Fanfics Brasil - Capítulo- 23 Juntando-se ao Arco-Íris Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon

Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capítulo- 23 Juntando-se ao Arco-Íris

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A mesa do café havia ficado mais cheia. Leona estava sorridente, olhando para sua querida amiga maluquinha com os cabelos cor de fogo que não parava de falar na mesa. Todavia ela e Leona acabaram por ficar tirando sarro do olho roxo de Any. Miles estava tomando um pouco de chá em silêncio, olhando para os quadros expostos nas paredes de gesso.


- “Leona poderia sorrir assim comigo”. – Pensou Juliana enciumada com a situação. Ela sentia vontade de trancar sua prima em um quarto e reservar toda a atenção.


- Então vocês vão morar lá mesmo? – Any indagou, tentando desviar o assunto sobre seu olho roxo.


- Sim, nós íamos comprar o apartamento do andar de cima. Sabia que na cobertura existem três quartos e dois com suíte? Mas era muito grande apenas para nós. – Disse Hudi, enquanto comia com a boca cheia.


- Três? Isso é interessante, eu não sabia disso. – Any comentou, olhando de canto para Leona que lhe abriu um sorriso ainda maior, debruçando-se sobre a mesa. Ela era a única que não comia, mas isso tinha vários motivos. Primeiro sua mãe lhe enchia de guloseimas a cada cinco minutos. Segundo, ela não se sentia bem disposta com a medicação que estava tomando.


- Interessante? Vai querer se mudar, Any? – Indagou a ruivinha.


- Eu gostaria de partilhar meu apartamento com duas pessoas. – Comentou.


- Mesmo!?!? Com quem?


- Leona e a Carei.


- A menorzinha das Honoi? Ela vai te agarrar a noite, Any!


Any revirou os olhos, ouvindo os comentários maliciosos das outras garotas. Quando a mãe de Leona entrou na sala de jantar, as demais garotas se silenciaram. Afinal elas só estavam falando de sexo e outras besteiras que com certeza escandalizariam a pobre mulher.


- Tem uma garota na sala de espera, Leona. – Falou com um sorriso amável.


Juliana se ergueu rapidamente e se afastou, pois não ia fazer Leona sair de seu ambiente tão feliz para ir ver quem era. Quando chegou à sala de espera, ela sorriu para as suas duas amigas que agora discutiam.


- Hei, hei! Por que estão discutindo? – indagou a ruiva, olhando diretamente para Kirias que parecia ser a mais revoltada.


- Dulce disse que eu bato como menininha! – falou com revolta.


- Kirias, olhe para mim. – Juliana pediu, sentando-se ao lado da loura que o olhou com certa desconfiança. 


– Você é a mulher mais forte e astuta que eu já conheci. O seu soco derrubaria a Dulce duas vezes.


- Claro. Isso mesmo! – Disse Dulce, rindo baixinho. – Eu só vim buscar a Any, mas se quiser continuar com essa terapia de sucesso pessoal, eu vou procurá-la sozinha por essa casa, Juliana.


- Como sempre bem humorada! – Disse a ruiva, afastando-se ligeiramente da loura que a olhava com um ódio perturbador. Ora! Era para ser apenas um comentário brincalhão a respeito da força da sua amiga, Kirias não precisava ficar tão raivosa. Mas Kirias era Kirias, e ninguém podia saber como ela reagiria ao mundo.


Juliana as chamou até a sala de jantar, que agora estava iluminada pelo sol daquela manhã de sábado. Any olhou para sua namorada, imaginando que a zoação sobre seu olho roxo iria aumentar, mas ninguém soltou nenhum pio quando Dulce se aproximou.


- “Ah, Dulce ainda dá medo nos demais. Ninguém vai me encher o saco de novo”. – Pensou com satisfação.


- Vamos indo, Any. – Falou Dulce com sua voz grossa e forte, deixando claro que não havia mudado muito perante os outros.


- Não vai ficar um pouco conosco, Dulce? – indagou Leona.


- Eu ficaria, mas tenho alguns assuntos importantes a resolver.


- “Que assuntos? No máximo vamos a um motel hoje. Como você é mentirosa, Dulce! E pensando bem, você sabe mentir muito bem!” – Any refletia, enquanto se erguia da mesa, lançando um olhar desconfiado para sua namorada.


- Mas Kirias ficará conosco! – Disse Juliana, passando o braço pelos ombros da loura, que apenas lhe lançou outro olhar mortal.


A mãe de Leona apareceu novamente, olhando para as novas convidadas, ficando feliz em saber que sua filha tinha tantas amigas. Todavia ela não gostou muito dos tipos novos que estavam ali presentes. Primeiro achou que Dulce tinha a cara de uma marginal, dentro de sua concepção e quando ela olhou para Kirias...


- Ah, você está bem garota? – Indagou, apontando para os cortes de unha que estavam no braço da loura.


- Ah! Está falando dos cortes? Não estou muito bem com isso.


- Nossa! Deve estar doendo, vamos lavar isso.


- Não, não está doendo, infelizmente. – Comentou, soltando um suspiro, que silenciou toda a sala.


A mãe de Leona achou que ouviu errado e abriu um sorriso amarelo para a loura que apenas a olhava de cima.


- Quer passar um pano para limpar?


- Está te incomodando tanto? Se quiser, eu posso lavar.


- Ah, por favor. Eu prefiro, pois eu não gosto de ver as amigas da minha filha assim.


Kirias arqueou suas sobrancelhas e encarou Juliana, que apenas moveu seus lábios suplicando para ela tentar ser a pessoa mais normal possível.


- Que foi Juliana? – indagou em um tom alto, não entendendo o que a ruiva estava tentando lhe dizer.


- Seja discreta. – Pediu num sussurro.


- Ser o quê? – indagou ainda sem ouvir.


- Discreta! Kirias! – Falou Dulce sem muita paciência. – Você quer assustar a mãe da Leona? Será que não pode agir normalmente, ir limpar esses cortes e se sentar nessa mesa como uma pessoa normal?


Kirias olhou para os demais que a encaravam e começou a rir baixinho, quebrando aquele clima de tensão.


- Senhora. Perdão. Eu estou realmente assustada com os meus cortes e preciso lavá-los urgentemente, pois fui atacada por um cachorro que não lutava muay thai, e me deu muitas unhadas. - Falou, olhando de canto para Dulce, que apenas revirou os olhos. – E tenho medo de pegar alguma doença. – E concluiu, olhando para mãe da Leona que ficou ainda com mais medo daquela garota.


