Fanfics Brasil - Capítulo - 24 Decisões Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon

Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capítulo - 24 Decisões

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A cidade estava sendo recebida por aquela noite de sábado com temperatura tão baixa. O vento úmido batia contra o prédio de eixos alaranjados, onde seus habitantes estavam seguros, protegidos da futura chuva que cobriria toda cidade.
Any comia macarrão instantâneo em frente à televisão, enquanto Dulce estava no quarto, deitada na cama, dormindo. A loira tentou acordar sua namorada para comerem alguma coisa, mas parecia que Dulce estava realmente cansada. 
O celular de Any vibrou, ela olhou para o aparelho que marcava uma mensagem. Ela deixou o delicioso prato de macarrão com gosto de plástico que fazia parte de sua nutrição diária de lado e leu a mensagem que recebeu. Era Heimel que pedia para que Any lhe ligasse, pois ele não tinha créditos.
Com um suspiro resignado ela ligou para seu pai que lhe atendeu imediatamente.


- Como está, Any?


- Eu estou bem e você?


- Podemos nos ver hoje?


- Hoje? Não vai dar, o tempo está muito ruim.


- Não se preocupe quanto a isso, eu passo na sua casa.


- Eu acho melhor...


- Any, eu queria muito falar com você.


Any suspirou, olhou para o relógio da televisão, pensou um pouco e no final acabou concordando.


- Tudo bem.


- Eu sairei agora do hotel e logo estarei na sua casa.


- Eu espero. Até mais.


 Any colocou seu celular em cima da mesa e voltou a comer seu macarrão, sentindo um frio na espinha só de se imaginar frente a frente com seu pai. O último encontro que eles tiveram naquele apartamento foi terrível. Felizmente havia Dulce dessa vez e se seu pai fosse lhe atacar com seus conceitos morais, sua karateca ia aparecer para acabar com a festa. Após a refeição, Any foi até o quarto, sentando-se ao lado do corpo que lhe fazia suspirar todos os dias. Ela começou a passar a mão pela franja de Dulce, retirando-a do rosto que estava aparentemente calma, com um leviano sorriso nos lábios.


- Dulce! – a chamou, dando um beijo no seu rosto. A karateca se remexeu e gemeu alguma coisa, fazendo Any voltar a lhe chamar, enchendo seu rosto e pescoço com beijos molhados. Dulce foi se remexendo, até que abriu os olhos.


- Que horas são? 


- São oito horas.


- Hum... O que foi?


- Heimel vai passar aqui.


- Vai!? Agora?


- Sim, - respondeu, beijando os lábios da sua namorada. – E eu quero você acordada. 


- Ele é bem inconveniente. O que ele quer agora?


- Ser meu pai, talvez.


- E você vai aceitar?


- Posso ouvir o que ele tem a dizer, não posso?


- Claro que sim. – sorriu, beijando o olho roxo. – O que vai falar sobre esse olho?


- O mesmo que disse para a mulher das alianças. 


- Ele vai pensar que fui eu.


- E daí?


- E daí!? Any, ele vai começar a falar que eu não presto para você!


Any riu baixinho com o ar inconformado que sua namorada transmitia, voltando a lhe encher de beijos. A loira subiu em cima de Dulce, sentando-se em cima de seu quadril, onde já se inclinou para começar a lhe beijar. 


- Ele vai chegar daqui a pouco, Any?


- Sim... – respondeu, enquanto começava lamber o pescoço da sua namorada.


- E você está me atiçando. Any pare com isso.


- Quer mesmo que eu pare?


- Hum... não. – disse derrotada, deixando suas mãos resvalarem pelo corpo da sua namorada, apertando sua carne, desejando sentir aquele corpo mais próximo.


A loira respirou bem fundo e se afastou, lutando para não pular em cima da sua namorada. Dulce também se sentou, sentindo arrepios por seu corpo, o casal não se tocou mais ou então rolariam para baixo das cobertas sem suas roupas. E em pouco tempo o interfone tocou, avisando a Any que sua visita já havia chegado.
Dulce foi ao interfone, ela ia deixar claro que havia outra pessoa além de Any e que dessa vez não ia sair para deixá-los conversar sozinhos. A voz de Heimel pareceu surpresa a princípio, mas não disse nada. Dulce acionou o botão que abria o portão e já ficou na porta, quando a campainha tocou, a karateca logo a abriu.


- Boa noite. – falou Heimel, estendendo sua mão para Dulce que a apertou, todavia aquele aperto foi frouxo, como se não houvesse vontade da parte de nenhum dos dois.


