Fanfics Brasil - Capítulo -17 Reações Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon

Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capítulo -17 Reações

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No apartamento, Dulce olhava para o sorriso a sua frente, não entendendo como Amanda podia falar com ela normalmente depois do que tinha acontecido. Elas não podiam ser amigas, pois sabia que ainda voltaria com Anahi, sabia que a loira não ia aceitar aquela amizade e nem pensava em continuar.


- Amanda, acho melhor não nos vermos mais.


- Dulce... olha, meu, você está pensando tudo errado.


- Eu não sou confusa como você diz, não sou boba, não confundo amor e sexo, você quer que eu pense assim. Foi uma recaída, estou sendo clara e amistosa com você.


- Ui! Amistosa? Olha, eu só falo o que vejo.


- E você é cega. – falou num tom alto – Eu vou embora, acho melhor não me ligar mais.


- Dulce, você não pode me tratar assim.


- Eu estou te tratando muito bem por sinal. – disse, erguendo-se do sofá – Pare de tentar ser simpática comigo, pois essa é a desculpa que eu tenho para te tratar bem. Eu tenho raiva de você.


- A culpa não é minha!


- É de nós duas sim! Você sabia que eu namorava, que eu estava para baixo. Não vou dizer que você é a única filha da puta aqui, mas eu não fiz sexo com a cama! Você estava lá.


- Tudo bem, tudo bem. Tem razão, eu tenho uma parcela de culpa.


- Tem a metade se bobear. E falar com você, estar nesse apartamento com você é o mesmo que trair Any de novo.


- Olha, não estamos fazendo nada demais e...


- Estamos sim, eu estou traindo a confiança da minha namorada.


- Ex-namorada. A corrigiu com um sorriso nos lábios.


Dulce bufou e se dirigiu até a porta, com passos largos, pronta para sair dali antes que apelasse para seu lado impulssivo. Tinha que ser mais racional, era o que Anahi sempre lhe dizia. Tinha que ouvir!


 - Dulce, você está sendo infantil


- O que você quer para sair do meu pé? – indagou, voltando seu corpo contra a outra.


Amanda nada disse, apenas abriu um largo sorriso. Dulce se aproximou e as duas ficaram próximas em silêncio. A anfitriã tocou no braço direito de Dulce, contudo a reação foi rápida, logo sentiu uma forte ardência em seu rosto, ela tocou no seu queixo que parecia ter sido deslocado pelo soco certeiro que veio tão rápido na sua direção que nem conseguiu desviar.


- Acho que isso é um motivo para você não querer mais minha amizade. Falou secamente, afastando-se com cuidado, dando uma última olhada para o rosto raivoso que ficou no interior da sala.


 


OoO


 


 E do outro lado do bairro. Kirias ouviu seu telefone tocando, atendeu e ouviu a voz de Anahi, soltando sua respiração. Estava se arrumando para ir visitar sua querida namorada, que até agora não estavam a ter uma relação sadia.


- Fala, Any.


- Kirias, eu preciso conversar com você.


- Volta para a Dulce, vocês se amam, não me amola que eu vou sair.


- Kirias, por favor, eu estou perdida.


- Volta para a Dulce, vocês se amam. O que mais quer saber?


- Mas ela me traiu.


- Então, Any. Eu vou falar mais uma vez: perdoa, volta e depois vão transar.


- Ah, você não está sendo amiga.


- O que você quer que eu faça? Coloque a sua cabeça no meu colo, faça carinho e fale delicadamente: Olha, ela te ama, o que ela fez é errado, mas vocês se amam.


- Ah... odeio seu cinismo.


- E eu odeio quando me atrapalham quando eu estou saindo para namorar. Até mais!


Kirias desligou e voltou a abotoar sua blusa, olhando para seu moicano no espelho, vendo que logo, logo teria que reparar as laterais.


- “Talvez tenha que mudar esse cabelo por causa da profissão que eu escolhi. Talvez? Óbvio que vou ter que mudar”.


E do outro lado da linha Anahi olhava para seu aparelho, não acreditando em como havia sido tratada, na verdade sua revolta durou poucos minutos, pois não podia esperar outra reação de Kirias. Anahi ouviu a campainha tocar no andar debaixo, apareceu no começo da escada com o coração acelerado, pensando que podia ser Dulce, mas para sua surpresa era uma de suas amigas. A loirinha sorria para Viviane que já estava no andar debaixo, usando um roupão.


- Carei, como está? – Any a cumprimentou, descendo as escadas.
- Any!?


 A loirinha se assustou e depois olhou com chateação para Viviane, a sua primeira reação foi virar as costas e sair correndo, deixando as mais velhas sem saber o que fazer.


- O que deu nela? – indagou Any.


- Ela deve pensar que fizemos algo. – disse a jovem escritora.


Anahi balançou a cabeça negativamente e saiu correndo, passando por Viviane que também reprovou o comportamento da mais nova, no entanto saiu de casa em passos mais lentos a fim de ver se Any a alcançava. E no meio da rua estava a loirinha com os olhos cheios de lágrimas, recriminando-se por pensar que poderia ter uma chance com Viviane. Mas quem podia competir com Any? Pensava com tristeza.


