Fanfics Brasil - Capítulo -5 Motel Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon

Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capítulo -5 Motel

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Any estava olhando para a macarronada que estava a sua frente, o molho era incrivelmente vermelho e o aroma estava deixando-a desnorteada. Seus lábios ansiavam por aquela massa, contudo não se moveu, a pessoa a sua frente estava tentando conversar com ela.


- Eu gostaria de saber mais sobre você. Hoje eu liguei para a sua casa, e sua amiga atendeu. Eu fico feliz de saber que você tem amigas, apesar de sua mãe ter lhe prendido por tanto tempo. – disse, arrumando o guardanapo de pano em cima de suas pernas.
- Eu a conheci no colégio interno, ela se chama Dulce e vai morar comigo. – disse secamente. Any não entendia o motivo de seu mau humor, ela estava com vontade de ir embora e nem havia passado mais de trinta minutos com Heimel.
- Morar com você? – indagou com surpresa – Por quê?
- Porque eu... – calou-se, não sabendo como explicar – “será que eu digo que sou lésbica?” – pensou, ficando confusa – “talvez seja melhor eu falar depois”.
- Any?
- Ah, porque eu não queria ficar sozinha. – respondeu, passando a mão por sua franja.
- Entendo. E Any, eu gostaria de saber se você está precisando de alguma ajuda financeira, eu não sei qual sua situação. – falou, começando a comer a sua macarronada.


A princípio Any ficou surpresa com a pergunta, puxou a taça de cristal e bebeu um pouco do vinho tinto.


- Eu estou bem, minha mãe cuidou de tudo. – falou.


- Mesmo? Mas tem que se organizar, você precisa estudar e arranjar um bom emprego. – disse.
- Não, eu tenho dinheiro. – falou.
- Any, não precisa mentir. Se precisar de ajuda, fale comigo, eu sei que Aimée não tinha muita coisa, – sorriu – posso arranjar um bom emprego para você.


Anahi mastigava lentamente, enquanto ouvia seu pai falando. A loira queria interrompê-lo, mas estava de boca cheia e achou melhor deixá-lo terminar o discurso.


- Eu tenho muito dinheiro, – Any disse – o suficiente para nunca trabalhar na vida. Não preciso de emprego, apesar de querer trabalhar como designer gráfico.


Heimel sorriu, deu uma leve tossida e bebeu um pouco de seu vinho.


- De quanto dinheiro você diz?
- Bastante. – disse.
- Números... – pediu, alargando seu sorriso.


A loira se remexeu na cadeira, não queria falar o valor de sua conta bancária.


- Pode confiar, eu sou seu pai, – disse – eu só quero saber como você está.
- Ela ganhou na loteria dois anos antes de morrer, – Any falou – acho que dá para imaginar o valor.


Heimel ficou em silêncio, mas logo desatou a dar risada, chamando a atenção das pessoas que estavam sentadas por perto.


- Ela sempre foi sortuda!
- Pois é... – sorriu nervosa, olhando para os lados.
- Mesmo assim, Any. Se precisar de qualquer coisa, é só me pedir. Tem que aprender a mexer com o seu dinheiro.
- Sim, eu agradeço. – falou.


E eles terminaram o jantar, falando somente do dinheiro que Any disponibilizava e de como ela deveria investir. No início Anahi tentou mudar de assunto, mas desistiu quando seu pai voltava a discursar sobre a matéria.
Eles saíram do restaurante, onde Heimel fez questão de pagar a conta.


- Eu vou indo então. – Any disse, colocando as mãos no bolso da calça jeans, ela não sabia como se comportar perante seu pai.


- Any, eu estava pensando. Por que não passa no meu quarto? Durma comigo. Vamos conversar, amanhã você não tem aula mesmo. – sugeriu, tocando no ombro magro de Anahi.
- Talvez outro dia, amanhã minha amiga vai se mudar para o apartamento-disse.


- Ela já tem a chaves?
- Sim, por quê?
- Então ligue para ela e fale que irá ficar comigo hoje à noite. Acho que ela não vai se importar. – disse, puxando o celular do bolso da jaqueta de camurça – fale o número.
- Eu não vou dormir na sua casa hoje. – disse com irritação.
- Ah, perdão, – pediu, abaixando a cabeça, exibindo um olhar triste – você deve estar detestando o nosso reencontro.
- Não... não é isso. – disse de repente, sentindo-se uma idiota por estar destratando Heimel por nenhum motivo aparente – É que isso é muito recente, eu estou me acostumando.
- Perdão, Any, perdão... eu fiquei tão contente em saber que você estava viva, que... que... – Heimel passou a mão por seus olhos que começaram a se encher de lágrimas.


 


Nesse instante Any tirou as mãos do bolso e tocou nos braços de Heimel, olhando-o com desespero. Ela não queria fazer ninguém chorar, mesmo que tivesse sonhado com isso durante sua infância.


- Desculpe... se quiser eu vou com você. – Any falou, procurando acalmar o mais velho.
- Eu gostaria, mas você não precisa ser forçada. Vamos deixar para outro dia. Desculpe por isso!


E no final Any estava entrando no carro de Heimel, sentou-se e colocou o cinto de segurança. Seu pai estava com um sorriso alegre no rosto, logo as lágrimas haviam se secado.
- Não é muito longe daqui. – ele disse.
- Eu só preciso ligar para a minha amiga. – disse.
- Ligue agora, para ela não ficar preocupada então. – falou, dando partida no carro que saiu lentamente pelas ruas da cidade.


- “Dulce vai me matar.” – pensou, pegando o celular, começando a ligar para Dulce


A loira ficou esperando durante alguns segundos até que ouviu a voz ofegante da sua namorada


- Dul?
- Oi, Any. Eu estava malhando. Aconteceu alguma coisa?
- Eu... vou dormir fora hoje. – disse.
- Aonde você vai dormir?
- No... Heimel.
- Mas... Any eu não disse para você não ir a nenhum lugar com esse homem?
- Eu sei, não posso falar muito, Dulce.
- Ele está do seu lado? Any me dê o endereço.
- Espere, eu vou pegar.


Any olhou para Heimel que estava ouvindo toda a conversa.


- Poderia me falar seu endereço?
- Sua amiga é bem preocupada, não é mesmo? – indagou seriamente – Fica no bairro Primavera, rua dos Pinheiros, número cinqüenta e cinco, Hotel Vila Nova, quarto dez – disse.


Any voltou a dar atenção ao celular, dizendo o endereço.


