gemendo assim, eu não vou parar mesmo. – sorriu, dando mais atenção ao que fazia, retirando o seu dedo para começar a inserir mais um, abrindo passagem.


 


Leona abriu seus olhos por um momento, olhando para a sua prima que lhe observava, as duas ficaram assim por um tempo até Leona voltar a fechar os olhos, virando seu rosto de perfil.


Quando os dedos de Juliana saíram, Leona já sabia o que viria a seguir, aspirou o ar a sua volta e logo sentiu uma pontada abaixo. Era a o vibrador de Juliana exigindo passagem, começando a caminhar para dentro de seu corpo.
E não tinha como segurar o gemido, a morena fechou sua mão na sua própria franja e começou a gemer alto, abrindo um pouco mais suas pernas para não se machucar com o volume que recebia. Juliana se derreteu com as ações da sua prima.


Começou a mover o vibrador lentamente, não desejando causar dor na menor, diferentemente das vezes que a tomava a força, penetrando-a sem nenhum preparo. E com cuidado e atenção colocou por completo aquele vibrador, inclinando-se para frente, deitando sobre o corpo esguio da menor.


- Como eu senti falta disso, – Juliana revelou – tinha que ficar me excitando sozinha, imaginando você.


Leona arfava, acostumando-se com o volume dentro dela. E aos poucos Juliana começou a mexer, segurando a cintura da menor, movendo seu vibrador para frente para trás e leves trancos, deliciando-se com os gemidos longos e profundos. A cama começou a balançar junto com as investidas da mais velha que tinha um sorriso estampado no seu rosto, num momento puxou a mão de Leona para baixo, e com a outra puxou seu rosto, vendo suas expressões.


 


- Abre os olhos para mim. – pediu.
- Não. – respondeu seco.
- Vamos, deixe-me ver seu rosto por inteiro! – pediu, beijando os lábios da mais nova.
- Já basta o que você está fazendo! – gritou.


Juliana se assustou um pouco, mas resolveu parar de falar com sua prima. Continuou com o que fazia, e sua mão deslizou para a bct da menor, desejando estimulá-la novamente, conseguindo fazer isso com sucesso.


- “Eu não acredito que estou gostando... que ódio!” – Leona pensou, sentindo raiva dela mesmo.


 


Ela queria conter seus gemidos, mas não conseguia. Juliana sabia como excitá-la, e fazia tudo muito bem. Com isso, a bct de Leona voltou a ficar molhada, 


- Viu como você gosta de mim? Não sentiria tanto prazer se fosse com outra. – Juliana falou.


A ruiva fechou seus olhos e numa investida gozou e continuou a se mover, sentindo como conseguia fazer isso facilmente, retirou seu membro de borracha e depois se ajoelhou na cama, colocando a bct da sua prima na boca novamente. Leona não agüentava mais gemer, mas continuou ao sentir a língua quente resvalar com cuidado por sua bct, não conseguiu evitar a gozar novamente na boca de sua prima. Quando Juliana terminou, ela sorriu satisfeita para a menor.


 


- Namora comigo! – pediu, beijando o rosto suado de Leona.
- Depois do que você fez?
- Eu não te estuprei, – falou com revolta – você quis também.
- Quis?
- Sim! – respondeu, vendo o par de olhos vermelhos que lhe encaravam.
- Eu quero ir embora. – falou.
- Não mesmo, vamos conversar agora. Só falta sair falando por aí que eu a forcei. – disse.
- Não foi totalmente forçado, mas eu não queria. – disse, tentando se sentar na cama, mas foi empurranda por uma mão da ruiva.
- Então você admite que não foi forçado – sorriu – e você gemeu gostoso também. Eu adorei ouvir isso... acho que você não pode negar os seus sentimentos.
- Eu já disse que não nego, mas você não entende que eu tenho ódio de você?


– indagou, elevando seu tom de voz – Você me deixa puta!
- Tente mudar isso. – sorriu, acariciando os fios negros.
- Melhor eu tentar parar de gostar de você, eu vou arranjar alguém que me ame. Eu te conheço Juliana, logo vai começar a me destratar. – disse.