- Carei, pára, pára! 


- Vá embora!


- Volta aqui!


- Você só me traz coisas ruins, Any!


A Loira parou ao ouvir aquilo, ficando sem saber como havia magoado tanto a outra. Carei parou de andar também e olhou para a loira.


- Vocês se beijaram? Sabia que eu estava interessada nela, não sabia?


- Ah, bom, a Viviane comentou.


- E vocês fizeram algo?


- Carei, o que nós temos é...


- Apenas responda sinceramente! – gritou – Vocês fizeram algo?


- A gente se beijou. – quem respondeu foi Viviane que começou a se aproximar, desejando que a vizinhança não visse toda aquela confusão amorosa que estava acontecendo no meio da rua. Todo mundo adorava ver briga alheia, mas briga de amor era uma atração especial, sendo entre três lésbicas, isso era fofoca para a semana toda.


- Você se joga nos braços de todo mundo mesmo, não é Any?


- Carei, não fale assim comigo.


- Primeiro eu quis fazer amizade com você, entretanto desde que saímos do colégio você nunca mais ligou para sair comigo, eu que vim procurar você aqui, pois sou sua amiga!


- Eu sinto muito, não sabia que você se sentia assim.


- Ah, claro que sabia! Só saia com Leona, só pensa nos seus problemas!


- Eu te chamava para sair, você dizia que estava estudando.


- Claro! Sair com Kirias e Dulce? Acha que vou querer sair com Dulce? Eu odeio sua namorada. Aliás, você nunca escolhe nada que é certo.


Anahi começou a ficar vermelha, ela sempre tentava manter a calma, mas não conseguia controlar suas emoções. Certamente havia se esquecido um pouco da outra, e tinha muita afinidade com Leona, tanto que não precisava de outras amizades, apesar de sempre estar mandando uma mensagem via “facebook” para a loirinha, mas nada muito pessoal.


- Carei, vamos conversar. Nós não havíamos formado nenhum compromisso. – falou Viviane, aproximando-se da outra ao ver que Any não se movia.


- Não mesmo. Você que tem uma paixonite por Any e vem querer dar uma lição de moral em mim!


A loirinha estava transtornada. Era o tipo garota quieta, boazinha e tímida que do nada explodia e dizia tudo que já pensou na vida de uma vez para quem quisesse ouvir, para no dia seguinte se matar de chorar e pedir perdão pelo o que fez. E talvez esse fosse seu futuro dia seguinte, mas agora ia estravasar, ia falar o que pensava.


- Acho que me enganei com você. – falou a jovem escritora – Não fique me tratando como qualquer uma.


- E o que você é? Vem me dizer que eu devo me soltar, dá em cima de mim, faz eu querer ficar com você e depois beija outra qualquer?


- Outra qualquer? É a Any. E temos algo juntas, pare de falar assim.


Anahi nada mais disse, virou suas costas e foi embora. O que falar? Ela não concordava, todavia não era o tipo de pessoa que discutia. Não, ela era cínica, no entanto não queria mais fingir não ligar, não queria ser forte. Sem namorada, amiga sumida, pai que abandonou e agora sua outra amiga havia lhe ofendido. Para quê ser forte quando nada te sustenta?


Viviane só viu de relance Anahi se afastar com o rosto cheio de lágrimas, sentiu uma pontada no coração, afinal era difícil ver Anahi chorar, desde que eram crianças, ela fazia de tudo para fingir que nada a atingia. E depois voltou a olhar para a loirinha que parecia um urso feroz.


- Acho melhor você ir para casa.


- Tem razão. – disse Carei, afastando-se com passos rápidos – Eu me decepcionei com você, acho que você não devia querer ensinar lição de vida para ninguém. – falou já andando.


Viviane não respondeu, voltando para sua casa, olhando para as janelas das casas que tinham alguns rostos curiosos.


- “Fofoca do bairro agora, eu mereço!” – refletiu com irritação – “Mas primeiro vamos consolar minha boneca de cristal.


 


 OoO


 


Duas semanas passou-se. O sumiço de Leona já estava entre todos seus colegas, muito deles viviam a ligar para a casa dos pais da garota, contudo acabavam recebendo alguma resposta malcriada e muitas vezes nem eram atendidos. Todavia ninguém sabia o motivo exato de seu sumiço, somente a polícia. Quanto a Anahi, esta parecia mais perturbada. Sua amiga havia sumido, estava sem namorada e havia ouvido o desabafo de Carei, o que havia mexido com sua cabeça. Ela não era uma qualquer, não se jogava nos braços de qualquer pessoa, não era a verdade, ela só estava na casa de Viviane, pois sentia-se bem com sua ex-namorada. A loira agora olhava para o relógio de pulso, esperando dar o horário que pretendia sair. Dessa vez ia sair sozinha, procurar um lugar para ouvir uma boa música e beber um pouco e talvez arranjasse uma companhia para passar a noite. Talvez fosse o melhor a fazer, colocar coisas novas em sua vida. E assim saiu de casa, pegou um táxi e foi para um Pub Irlandês que havia no centro. Quando entrou, ouviu a música nacional invadir seus ouvidos, ela sorriu e se dirigiu ao balcão, onde achou um banco para se sentar. Ali começou a beber uma cerveja alemã, enquanto apreciava o som. O cheiro forte do cigarro a fez torcer o nariz, entretanto em certo ponto estava acostumada. Dulce vivia fumando. O tempo foi passando, Any havia bebido uma tequila e agora estava em pé, observando a banda de perto, segurando outra long neck. De repente alguém esbarrou em seu corpo, ela virou seu rosto encontrando uma garota com um sorriso brincalhão que lhe sussurrou um pedido de desculpas. Any balançou a cabeça, aceitando aquela desculpa e voltou a atenção a banda.