- Ju-Juliana... leve... leve sua amiguinha para se lavar, então. – Pediu, com um sorriso amarelo de orelha a orelha.


 A mãe de Leona se afastou, olhando para Kirias com assombração. Juliana deu um tapa na cabeça da loura, xingando-a baixinho com todos os palavrões que conseguia para depois arrastá-la para fora dali. Any e Dulce se despediram e saíram da casa rindo alto.


- Kirias não sabe conviver em sociedade. – Any comentou – E qual é o assunto importante que você vai resolver agora? Eu fiquei curiosa na mesa.


A dupla entrou no carro, Dulce colocou seus óculos escuros, pegou uma unidade de seu cigarro e ligou o carro. Any fez uma cara de enterro ao sentir o cheiro daquela droga, que acionava a sua dor de cabeça.


- O que vamos fazer?


- Uma coisa que eu queria fazer faz muito tempo.


- Hum... estou curiosa. Eu posso saber?


- Claro, mas você terá que adivinhar. – Sorriu, saindo com seu carro pela cidade, enquanto ouvia Any tentar adivinhar.


- Desisto. O que você fez hoje de manhã? Por acaso foi ver sua amiga?


- Ela não é minha amiga, não fale assim. – Pediu com certa chateação. – Eu fui vê-la sim, e não se preocupe, pois o meu recado foi dado.


- Se ela não aparecer de novo na minha frente está tudo bem. – Disse. – Eu pensei que ela fosse me arrebentar naquele dia.


- Desculpe por isso.


- Ah, tudo bem, eu já te perdoei mesmo. Pior do que ter os piolhinhos dela no meu corpo não pode ser.


O porsche parou no estacionamento do grande shopping daquela cidade que agora estava em sua lotação. Era perto do horário de almoço, Dulce acabou parando seu carro no estacionamento especial do Shopping, onde o preço era triplicado, todavia ela tinha a segurança e a rapidez. Dentro do shopping o casal não dava a mão, apenas andavam uma ao lado do outra com as mãos nos bolsos, olhando para a multidão que parava em frente as vitrines de vidro. Anahi sempre andava devagar quando estava em lugares com grande quantidade de produtos, contudo Dulce não se importava, ela andava um pouco à frente, olhando a todo instante para trás, parando somente quando Any ficava entretida numa loja. Sua namorada chamava a atenção por seu rosto perfeito que agora tinha aquela grande marca roxa no olho. Dulce retirou os óculos escuros que estavam presos na sua blusa e se aproximou, colocando-o sem aviso no rosto de Any.


- Óculos escuros no shopping?– Any indagou.


- Pelo menos cobre esse olho roxo.


- Eu me sinto mais ridícula usando esses óculos no shopping, Dulce. E é tão escuro! Eu não enxergo direito.


Dulce suspirou e se segurou para não abraçar a cintura da sua namorada e beijar aquela boca sorridente. Ela apenas fechou sua mão no braço menor e começou a andar mais depressa ou nunca chegaria onde queria.
Quando elas pararam em frente a uma loja repleta de cristais na sua entrada, Any sentiu seu coração acelerar, suas pernas pararam de se mover por um instante, travando na entrada da loja, mas nada que um “sutil” puxão de Dulce não resolvesse. Quando entraram, Dulce se dirigiu a uma vendedora que estava sentada a uma mesa de mogno.


- Boa tarde. – Ela sorriu – Em que posso ajudá-las?


- Queremos ver aliança de compromisso. – Dulce disse, guiando sua namorada para sentar em uma das cadeiras. Any estava travada, ela não conseguiu falar muita coisa e agora agradecia por estar usando aquele par de óculos escuros.
A moça ficou um pouco surpresa com o casal gay que abordava, mas isso não era nada atípico. Sempre apareciam dois rapazes ou duas garotas na semana para comprar esse tipo de produto. Ela se afastou para buscar os modelos de anéis.


- Aliança... – Any falou para ela mesmo.


- Sim, eu queria muito ver isso. – disse, puxando a mão da sua namorada para dar um beijo rápido.


- Ela pensa que somos um casal feliz até eu ter que tirar esses óculos. – Any comentou – Agora eu estou com vergonha, Dulce.


- Eu não pensei nisso. Se quiser eu posso escolher sozinha.


- Não, não. Seu gosto é estranho.


- Meu gosto? – Indagou, arqueando as sobrancelhas. – E você que só sabe usar preto! Eu não vou comprar uma aliança preta. Nem sei se existe, mas negativo!


- Mas... mas... e se tiver? – Any indagou com uma voz de criança pedindo por doce. – Eu nunca vi aliança dessa cor, mas...


- Mas, coisa nenhuma! Será prata, branca, ouro branco, qualquer coisa... menos preta.


 A moça se aproximou com uma cartela cheia de modelos que reluziam aos olhos do casal. Any retirou os óculos revelando seu olho machucado para a mulher que ficou encantada com sua beleza e um pouco incomodada com aquela mancha.


- Deve ter doído. – Ela comentou, mostrando que não seria discreta ou profissional.


- Vândalos... – Anahi respondeu. - O mundo está cada vez mais violento. E agora eu tenho que ficar me escondendo para não ficarem me apontando ou então perguntando sobre o meu olho por aí.


- Ah! Claro. – Disse sem graça, olhando para Any que parecia estar mal humorada.


Dulce apenas olhou de soslaio para sua namorada, pensando se Any conseguia ser mais antipática que qualquer outra quando estava de mau humor ou quando lhe pressionavam para colocar em uma situação constrangedora.
Elas ficaram um longo tempo escolhendo até que a moça veio com uma cartela, onde havia uma aliança que simplesmente brilhou para o casal. Dulce foi a primeira a pegá-la, olhando para seu brilho e um discreto detalhe que havia na sua borda, tão pequeno que ao longe parecia apenas um brilho especial.


- Eu quero essa. – Any falou.


- Que bom que gostamos de coisas parecidas. Será essa.


- Ótimo! Eu irei medir o tamanho de seus dedos, esperem um momento. – Ela disse, afastando-se com um largo sorriso.


Após testarem o tamanho correto, a moça sugeriu que elas ficassem um dia com a aliança nos dedos e voltassem no dia seguinte para marcar os nomes, pois assim teria a certeza que o tamanho era o correto. O casal saiu com a aliança no dedo, ambas andavam olhando para baixo, mais especificamente para a mão direita, onde tinha um objeto brilhante. Elas sorriam uma para a outra, todavia não se aproximaram.