 


Juliana fechou sua cara ao ouvir a proposta de sua prima, não podia estar falando sério, pois não ia admitir que ela começasse a namorar outra pessoa. Acabou sentindo ciúme de um possível namorado na vida.


- Você está com alguém? – indagou seriamente.
- Não. – respondeu.
- Está visando alguém?
- E se estiver?
- Eu vou ficar brava. – respondeu.
- E isso não representa nada para mim, – falou – agora, eu quero ir embora.
- Eu vou te levar para casa. – Juliana falou.


Leona sorriu pela primeira vez para a sua prima, sentou-se na cama e começou a se vestir com um pouco de dificuldade, contudo Juliana se vestiu e logo foi ajudá-la, amando tocar no corpo de sua prima novamente, enchendo-a de beijos sempre que podia.

OoO


Any estava sentada numa mesa de bar juntamente com Dulce, as duas bebiam cerveja e comentavam sobre a faculdade. 


- Eu vi a Juliana e a Leona saindo da faculdade hoje. – Any comentou.
- Elas estavam bem? – indagou.
- Não, eu acho que não. Leona parecia estar xingando ela.
- Você foi falar com elas?
- Eu tentei, – confessou – mas não consegui alcançar, pensei em ligar para a prima de Leona, mas eu desisti.
- Aquela garota? – Dulce indagou, erguendo uma sobrancelha.
- Essa mesmo, mas achei melhor não me envolver.
- Fez bem. – Dulce falou.


De repente, o celular da loira tocou, ela olhou para o número que reconheceu facilmente e atendeu.


- Oi, tia.
- Any, como você está?
- Bem, e você?
- Eu queria conversar seriamente com você. Recebi uma visita hoje de uma pessoa que quer falar com você.
- Uma pessoa?
- Sim, Any. É... o seu pai, Heimel.
- Meu... me... meu pai?


 


Nesse momento Dulce parou de beber e olhou para sua namorada que parecia estar impressionada.


- Ele quer falar com você, passei o seu endereço.
- Mas... mas... ele não... tinha morrido?
- Sua mãe disse isso para você? Bom, eu não sei Any. Era só isso, eu tenho que desligar.
- Tia, mas...


 


A ligação foi encerrada. Any ficou pálida, passou a mão por sua testa que suava ligeiramente e depois olhou para Dulce que se preocupou com seu estado, a karateca passou a mão pelo braço de Any, massageando-a.


- O que houve?
- Meu... pai... eu tenho um pai – falou.
- Claro que tem um pai, – Dulce falou – mas você não disse que ele tinha morrido
- Acho que minha mãe mentiu, – falou – mas se ela disse que ele morreu, talvez quisesse dizer em outro sentindo. Ele nos abandonou.
- E ele apareceu agora?
- Sim. – falou – Minha tia deu o meu endereço para ele.


 


Dulce ficou sem saber o que dizer, ela não sabia o sentimento que Any nutria pelo seu pai, mas certamente não era amor. Talvez a curiosidade de conhecer a pessoa que a colocou no mundo, mas nada mais que isso.


A loira abaixou sua cabeça e deixou uma cachoeira de pensamentos amarrotarem sua mente. Dulce a chamou diversas vezes, desejando conversar com ela, mas a loira respondia secamente, com uma palavra curta e fria,


desejando não prolongar nenhum assunto. Ela queria pensar, e nada mais. E notando seu humor, Dulce se levantou e foi pagar a conta no balcão, quando voltou, sua namorada  já estava de pé, caminhando para fora do barzinho.


Dulce abriu a porta do carro e o casal adentrou em silêncio, saindo rapidamente daquela rua movimentada por jovens universitários. O porsche preto cruzava as ruas numa velocidade média, mas logo ficou mais lento por causa do trânsito na avenida principal. Any mexia seus pés e roia a suas unhas da mão, olhando para o movimento na rua.


 


- Any... calma!
- Calma? O que meu pai quer? – indagou de repente, com certa irritação.
- Talvez queira conhecê-la, não sei. Converse com ele, ouça a versão da sua história. – falou.
- Será que ele vai à minha casa?
- Eu acho que ele vai te ligar antes. – Dulce comentou – Quer ir para casa?
- Sim. – respondeu apática.