- Gosta desse tipo de música?


A loira sorriu de canto ao ver que aquele “acidente” havia sido proposital. Sorriu e respondeu que sim, deixando seus olhos azuis pousarem pelo gosto jovial.


- Você toca alguma coisa?


- Não. E você?


 E então iniciou-se um diálogo, não entravam em assuntos intensos e tampouco falavam de sua vida pessoal, era o famoso papo noturno, uma pré-conversa antes do objetivo principal: A caçada.


- “Ótimo, logo ela vai começar as indiretas. Ela é bonita... parece ser legal. Será que eu deveria ficar com outra pessoa tão cedo?” – perguntou para si mesmo, enquanto ouvia Erica lhe falar sobre a cerveja que mais apreciava.


Mais algumas palavras trocadas e Anahi sentiu um toque em sua cintura, bem leviano, aquele não era um bar GLS e certamente seriam discriminadas se chamassem a atenção.


- O que acha de irmos para outro lugar?


- “É agora!” – constatou, sentindo seu peito bater mais forte. Ela não era boba e muito menos ingênua. Sabia o que significava a palavra “outro lugar”.


E num momento de impulso balançou a cabeça positivamente, sendo puxada por Erica que sorriu com vitória. Elas pagaram suas comandas e foram para o carro da outra que era dois anos mais velha. Erica tinha cabelos longos abaixo dos ombros, negros e lisos, seus olhos eram de um negro profundo. Seu corpo era maior que o de Any, entretanto não aparentava ter muita força física pela grossura de seus braços e seus ombros finos. Quando sentou-se no banco, Anahi colocou seu cinto e apoiou a cabeça na sua mão, observando a garota pagar o estacionamento. Aquilo podia ser perigoso, pensou de repente, no entanto não estava com cabeça para dar mais pessimismo a sua vida. Sorriu de canto só de imaginar a cara de Dulce quando soubesse que saiu com outra pessoa. Erica entrou no carro e elas partiram dali, conversando, contudo dessa vez tocavam em assuntos mais íntimos, tratando da sexualidade das duas. E pararam em frente a um apartamento, Anahi estava tonta por causa da bebida, todavia não queria entrar.


 - Por que não vamos a um motel? – indagou a loira com certa irritação pela insistência da outra.


- Ah, tudo bem. Tudo bem. – resmungou a mais velha, pisando no acelerador.


E após alguns minutos lá estavam elas, entrando em um quarto mediano e com pouco luxo, o importante era a cama e a banheira. Anahi deu uma olhada e logo sentiu os braços lhe rodearem a cintura, enquanto os lábios desconhecidos lhe beijavam a nuca.


- Eu te achei muito bonita naquele balcão, nunca havia te visto por lá.


Anahi sorriu e agradeceu o elogio com uma carícia no braço, elas viraram seus corpos e beijaram-se na boca, com desejo, ansiedade e luxúria. Não havia sentimento, e talvez nenhuma das duas desejassem isso. Anahi sentiu um forte aperto nas nádegas, gemeu baixo e logo foi empurrada contra a parede, onde seu corpo ficou prensado. Erica foi deslizando, beijando Any a medida que retirava suas roupas.


 


 OoO


 


 Enquanto a madrugada passava o clima na casa de Kirias era diferente. Os pais da loira estavam curiosos com a visita de uma garota do colégio que sua filha estudava, eles a olhavam com curiosidade, tentando encontrar alguma coisa parecida com a personalidade da sua filha. No final das contas Kirias havia levado Madona para casa, era sexta-feira mesmo e ela queria aproveitar ao máximo o tempo com sua namorada, pois o relacionamento estava um pouco instável desde que o ano começou.


- Nós vamos para o quarto. – falou Kirias, interrompendo o diálogo monótono entre Madona e sua mãe.


Elas trocaram mais algumas palavras e Kirias a puxou até seu quarto, fechando a porta imediatamente. Ela suspirou e olhou para a morena, que já andava pelo cômodo observando os móveis.


- Você é bem organizada. – falou Madona.


- Claro que sim.


- Você era mais bagunceira.


- É natural que os seres humanos tenham um crescimento intelectual com o tempo.


- Ah, sim claro. – riu baixinho.


Madona se jogou na cama da loura, sentindo sua maciez para depois deixar seu tronco cair, aproveitando aquele conforto que não tinha no colégio. 


- Eu tenho saudade de uma casa.


- Eu também me sentia assim. – comentou, sentando-se ao seu lado.


- Eu falei com o meu pai, e ele disse que não vai me tirar do colégio até o ano acabar e mais...