- Vamos almoçar aqui?


- Pode ser, Dulce. Onde quer comer? Ah! Que pergunta idiota a minha. – Sorriu – Claro que vai querer comer comida italiana. Dulce, você não enjoa?


- Não, eu adoro. Mas podemos ver outro lugar.


- Na praça de alimentação cada uma vai para um lado. Eu não agüento mais comer massa com você.


Elas continuaram conversando, rindo baixinho, controlando-se mentalmente para não se esquecerem que estava em um local público. Não que elas fossem taradas, mas pense na seguinte situação, você está sempre aos beijos, carícias e toques de afetos com sua namorada no ambiente que vive e de repente é levado a um lugar que tudo que fizer pode ser visto como errôneo. Certamente que por um momento, agindo naturalmente, você acabará fazendo um dos movimentos que faz quando estão em lugares permitidos, e assim escandalizará as pessoas.


 


 


OoO


 


 


Carei abriu os olhos lentamente, olhou para os lados se encontrando sozinha naquela cama de casal, quando pisou no chão frio, todo o seu corpo se arrepiou. O cheiro de Viviane estava em todo lugar, principalmente na roupa que usava. Ela foi até o banheiro, onde urinou, passou pasta de dente nos dentes e lavou seu rosto.
Ao sair, foi direto para o andar debaixo, encontrando a morena sentada na grande poltrona, com seu inseparável laptop no colo, onde digitava agilmente. A loirinha a cumprimentou com timidez, aproximando-se lentamente, quando parou ao seu lado, Viviane fechou o aparelho.


- Boa tarde. – cumprimentou, erguendo-se, exibindo seu tronco ligeiramente maior. Ela deu um beijo lento e molhado nos lábios da loirinha, não deixando sua língua atravessar a boca da outra, seria apenas um selinho de cumprimento.


Carei ficou com as bochechas avermelhadas, ela mesma se perguntava quando ia conseguir deixar de ser tão tímida.


- Está com fome?


- Não.


- Eu acordei há pouco tempo também. – comentou – Vamos tomar um chá.


Viviane foi andando na frente, sendo observada por aquela linda loirinha que passava a língua por seus lábios. Quando chegou à cozinha, Viviane começou a esquentar a água e Carei ficou parada ao seu lado, encostada na pia. Elas conversavam sobre algumas coisas, Viviane passava na frente de Carei, exibindo seu corpo quase desnudo, pois a morena usava apenas seu imenso roupão. Quando terminou de preparar, a anfitriã colocou tudo que era necessário na mesa e se sentou, sendo seguida por Carei. Ao longo do café da manhã, Viviane acabou roubando alguns selinhos da boca rosada, cuidando para não avançar naquela relação frágil. Quando terminaram, o casal voltou para a sala, onde se sentaram no sofá.


- O que pretende fazer hoje? – Indagou a morena.


- Nada especial. E você?


- Nada também. O que acha de fazermos nada juntas?


- Seria bom. – riu baixinho.


Viviane tocou em uma mecha loura e se aproximou novamente, enchendo o rosto de Carei com beijos leves e molhados, aproximando-se de sua boca, mas não a tocou.


- “Por que ela não me beija? Mesmo ontem ela não me beijou”. – pensou, entrando em desespero.


Carei fechou os olhos e sua respiração acelerou, num impulso, ela empurrou Viviane com toda sua força para trás, jogando-a deitada no sofá, assustando a morena que não sabia o que havia feito de errado. E antes que Viviane perguntasse, Carei subiu em cima de seu corpo e segurou o rosto com as duas mãos.


- Eu também posso te beijar. – Disse, passando a língua pelos lábios de Viviane, para depois beijá-la, enfiando seu órgão hábil e molhado naquela cavidade quente, começando a estimular a língua de Viviane, conhecendo cada cantinho daquela boca que tanto lhe chamava a atenção. O beijo pendurou por um momento longo e quando se separaram, Carei se viu sentada em cima do baixo ventre da morena, e também segurava o queixo de Viviane com uma mão e com a outra mantinha o braço esquerdo dela preso acima de sua cabeça.


- Quem diria que você era assim! – Viviane comentou, com a voz falha – Pensei que fosse me violentar agora.


A loirinha ficou vermelha e fez a menção de se afastar, todavia foi segurada pela cintura.


- E quem disse que eu não gostei disso? Pode fazer mais vezes se quiser. – disse com um sorriso malicioso. 


- Eu... eu... apenas senti vontade de... de te beijar.


- Imagine quando você sentir desejo de verdade. Eu acho que vou subir pelas paredes. – riu alto.


- Pare de zombar! – pediu, dando um tapa no seu braço.


Viviane se sentou, ficando com o rosto bem próximo ao de Carei, vendo que estava numa ótima posição, com a loirinha sentada em seu colo, ainda mais encima da sua buct*a que começava a pulsar.


- Não estou zombando. Eu estou com muita vontade de pegar você agora. – Sorriu, passando a mão sem nenhum pudor por cima da bct.a da loirinha, pegando-a por cima da roupa, apertando-a.


- Eu... eu... desculpe eu não devia...


- Ah, não precisa se desculpar. Se quiser aliviar minha tensão de ontem, eu acho que pode fazer isso agora. Você está com medo?


- Um pouco.


- Não vou te machucar!


Viviane se levantou do sofá com a menor em seus braços, carregando-a como se fosse uma criança. Ela tinha um sorriso extenso nos lábios, enquanto andava com Carei, indo para o andar de cima. A loirinha apenas abraçou o seu pescoço e afundou a cabeça na curva de seu pescoço, sentindo o nervosismo começar a lhe tomar.


- “É agora... eu... eu não acredito que isso está acontecendo”.– pensou, ao se ver dentro do quarto da sua anfitriã.


E num novo impulso, com as duas mãos Carei segurou o rosto da maior e afundou seus lábios na boca que tanto ansiou em beijar. Sua língua candente serpenteou pela cavidade úmida, sentindo o gosto da loirinha mais uma vez, deliciando-se timidamente com aquilo. As duas caíram na cama, Viviane por cima, sentindo aqueles dedos tímidos lhe tocarem, enquanto a língua inexperiente voltava a lhe beijar.
Elas se afastaram um pouco, voltando a abrir seus olhos. Os orbes esverdeados da loirinha estavam carregados de agitação e alarme, enquanto Viviane parecia elevada com o que havia acontecido. A morena tornou a tocar nos fios dourados, acariciando-os com leveza.
A mão de Carei fluiu pelas costas da morena, sentindo sua musculatura. Ela apertou a pele com força, ansiando por aquele toque, desejando sentir o corpo da jovem escritora. O seu corpo estava com desejo, mesmo sua timidez não ia conseguir pará-la.