 


Minutos mais tarde o carro estava parado na frente do prédio, felizmente a rua era calma e não havia nenhum comércio, possibilitando que Dulce parasse seu carro em qualquer lugar. Por felicidade ela tinha um bom seguro, mesmo assim sentia-se mal por deixar seu bichinho de estimação ao relento.


Any andava a frente, sem olhar para a rua, Dulce logo ficou ao seu lado a fim de protegê-la de qualquer eventualidade. O casal entrou no prédio e se dirigiu ao apartamento, onde os recebeu com seu conforto e cheiro de móveis novos.


A loira sentou-se no sofá e ligou a televisão, ficando a assistir ao noticiário sem dar muita atenção. Dulce olhou para sua namorada com angústia e começou a limpar algumas coisas que estavam jogadas pelo chão.


De repente, o celular de Any tocou. Dulce saiu correndo do quarto e foi até a sala. Any pegou o seu aparelho e atendeu a ligação do número desconhecido, tremia ligeiramente. A ansiedade, medo e raiva estavam oscilando em seu peito.


- Alô? – indagou, sentindo sua voz sair fraca.
- Anahi?
- Sim, quem é?
- Meu nome é Heimel. Eu falei com sua tia Alejandra hoje de manhã... er... ela falou com você?
- Sim.
- Anahi, eu sei que é estranho, eu falar assim com você. Afinal você não me conhece, mas eu gostaria de poder me encontrar com você.
- Você não me conhece também. O que quer?
- Eu entendo que deva estar surpresa, mas eu queria explicar o motivo do meu afastamento, explicar a história de verdade. Nós poderíamos nos ver?


- Não sei. 
- Eu vou dar um tempo para você se acostumar, eu só gostaria de vê-la. 
- Tudo bem. Quando quer se encontrar?
- Eu poderia passar na sua casa. Sua tia me deu o endereço. Tudo bem para você?
- Ah... pode... ser. 
- Poderia ser hoje?


Any ficou um minuto em silêncio, ouvindo a respiração abafada do homem que estava na outra linha.


- Pode. – respondeu finalmente.
- Que horas?
- À noite.
- Eu passo mais à tarde, tudo bem?
- Sim.  Até mais. – disse rapidamente, encerrando a ligação antes de ouvir a resposta do outro.


Any suava ligeiramente, nunca pensou que passaria por tanto esforço para falar com alguém. No fundo sempre se imaginou batendo ou brigando com seu pai, indagando o motivo por ter lhe abandonado, mas não teve coragem de dizer nada ofensivo.


- Era ele? – Dulce indagou.
- Sim. – respondeu – ele vai vir aqui.
- Hoje? – indagou com surpresa.


Any balançou a cabeça mecanicamente, olhando para a sua namorada.


- Pode ir embora, eu sei que você tem um compromisso com sua mãe.
- Não mesmo. – Dulce falou.
- Dul, eu quero falar com ele sozinha, – falou baixinho – por favor.


 


Dulce não tinha como dialogar, sentou-se ao lado da sua namorada e segurou seu rosto e começou a lhe beijar os lábios, dando vários beijos rápidos, deixando a boca de Any úmida e avermelhada. A respiração de Any pareceu normalizar.


 


- Eu vou deixar você com seu pai. – falou – Coma alguma coisa agora, vá tomar um banho. E por favor, Any, qualquer coisa me ligue.
- Claro, – sorriu, acariciando a cabeça da mais velha – pode deixar, eu estou bem.