- O que foi?


Madona suspirou, fechando suas pálpebras por alguns instantes, para depois encarar os olhos cor de mel que lhe observavam com tanta atenção.


 - Ele disse que vamos nos mudar.


- Mudar? Para onde?


- Estados Unidos, a empresa do meu pai vai fazer uma filial lá e precisam dele.


- E você vai junto?


- Eu dependo dele.


- Diz que não quer ir. – falou seco, tentando não transparecer que aquela notícia lhe causou desconforto.


- E o que vou fazer se ele quer que eu vá? Estou tentando falar com ele.


- Não deve ser o suficiente! Você nem está tentando pensar em nós duas.


Madona bufou e se silenciou, ouvindo algumas reclamações da mais velha e a medida que Kirias falava a sua irritação aumentava, assim como sua impaciência. Num momento se levantou e andou mecanicamente até a porta do quarto a fim de fugir daquelas acusações falsas.


- Hei! Onde está indo?


- Embora.


- Não mesmo!


Kirias a puxou pelo braço, forçando-a a se manter parada e como a outra não detinha muita força, ela não resistiu, ficando a olhar para a maior com chateação.


- Você é insensível, Kirias.


- Já me falaram isso.


- Acho que você deveria se tratar.


- Por que está sendo tão agressiva comigo?


- Não creio! Você fala essas merdas para mim e quer que eu fique feliz? Sempre sou eu quem não faz nada para você.


- E isso é verdade. Você nunca me liga para ir te ver ou então pega um ônibus para me visitar.


- Eu tenho responsabilidades!


- E você acha que estudar medicina o dia todo e depois sair para te ver é tão simples? Eu estudo em período integral, sabia? Sem contar que fico presa nesse quarto lendo o dia todo e o que eu quero no final de semana no mínimo é te ver.


A outra nada disse. Afinal Kirias parecia ter todas as respostas do mundo na ponta da língua, ela era com certeza a pessoa mais odiosa que existia nesse planeta para se discutir.


- Sim, você se esforça mais do que eu. Satisfeita?


- Admitiu isso mesmo? – indagou com indignação – Você por acaso não sente vontade de ficar comigo?


- Sinto.


A loura soltou os braços da menor, ao ouvir aquela resposta pareceu um bisturi de encontro a seu coração, seus olhos pareceram se abrir dessa vez, num momento aparentou visualizar parte de sua vida, do tempo que namorou a pessoa que esta a sua frente até a resposta atual. Um simples “sinto”, isso não era suficiente para alimentar o coração e as certezas daquela garota, não mesmo. Não de Kirias que era alimentada por palavras fortes e bem colocadas em uma frase. Mas ela ainda tinha que tomar a certeza de que a pessoa a sua frente ia apenas se limitar aquele “sinto”.


- Co-como? – indagou em seguida, com a respiração acelerada.


- O que foi?


- Você disse que sente vontade de ficar comigo?


- Sim.


- Só isso?


- O que mais quer que eu fale?


- “Que me ama?” – pensou de repente na resposta que gostaria que recebesse. Não que fosse sentimentalista, todavia qualquer ser humano que estivesse a gostar de outra pessoa, com certeza desejaria uma palavra de confiança.


- Kirias? – a chamou ao ver que ficou praticamente sozinha naquele quarto.


Madona a chamou mais algumas vezes e não obteve resposta, ela tocou naqueles braços que sempre estavam a lhe segurar e só sentiu a frieza e quanto voltou a encarar aquele rosto, seu sangue pareceu ter sido retirado de seu corpo, pois sua face pálida demonstrou o pavor que lhe aflorou.


- Pode ir embora então.


- Kirias, o que eu disse?


- Nada. – respondeu.


- E então?


- Eu te dou dinheiro para o táxi.


- Está terminando comigo?


- Pode sair agora.– falou mais uma vez.


Madona balançou a cabeça negativamente, olhando para a garota a sua frente com certa pena.


- Sabe, Kirias, eu vou te falar uma coisa. Nós somos muito novas para nos envolvermos desse jeito. Você quer algo muito sério, você é possessiva, acha que tudo tem que ser do seu jeito. Eu acho melhor nos separarmos mesmo, não vá mais me ver.


E dizendo isso, mesmo sentindo um pouco de tristeza no coração, Madona saiu daquele quarto, deixando sua anfitriã em silêncio.


Acabou. - “Acho que só eu estava nesse namoro”.


Kirias se jogou na sua cama e ali ficou até adormecer.


 


 OoO


 


E o dia começou a amanhecer, Anahi sorriu ao receber mais uma carícia em seu rosto e se levantou, começando a se vestir, ouvindo alguns comentários da garota ao seu lado que fazia o mesmo. As duas se aprontaram e então foram até a recepção acertas as contas. Anahi sorriu ao ver que a outra se dispôs a pagar tudo, ficou na porta, olhando para a rua, pensando em como iria voltar para sua casa, pois apesar de ter tido uma noite agradável, ela não queria se envolver.


- Any?