- Entre. – Dulce disse secamente, abrindo ainda mais a porta.


Heimel retirou a jaqueta que estava usando e foi até o sofá, sentando-se sem nenhuma cerimônia. Dulce se aproximou e ambos ficaram se olhando.


- Onde está Any?


- Ela já está vindo.


E o silêncio retornou, mas logo foi quebrado assim que Any entrou na sala, indo até Heimel que lhe sorriu amarelo, vendo como a loira estava distante e mais fria que antes. Any por sua vez olhou para Dulce, como se pedisse para ficar sozinha e a karateca obedeceu, indo para a cozinha.


- Eu estou muito feliz em ter outra chance.


- Diga o que quer.


- Não fale assim.


- Da última vez falou que eu era praticamente o demônio em pessoa.


- Perdão por aquilo, eu não sou uma pessoa ruim, Any. Eu simplesmente fui criado dentro desses conceitos, minha mãe...


- Sim, eu já entendi, você teve criação católica e agora quer colocar a culpa de tudo que falou nisso. Eu já entendi. Mas fora isso, o que você quer?


- Será que não podemos ser amigos? Tentar ser alguma coisa a mais?


Anahi não sabia responder, podia ser fácil perdoar o seu pai por ter lhe dito tantas coisas ruins e fingir que nada havia acontecido, mas mesmo assim não confiava nele. Aquela insegurança ainda se arrastava para dentro de seu âmago. No fundo começou a se sentir uma pessoa insensível. Um filho que recusa um pai! Any, você é cruel. Era assim que pensava e por assim refletir, acabava por se culpar.


- Eu estou chateada com você. – disse num sussurro, aquilo havia saído de dentro de seu coração. Any não gostava de chorar, mostrar suas fraquezas, apesar de fazer isso todo o tempo para Dulce, mas esse caso era diferente. Ela confiava em Dulce e por isso permitia que seu coração fosse aberto para ela.


- Eu também estou chateado comigo mesmo. Eu não vou dizer que aceito tudo isso com facilidade. – Disse – Calma, não me olhe assim. Não quer dizer que vou continuar com aquela postura, mas só quero que entenda que eu não mudei minha personalidade e pensamento, eu simplesmente me adaptei.


- Como assim?


- Você é minha filha. Sabe, se eu a visse na rua, ou fosse filha de um amigo meu, qualquer coisa do tipo, eu simplesmente teria simpatia por você, mas você carrega meu sangue e eu sei que você é minha filha. – tossiu levemente – O que eu quero dizer, é que a partir do momento que eu sei que você é minha filha, eu acabo incondicionalmente querendo ter você na minha vida. 


- Está falando de amor incondicional agora?


- Sim, eu pensei que não me afetaria quando eu te conhecesse. Eu pensei: “ela vai ser uma adolescente e eu vou apenas ser colega dela”. Mas quando eu te vi, o sentimento foi outro. Eu lembrei de você nos meus braços.


- O que está querendo dizer afinal? – indagou com agastamento.


- Eu já disse, você que não quer entender. Eu te amo incondicionalmente, sendo o que você é, como você é, porque você é minha filha, Any. – Suspirou. – Não adianta tentar pensar em você de outra forma ou tentar me afastar. Eu fiquei tão mal nesse meio tempo, eu queria pedir desculpas. 


- Eu não sei se você é um vilão ou um bom samaritano, Heimel. Você me deixa confusa, eu não consigo te odiar, mas também não consigo confiar em você. – confessou.


- Porque apesar de você ter raiva de tudo que aconteceu, Any, você não consegue me odiar, porque eu sou seu pai e assim como eu, você não consegue se ver livre desse sentimento que nos une. – Sorriu. – Aceite as coisas como são. E vamos tentar seguir daqui para frente.


- E o que você pretende fazer?


- Eu preciso de uma resposta sua.


- O que seria? – indagou curiosa.


Heimel passou a mão por seu rosto liso e voltou a tossir.


- Você quer que eu fique nessa cidade para sempre nos vermos, almoçarmos juntos, tentar fazer coisas de pai e filha?


- Eu não sei. – falou sincera.


- Pense nisso. Eu não sou dessa cidade, não conheço nada aqui. Logo voltarei para meu estado e lá tentarei me estabilizar. Mas se você quiser que tenhamos algum laço, diga-me o quanto antes.


- Quando pretende ir embora?


- Semana que vem. Eu não consigo mais me manter aqui sem um emprego.