- Eu vou te buscar de manhã. – falou – Primeiro vou pegar minhas coisas e depois passo na casa de Heimel lá pelas dez horas.
- Tudo bem, Dulce, obrigado. Até mais!
- Até.
A ligação foi encerrada. Any suspirou e guardou o aparelho.


- Essa garota é um pouco brava, não é? – Heimel comentou – Ela fica dando ordens para você?
- Ela só é preocupada, – falou – sempre foi assim.
- Ela vai dividir o aluguel com você? – indagou.
- Não, eu não preciso. – falou.
- Any, essa sua amiga pode se aproveitar de você e...
- Não, Dulce jamais faria isso. – falou com irritação, interrompendo o mais velho.
- Às vezes as pessoas parecem ser de um jeito, mas não são, – falou – sei disso por experiência própria. Há quanto tempo vocês se conhecem?


- Mais de um ano. – respondeu sem vontade, virando o rosto para o lado oposto de Heimel.
- Isso é pouco tempo. Bom, você verá com o tempo, eu posso estar errado também. – sorriu amarelo – Estamos chegando, é aquele hotel.


Eles chegaram ao hotel, subiram até o primeiro andar, onde ficava o quarto de Heimel. Any olhava tudo com atenção, vendo que era um hotel de no máximo duas estrelas.


- É aqui que eu vivo agora. – disse, abrindo a porta de madeira.


Any entrou e caminhou até uma grande janela de vidro, olhando o tráfego de carros abaixo.


- Logo vou ver um apartamento para mim, – falou – mas preciso de dinheiro antes, eu acho que vou ser demitido da empresa.
- Por quê? – indagou.
- Eles me mandaram de férias agora, sem necessidade e o meu diretor parecia estar preocupado com as dívidas da empresa. Eu acho que irá fechar. – disse com agastamento – Perdão falar sobre isso quer tomar um banho?
- Não, tudo bem. Se quiser falar comigo, pode contar o que está acontecendo. – falou, sentando-se numa cadeira de madeira.
Heimel retirou seu casaco de camurça e jogou-se na grande cama de casal, puxou um maço de cigarros no bolso da calça.


- Importa se eu fumar? – indagou.
- Eu não gosto, mas faça o que quiser. – falou.
- Então eu não vou fumar. – sorriu, jogando o maço em cima da mesa de madeira – Tenho que pagar pensão para minha filha menor, apesar de que minha ex-esposa não gasta o dinheiro corretamente.
- Como assim?
- Ela faz compras para ela, e sai com o novo namorado, enquanto minha filha podia estar num colégio particular, – falou – coisas do tipo. Isso me estressa demais e agora eu vou perder meu emprego, e não tenho onde morar, pois ela ficou com a casa.


 


Any olhou com pesar para Heimel, sentindo pena de sua situação


- Any, quando for se casar, olhe bem para o homem que está segurando sua mão. Você só conhece uma pessoa verdadeiramente, quando você se separa dela. – falou


As pálpebras da menor se fecharam de repente, lembrando-se do dia que se separou de Dulce, onde ela vivenciou o maior ato de violência que sua namorada poderia exercer. Certamente havia conhecido um lado de Dulce naquele dia, que jamais desejaria vivenciar novamente.


- Se precisar de alguma ajuda, peça para mim. – Any falou, olhando para Heimel.
- Ah, mesmo? – indagou com surpresa.
- Sim. – disse, com um leve sorriso – Afinal, você veio para cá apenas para me ver, não é mesmo?
- Ah! Sim, claro. – sorriu – Eu agradeceria Any. Muito obrigado mesmo.
- Você vai querer voltar para seu estado?
- Não, eu quero ficar aqui mesmo, perto de você. – sorriu.


- E de quanto você precisa? – indagou.
- Sinceramente? Eu preciso de muito, pois preciso arranjar um apartamento e pagar as dívidas com minha esposa.
- Você tem dívidas com ela?
- Sim, eu não consegui pagar a pensão de alguns meses e vai acumulando. – sorriu.
- E precisa de quanto? – indagou com receio.
- Uns... noventa mil. – respondeu – Não é muito para você, não é mesmo?


Any engoliu em seco, certamente que não era muito dinheiro para ela, mas nunca havia arrancado tanta quantia de seu cofrinho. A loira olhou para o sorriso de Heimel e pensou que talvez não tivesse problema em dar essa quantia uma única vez.


 


- Tudo bem, – falou baixinho – depois me passa o número de sua conta que eu faço o depósito.
- Muito obrigado, Any. – falou, erguendo-se da cama, indo até sua filha, puxando-a para cima a fim de abraçá-la.


Any passou seus braços pelo corpo do mais velho, não gostando daquele tipo de aproximação, mas não teria coragem de empurrá-lo para trás. E assim eles ficaram, Any emocionalmente perturbada por estar abraçando alguém que odiou mentalmente durante toda sua infância e que agora não tinha forças para xingá-lo. Enquanto Heimel exibia um sorriso otimista, adorando saber que estava conseguindo se aproximar da sua filha, ou melhor, do seu querido pote de ouro.


 


OoO


 


Na manhã do dia seguinte, Leona estava jogada no chão do seu quarto, lendo alguns livros que foram indicados pelos professores. De repente, seu celular tocou, ela esticou seu braço bom e pegou o aparelho, vendo o número que lhe ligava.
- “Juliana.” – sorriu, contudo não atendeu.


Voltou a sua leitura, contudo o celular voltou a tocar. E dessa vez atendeu, afinal era a sexta vez que havia desligado na cara da ruiva.


- Fala Juliana. – suspirou.
- Vamos sair hoje!
- Não quero.
- Quero te levar no cinema. Eu vou passar na sua casa ao meio dia e podemos almoçar fora.
- Não quero.
- Daqui a pouco eu estou aí!
- Você é surda?
- Leona, eu vou te buscar, eu sei que você vai ficar enfiada dentro...


Leona ouviu um barulho e uma leve discussão, ficou confusa, entretanto continuou na linha, procurando entender o que estava acontecendo.


- Oi, Leona!
- Ah! Victoria, como está?
- Minha irmã estava te enchendo o saco?
- Sim. Você vai fazer alguma coisa, hoje?
- Eu queria sair à noite. Vamos?
- Sim.
- Poderia chamar aquela sua amiga?
- a Any? – riu baixinho.
- Essa mesma, eu queria que ela fosse, mas sem o cão raivoso dela.
- Eu não sei, posso chamá-la.
- Chame, pois com você ela vai com certeza.
- Olha, Victoria, eu gosto muito da Any, não vá...
- Eu sei, eu sei... ela não é criança e não precisa de babá, Leona. Eu só estou querendo conhecê-la melhor.