- É muito bom ver que você me deseja, pelo menos.


- Eu apenas tenho medo por tudo que já me aconteceu.– Disse com mais confiança,– Mas você é tão boa para mim.


- Porque eu me importo com você.– Confessou, voltando a beijar os lábios rosados.


- Obrigado.


- Não agradeça, eu me importo com você, pois eu gosto de você e estar com você é bom para mim. É um ciclo. E gostar de você, não é nada difícil.


Carei nada disse, ficou atônita com aquela declaração, sorrindo timidamente de dentro para fora. Logo Viviane deixou aquela boca úmida deixando seus lábios encostarem-se ao pescoço da loirinha, beijando sua carne, permitindo que sua língua resvalasse pelas curvas até chegar ao lóbulo da orelha, mordiscando a região. Longe da timidez de Carei e do medo que afrontava Viviane, o casal abusava de toques leves e confiantes. As mãos de Viviane estavam mais ansiosas que nunca, e as dúvidas e receios de Carei foram arrancados de sua mente. Não tinha como machucá-la, pois a outra parecia desejá-la e se ela tinha algum trauma, ela ia tirá-la naquele momento.
Elas se remexeram na cama e Carei sentou-se no abdômen de Viviane parando com o que fazia para observar as feições da outra. Viviane estava com um sorriso estampado nos lábios, com os cabelos negros jogados pelo rosto, ela ofegava e suas mãos estavam fechadas na cintura da loirinha.
Carei se inclinou para baixo, apoiando-se nos cotovelos que ficaram lado-a-lado com a cabeça de Viviane, ela manteve os olhos abertos, prendendo o olhar da sua anfitriã que abriu seus lábios para sentir mais um beijo.


- “Eu não acredito que estou sendo tão atrevida!” – Pensou com certa satisfação, adorando saber que podia tocar naquele corpo sem ser discriminada.


Com o corpo inclinado para baixo a loirinha deixava todo o resto acessível para Viviane passear com as mãos e ela não se conteve, resvalando seus dedos pelas coxas da mais nova, apertando-as, indo timidamente até sua bct*a, inicialmente as tocou com receio, logo tirou a mão, desejando não receber nenhuma bronca de Carei, mas a loura continuava a beijá-la.


- Se eu fizer algo... que não queira. Fale! – pediu entre o beijo, mas logo voltou a tomar seus lábios.


 O silêncio da menor era a confirmação para Viviane continuar. Sua mão se fechou na b.ct*a, apertando-a, deslizando seus dedos para o meio de suas pernas, pressionando seus dedos na região. Sua vontade era tomar o corpo sensível e magro da loirinha. Com um pouco de força Viviane inverteu as posições, caindo em cima do corpo menor. As mãos da loirinha começaram a puxar o roupão da escritora, retirando com timidez, e a situação de suas roupas não era diferente, pois Viviane puxava todo o pano para fora do seu corpo. O acolchoado da cama estava começando a cair, pois o casal não parava de se remexer, como se a roupa que as vestia queimasse feito fogo e precisassem retirar urgentemente. E a resposta foi rápida, logo seus corpos estavam desnudos.


- Eu queria muito fazer isso. – disse Viviane.


- Hum... mas se eu pedir para você parar... você irá...


- Se por algum momento não se sentir à vontade, eu pararei. Apenas fale! Empurre-me, me bata, faça como quiser. – Sorriu.


- Não vou te bater. E se você quiser parar... tudo bem, também.


Os dedos da escritora tocaram o rosto avermelhado da loirinha, voltando a sentir a textura de seus fios dourados, que estavam espalhados pelo travesseiro.


- Eu pareço querer parar? – indagou com um doce sorriso.


Carei sorriu e moveu a cabeça numa negativa.


- Eu quis muito isso. – disse.


- Viviane, eu... poderia ter sido menos implicante ontem, mas é que eu...


- Não precisa se explicar, – disse - eu sei que você não sabe se expressar muito bem.


- Bom... é verdade. – Sorriu nervosa.


- Eu sei que está nervosa. Mas vamos com calma.


Os olhos estavam fixados na outra, a escritora inclinou-se para baixo e voltou a beijar o corpo da loirinha, sentindo as suas mãos agarrarem-se ao seu cabelo.
Viviane começou a passar sua mão na bc*ta da loirinha,agora massageando-a lentamente, com os dedos sempre que sua mão se movia. Carei arfava nos ouvidos de Viviane, ela havia fincado suas unhas nas costas dela. A morena por sua vez não agüentava o calor que corria por seu corpo.


- Nunca pensei que fosse... fazer isso com outra garota. – disse a loirinha, mordendo a orelha de Viviane, para depois passar sua língua por ela.


- É que eu não sou uma garota qualquer. Eu já sou uma mulher.


Carei sorriu e beijou a boca de Viviane, enquanto tocava na bc*ta dela com muita timidez e hesitação, massageando-a, vendo como ela pulsava em sua mão. Uma mão de Viviane parou no alto da cabeça de Carei, empurrando a loirinha para cima, fazendo-a se sentar na cama juntamente com ela.
a menor inclinou o corpo para baixo, com a ajuda da mão da escritora, deixando a sua boca encostar na bc*ta de Viviane. A mão de Viviane deslizou para a nuca da loirinha, fechando-se nos seus cabelos e começando a mover sua cabeça enquanto movia seu quadril, entrando e saindo daquela boca pequena, que tinha dificuldade no que fazia. Todavia Viviane não tinha pressa, ela sabia da inexperiência da outra. Alguns gemidos baixos saíam da garganta de Viviane, a loirinha intensificou os seus movimentos, passando a língua por sua abertura ao mesmo tempo em que a masturbava com a mão, ora lambia, ora escorria a língua por toda sua bc*ta, ora colocava chupava e sugava, ora fazia só com as mãos. Fazia do jeito que achava que daria prazer para ela mesmo, e o resultado estava sendo positivo, pois Viviane parecia estar gostando.


- Ah... Carei. – gemeu mais alto.