E Heimel jogou em Any toda a responsabilidade, deixando um peso enorme nas costas da sua filha, a feição da loira havia mudado, agora ela estava com um olhar baixo e nem conseguia falar mais nada. Como ela podia decidir uma coisa dessas? Agora ela seria a culpada se mandasse seu pai embora. Não era uma resposta fácil para se dar. Dulce saiu da cozinha ao ver que tudo ficou silencioso demais, quando a karateca chegou na sala, ela olhou primeiro para sua namorada que parecia uma pedra de tão quieta e apagado.


-Any... – Dulce a chamou duas vezes.


- Fala.


- Está tudo bem?


- Sim.


Heimel estreitou seu olhar para a namorada da sua filha. Ele havia notado que Any estava com um olho roxo, mas não foi louco de perguntar o motivo, pois queria conversar em paz com ela.


- Eu não sei o que falar, Heimel. – Any disse.


- Você tem essa semana para pensar. – Falou com calma, - você que vai decidir.


- Decidir o que? – Dulce indagou.


 Any apenas lhe explicou de forma rápida, fazendo com que Dulce estreitasse seus olhos, não gostando da responsabilidade que Heimel havia jogado em cima do coração da sua namorada.


- E agora a Any vai ter que escolher, então você vai se ver livre das escolhas, se ela te mandar embora é culpa dela e se você ficar e tornar a vida dela um inferno, então a culpa vai ser da Any também. – Dulce falou, chamando a atenção dos dois. – Resumindo, você veio aqui para limpar sua barra. Que grande homem de atitudes você é, Heimel! – zombou.


- Olha como fala comigo, garota! – disse num tom elevado – Não vou dar atenção a você. Eu sei que só quer criar inimizade entre eu e a minha filha.


- Ela não é sua filha! No máximo uma criança que você abandonou. Pelo jeito você não é alguém que toma atitudes, e ainda continua assim! Que tipo de pai joga a responsabilidade em cima de um filho?


- Eu não estou jogando nada! Eu só quero saber se minha filha quer minha companhia!


- Se você quer mesmo saber, eu acho que deveria agir pela sua consciência. Por que não fica na cidade e tenta conquistá-la ao invés de ficar fazendo ela decidir as coisas sozinha, hein!?


 A discussão continuou. Any até tentou dizer algo para sua namorada ficar quieta, mas não conseguiu. Heimel também estava discutindo com Dulce e eles continuavam a se atacar, até que chegou num ponto mais delicado.


- (...) se você se preocupa tanto com a minha filha. Então por que ela está com esse rosto machucado? – indagou friamente.


Dulce parou de falar, ela ficou estática, olhando de soslaio para Any que também ficou na mesma situação.


- O que tem meu olho agora? – Any indagou.


- Por que está machucado? O que houve com seu rosto?


- Uma garota me atacou na rua. – respondeu sinceramente.


- E onde estava sua namorada tão protetora?


- Ela não estava comigo, óbvio, senão eu não estaria com o rosto assim. – respondeu calmamente – Dulce não deixaria que eu me machucasse. Não é mesmo, meu bem?


- Claro que não. – respondeu, cruzando seus braços, irritando-se com o rumo que a conversa havia obtido. 


– Eu cansei. Any, você não tem que escolher nada, esse homem que tem que tomar sua decisão. Se ele fica, se ele vai, isso ele que sabe.


- Tem razão, Dulce. Heimel faça o que tem vontade, eu não vou segurá-lo e nem libertá-lo. – Disse – Se quiser voltar para seu estado, por favor, volte, mas não faça disso uma decisão minha.


 Heimel se ergueu num impulso, Any o acompanhou também. O seu pai tinha uma feição fechada, com o cenho franzido e os lábios entortados para baixo. Ele foi até Any, apertando levemente seu ombro direito sem dizer nada e depois se dirigiu para porta, saindo sem dizer nada, assustando as duas anfitriãs.


- Esse cara é um idiota. – Dulce murmurou – Ele saiu desse jeito, sem dizer nada.


- Talvez ele já tenha sua decisão.


- Any... – a chamou, indo até sua namorada, abraçando-a com cuidado. – Desculpe-me por interromper, mas você estava tão triste, eu não consegui ficar quieta.


Any sorriu e abraçou o corpo à frente, deitando a cabeça nos ombros protetores, sentindo-se protegida e quentinha naquele colo.


- Eu que agradeço por você ter aparecido, você me salvou. Eu não sabia o que dizer, eu tinha medo de tomar a decisão. – sussurrou.