E o tempo foi passando, Dulce teve que deixar sua namorada sozinha naquele momento importante de sua vida, desceu as escadas até o térreo com os pensamentos voltados a mais nova, quando saiu do prédio, olhou ao redor e foi até seu carro. Sentou-se no banco de motorista e ali ficou, cruzando os braços e olhando para a porta do apartamento. Se ela não podia ficar com Any, pelo menos ficaria próximo a ela.
O tempo passou, o céu estava mais escuro e os postes de luz estavam começando a se ascender. Dulce estava quase dormindo no carro quando viu alguém se aproximar da entrada do prédio. Era um casal de namorados com uma criança, a karateca suspirou e voltou a relaxar ao som do jazz que tocava.
E mais uma pessoa se aproximou da porta, Dulce estreitou o olhar e viu que era um homem adulto e que aparentava ter uns cinqüenta anos. Dulce observou os cabelos negros e os olhos escuros, tentando achar alguma familiaridade com Any. Talvez fosse ele.
- “Será ele?” – indagou em pensamento.
A porta do prédio se abriu e o homem entrou. Dulce suspirou e voltou a relaxar no carro, olhando para a janela do apartamento de Any, desejando que estivesse tudo bem com sua namorada.
E a suspeita de Dulce era correta, o homem que subia as escadas lentamente era o pai da loira, deu duas batidas inseguras na porta da sua filha, que a abriu lentamente.
Os orbes azuis de Any ficaram paralisados no rosto a sua frente. Ambos ficaram em pé, se analisando em silêncio, até que Heimel sorriu. Any abriu mais a porta e ele entrou, dirigindo-se a sala, observando o apartamento com atenção.


- Como você está, Anahi? – indagou Heimel, com uma voz forte e grossa. Ele se aproximou da janela, observando a rua.
- Bem e me pode me chamar de Any – respondeu – e você?
- Eu estou melhor agora que te achei. – respondeu, com um sorriso leve.


- Sente-se. – Any pediu, apontando para o sofá.


Heimel retirou seu casaco e sentou-se no sofá, olhando para a sua filha com admiração. 


- Você cresceu. – ele disse.
- Eu quero saber por que apareceu de repente. – Any falou, sentando-se no chão.


Heimel passou a mão por sua testa que suava, retirou um lenço de seu bolso e depois passou no rosto. Quando o guardou, pigarreou e disse:


- Sua mãe não queria que eu a tomasse para mim. Ela era muito doente, e temia que eu pedisse sua guarda, por isso ela sumiu.
- Mentira. – falou de repente.
- Eu sinto muito Any. No começo não queria ser pai, mas depois que eu a vi nos meus braços, eu fiquei encantado. Mas sua mãe, queria se casar e eu já tinha uma pessoa – confessou – eu era noivo na época.
- Você deixou minha mãe grávida e ficou com outra? – indagou com um sorriso de deboche.
- Não sabia que ela estava grávida, nós dormimos uma vez juntos, e aconteceu. Depois de um tempo eu descobri por um amigo que ela estava esperando um filho meu. – disse, tossindo levemente – No começo eu não queria, mas acabei acompanhando a gestação a conselho da minha namorada.
Any ouvia com atenção, não conseguindo entender o motivo de seu pai não ter a procurado antes. Se ele queria tanto participar de sua vida, por que não apareceu durante dezoito anos?
- E por que apareceu agora?
- Any, eu não quero te cobrar nada. Não precisa me chamar de pai, eu não fui presente na sua vida, apesar de ter procurado você por todos os lugares, – falou – eu queria saber se minha filha estava bem, passando por alguma dificuldade. Sabe o que é acordar e não saber se um filho seu está bem?
- Não, eu não sei. – falou baixinho – E como me achou?
- Eu contratei um detetive particular. Descobri o seu nome numa escola, pois sua mãe nunca te colocou numa escola antes, assim eu não pude te achar, – falou – depois eu descobri o endereço de seus tios e acabei entrando em contato.


- “Minha mãe nunca me colocou em nenhum curso... sempre aulas particulares.” – pensou – “Será que era por isso mesmo? Para me esconder... será?”.
- Sua mãe tinha problemas, mas eu gostava muito dela. – disse com amargura,


– Eu soube que ela faleceu há três anos.
- Sim. – falou.
- Sinto muito, Any. Eu queria estar ao seu lado, para abrigá-la.
- E onde você mora Heimel? – Any indagou, curiosa.
- Eu moro em outro estado, estou hospedado num hotel.
- Você é casado? Tem filhos? Trabalha com o quê? – indagou.
Heimel riu baixinho com a ansiedade de sua filha.
- Eu sou divorciado há cinco anos, e tenho uma filha linda de dez anos. E trabalho numa empresa de seguros – respondeu pausadamente – e o que você faz?
- Eu estou cursando design gráfico – respondeu – e obviamente moro aqui.
- Você fez dezoito anos mês passado, não? – indagou Heimel.
- Mês passado? Fevereiro? – Any indagou, erguendo uma sobrancelha, rindo baixinho em seguida.
- Sim. Algum problema?
- Eu faço aniversário em três de agosto. – falou.
- Não. – Heimel disse de repente, com uma expressão surpresa – Você nasceu no dia do meu aniversário, Any. Dia três de fevereiro.