A mão de Viviane puxou a cabeça de Carei para trás, parando toda aquela loucura antes que ela não agüentasse mais e acabasse com o momento. Ela puxou Carei para cima usando sua força, depois a encostou na cabeceira da cama com delicadeza e puxou uma perna de Carei para cima, deixando todo o espaço livre para investir naquele corpo maravilhoso, Viviane se levantou indo até uma comoda no seu quarto pegando um vibrador e um frasco de lubrificante.
Carei ficou parada, observando-a, começando a se arrepender do que estava fazendo. Não que ela tivesse dúvida quanto a fazer sexo com Viviane, mas na dor que provavelmente sentiria com isso.
Viviane voltou a cama, jogando o líquido do frasco em seus dedos, sob o olhar atencioso da menor.


- Posso? – indagou Viviane, sentindo seu coração acelerar ainda mais.


A loirinha não conseguia falar nada, ela apenas assentiu com a cabeça. O dedo indicador da jovem escritora começou a pedir passagem por aquele espaço tão apertado, ouvindo o gemido carregado de dor da sua possível namorada, ela ainda não sabia se podia chamá-la daquele jeito.
Com movimentos lentos e circulares, Viviane foi acostumando o corpo de Carei ao seu dedo para depois inserir mais um, somando dois dedos, alargando ainda mais aquele espaço. Viviane deu beijos molhados por todo o peito da loirinha, tentando relaxá-la, enquanto continuava a mover seus dedos pois brincar com dedo e vibrador a deixava muito excitada.


- Está tudo bem?


- S-sim.


- Quer parar?


Um minuto de silêncio e Carei balançou a cabeça negativamente. Viviane sorriu, retirando os dois dedos, começando a passar o gel lubrificante por todo seu pênis de borracha.
Carei fechou os olhos por um momento e depois os deixou semi cerrados, fazendo Viviane perder-se naquele rosto. Viviane a fez se deitar novamente na cama, colocando sua cabeça com cuidado no travesseiro e abriu suas pernas, colocando-se no meio delas.


- Tente relaxar. – Pediu.


Carei suspirou, ela não estava conseguindo relaxar, e não conseguiria fazê-lo quando sentisse aquela glande começar a pressionar o seu corpo. E como pensou, Carei se fechou por inteiro ao sentir o vibrador começar a pedir passagem. 


- Aaah! – Carei gritou alto, mas se segurou, cerrando seus olhos com força, virando seu rosto para o lado oposto, enquanto sentia sua cintura ser puxada para baixo.


O membro de borracha de Viviane saiu por um instante e voltou a ser colocado novamente, lentamente, entretanto não parou até que entrou por completo na bc*ta da loirinha. Talvez fosse melhor abrir passagem de uma vez, mesmo que fosse lentamente.


- Está tudo bem, Carei? – indagou, notando como a face do outro estava vermelha e suada.


A loirinha arfou, não conseguindo dizer nada. Preferia deixar a outra decidir o que fazer. Ela sempre foi passível a tudo nesse mundo e não seria agora que ia se mostrar alguém de muita atitude, apesar de ter atacado a outra há pouco no sofá. Havia tido um lapso e agora estava na cama.


- Posso continuar? – Viviane indagou com certo receio, tocando no rosto suado – Você está bem?


- Eu... ah! Co-Continue. – sussurrou, abrindo suas pálpebras.


- Qualquer coisa, peça que eu paro. – pediu, deixando suas mãos deslizarem pelo quadril da loirinha, sentindo a maciez da sua pele.


Viviane puxou as duas pernas de Carei para cima e as colocou em volta de sua cintura.


- relaxe. – pediu.


logo ela agarrou o corpo à frente e começou a mover, sacudindo para frente e para trás o corpo da menor, sem tirar os olhos de sua face, os lábios de Viviane resvalavam pela pele de Carei, beijando-a sempre que era possível. A escritora continuara a mover o vibrador até que a mais nova não agüentou mais ficar com as pernas abertas soltando, encostando-as novamente no colchão.


- Você é muito bonita. É tão... pura e ingênua. – Disse Viviane, enquanto investia contra seu corpo. – Eu queria muito isso.


- Hum... Ta!


- É assim que me responde? – Indagou com certa indignação, mas logo riu baixinho, vendo que a outra não era muito de falar. Afinal, ela era tímida e estava numa situação nova.


A morena olhou para o corpo que estava jogado a sua frente, ela o analisou com cuidado e puxou Carei para o lado, deixando-a de quatro no chão, colocando-se atrás da loirinha.


- Abre as pernas para mim, Carei. – Viviane pediu, apartando suas nádegas, abrindo-as rapidamente.


Carei abriu suas pernas e ficou com os cotovelos na cama, deixando sua cabeça apoiar em seus braços. Viviane abriu um pouco mais suas pernas, e observou o corpo que estava entregue, amando aquela situação. Ela precisava de alívio, não podia ficar admirando por tanto tempo.


- Viviane... – a chamou com insegurança, ao ver que a outra havia parado.


Viviane sorriu de canto e voltou a introduzir o seu brinquedinho, entrando e saindo com mais entusiasmo, segurando a cintura de Carei com uma mão. Viviane empurrava e puxava o corpo menor. Carei soltava gemidos cada vez mais altos, ela tinha que se controlar, gemer daquele jeito para outra mulher estava acabando com seu orgulho. Seus corpos moviam-se sozinhos, suas mentes estavam um caos, elas queriam apenas usufruir daquele prazer que se aproximava a cada movimento de seus corpos. Carei quebrava todas as barreiras, destruindo os pesadelos que estavam no seu passado, esquecendo-se que sexo não era apenas violência, mas podia ser carinhoso, como estava sendo agora. Carei tocou em sua própria bc*ta, masturbando-se ao mesmo tempo em que sentia o vibrador de Viviane entrando e saindo. Viviane por sua vez sentia seu corpo começar a tremer ligeiramente, até que ela soltou um gemido mais alto, gozando deliciosamente. A loirinha por sua vez acabou desmontando quando o peso de Viviane caiu em cima de suas costas.
Viviane caiu para o lado e virou o corpo da loirinha, que Carei ainda estava excitada, sentindo-se mal por ainda não ter dado prazer a ela. A morena se ajoelhou na cama e começou a masturbar a bc*ta da menor com a mão, observando o semblante prazeroso. A loirinha se constrangeu ao ser observada daquele jeito, ela fechou suas pálpebras e virou a cabeça para o lado, sentindo seus cabelos grudarem em sua testa suada. Viviane sorriu com aquele jeito tímido, mas não disse nada. O corpo de Carei tremeu levemente e a mão de Viviane ficou molhada com o gozo que transcorreu para fora. A morena deitou-se na cama e puxou o corpo menor abraçando sua cintura, virando o rosto de Carei na sua direção.