- Sei, eu te conheço. Então está combinado, à noite você vem me buscar!
- Preguiçosa, mas depois vamos passar na casa de sua amiga.
- Tudo bem, até mais.
- Até mais, e não se preocupe que a Juliana não vai passar na sua casa. 
- Obrigado. Até!


Leona riu baixinho e tentou voltar sua atenção ao livro, contudo não conseguiu, se levantou e olhou para as duas caixas de bombom que estavam em cima de sua mesa e os cartões que havia recebido da sua prima. Pegou um cartão rubro e o abriu, relendo o que sua prima havia escrito, suspirando.
- “Eu sou uma fraca mesmo” – pensou, permitindo-se sorrir – “mas ela tem que sofrer um pouco também. Dessa vez não vou ser tão fácil... apesar de eu querer ficar com você, Juliana”.


 


 


OoO

Do outro lado do bairro, Alexia estava deitada na cama, não queria levantar de jeito nenhum, mesmo que sua mãe ficasse batendo na porta do quarto, pedindo para ela sair. 
Já se passava das onze horas e ela não tinha ânimo para ficar de pé. Seu peito estava pesado, pois sentia remorso de ter enfrentado Aziel. E se a loura não quisesse mais ficar com ela? Tinha medo de ser rejeitada.
A ex-loura rolou para o lado e se levantou, caminhando até a suíte onde fez sua higiene e tomou um banho rápido. Quando terminou, vestiu uma calça jeans e uma blusa colorida, olhando-se no grande espelho.
- “Eu uso roupas infantis. Preciso mudar isso” – pensou, saindo do quarto.


 


Alexia desceu as escadas e foi até sua mãe que estava tomando café, enquanto seu pai lia um jornal.


- Onde está Kirias? – Alexia indagou.
- Foi ao antigo colégio ver uma amiga, – disse a mãe – aquele colégio horrível.
- Ah? Que amiga? – indagou com irritação.
- Hum... não me lembro, ela tinha um nome estranho, – ela disse – você lembra, querido?
- Não, meu bem. – respondeu o marido, voltando à atenção para o jornal.
- Madona por acaso? – indagou Alexia, sentando-se na cadeira.
- Isso! Essa mesmo. – disse a mãe.


Alexia torceu o nariz e ficou com um humor pior, tomou um pouco de suco e ficou em silêncio.


- Mãe...
- Hum?
- Eu queria comprar roupas.
- Mesmo? – sorriu animada – Eu adoraria. Quando quer ir?
- Hoje mesmo, se puder.


A mãe sorriu e começou a falar com entusiasmo sobre as lojas que gostaria de visitar com a caçula.


 


OoO


 


Any já estava dentro do carro de Dulce que havia se atrasado um pouco para buscá-la, Heimel estava na calçada, despedindo-se da sua filha com um sorriso de orelha a orelha, enquanto Dulce estava com vontade de ir embora logo.


- Dulce, ela está inteira. – Heimel falou, um pouco provocativo.
- Eu estou vendo. – respondeu.
- Er... Dulce, vamos indo – Any pediu.
- Por que não almoçamos os três juntos? – Heimel sugeriu.
- Agora? – Dulce indagou com surpresa.
- Sim, por que não? – sorriu – Tem um restaurante muito bom ali. – disse, apontando para uma esquina.


Dulce recusaria, contudo algo lhe deixava incomodada com aquele homem e queria conversar mais com ele para concluir suas suspeitas.
- Eu acho melhor não...
- Sim! – Dulce falou, interrompendo a loira – Vamos almoçar! – sorriu, desligando o motor do porsche, saindo rapidamente do carro.


Any bufou e saiu também. Dulce acionou o alarme e as janelas se fecharam. O trio começou a caminhar até o restaurante, Any andava no meio e estava em silêncio, ouvindo Dulce e Heimel conversarem.
O trio sentou-se na mesa de bar e pediram um prato comercial. Por debaixo da mesa, Any tocou levemente nos dedos de Dul, sentindo vontade de acariciá-la, mas logo parou.


- O que você faz da vida, Dulce? – Heimel indagou.
- Estudo educação física – respondeu – e você?
- Eu trabalho numa empresa de seguros. – respondeu – Você vai morar com minha filha, certo?
- Sim, hoje mesmo vou me mudar. – respondeu.
- Mas vai ajudá-la a pagar o aluguel? – indagou.
- Ela não vai precisar fazer isso, – Any respondeu – eu já lhe disse.
- Mas eu acho mais justo. – disse Heimel, olhando diretamente para Dulce que não tinha como argumentar – E você tem namorado, Dulce?


A karateca riu baixinho quando ouviu a pergunta, não sabia o que responder, e então olhou de esgueira para Any que acabou sorrindo também.


 


- Dulce é minha namorada. – Any falou de repente.


Um silêncio instalou-se no ambiente, Heimel olhou para sua filha com abalo, sentindo um frio correr por sua espinha e depois voltou sua atenção para Dulce que continuava com o mesmo sorriso azucrinante no rosto.


- Su... su... sua namorada? – indagou, suando frio.
- Sim, eu sou lésbica. – Any disse tranqüilamente – “Vamos ver como você vai se sair Heimel.” – Any pensou.


- Sério? – Heimel indagou.
- Nós parecemos estar brincando? – Dulce indagou, mantendo-se séria – O que você pensa a respeito disso?
- Mas... Any... você é tão nova, – Heimel disse – essa garota deve ter te influenciado! – disse com revolta.


Any e Dulce se entreolharam com surpresa, a karateca riu baixinho e Any fechou a cara ao ouvir aquilo. Certamente ela não foi influenciada.