A loira olhou para trás assustando-se com quem encontrou naquele lugar. E lá estava aquela garota sorridente de cabelos cor de fogo, bem característico com sua personalidade. Era Hudi e logo atrás estava seu cão fiel de guarda: Miles. Elas se cumprimentaram e Anahi abriu um sorriso amarelo, pensando em como podia fugir daquela situação.


- Onde está a Dulce? – indagou a ruiva, olhando para os lados.


Inicialmente Any entrou em confusão mental, depois ficou com uma face entristecida e em seguida ela acabou por ficar sem nenhuma reação. Miles deu um toque no ombro da ruivinha que ia voltar a perguntar o destino da karateca. Any pediu para elas esperarem e foi até a garota que ainda estava passando o seu cartão, ela avisou que precisava ir embora com umas amigas que havia encontrado. A garota pegou o número de seu celular e saiu com um leve sorriso nos lábios. Quando voltou, Miles e Hudi pareciam estar cochichando, ou melhor, Miles estava com o corpo curvado e Hudi dizia algo em seu ouvido. E com a aproximação de Any, elas se endireitaram.


- Er... Any... bom, o que estava fazendo...


E antes que pudesse completar sua pergunta, Miles deu uma leve cotovelada na mais nova que tossiu e se calou, não sabendo o que perguntar.


- Eu e Dulce terminamos, - disse finalmente – eu estava com outra pessoa aqui. Vocês vão embora agora?


- Ah, nossa! Eu estou surpresa,– disse Hudi– não acredito. Bom, nós estavamos pensando em ir comer alguma coisa. Por que não vai conosco?
- Mesmo? Eu aceito, – sorriu – afinal, eu nem sei onde estou direito.


E o trio acabou saindo daquele motel, entrando no carro de Miles que dirigia em silêncio. Hudi virava a cabeça a todo instante para trás para conversar com a loira que respondia suas perguntas normalmente, rindo em certos momentos pelo jeito atrapalhado da outra.


- “Fazia tempo que eu não ria desse jeito”. Observou, animando-se com aquele casal tão apaixonado, as vezes sentia um pouco de inveja daquela relação sadia. Ela queria que fosse assim com Dulce.


O trio parou em um café de arquitetura antiga e clássica, com cores avermelhadas e carameladas. Sentaram-se próxima a janela de madeira e pediram a refeição.


- O que está fazendo Miles? – Any indagou de repente.


- Por enquanto nada.


- E pretente fazer algo?


- Eu estou indecisa.


- A Miles não sabe o que quer fazer, Any. Ela decide uma coisa, depois pesquisa e se apaixona por outra, é um caso sério. Comentou a menor, passando a mão no braço da sua namorada que lhe deu um leve sorriso com aquela carícia.


- Na verdade, eu prefiro ficar como estou.


- Ah, tem que estudar alguma coisa, Mi! Eu já te falei - disse a ruivinha balançando a cabeça negativamente - De longe pensam que você é a certinha dessa relação, mas ninguém sabe metade de suas barbaridades. Onde já se viu querer ficar sem estudar? Se não tivesse dinheiro, tudo bem, mas...


Hudi começou o seu discurso, Anahi acabou rindo em certos momentos e ficando tensa em outros, pois não sabia se Miles ficava incomodada por ter sua vida exposta daquele jeito. Mas a morena nada dizia, ela apenas acariciava o rosto da ruiva em certos momentos e a beijava graciosamente, com suavidade e discrição em outros pontos.


- “Vendo essas duas, eu não consigo imaginar o dia que eu e Dulce ficamos assim. Fazia tempo que a gente não namorava. Só sexo e brigas”. – refletia.


 E as refeições chegaram, elas começaram a se alimentar, enquanto conversavam sobre diversos assuntos. Miles comentava alguma coisa com Anahi, enquanto Hudi comia em silêncio. Um quadro raríssimo de se ver, mas era a realidade, a ruiva estava com tanta fome que não dava espaço para falar. Não que ela fosse fútil e falasse coisas que não tinham interesse, o problema era que Hudi era muito culta, muito vivida, aparentemente quem a visse falando talvez pensasse que ela nada dizia além de algumas piadas, mas ela sabia falar de política, moda, negócios, arte, malandragem, e todo o resto. Era impressionante!


- Any... - Hudi a chamou com a boca cheia – nós queremos ver um apartamento para alugarmos perto do seu bairro. Você sabe de algum?


- Sim, no meu prédio tem um apartamento vazio no andar de cima.


- Mesmo? É bom?


- Olha, é igual ao meu. Se quiser podemos passar lá e vocês podem analisar.


Miles e Hudi se entreolharam e sorriram, gostando da idéia. E após o café da manhã elas foram até o prédio de tijolos laranjas, quando entraram no apartamento de Any, elas começaram a observar os cômodos.


- Gostou, Mi?


- Sim.– respondeu a mais alta, observando o espaço do banheiro.


- Acho melhor falarmos com a corretora, não é, Mi?


- Sim.


- Só precisaremos pintar, pois os móveis já temos.


Anahi observava o casal conversando, enquanto operava a sua cafeteira para preparar um pouco de café. Ela apareceu na sala e o casal estava próximo a janela, abraçadas, olhando para a cidade. O peito da loira pareceu chorar ao se lembrar que costumava ficar assim com Dulce ao anoitecer. Elas conversavam abraçadas, comentando sobre a vida e seus objetivos.