- Foi tão ruim? – Indagou Viviane.


- Não.


- Gostou?


- Eu... eu... gostei sim. – Sorriu, não conseguia falar que não havia gostado. 


- Você já fez... isso? Quer dizer, você já foi...


- Sim, eu era passiva da Any se quiser saber.


- Me-mesmo? Não acredito, a Any é tão... bom, ela parece ser a... bom, você sabe.


- Sim, sim, eu sei, mas ela não queria fazer de outro jeito, nós éramos novas e eu boba apaixonada e deixava ela fazer o que quiser.


- Ela te... magoou?


- Não, por que a pergunta?


- Você fala de um jeito como se fosse gato e sapato dela.


- Não, não é verdade. Eu apenas deixava fazer o que ela quisesse, pois eu a queria ver feliz. Quem a magoou nesse mundo fui eu quando a deixei. – Disse – Mas falar da Any agora não é muito apropriado.


 Carei concordou, permitindo ser abraçada para sentir os lábios tépidos lhe cobrirem o rosto.


- Vamos ficar um pouco assim, depois podemos sair para comer alguma coisa. Minha empregada vai passar mais tarde e eu gosto de deixar a casa para ela.


- Então você não limpa tudo isso sozinha?


- Óbvio que não.


- Sabe, eu queria muito ir falar com a Any.


- Ainda não pediu desculpas para ela?


- Não.


- E quando pretende fazer isso?


- Não sei. – disse com chateação – Ela deve me odiar.


- Podemos ir hoje. O que acha?


- Mas... como vamos encontrá-la?


- Na casa dela, oras. Sabia que ela tem celular? Vamos passar na casa dela.


- Mas tem a Dulce lá! E ela não gosta de mim.


- Ótimo, ela não gosta de mim no entanto acabou concordando.


 


 


OoO


 


 


Anahi e Dulce estavam voltando para casa. A loira olhava para sua aliança a todo instante, sentindo certo incômodo, pois não estava acostumada a usar um anel, ela puxava e colocava no dedo.


- Será que está muito largo? – indagou, olhando para Dulce. - Temos uma semana para trocarmos caso esteja com algum problema. Então olhe com cuidado e tente não riscar. – falou.


- Sim, senhora! – sorriu.


– Seu celular está tocando.


Any olhou para os lados e buscou seu aparelho que estava em cima do painel do carro, vendo o número que lhe ligava. Ela ficou um pouco hesitante, não sabia se atendia ou não, mas acabou por atender.


- Alô, Viviane.


- Oi, Any, aqui é a Carei.


- Ca-Carei? O que faz com o celular da Viviane?


- Bom, eu estou na casa dela.


- Está? O que você quer?


- Any, eu... eu queria falar com você. Eu posso, posso passar na sua casa hoje com a Viviane?


- Na-Na minha casa?! – indagou quase num grito, olhando de soslaio para sua namorada que estava olhando para frente, sem expressar nenhuma reação, mas ouvia tudo que a loira dizia.


- Sim. Podemos ir?


- Ah, você quer conversar sobre aquele dia?


- Sim, por favor, Any.


- Tudo bem, eu já estou na minha casa. Se quiserem, podem passar lá.


- Nós vamos sair daqui a pouco. 


- Até mais, então.


- Até, Any e... obrigado.


Any desligou e suspirou, ela continuou olhando para frente, sabendo que tinha um par de olhos castanhos que lhe encaravam.


- Ela vai passar em casa.


- A Viviane ou a Carei? Eu não entendi isso, mas eu não quero nenhuma das duas...


- Você não tem que querer nada, Dulce! – suspirou. – Eu acho que ela vai querer falar sobre aquele dia e você vai ficar quietinha e comportada!


Dulce riu baixinho, ela passou a mão pelo rosto de Any numa leve carícia e estacionou o carro num estacionamento que ficava de esquina ao apartamento, ela não parava mais na rua com medo de algum tipo de vandalismo ou roubo contra seu querido bebê. O casal saiu e logo chegaram ao doce lar.
Any se jogou no sofá e Dulce se trancou no banheiro para poder tomar uma ducha. O tempo foi passando, a loira ouviu o interfone e antes que pudesse ir até o aparelho, Dulce atendeu, ouvindo a voz trêmula de Carei, no final acabou abrindo o portão.
Em poucos minutos Viviane e Carei estavam na sala de Any, sentadas no sofá, olhando para a loira e sua namorada.


- Como vocês estão? – Any indagou com um sorriso animado.


- Bem, Any. Muito bem, nós estamos namorando. – Disse Viviane.


- Namorando? – Dulce indagou, entrando na conversa. – Espere um pouco. Você não estava para sair com a..


Antes que Dulce terminasse de falar, Any lhe deu uma cotovelada com tanta força, que Dulce piscou duas vezes e gemeu baixinho, encurvando seu corpo para frente. A loira sorriu amarelo.


- Parabéns. Quem diria que Carei ia acabar namorando uma garota.  – sorriu. – Eu estou feliz, mas não vá perturbá-la com suas lamúrias, Viviane.


- Pode deixar que eu estou comportada Any. Aliás, o que a Dulce acha de me mostrar o apartamento, hum? – Perguntou, erguendo-se, fazendo a karateca ergue-ser também. – Tem alguma área de serviço aqui?


Dulce suspirou e acabou acompanhando a ex-namorada de Any, indo até a lavanderia que havia um grande espaço. Lá ela acendeu seu cigarro e ficou olhando para a morena que dava mais atenção ao movimento estático da janela. Todavia Dulce não podia agüentar aquele silêncio, pois estava curiosa demais com alguns acontecimentos.


- Vocês estão namorando há quanto tempo? – indagou, como quem não queria nada, olhando de canto, enquanto se debruçava na larga janela.


- Menos de vinte e quatro horas. - Respondeu.  – Ela precisava falar com a Any. Acho que podemos deixá-las sozinhas por um tempo, certo?


- Desde que ela não volte a falas besteiras para ela, tudo bem para mim.


- Ela estava nervosa naquele dia, mas foi bom ela falar tudo o que pensava. Carei é uma pessoa muito tímida, sempre segura seus sentimentos.


- Desde que não solte seus sentimentos para cima da minha namorada também está tudo bem.


- Não seja tão ciumenta, ela não vai atacar a Any Aliás, Any é bem maior, eu acho que ela pode se defender sozinha. – comentou com humor.  – Nunca nos falamos antes. Eu acho que é bom para tirar a má impressão.