- Eu sabia que você precisava de uma figura paterna! Olha no que deu! – Heimel exclamou, passando a mão por sua testa – Desde quando você é assim?
- Desde sempre, – Any respondeu rapidamente – nunca gostei de homens . Ah, e só para saber, Dulce não é minha primeira namorada, então ela não me influenciou.
- Não, Any, eu não posso aceitar isso. – falou – Você já ficou com um homem antes?
- Uma vez, quando era pequena – respondeu – e se você aceita ou não, isso não vem ao caso, eu sou o que sou e você não tem direito nenhum de se meter na minha vida.
- Eu sou seu pai, eu sei o que é melhor para você, – disse, contudo, ao perceber que estava falando mais alto, Heimel se acalmou – mas... se você estiver feliz... – falou, olhando com ódio para Dulce – tudo bem, você tem razão, eu não posso me meter na sua vida, mas posso dar minha opinião.
- Hum... espero que tenha entendido. Eu não vou mudar. – Any falou.
- E vocês namoram... há quanto tempo? – indagou a contragosto.
- Um ano e alguns meses. – Dulce respondeu.
- E vocês fazem... er... como posso dizer..


Heimel estava curioso, mas não conseguia perguntar. Any e Dulce já imaginavam a pergunta, não acreditando que ele estava sendo descarado a esse ponto...


A loira começou a ficar constrangida e Dulce indignada.


- Acho que não precisamos entrar em detalhes, certo? – Dulce indagou – Fazemos o que os outros casais fazem.
- Mas... quem... qual de vocês... er...
- Heimel, eu não quero falar sobre isso. – Any falou de repente.
- Mas eu estou curioso e perplexo! – exclamou – Qual de vocês manda na relação?


O casal se olhou e não respondeu. O horror de Heimel foi substituído para uma curiosidade sem tamanho.


- Seria você? – indagou, olhando para Dulce.
- Sim. – respondeu seco, sentindo um beliscão que Any lhe deu na perna.


Heimel jogou-se para trás, suspirando.


- Nem para você saber mandar na situação, Any. Que vergonha. – Heimel falou – Como você pode gostar disso? Que horror!
- Eu vou embora, – Any falou, levantando-se – vamos Dulce.


Dulce nem esperou Any chamar novamente, se levantou e puxou de sua carteira uma nota num alto valor e jogou na mesa a fim de pagar os pedidos que logo viriam.


- Hei, Any. Almoce comigo! – Heimel pediu.
- Não estou com vontade. – respondeu, caminhando para fora do bar.


Dulce andava ao lado de Any. Heimel correu até sua filha, puxando-a pelo braço. Ele estava afastando seu pote de ouro por causa de seu preconceito.


- Perdão, mas eu fiquei surpreso. Isso não muda o que eu sinto por você, minha filha– disse.
- Ah, nós nos falamos depois, eu vou para casa. – Any disse, tentando se afastar.
- Almoce comigo, depois você vai para casa!


Dulce tocou no ombro do mais velho, apertando levemente sua musculatura. A karateca continuava com seu instinto protetor, não importando se era um garoto em cima de Any ou mesmo seu pai. Ela não ia permitir que sua namorada ficasse desconfortável.


 


- Eu não vou fazer nada, – Heimel disse, soltando o braço de Any – pode me soltar, criança – falou, olhando para Dulce.


Dulce o soltou com um leve sorriso e puxou Any pela mão, caminhando com ela pela calçada, sem olhar uma única vez para trás. Elas entraram no carro e Any suspirou, jogando-se no assento.


- Coloque o cinto, – Dulce pediu – vamos sair daqui.


A loira obedeceu, e elas saíram rapidamente daquela rua.


- Eu não pensei que você ia contar para ele, – Dulce disse – mas foi melhor assim. Pois ele ia ficar indagando sobre mim o tempo todo. E você já percebeu que no apartamento tem apenas uma cama de casal?
- Eu achei melhor falar, eu quase falei ontem, mas... hoje não tinha como evitar. Eu não queria mentir sobre mim, – falou – você se constrangeu Dulce? – indagou com preocupação.
- Claro que não, eu fiquei contente. – sorriu, passando sua mão direita pela perna da mais nova.


O casal chegou até o apartamento. Dulce começou a descarregar suas malas e elas começaram a subir a longa escadaria até o apartamento. E depois de muito suor e sol na cabeça, elas terminaram.


- Quanta coisa! – Any reclamou, jogando-se no piso frio de madeira.
- Não reclama! Eu tive que carregar os seus móveis. – falou!
- Dul...
- Hum?
- Meu pai me pediu dinheiro. – confessou.


Dulce arregalou os olhos e franziu seu cenho em seguida, ficando com uma expressão dura, sentou-se ao lado da menor, olhando para seus orbes azuis.


- Quanto ele pediu?
- Noventa mil. – respondeu.
- O QUE?
- Eu sei, é muito. Mas se eu der isso, eu acho que ele pode sair do meu pé. – falou.
- E você quer fazer isso? – indagou – Quer dar esse dinheiro e quer que ele suma
- Talvez seja melhor, talvez eu saiba como ele é de verdade. Esse dinheiro não é nada para mim... você sabe. – falou.
- Eu sei, mas faça o que achar certo. Eu não daria se fosse você, mas Any, se você se sentir melhor, então faça.


 


Any estendeu seus dois braços e os passou em volta do pescoço de Dulce, puxando-a para baixo, buscando os lábios da sua amada. Elas se beijaram lentamente, Dulce foi se ajeitando no chão, ficando com o corpo em cima de Any.


- Vamos ao motel hoje à noite? – Any convidou.
- Hoje?
- Sim, por quê?
- Ah... não vai dar Any. – falou, beijando a bochecha da sua namorada.
- Não? – indagou com desânimo – Por quê?
- Eu vou assistir um campeonato de luta. – disse.


A face de Any ficou entristecida.


- Ah, tudo bem, eu desmarco. – falou a karateca.
- Não, vá ver esse campeonato. Nós vamos outro dia – disse, com um sorriso amarelo.
- Com essa cara de cão sem dono, eu vou mudar de idéia, – sorriu – vamos ao motel. Qual você quer ir?
- Não, não, vá ao campeonato, eu vou ficar com remorso. Você tem que se divertir!
- E eu me divirto com você, – sorriu – eu nem quero mais ir. Vamos ao motel.


Any se sentou ao lado da sua namorada e afundou seus lábios na curva de seu pescoço, beijando a região.


- Vamos amanhã, tudo bem?
- Como você quiser, Any. – sorriu – Se quiser ir hoje e amanhã também, para mim tanto faz. O que importa é que você esteja feliz.
- Ah, Dulce você sabe falar coisas doces. – sorriu, enchendo o rosto da namorada de beijos – amanhã nós vamos.


 


Dulce se levantou e puxou Any pelas mãos, levando-a até o quarto. A loira foi com um sorriso alegre, já imaginando o tratamento que ia receber, e a porta do quarto se fechou num estrondo.