- Eu estou fazendo um pouco de café.– Any disse a fim de ver aquele casal desfazendo-se de seu abraço. Não é que não gostasse que elas se acariciassem, mas aquela cena estava lhe deixando incomodada.


- Ah, obrigada, Any. – Hudi agradeceu, afastando-se da sua namorada para se sentar no sofá.


Quando a ruiva se sentou ela sentiu algo incômodo, se remexeu e colocou a mão entre o vão das almofadas e puxou uma faixa preta.


– Olha o que eu achei. O que é isso?


Anahi se aproximou, puxando a faixa, reconhecendo bem o que era aquilo. Era a faixa que segurava o Kimono de sua karateca, ela a segurou e fingiu não se importar muito, para depois jogá-la na outra poltrona.


– Dulce estava procurando essa faixa faz tempo.


– Agora achou. – Hudi sorriu amarelo, mordendo a língua para não perguntar o motivo daquele rompimento.


O trio ficou na sala conversando por um bom tempo até que Miles achou melhor irem embora. O casal se despediu, prometendo ligar e mandar notícias sobre o apartamento. Quando Anahi se encontrou sozinha, pegou a faixa e ficou observando-a com atenção, lembrando-se dos dias que sua namorada saia para academia.


– “Ela saia para ver a outra”. – pensou, voltando a jogar a faixa no chão, pisando e chutando, para depois se sentir uma idiota por fazer aquilo.


A loira se jogou no sofá, colocando o braço em cima de sua testa, pensando na sua vida atual.


– “Kirias aconselhou que eu fosse falar com a idiota da Dulce. Viviane disse que eu sou uma idiota se eu voltar...” – pensava – “mas Kirias é imparcial, e Viviane não quer me ver com a Dulce. E o que eu quero?”.


Anahi ergueu sua cabeça e olhou para o celular que estava na sua mesa, ela se sentou e puxou o aparelho de repente, buscando o número que estava na sua agenda. Ela sabia o número de Dulce de cabeça, no entanto agora olhava para o seu nome digitado na tela. Então Anahi foi até as mensagens que havia recebido há um tempo, ela jamais apagava. E seus olhos se estreitaram ao ler algumas mensagens típicas que elas se mandavam, depois viu algumas amorosas, e ali ficou divagando, pensando no que fazia de sua vida. E sem querer, seu dedo apertou a tecla verde, ligando para o número que não desejava. Any apertou a tecla vermelha de repente, ficando com as faces vermelhas, pensando em como havia sido estúpida de ter apertado um simples botão.


- “Droga... acho que não chamou, acho que não. Foi muito rápido, eu já apertei o vermelho!” – pensava em desespero, indo até a pasta de “chamadas enviadas”, torcendo para que não tivesse cometido esse deslize.


Todavia antes que Any pudesse mover seus dedos, o seu celular começou a tocar e era o mesmo número que ela estava namorando.

- “Droga, droga, droga!”.


Any jogou o celular em cima do sofá e passou a mão por seus cabelos, olhando para o pequeno aparelho que tremia com desespero. Ela olhou para os lados e depois o pegou novamente.


- “Atendo? O que eu falo? Que foi um engano? Droga!”.


E finalmente parou de tocar, Any se acalmou, sentando-se no sofá, sentindo a brisa fresca que vinha da janela lhe refrescar. Entretanto o aparelho começou a vibrar e tocar novamente, Any o puxou, pensou rápido e atendeu.


- Alô? Any você me ligou, não foi?


Aquela voz grossa e forte arrepiou todos os pêlos do corpo da loira, que ficou sem falas. O que dizer?


- Foi um engano. – respondeu rapidamente.


- Como assim um engano?


- Eu me enganei e apertei o número errado da agenda, oras!


- Então, você ainda não quer falar comigo?


- Eu já estou falando, não é?


-Dulce riu baixinho e respondeu: Verdade, nós estamos nos falando. Como você está?


- Bem e você?


- Não estou muito bem.


- Não? Aconteceu alguma coisa?


- Sim.


- O que houve?


- Eu estou sem você.


 


Anahi ficou em silêncio, ouvindo a respiração forte por de trás da linha. Nem ela sabia o que falar com aquela direta.


 


- Faz três semanas que você não fala comigo, que eu não te vejo. Por favor, vamos sair e conversar.


- Dulce, o que você espera de nós?


- Não acha que é melhor falarmos pessoalmente?


- Por que não me dá uma prévia por telefone?


- Porque não é a mesma coisa que te olhar nos olhos e dizer o que eu sinto. – respondeu com uma impaciência casual, que não foi muito aflorada, pois tentava ser o mais amável possível.


- Tudo bem.


- Ah, obrigado. Está em casa? Eu vou te pegar.


- Não, não. Vamos marcar em algum lugar para nos encontrarmos.


- O que quer fazer? Onde quer ir? – indagava com afobação.


- Podemos ir ao parque. Um bom lugar para conversar.