- Hã? Está louco? Eu sempre comemorei meu aniversário em agosto. – Any disse, continuando a rir.
- Any, é só olhar na sua certidão. Sua mãe deve ter mentido para você, porque ela tinha raiva de mim. Nós fazemos aniversário junto. Você já olhou sua certidão?


Any ficou apática, olhou para uma estante onde estavam seus documentos. Nunca pegou sua certidão e olhou para a data que havia nascido, ou talvez tenha feito, mas não se recordava de ter visto nada estranho.


- Minha mãe não era tão louca. – ela disse, levantando-se.


A loira começou a mexer no seu armário, pegou uma pasta e puxou um documento amarelo e fedido. Havia duas xerox, contudo, uma estava diferente da outra. Heimel se aproximou da sua filha lentamente, olhando o documento por trás.


- Um é falso. – Heimel falou, puxando a folha nova de xerox – Sua mãe deve ter tirado essa xerox e modificado para mostrar para você. E esse aqui, mais amarelado é o original, que você não deve ter olhado. Não te culpo Any, eu também não ia pegar minha certidão para ver se eu realmente nasci no dia que meus pais dizem.


As mãos de Any começaram a tremer levemente, ela não podia acreditar na data que estava marcada no seu documento. Então ela era uma aquariana, e agora entendia o motivo de nunca ter se entendido com o signo de leão na sua vida. Tinha todas as qualidades e defeitos de aquário.
- Eu... estou pasma – falou.
- Eu também estou, – disse Heimel, tocando a mão no ombro de Any com delicadeza, tentando não ser muito ousado – mas não fique brava com Aimée, ela não fez por mal. 
- Eu sei que ela não fez por mal, – Any falou com irritação - mas ela não podia ter me enganado por tanto tempo.
- Às vezes ela pensou em fazer isso nos primeiros anos, mas depois viu que não tinha como mudar.
- O que mais ela escondeu de mim? – indagou um pouco chorosa.


Heimel virou sua filha lentamente, abraçando-a com carinho, deixando sua cabeça encostar-se com a da sua filha.  Any estranhou o abraço, estava com raiva e não queria sentir nenhum afeto, ela não se moveu, deixando os braços lado a lado de seu corpo.
Eles se afastaram e Any colocou os documentos em cima da mesa, não podia acreditar que tinha dezessete anos até o mês passado. Heimel buscou seu casaco em cima do sofá e caminhou até a porta, chamando a atenção da menor.


- Eu tenho que ir, eu quero que você pense no que eu te disse, não quero que me chame de pai se não quiser, só quero saber se você está bem e ser seu amigo. – disse, abrindo a porta.
- Ah... tudo bem, eu estou um pouco agitada hoje. – falou, passando a mão por sua testa.


Any o acompanhou até a porta e ficou olhando para o homem a sua frente, não sabendo se abraçava, mandava embora, pedia desculpas, se implorava para vê-lo novamente. Não sabia como reagir, contudo Heimel foi mais rápido, apertou o ombro da sua filha e se afastou.


- Eu te ligo amanhã. Estude direitinho! – disse, descendo as escadas.


A loira fechou a porta e foi até a mesa, pegando sua certidão, jogando-se no sofá e olhando para os detalhes, correu os olhos para o seu sobrenome para ver se estava correto. 
- “Anahi Portilla... eu não tenho o nome do meu pai. Minha mãe não registrou” – lia em silêncio – “ou ele não quis também, vai saber. Eu não sei de mais nada. Eu nasci em fevereiro... sou uma aquariana”.


O celular de Any tocou, ela pegou o aparelho e viu que era a sua namorada.


- Oi, Any. Está tudo bem?
- Ah? Sim...


- Eu posso subir?
- Hã?
- Eu estou aqui embaixo?
- Está?
- Sim!
- Desde quando?
- Desde que eu sai!
- Dul! Eu não acredito. Pode subir.
- Já subo!