 


OoO


 


E no colégio Saint Rosre, Kirias estava sentada numa arquibancada, olhando para a garota que estava deitada nas suas pernas.


- Como estão sendo os dias? – Kirias indagou, acariciando os fios negros.
- Como sempre. – respondeu.
- Estão te enchendo o saco? – indagou.
- Você sabe que sim. – respondeu.
- Quem está te perturbando?
- Kirias, não vai adiantar falar com elas.
- E quem disse que eu ia conversar? – indagou – Eu vou quebrá-las.


Madona sorriu, ergueu-se e ficou sentada ao lado da loura. Suas mãos frias puxaram seu rosto, aproximando seus lábios que se encontraram num beijo tépido.


- Eu senti saudade de você. – Madona confessou.
- Pensei que não ouviria isso. – disse a loura – Quer ir ao motel comigo?
- Kirias, eu tenho dezessete anos ainda. – riu baixinho.
- Ah, aquele motel que fica no centro aceita todas as garotas do colégio, – disse – eu ia lá com meus quinze anos.
- Eu nunca fui num motel... – falou baixinho, olhando para baixo.


Kirias ergueu seu queixo, divertindo-se com a timidez da sua namorada.


- Você vai gostar. Vamos hoje.
- Mas... mas... e se me barrarem? – indagou com receio.
- Não vão te barrar, e qualquer coisa, eu pago a mais, – falou – assim eles nos deixam entrar.
- Ah, que vergonha. Acho melhor não!


Kirias olhou para a abóbada celeste e aspirou todo o ar a sua volta. Ela tinha dificuldade de chamar Madona para fazer sexo com ela. A loura podia contar nos dedos às vezes que as duas se deitaram.


- Madona, nas férias você não ficou comigo um dia sequer e todas as vezes que eu venho aqui, você me recusa! Eu preciso de você. – falou com certo agastamento.
- Perdão. – pediu – Mas... eu tenho um pouco de vergonha e queria sabar como agir e ...
- Vergonha? – riu baixinho – Não tenha vergonha, eu vou fazer ao contrário.


- Ao contrário? Como assim?
- Você faz tudo. Eu deixo você colocar o vibrador em mim. -Tudo bem para você?


Madona arregalou os olhos e ficou apreensiva com aquela proposta, ela não sabia se comportar na cama direito, não sabia como agir, por isso sempre foi passiva. Apesar de ter feito sexo pouquíssimas vezes na sua vida, sendo que quase todas foram com Kirias.


- O que você me diz? – indagou Kirias, puxando o queixo da menor, fitando seus olhos – Vamos?
- Eu não sei, – falou – acho melhor você mesmo fazer.


E ao ouvir aquela resposta, Kirias começou a rir , beijando a testa da mais nova. Ergueu-se e puxou a mão de Madona que começou a indagar para onde estavam indo.


- Vamos para o meu carro, nós vamos ao motel.
- Ah... eu não sei, Kirias...
- Você só está me provocando desse jeito, – falou, olhando para trás – assim você me deixa com muito tesão.
- Não era minha intenção. – disse, soltando um suspiro nervoso.
- Não? – riu – Agora já foi. Eu já estou nesse estado há muito tempo.
- Ah, Kirias, eu já dormi com você várias vezes. – falou.


Kirias parou de andar e voltou seu tronco para trás, colocando as duas mãos na cintura, olhando com assombro para a menor.


- O que foi? – Madona indagou receosa, não entendo aquele olhar.
- Várias vezes? – Kirias indagou, arregalando os seus olhos – Várias vezes? – tornou a indagar.
- Si... sim. – respondeu insegura.
- Madona, nós só fizemos cinco vezes! – disse – O resto só foram preliminares frustradas! – exclamou, com revolta.
Madona olhou para baixo, sentindo suas bochechas ficarem levemente avermelhadas. Ela podia tratar os outros assuntos com leveza, pois era muito inteligente, tendo uma maturidade superior as garotas de sua idade, mas quando o assunto era sexo, Madona ainda estava engatinhando.


 


- Várias vezes? – riu alto.
- Ah... você que não se contenta, – Madona disse – isso já é bastante. Bom... vejamos, vamos dar um exemplo. Quantas vezes será que suas amigas fazem sexo num mês?


Kirias cruzou os braços e olhou seriamente para sua namorada, não acreditando que ela estava fazendo aquela pergunta.


- Que amigas? – Kirias indagou.
- Ah... vejamos. Pode ser Any e Dulce ou Juliana e Leona. – disse.


O humor de Kirias estava se alterando, ela achava hilária a inocência da sua namorada. Madona era seu oposto e por isso amava ficar ao seu lado.


- Madona, quantas vezes você acha que... vejamos, Dulce e Any fazem sexo por mês? – indagou.
- Hum... sei lá, não sei como elas são, mas... talvez umas cinco vezes, – disse – ou menos, não sei.


E nesse instante Kirias inclinou seu tronco para baixo e segurou-se nos joelhos, para conseguir se manter em pé diante da sonora gargalhada que saiu por sua garganta. E ficou rindo durante um bom tempo.


- Ah, pare de rir! – Madona pediu com irritação.
- Ai... ai... essa piada foi boa. – disse a loura, passando a mão por seus olhos que estavam cheios de lágrimas – Cinco vezes! Eu tenho que falar isso para a Dulce, ela vai rir também.
- Não vai falar isso para ela não! – falou com exaltação – Ela vai pensar que eu sou estranha!
- Isso eu tenho certeza, Madona, – sorriu – mas para satisfazer a sua curiosidade, talvez elas façam cinco vezes num único dia. Mas com certeza fazem uma vez por dia, resumindo, no mínimo trinta vezes num mês.


A morena cruzou os braços e arregalou seus olhos, não acreditando naquela informação.


- Como Any agüenta? – Madona indagou mais para ela mesma do que para Kirias.
- Chega de conversa! Vamos logo, – disse, voltando a puxar o braço da menor – hoje você não me escapa.


 


Madona até sentia vontade de abraçar e beijar sua namorada, mas quando estava na hora de sentir o corpo da loura por inteiro, o seu corpo parecia se fechar diante da loura. Por isso tinha problemas em deitar-se com Kirias.
Elas entraram no carro, Madona colocou o cinto e ficou olhando para os CD’s que estavam no porta-luva, e após um minuto de estudo, ela colocou um CD que gostava de música indígena.