- Eu não gosto de você.


- Ah, você é tão direta. Certo, eu estava tentando ser legal, mas eu te confesso que também não gosto de você.


 As duas se olharam por um tempo e sorriram, voltando a olhar para a janela.


- Mas fazendo a Any feliz está tudo bem para mim. Eu fiquei preocupada desde que esse sacana do pai dela apareceu.


Dulce ponderou por um instante e comentou:


- Eu poderia falar para Any que o pai dela não presta e que ela deveria se afastar, mas ela parece precisar de algum laço familiar. Mesmo que ela tenha amigos, ela precisa de alguém que a ame incondicionalmente, como uma mãe ou um pai.


- E não é que você sabe de alguma coisa?– Indagou risonha, recebendo um olhar atravessado. – Brincadeira, brincadeira. Não se zangue. Mas eu sou contrário a sua opinião, eu já ia fazer Any mandar esse homem para o quinto dos infernos.


- Eu poderia falar isso, mas estaria levando em conta somente os meus sentimentos, mas eu tenho que pensar no que é melhor para os sentimentos dela.


- Eu... eu estou concordando com você, falando desse jeito, eu acho que fui egoísta em fazer ela enxotar o pai dela. – disse, parecendo estar pensativa. - “Céus, ela me lembra um pouco a Kirias, só que mais racional”.  – refletiu 


– Eu soube que você estava se envolvendo com uma amiga minha.


- Ah, sim, claro. Eu ia sair com ela, mas dei prioridade a algo mais importante. E essa coisa importante está exatamente na sala com sua namorada.


- “Kirias vai enfartar!” – Pensou risonha – Kirias ficou chateada.


- Ela? Chateada? Eu não consigo imaginar uma pessoa tão racional e calculista chateada.


- Mas ela fica triste quando a desprezam. – revelou.


- Não, ela não deve ficar. Ela só fala que está frustrada, triste ou qualquer outra emoção. Mas sabe Dulce, nós somos um pouco parecidas, digo, Kirias e eu. Por isso eu a entendo um pouco. Quando eu estou realmente com alguma emoção forte, eu não consigo falar o que sinto e ajo imprudente. – confessou – Kirias fala que está frustrada ou triste, ela está apenas dizendo como se sente por fora, mas não que isso deva lhe atingir no fundo de seu âmago.


- Que profundo. Não entendi nada, mas eu continuo afirmando que ela vai ficar bem decepcionada ao saber que você deixou de sair com ela para se encontrar com outra pessoa no meio de um encontro.


- Está me cobrando?


Dulce deu uma longa tragada em seu cigarro e balançou a cabeça negativamente.


- Ótimo, pois não devo satisfação a uma pessoa pela qual não tenho compromisso algum. Ela vai entender e se não entender, eu espero que ela não venha me dizer nada.


- Ela provavelmente vai querer bater em você.


- Que ótimo. Bom, pelo a que eu conheci, eu acho que você tem razão. – Riu baixinho – Vou pedir proteção a Any.


- Não vá meter minha namorada nessa situação.


- Claro que eu vou! Culpa da Any por eu ter conhecido aquela louca! Se ela vier me encher, eu vou ligar para a Any na hora


- E a Any vai me encher o saco.


- E você vai falar com Kirias. – sorriu – No final, quem vai me defender ou me ajudar será você, Dulce. Obrigada antecipadamente.


- Você não presta. – Riu baixinho – “Bom, pelo menos ela não é tão idiota quanto pensei. Acho que não preciso mais me preocupar que ela venha em cima da Any. Eu acho!”.


- “E no final a cadela pulguenta sabe conversar como uma pessoa civilizada. Eu estou surpresa, eu acho que posso deixar Any nas mãos dela”. – ponderou, soltando um longo suspiro. – Será que elas já conversaram?


- Posso espiar pela cozinha.


- Acho melhor esperarmos mais um pouco. A Carei fica gaguejando toda hora, ela é insegura, com certeza deve estar suando frio e tentando falar desculpas.


- Sim, ela sempre foi irritantemente insegura.


Viviane não comentou nada, não gostando daquele comentário, mas antes de implicar com uma pessoa que era ligeiramente maior e que tinha músculos em cada centímetro de seu corpo, ela pensava duas vezes. E ao ver o olhar gélido de Dulce, ela com certeza não iria implicar com a karateca.


- “Ela me dá arrepios, também. Que tipinho Any foi arrumar!”.


Enquanto isso na sala. Any estava tentando fazer Carei falar, pois a loirinha simplesmente travou quando começou a falar.


- Então você queria pedir desculpas?– Any perguntou, com impaciência.


- Sim, desculpe-me. Eu... eu estava com ciúme, com... com... inveja. Você é minha amiga, eu sempre a considerei assim e de repente me vi sozinha, você feliz... com suas amigas, me ignorando... eu me senti... traída, sabe?


- Desculpe, também. Eu estava passando por um momento ruim com o meu pai, com a Dul, e a Viviane estava me ajudando, e a Leona sumiu também, minha vida virou de cabeça para baixo. – Confessou. – Eu estava muito infeliz, eu parei a faculdade, não conseguia mais lidar com as coisas, eu desabei. Não pensei em te ligar e nem falar nada, eu não tinha cabeça para falar com ninguém.


- Eu queria fazer parte disso sabe? Eu queria... que me contasse, que pudesse contar comigo.


- Ah, desculpe. Eu vou tentar olhar para os lados quando estiver nessa situação novamente.


- Eu espero que não passe por isso novamente, Any. – Sorriu amarelo. – Eu estou feliz em poder falar com você. Eu pensei que não ia querer mais me ver.


- Mas eu estou curiosa. Como assim está namorando a Viviane?


- Você ficou com ciúme? – indagou, mostrando preocupação.


- Um pouco, mas acho que isso é normal, coisa de ex-namorada, assim como ela deve ter sentido comigo e com a Dulce. Mas eu estou feliz, eu queria que você se resolvesse, mesmo.


- Que bom, eu estou feliz. – Sorriu timidamente, ficando vermelha em seguida. – E... eu vi essa aliança. Você já usava?


- Compramos hoje. – falou, estendendo o braço.


- Bonita... – sorriu.


- Carei, já que você está aqui. Eu queria saber se você vai continuar morando com seus pais ou com alguma irmã sua.


- Eu não me vejo morando sozinha como você, Any. – confessou. – Eu não conseguiria


- Você gostaria de morar longe de seus pais? 