Elas marcaram o encontro que seria dentro de poucas horas e despediram-se. Anahi pareceu relaxar. Ela estava ansiosa e isso a deixava com raiva, pois estava se dando fácil demais. Mas o que fazer quando se ama? Não tinha saída. Estava presa aquela mulher. E então foi até o banheiro, pois ainda sentia o cheiro da garota que havia se deitado nessa madrugada. Ela se lavava, passando seus produtos, relembrando da noite que havia tido. Havia sido bom, nada excepcional, mas foi interessante se ver com outra mulher sem ser Dulce.
Já no quarto vestiu jeans justo e uma blusa preta colada ao corpo, um tênis baixo e um casaco leve xadrez. Penteou seus cabelos num rabo de cavalo, ajeitou sua franja que estava um pouco mais comprida que o normal e saiu, pois já estava dentro do horário. Felizmente ela andava de táxi, mesmo assim fez uma hora na rua antes de chegar, ela não queria parecer ansiosa. Quem tinha que esperá-la era Dulce. E assim fez, até que resolveu partir, chegando no local combinado com quarenta minutos de atraso. Anahi andava pelo caminho de pedras, aproximando-se do Ipê roxo que havia marcado o encontro, olhando para a garota que estava encostada ao tronco, usando óculos escuros. Aqueles cabelos castanhos avermelhados eram inconfundíveis. O seu coração bateu mais forte. Parecia um primeiro encontro. Quando a loira se aproximou, Dulce retirou seus óculos e lhe abriu um doce sorriso, estendendo seu braço para agarrar a menor, puxando-a para um abraço sem nenhuma cerimônia, apertando-a com força, enquanto afundava seu nariz nos cabelos úmidos.


- Perdão pelo atraso. – falou meio desnorteada.


- Eu esperaria o tempo que fosse preciso por você.


- “Essa Dulce romântica do passado, pensei que nunca mais veria”.


- Você quer ir para outro lugar? – indagou Dulce, sem soltá-la.


- Está um sol gostoso, eu pensei em ficar aqui.


Dulce não gostou daquela resposta, no fundo desejava estar em um lugar privado e seguro com sua querida Any, contudo teria calma. A dupla se afastou, Any estava um pouco vermelha pela falta de ar, afinal sua caixa torácica parecia ter sido esmagada. Elas começaram a andar até um banco de pedra vazio, quando se acomodaram, elas ficaram a olhar para a lagoa a frente em silêncio.


- Any, eu não aguento mais ficar assim.


- Precisamos acertar as coisas.


- Eu sei que o que eu fiz te chateou demais, mas tente me perdoar. Faça o que quiser comigo, mas não me deixe sozinha.


- “Quem vê essa fera falando desse jeito pode até pensar que é uma Dulce disfarçada”. pensou de repente, permitindo-se sorrir levemente


– O que me dá raiva é que eu não consigo parar de pensar em você. – confessou.


- Não consegue? – indagou com um largo sorriso, adorando ouvir aquilo.


- Não, mesmo ficando com outra pessoa. – disse, encarando Dulce diretamente, tentando ver sua reação. Inicialmente a karateca abriu a boca e paralisou, para depois ficar séria.


- Você ficou com outra pessoa?


- Sim, não é natural? Não estou mais namorando com você.


- Mas... mas... eu conheço? Foi... foi aquela...


- Não, você não conhece.


 O mundo de Dulce parecia estar desabando. Any havia ficado com outra mulher que não conhecia, ela não sabia se havia concorrência, se era uma amiga antiga de Any. Preferia que tivesse sido com Victoria ou então Viviane, pois saberia quem seriam suas inimigas.


- Está com raiva?– indagou com um sorriso cínico.


- Claro que sim.– respondeu– No entanto você tem razão, nós não namoramos mais. –disse com desgosto– Mas você... você... transou com essa garota?


- Sim.– respondeu tranquilamente, não imaginando o dia que falaria assim com Dulce.


A karateca engoliu todo o ciúme que sentiu, abaixando a cabeça, ficando em silêncio por um bom tempo. Até que outra pergunta veio a sua cabeça.


- E você... foi ativa, certo?


- Passiva.


E Dulce resmungou algo baixinho, xingando mentalmente Any e a desconhecida que havia tomado seu corpo.


- Tudo bem, eu consigo superar isso.– Dulce falou.


- Quem tem que superar alguma coisa aqui sou eu!– falou com irritação.


- Tem razão! Mas não vá me dizer que não sabia que iria me atingir com isso? Eu te amo, você sabe que sou louca por você, faço tudo que quiser. Acha que eu ia gostar de saber disso?


O constrangimento de Anahi foi visível, ela abaixou a cabeça. Sim, claro que Dulce ia se sentir atingida com aquilo, na verdade, queria ver a dor nos seus olhos. Sentia-se melhor em saber que foi de outra pessoa? Em certo ponto sim e em outro não. Por um lado mostrou na mesma moeda para Dulce que ela podia ter outra pessoa sempre que quisesse. Contudo por outro lado, ela havia se deitado com alguém sem sentimento algum, sendo que Dulce - no seu pensamento - havia dormido com Amanda, pois tinha algum sentimento.


- Any, volta para mim.– suplicou, passando o braço em volta de seus ombros, puxando-a para perto, falando próximo ao seu ouvido, sentindo seus lábios tocarem na pele quente, ansiando beijá-la.