- Está com fome? – Kirias indagou.
- Sim, isso eu estou. Vamos comer algo e esquecer esse motel. – falou com entusiasmo.
- Tem comida no motel, – sorriu maldosa – a gente come algo lá.


Madona cruzou os braços e ficou olhando para a paisagem da montanha. Kirias estava sentindo-se perturbada por ter que obrigar sua namorada a ir a um motel com ela, mas sabia que Madona não fazia por mal e que ela realmente tinha dificuldades.
Alguns minutos, e o carro já estava nas ruas da cidade, com as rodas cheias de lama. A loura parou o carro na frente de um sex shop, chamando a atenção de Madona que começou a escorregar no banco.
- Vamos ver se achamos algo para você. – Kirias disse, desligando o carro e colocando a chave no bolso.
- Eu não vou entrar, – disse a morena – não mesmo. Vai você!


Kirias saiu do carro e deu a volta, abrindo à porta de Madona, começando a arrancar a menor dali a força. E após muito esforço elas começaram a entrar no sex shop, ignorando a placa que proibia a entrada de menores de idade.


- Eu não posso entrar. – Madona sussurrou.
- Fica quieta, você tem cara que tem dezoito. – Kirias falou.


O casal passou por um corredor e uma atendente os cumprimentou e indagou se queriam algo em especial. Kirias a dispensou e começou a olhar a prateleira.
Madona parecia uma criança descobrindo um mundo novo, ela olhava para os equipamentos, e alguns objetos que não sabia para que serviam.


 


- Kirias, o que é isso? – indagou a morena, pegando uma caixinha cheia de bolinhas coloridas – parece bolinha de gude.


A loura pegou a caixinha e a examinou.


- Ótimo, vou comprar isso para você. – disse.
- Mas... o que é isso?
- Você verá, – sorriu maliciosa – hoje mesmo. Agora vamos ver um gel para você.


A loura caminhou até a atendente que lhe sorriu.


- Tem gel lubrificante? – pediu.


E nesse momento Madona sentiu vontade de sumir daquele lugar, passou a mão por seus longos cabelos e virou de costas, indo para um corredor que estava cheio de DVD’s pornôs.
Kirias apareceu atrás dela com dois objetos na mão.


- Qual você quer, – indagou a loura – esse ou esse?
- Não pergunta para mim – pediu num sussurro – o que vão pensar?
- Que somos lésbicas. – respondeu o óbvio – Qual você quer? Cheire e escolha.


Madona pegou o vidro na mão e cheirou, começando a ler as instruções.


- Tanto faz, – disse – eu quero esse. – falou, escolhendo o vidro vermelho.
- Ótimo, já estamos indo. Quer alguma coisa?
- Não. – respondeu rapidamente.


Kirias sorriu e foi até o caixa, pagando pela mercadoria, e quando estava saindo, viu que sua namorada já estava na rua, a esperando. O casal entrou no carro e Madona respirou fundo.


- Não fique tão nervosa. É normal entrar num sex shop. – falou.
- Eu nunca tinha entrado. – revelou.
- Imagino. Você foi criada com muita repressão, – falou – isso vem do seu pai, não é mesmo?
- Sim, – respondeu – minha mãe também não fala sobre isso. Sexo é coisa do diabo para eles.
- Que ridículo, – comentou – e eles não fazem sexo? Que hipocrisia!
- Não fale assim deles, Kirias. – pediu – são meus pais, e eles vivem assim e não fazem mal para ninguém!


- Ah, tudo bem não vou falar sobre isso, pois eu não quero ofendê-la. Hoje eu só quero ver um sorriso no seu rosto e ouvir seus gemidos de prazer. – sorriu.


Kirias recebeu um tapa no braço e riu baixinho, dando partida no carro. Elas ficaram rodando pela cidade até irem à entrada de um motel.


- Não acredito que esse motel não tem entrada de carro, – Kirias falou – que coisa pobre. Mas esse aqui não pede RG.
- Eu não vou entrar pela rua com você, – Madona falou – de jeito nenhum!
- Ah, entra correndo, – Kirias falou, estacionando o carro numa grande vaga que havia do outro lado da rua. Quando o carro foi desligado, Madona se agarrou ao cinto se segurança balançando a cabeça negativamente.
- Não vou, não vou!


Kirias bufou, saiu do carro e fez o mesmo movimento, abriu a porta do carona e começou a arrastá-la para fora do carro. Algumas pessoas que passavam pela rua pararam para ver o casal.


- Todo mundo está te olhando agora, – Kirias falou com desdém – vamos logo.
- Eu vou falar que sou menor de idade!
- Se você falar isso, eu vou embora! – ameaçou.
- Embora? – Madona indagou, parando de fazer seu escândalo – para onde?
- Para minha casa, – respondeu – você está me chutando como se eu fosse uma doença. Eu te amo, eu já disse isso. Eu deixei de ficar com minha irmã, pois eu quero você... e agora que nós estamos juntas, vamos tentar nos dar bem!
- Está arrependida por ter deixado sua irmã? – indagou, franzindo seu cenho.


Kirias bateu na porta do carro, fechando-a num estrondo. Ela começou a ficar irritada, não queria voltar a essa discussão novamente.


- Não, não estou, mas estou começando a me arrepender. – falou.
- Então volta para ela, – disse com amargura – eu vou pegar um táxi.
- Com que dinheiro? Você não trouxe nada!
- Eu pago quando chegar ao colégio. – respondeu secamente.


 


Madona estava sentindo seu peito acelerar, ela olhou para os lados e viu um táxi estacionado numa esquina, seus olhos estavam entristecidos, contudo queria sair dali. Deu um passo a frente e logo foi obrigada a dar outro para trás ao ser puxada pela mão forte da mais velha.


- Onde está indo?
- Voltando para o colégio.
- Larga de ser infantil, – pediu – eu não entendo o motivo de querer ir embora, eu quero você. Afinal, eu estou aqui com você!
- Não vamos discutir, por favor. – pediu, abaixando a cabeça.
- Certo, eu também não quero discutir, – Kirias sorriu amarelo – vamos entrar logo.
- Certo. – Madona disse, estendendo a mão até a maçaneta do carro, mas recebeu um tapa na mesma, olhando com surpresa para a loura.
- Entrar no motel, não no carro!
- Ah, Kirias... – resmungou, olhando aflita para a entrada do motel.


Kirias começou a puxá-la sem se importar com os xingamentos que estava recebendo e quando chegaram à recepção, Madona ficou em silêncio e olhando para baixo, enquanto ouvia sua namorada pedir um quarto.