- Ah, sim. Eles não param em casa na verdade, meus pais são comerciantes, Any. Vivem comprando mercadorias, vendendo, falando com estrangeiros. Minha casa sempre tem pessoas de outros países, principalmente russos.


- Deve ser conturbado. Eu estava pensando em alugar o apartamento da cobertura que tem três quartos e convidar você e a Leona para morar comigo. – Disse.


- Ah... M-mesmo? Eu... eu não sei o que dizer, eu... eu não tenho renda e...


- Eu pago, eu não ligo, meu dinheiro está mofando mesmo.


- Não diga isso, você tem que administrar.


Any revirou os olhos, pensando no dinheiro que havia ganhado na loteria há muito tempo. Será que ninguém tinha idéia do quanto ela tinha guardado? Apenas Dulce para saber.


- Certo, depois eu penso nisso. – Disse, fingindo preocupação.


- Mas... mas quer mesmo fazer isso?


- Claro. Você não gostaria de morar comigo?


- Eu pensei... que estivesse muito brava comigo.


- Eu estava mesmo. Mas fiquei mais chateada, eu acho que amigos sempre brigam para fortalecer o laço de amizade. – Sorriu.


- Bom, eu gostaria sim. Mas... tenho que ver antes com minha família. Talvez esse ano não dê, mas quem sabe no futuro!


- Claro, pode ver com cuidado. Leona aceitou, ela tem que ver com os pais dela. Eu vou morar sozinha de qualquer jeito.


E elas continuaram conversando animadamente, Viviane e Dulce juntaram-se as conversas minutos mais tarde, elas até que trocavam algumas informações, pois a ex-namorada de Any começou a comentar que estava escrevendo sobre um personagem que fazia arte marcial e assim começou a fazer algumas perguntas para Dulce.


 


OoO


 


Todas as pessoas que visitavam Leona foram embora. A morena voltou ao seu quarto, onde foi colocada na cama por sua prima, que pedia para ela descansar.


- Juliana, eu não estou machucada.


- Eu sei, mas parece cansada.


- E Victoria não aparece para me dar informações do Carlinhos. Eu quero falar com ele!


- Ainda está pensando nesse garoto? Quem é ele afinal?


- Um amigo, eu já disse, Juliana e não implique com isso, pois eu vou responder feio para você. – Disse sem a menor paciência. – Pegue meu celular, por favor.


- Não, descanse agora.


Leona se levantou da cama e pegou seu celular em cima da cômoda, voltando a se deitar. Ela mandou uma mensagem de texto para a sua prima mais velha, esperando notícias do seu amigo que estava no hospital.
Juliana sentou-se ao seu lado na cama, tocando no ombro de Leona que tremeu levemente, a mais velha levou a mão até seu rosto, tocando numa mecha ligeiramente comprida de seu cabelo. A morena precisava passar no cabeleireiro.


- Eu te amo. – falou, desarmando qualquer falatório da mais nova, que apenas suspirou profundamente. – Eu te amo muito, mais que qualquer pessoa que já amei, mais que sua irmã, ou minha irmã, meus pais. Eu queria que soubesse disso.


- Isso... é bem forte, Juliana. – disse, com o rosto levemente vermelho.


- Mas o importante é que é sincero, sendo forte ou não, isso é o que eu sinto. – sussurrou, beijando sua bochecha – Eu acho que me casaria com você e viveria para sempre ao seu lado.


- Quer casar? Acho que vamos ter que pular essa parte.


Juliana riu baixinho e a abraçou, deixando seus lábios escorrerem por sua boca rosada, inserindo sua língua naquela boca sensível, úmida e doce que tanto apreciava e necessitava em tocar.
A ruiva ficou um pouco por cima, retirando os pés do chão, deitando parte do seu corpo na outra. A respiração de ambas acelerou, Juliana jogou aquele acolchoado no chão e fechou a mão na nuca de Leona, intensificando a força e a velocidade do beijo, provocando baixos gemidos na morena. As mãos de Juliana começaram a apalpar todo o corpo menor, provocando mais gemidos. O pescoço da morena começou a ser atacado por uma língua ágil e habilidosa. A ruiva parou por um momento, com as faces avermelhadas, olhando para a figura frágil de Leona que também estava no mesmo estado.


- Juliana...


- O que foi? Está sentindo algo?


- Tranque essa porta!


A ruiva riu baixinho e foi até a porta, girando a chave, trancando-a. Agora as primas teriam toda a privacidade que precisavam. Juliana foi até o som e ligou num rock um pouco pesado, deixando num volume mais alto. 


- Não... me aperta desse jeito! – pediu com a voz ofegante, sentindo os dedos de Juliana beliscarem sua pele.


- Você emagreceu bastante! Já se pesou?


- Sim, eu perdi oito kg!


- O QUÊ!?!? – Indagou num grito. – Sério? Leona, isso é preocupante.


- O que eu posso fazer? Eu era uma das que mais comia bem naquele porão.


- Comia bem ainda?


- Claro... – disse com um olhar entristecido – Eu tinha privilégios.


- Por quê?


- Imagine... – falou, virando a cabeça para o outro lado.


- Quer falar sobre isso?


Leona suspirou e acariciou os fios ruivos, mexendo com a franja da sua prima.


- Essa franja é muito comprida. Vamos comigo cortar o cabelo amanhã.


- Nossa! Quer mudar meu visual?


- Sim, não gosto dessa franja.


- O que você quiser, Leona. Aproveita que está assim para pedir o que quiser.


- Mesmo? Hum, eu vou querer fazer muitas coisas. – Sorriu.


- E agora... o que você quer fazer, agora?


- Acho que pensamos na mesma coisa.


Juliana voltou a atacá-la, recebendo beijos molhados e carregados de paixão na curva de seu pescoço, enquanto sentia as unhas de Leona lhe marcarem os braços.


- “Acho que eu que não vou sair inteira daqui!” – pensou a ruiva, franzindo o cenho, sentindo um corte no seu braço direito.


 


 


 


OoO


 


 


 


Continua...


 


 



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38

    Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.

  • ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27

    kd vc? volta apostar please

  • cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55

    adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)

  • cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20

    O Capitulo ta bugado Ç.Ç

  • anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48

    Deu bug no cap

  • rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12

    E essa fic aqui, como fica??

  • rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29

    cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!

  • luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20

    Postaaa maiss...

  • rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03

    POSTA MAIS!!!!!

  • maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19

    posta mais.....bjaum lu


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