- Eu te amo também. – sussurrou.


Dulce sorriu e beijou a bochecha a frente, sem desgrudar seus lábios, deixando-os grudados naquela pele, sentindo o cheiro forte de xampu que vinha de seus cabelos.


- Mas precisamos fazer algumas mudanças.


- O que você quiser.– disse Dulce, deslizando a mão livre até a mão fria da sua namorada, apertando-a.


- Eu acho melhor morarmos separadas.


- Tudo bem.


- Acho melhor você controlar seu ciúme.


- Eu vou tentar.


- Nunca mais bata em mim.


- Eu vou tentar.


Any ergueu suas sobrancelhas e a encarou de canto.


- Você devia falar que não ia mais fazer isso.


- Eu não me controlo quando estou brava, mas eu juro que vou tentar.


- Dulce, por favor.


- Eu estou sendo sincera. Eu posso falar que não vou mais te bater, eu não me sinto bem quando agrido as pessoas que gosto, mas as vezes eu saio de mim.


- Tente superar isso. Faça algo para ser mais tranquila.


- O que você quiser, Any. – disse, voltando a beijá-la no rosto 


– No entanto não quero ver você saindo com pessoas que eu não conheço sem antes me apresentar devidamente. Também não quero você dormindo na casa da sua ex-namorada.


- Aceitável, mas as vezes eu vou conhecer alguém e não vou poder te apresentar.


- Pelo menos não beba, sendo que você é fraca com isso.


- Dulce, não vamos mais falar isso – pediu, soltando um longo suspiro
– ou eu vou jogar na sua cara que você me passou piolho.


- E como aquilo coçava. Ainda bem que saiu, eu não sabia que era isso. 
– comentou.


- Deve avisar sua amiguinha ou melhor, eu não quero que fale mais com ela.


- Eu já conversei com ela.


- Conversou? O que vocês falaram?


- Ela veio querer ficar comigo. Confessou, mas eu te amo, como poderia ficar com outra pessoa?


- Mas já ficou.


- Foi um acidente, um erro, era uma situação diferente. Any, eu me sinto tão mal, você não faz idéia, eu queria que você não ficasse insegura, só tenho olhos para você.


- Impossível eu não me sentir insegura. Eu era confiante antes, mas vi que facilmente outra pessoa pode tomar meu lugar.


- Só porque você beijou outra pessoa eu não estou me sentindo trocada, pois eu sei que você me ama, eu fico com raiva, pois sei que outra pessoa tocou nesse corpo que é só meu.– disse possessivamente – Por isso eu fico brava, não porque me sinto trocada.


- Parabéns, você é a única pessoa que pensa assim. Qualquer pessoa normal ficaria como eu estou.


- Eu sou diferente. – sorriu, exibindo sua fileira de dentes perfeitos.


Anahi nada disse e foi novamente abraçada e ignorando que estavam em um local público, Dulce a beijou nos lábios, mas elas logo se separaram ao ouvir o assobio de um homem passando e o burburinho de outra pessoa. A loira ficou com o rosto vermelho de vergonha e Dulce colocou seus óculos escuros e se levantou, puxando sua namorada. Elas andavam normalmente próximas, mas não com as mãos dadas, porém dessa vez Dulce fazia questão de deixar Anahi roxa de vergonha ao ver os olhos de todos os frequentadores do parque irem de encontro a sua pessoa. E quanto a Dulce, esta tinha um belo sorriso nos lábios, pensando onde poderia levar sua amada Any.


- Onde está morando?


- Em um hotel.


- Num hotel??


- Sim. Quer ir ver?


- Pode ser. Onde fica?


Dulce sorriu e começou a comentar até chegarem no carro, onde entraram e logo partiram. Anahi pareceu relaxar, encostando a cabeça no encosto do banco, olhando de esgueira para a karateca que olhava com atenção para o trânsito.


- “Acho que não dava mais para fingir que eu não me importava com essa separação”. – refletiu com certo alívio– “Eu me sinto melhor com ela”.


Anahi encostou sua cabeça no ombro de Dulce que lhe sorriu e então fechou os olhos, aspirando o cheiro daquela mulher que também sentia saudade.


- Eu achei sua faixa preta do Kimono.– avisou.


- Hm?


- Estava embaixo das almofadas do sofá.


- Ah, que alívio. Meu mestre me deu aquela faixa.


- Só buscar, mas eu aviso que pisei um pouco nela.


- Vo-você pisou?


- Sim, eu estava com raiva.


Dulce riu um pouco e balançou a cabeça negativamente, já imaginando como deveria estar o estado de sua faixa.


 


 


OoO


 


 


Continua...


 


 



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38

    Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.

  • ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27

    kd vc? volta apostar please

  • cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55

    adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)

  • cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20

    O Capitulo ta bugado Ç.Ç

  • anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48

    Deu bug no cap

  • rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12

    E essa fic aqui, como fica??

  • rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29

    cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!

  • luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20

    Postaaa maiss...

  • rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03

    POSTA MAIS!!!!!

  • maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19

    posta mais.....bjaum lu


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