- Qual você quer? – Kirias indagou, apontando para uma televisão que mostrava a imagem dos quartos.
- Tanto faz. – respondeu rapidamente, querendo sair da frente da atendente.


Kirias escolheu um quarto e deixou sua identidade no local e quando pediram a identidade da mais nova, Kirios apenas deixou uma nota num valor mais alto, fazendo a atendente sorrir e lhes desejar uma boa estadia.


Madona andava com a cabeça baixa, sentindo sua mão ser puxada por Kirias. Elas entraram no elevador, que os guiou até o último andar, a loura havia escolhido o melhor quarto, apesar daquele motel não ter grandes coisas.
Saíram do elevador sendo recebidos por um carpete grosso de madeira, onde uma grande passadeira vermelha decorava o local. Havia quadro e vários vasos de plantas que foram postos ao lado das portas.
Kirias abriu a porta do quarto e entrou, puxando a menor. A loura trancou a porta e começou a caminhar pelo quarto, indo até a janela, fechando a cortina para evitar a claridade
Madona sorriu ao ver a decoração do local, olhou para cima e viu que tinha um grande espelho no teto, estranhando um pouco. A morena foi até a suíte onde havia uma grande banheira com hidromassagem, tocou na pia, vendo que havia secador e as toalhas estavam empacotadas.


- Ah, eu me esqueci de pegar meus CD’s – Kirias reclamou – vamos ver o que tem para nós ouvirmos. – comentou, mexendo no som.


Madona se sentou na cama que era redonda, com um rico lençol azul marinho, recheado de desenhos feitos com linhas douradas. As paredes eram ilustradas, com imagens de corpos humanos feitos apenas com traços, sendo um pouco surrealista.


- Quer comer? – Kirias indagou.
- Hum... não sei. – falou.


A loura puxou o cardápio e se sentou ao lado de Madona. As duas ficaram olhando para os pratos comerciais, até que escolheram um prato simples, e a loura pediu uma garrafa de saquê.


- Vai querer me embebedar? – Madona indagou, beijando a bochecha da loura.
- Se for o jeito. – sorriu.


A loura retirou suas roupas e pegou um roupão branco que estava dentro de um pacote, depois jogou o outro pacote para Madona. A morena retirou suas roupas rapidamente e colocou o roupão.


Kirias começou a encher a banheira com água fervente, a fim de lavá-la primeiro, para depois encher para ambos tomarem um banho. E quando a banheira encheu, ela abriu os ralos e voltou a encher novamente.


- O que está fazendo? – Madona indagou.
- Limpando. – respondeu.


Os minutos se passaram e o almoço chegou, Kirias recebeu o carrinho de metal. Elas sentaram-se numa mesa de mármore e começaram a comer, comentando algumas coisas.


- Eu acho que vou cortar meus cabelos. – Madona comentou.
- Não! – Kirias disse de repente – Gosto deles assim. Por que quer cortar?
- Calma. Eu só quero cortar uns quatro dedos, não é muita coisa. – disse.
- Ah, bom! – sorriu.


Quando terminaram de almoçar, Kirias e Madona foram até o banheiro, onde começaram a enxaguar a boca. Madona retirou do bolso de sua calça jeans uma bala de menta, que passou para Kirias chupar também.


- Eu não pensei nisso, – Kirias falou – ainda bem que você tinha.


A loura caminhou até a garrafa de saquê abrindo-a em seguida, ela começou a sorver alguns goles pela boca da garrafa e depois estendeu para a menor.
Madona bebeu um pouco e suas faces já começaram a ficarem avermelhadas, tossiu levemente e estendeu a garrafa para a loura que deu um longo gole e voltou a dar a Madona.


- Quer entrar na banheira? – indagou a loura.
- Vamos. – sorriu.
- Sabia que ia querer. – disse.


O casal entrou na banheira. Kirias deixou a garrafa ao lado e relaxou seu corpo, molhando seu moicano que ficou jogado no seu rosto, Madona permitiu que seus cabelos caíssem como um manto pela água quente.


 


- Isso é muito bom. – comentou.
- Viu como não é tão ruim? – Kirias indagou.


A loura puxou a menor, colocando-a entre suas pernas, começando a beijar a curva de seu pescoço, enquanto suas mãos começaram a dançar por sua barriga, descendo perigosamente até o baixo ventre de Madona, onde sua mão tocava na sua bct.
Os joelhos de Kirias ficaram abaixo das pernas da morena, ela flexionou seus joelhos, fazendo com que as pernas de Madona se abrissem por completo e fossem puxadas para trás, ficando presas em cima das pernas torneadas da mais velha.
A respiração da morena começou a ficar acelerada. Ela deixou suas mãos deslizarem pelas pernas de Kirias, apertando-as com força, à medida que sentia seu corpo se acender.
O rosto de Madona foi virado por ela mesmo, a fim de beijar os lábios da sua namorada. As duas beijaram-se, deixando suas línguas saírem pelo ar externo, encontrando-se fora de suas bocas. Kirias abraçou Madona, apertando suas costelas, sentindo vontade de tomar aquele corpo.
A mais velha se ergueu na banheira, puxando Madona para cima. Kirias começou a puxá-la apressadamente até a cama, pegou uma toalha e passou rapidamente pelo seu corpo e depois começou a secar Madona com a mesma afobação.
A loura puxou sua sacola de compras e pegou os dois itens. A caixinha foi aberta e Madona pegou uma das bolinhas, sentindo um cheiro de camomila vindo de uma delas.


- Humm... isso é cheiroso. – comentou, entendendo a bolinha até o nariz de Kirias que cheirou também – O que isso faz?
- Eu vou te mostrar, – disse – deite-se.


Madona hesitou um pouco, mas obedeceu, deitando-se na cama vagarosamente. Kirias pegou uma bolinha e colocou na entrada da bct de Madonaa, começando a pressioná-la para dentro.


 


- O que está fazendo?! – indagou a morena, fazendo a menção de fechar as pernas.
- Essa bolinha estoura dentro de se corpo, lubrificando, – respondeu – deixe-me colocar.


Madonaa abriu mais seus lábios e um pouco mais suas pernas, deixando Kirias empurrar aquele pequeno objeto, gemendo levemente sentindo seu corpo doer.


- Pronto. – Kirias sorriu – agora feche as pernas e senta na cama.