Any respirou bem fundo e foi até a porta, deixando-a aberta para que sua namorada entrasse. E em dois minutos Dulce já estava entrando, fechando a porta, foi até a sala, onde Any estava deitada no sofá.


- E como foi?
- Dulce...
- Hum? O que foi? 
- Eu nasci em fevereiro. – falou de repente.
- Hã?


Any estendeu a certidão na direção de Dulce que começou a ler com atenção, ficando surpresa com as informações impressas a karateca não podia acreditar que sua namorada nunca desconfiou de sua idade ou então nunca havia lido sua certidão.


- Então... sua mãe mentiu para você todos esses anos? – Dulce indagou.
- Sim. Heimel disse que faz aniversário no mesmo dia que eu, por isso minha mãe mentiu a data.


Dulce sentou-se ao lado da sua namorada, deixando que Any deitasse nas suas pernas e começasse o relato sobre o que aconteceu, e às vezes Dulce dava sua opinião sobre o que Any falava.


E em outra parte da cidade, a situação e o clima eram diferentes da casa de Any. 
Aziel estava em pé, segurando uma garrafa long neck na mão, olhando para a garota a sua frente com surpresa. O visual de sua amante estava mudado. Os cabelos negros caíram perfeitamente com a face alva e os olhos esverdeados.


- Tudo bem? – Alexia indagou, sentindo um pouco de nervosismo. Ela estava há um tempo parada naquela posição, olhando para a anfitriã que não havia se movido.
- O que você fez? – Aziel indagou finalmente.
- Não gostou? – indagou com receio, tocando numa mecha cor de ébano.


Aziel colocou a garrafa em cima da mesa de centro e foi até a menor, tocou nos cabelos negros, seguindo o rosto fino de Alexia para olhar em seus olhos. E acabou exibindo um sorriso enigmático.


- Eu gostei, – Alexia falou – queria mudar um pouco.
- Ficou bom! – Aziel disse.


Alexia abriu um sorriso radiante ao ouvir aquele elogio. A sua mochila escorregou pelos seus braços, ela não havia vindo da escola, mas sempre saia com uma mochila.  A ex-loura usava jeans e blusa clara.
A mais nova foi puxada pelo apartamento, indo para o quarto. Era o lugar da casa que ela mais conhecia, nunca ficava na cozinha ou em outra parte, pois sempre era levada ao quarto. A porta se fechou, deixando o quarto escuro, nem a janela estava aberta.
Alexia deu um passo à frente e gemeu alto ao bater o pé numa cadeira, deu um passo para o lado e chutou alguma coisa que estava no chão. Enquanto Alexia tentava se encontrar, ela podia ouvir que a mais velha se despia silenciosamente. 


- Tire suas roupas. – a voz forte de Aziel ecoou pelo quarto.
A mais nova obedeceu, ansiando receber os toques daquela que tanto lhe chamava atenção. Suas roupas foram retiradas e jogadas ao chão, ficou parada no mesmo lugar, com a respiração acelerada.


 


- Você disse que queria me mostrar algo. – Alexia falou baixinho.
- Sim. – respondeu rapidamente.


A ex-loura sentiu um toque no seu ombro, se virou e tocou no seio desnudo de Aziel. A anfitriã puxou os braços da menor e passou as argolas de metal por seu pulso, fechando a algema em seguida.


- Algemas... – Alexia sussurrou, sentindo o peso do metal – o que quer fazer comigo? – indagou provocante, ficando excitada só de imaginar.
- Você verá. – respondeu.


Alexia foi guiada até a cama, se sentou e sentiu o corpo maior lhe cobrir rapidamente, amassando-a, prendendo sua respiração que saia com dificuldade. Mas ela amava ser dominada pela maior.


 


 


 


 



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38

    Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.

  • ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27

    kd vc? volta apostar please

  • cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55

    adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)

  • cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20

    O Capitulo ta bugado Ç.Ç

  • anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48

    Deu bug no cap

  • rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12

    E essa fic aqui, como fica??

  • rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29

    cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!

  • luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20

    Postaaa maiss...

  • rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03

    POSTA MAIS!!!!!

  • maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19

    posta mais.....bjaum lu


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