A morena obedeceu, e quando se sentou, sentiu a bolinha se estourar. Um líquido frio e um pouco ardente começou a deslizar pelo seu interior.


- O que achou? – indagou.
- Estranho, – respondeu – gelado... e molhado.
- Ótimo, vou por mais! – disse com entusiasmo.


Madona caiu para trás novamente, e sentiu outras bolinhas entrarem no seu corpo, e elas logo estouraram, lubrificando a região. Kirias inclinou sua cabeça e capturou a bct da morena, começando a chupar vagarosamente.


O rosto da menor movia de um lado para o outro, mas ela parou ao ver que podia observar tudo do espelho que ficava no teto. Assim podia ver todo o corpo de Kirias, admirando seu corpo definido.
E seu gozo foi precoce, ela mesma se surpreendeu com isso. Kirias sorriu vitoriosa, pois queria que sua namorada sentisse prazer logo. A loura se sentou na cama e puxou Madona pelos cabelos, torcendo-os levemente.


- Ah, Kirias... isso dói! – reclamou.


A loura torceu ainda mais as mechas cor de ébano e empurrou a cabeça de Madona até sua bct.


- Chup*a bem gostoso. – pediu.


E Madona obedeceu, sentindo a bct molhada e quente da sua namorada. E sua cabeça começou a se mover para cima e para baixo, chupando com seiva. Kirias deu um tapa na nádega da menor, e no instante seguinte começou a apertá-la e arranhá-la com as unhas, dando alguns puxões de cabelo quando sentia vontade.


- Ah, pode para, Kirias falou – Fica de quatro.
- Kirias, vá devagar. – pediu.
- Eu vou. – sorriu, dando um tapa de leve no rosto da menor.


Madona se virou e ficou com os cotovelos apoiados na cama, ela flexionou os joelhos e olhou para trás. Os orbes cor de mel estavam num tom febril, ela colocou seu vibrador e passou um pouco de gel.


- Eu vou penetrar. – avisou.


Suas mãos apartaram as duas nádegas, olhando para o alvo. Kirias continuou segurando uma nádega enquanto sua outra mão guiava seu vibrador até a entrada fechada e estreita, começando a penetrar lentamente.


- Ah! Isso!... – Madona gemeu alto, abrindo mais suas pernas – Vai devagar.
- Eu estou indo. – disse, passando a mão por sua testa suada.


A paciência de Kirias estava se assemelhando com a paciência de Buda. Ela movia seu brinquedo lentamente, parando quando ouvia a menor gemer com mais intensidade, e apesar de sentir muito prazer em machucar os outros, no momento, queria dar carinho e prazer a sua namorada.


- Está quase, – Kirias falou – vai doer um pouco agora.


Kirias moveu seu vibrador para frente num tranco, colocando o resto que faltava, sentindo o corpo de Madona tremer. O gemido da morena foi alto, excitando Kirias.


As mãos da loura começaram a acariciar o corpo da morena, sentindo seu suor, esperando que ela se acalmasse, mas sua paciência logo foi desmanchada, começou a mover seu vibrador lentamente, dando início a uma sessão de gemidos longos e prazerosos.


- Se fizermos... todos os finais de semana... você não sentirá tanta dor. – Kirias falou.
- Eu... não quero fazer... sempre. – Madona falou.


Kirias riu baixinho e tocou na bct da mais nova, começando a estimulá-la. Madona continuava a gemer alto, mas parou ao sentir o vibrador de Kirias sair por inteiro.


- Vire-se! – Kirias pediu, ajudando-a a se virar.


Madona ficou com as costas deitadas no colchão, Kirias abriu suas pernas e as colocou em cima de seus ombros largos e fortes, deixando o espaço livre para seus desejos. E novamente inseriu seu brinquedinho, observando a face da sua namorada.


- Ah, você está me dando muito tesão com essa casa, – Kirias falou – geme mais alto! – pediu, dando um tapa forte na coxa da menor, que inevitavelmente gemeu mais alto.


A loura gozou logo, começando a deslizar seu vibrador com mais facilidade do interior da morena. Kirias se afastou, olhando para Madona que parecia esgotada.
A mão de Kirias puxou o braço da menor, fazendo-a se sentar na cama. As duas se levantaram e Madona foi literalmente jogado na parede, Kirias a abraçou por trás e começou a beijá-la, mordendo sua pele, enquanto suas mãos a amassavam.
Madona gemia de dor, susto e prazer, tocou sua própria bct a pedido da sua namorada, começando a se masturbar e logo sentiu o vibrador de Kirias bater por suas pernas.
A penetração veio rápida dessa vez, Kirias a penetrou num único tranco, e começou a sacudir o corpo menor para cima e para baixo, enquanto agarrava suas costelas, apertando-as.
E quando estava próximo de gozar, Kirias retirou o vibrador de dentro de Madona e virou seu corpo, deitando-se na cama com as pernas abertas.


 


- me chupe – Kirias mandou.


A mais nova obedeceu e ficou olhando para a bct de Kirias que comecou ser tocada com a mão direita de Kiria, enquanto sua mão esquerda foi fechada nos fios negros de Madona
Madona fechou os olhos e chupou sua namorada com vontade e sentia algumas gotículas entrarem na sua boca, fechou seus lábios por um segundo sentindo o gosto do gozo da sua namorada . Abriu suas pálpebras e se deparou com o rosto da garota que parecia lhe comer com os olhos.
Kirias se ajoelhou no chão quando terminou, começando a chupar a bct de Madona novamente. E quando terminou, as duas caminharam até a banheira, onde ficaram se agarrando.


- Não adianta falar que sente vergonha agora, – Kirias falou, beijando a boca da mais nova– eu sei que você gosta de ser comida por mim
- Ah, Kirias,só um pouco.
- Eu sei, mas logo você vai se acostumar. Amanhã vamos fazer de novo, e sexta à noite, e sábado... domingo de novo!
- Você vai me matar. – riu baixinho.
- Só se for de prazer! - Kirias sorriu e ficou acariciando o corpo que se agarrou ao seu.


 


OoO


 


Continua...


 


 


 



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38

    Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.

  • ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27

    kd vc? volta apostar please

  • cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55

    adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)

  • cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20

    O Capitulo ta bugado Ç.Ç

  • anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48

    Deu bug no cap

  • rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12

    E essa fic aqui, como fica??

  • rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29

    cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!

  • luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20

    Postaaa maiss...

  • rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03

    POSTA MAIS!!!!!

  • maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19

    posta mais.....bjaum lu


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