- Ele foi um cretino, você não tinha que escolher isso.


- Eu sei, Dul. Obrigada, você sempre está pensando em mim


- Porque eu te amo, sua besta. – confessou, beijando o seu pescoço.


- Eu estou cansada, parece que minhas energias foram sugadas


- Eu vou preparar um chá para você. – disse, puxando a mão de Any, levando sua namorada até o quarto, onde a depositou na cama de casal com todo o cuidado, dando de presente um beijo na sua testa. 


– Eu já venho!


 Any viu sua namorada se afastar, ela afundou a cabeça no seu travesseiro e passou a mão pelos olhos úmidos pelas lágrimas que insistiam em sair.


- “Ainda bem que eu tenho você, Dulce”.


 


  OoO


 


 Após esse episódio um mês inteiro passou-se na vida das garotas. Algumas coisas mudaram, assim como era proposto pelo tempo. Algumas coisas regrediram, outras avançaram, mas o importante era que ninguém ficou estagnado em uma única ação ou sentimento. Leona e Juliana estavam sentadas na grama verde de um parque, aproveitando o dia quente de sol. O lago a frente brilhava a seus olhos, onde alguns patos e gansos aproveitavam o silêncio daquela manhã. A ruiva estava com o cabelo mais curto, pois não conseguiu fugir do dia do cabeleireiro. Leona estava com os cabelos parecidos. Felizmente a mais nova estava se recuperando do que havia acontecido, mas mesmo assim continuava a freqüentar psicólogos e psicanalistas.


- Você vai fazer alguma coisa hoje? – Leona indagou.


- Kirias queria sair para irmos numa danceteria. Você tem vontade?


- Faz tempo que eu não saio à noite. Eu acho que seria interessante.


- A Dulce e a Any irão também?


- Não sei, mas podemos chamá-las. – comentou, passando a mão pela franja negra da sua namorada, alisando toda sua cabeça até chegar no seu queixo.


- Kirias ficou um pouco chateada ao ver que aquela garota que estava saindo acabou trocando ela por uma Honoi.


- Ah, Any já me contou essa história. Eu acho que a Kirias mereceu.  – comentou com um leve sorriso.– Ela sempre tratou Carei como se fosse um lixo que ninguém queria e agora viu que foi trocada por esse lixo. Eu acho que ela deveria parar de humilhar pessoas que não tem simpatia.


- Ela é assim, eu mesmo não entendo o ódio que ela sente, mas eu sei que a Carei na verdade não é o alvo do ódio da Kirias. 


- Seria a Aziel?


- Óbvio. Essas duas desde o primeiro dia de aula naquele colégio, elas acabaram se estranhando. 


- E agora a Kirias perdeu sua irmã para aquela que mais odeia. Pensa comigo, Juliana! Eu acho que a Kirias está numa grande crise.


- E você acha que eu não sei? Ela vive aparecendo na minha casa para conversarmos, ela não está nada bem ultimamente. – Suspirou, – mas a Kirias vai se recuperar, ela tem um pensamento lógico para todas as circunstancias da vida.


Leona pegou seu celular, procurando na sua agenda a pessoa desejada e quando a encontrou, ela iniciou a ligação. Juliana viu de soslaio quem era a pessoa e entortou os lábios. A sua prima estava ligando para o garoto pela qual havia saído a duas semanas do hospital e que agora vivia ligando para Leona. A ruiva ouviu a conversa que não pendurou por muito tempo, mas antes que enlouquecesse e jogasse o celular de Leona no lago, ela pegou o seu próprio celular e ligou para Dulce.


- Oi, Dulce.


- Diga.


- Você vai fazer algo hoje a noite?


- Não sei, depende. O que você quer fazer.


- Kirias queria ir numa balada essa noite. Por que não vamos todas nós?


- Está dizendo que vai levar a Leona?


- Sim. Vamos tentar achar alguém para a Kirias se divertir, faz tempo que ela está sozinha.


- Sendo assim, eu vou perguntar para a Any. 


Juliana ouviu uma conversa por trás da ligação, ouviu a voz de Any e logo Dulce retornou a ligação.


- Tudo bem, nós iremos. Mas qual casa ela quer ir?


- Vamos nos encontrar na frente da minha casa e de lá iremos todas juntas, tudo bem


- Certo, então umas onze horas??


- Sim, até mais, Dulce.


Juliana guardou seu celular e sorriu ao sentir a mão da sua prima descer por sua coxa, alisando-a com leveza, num doce carinho.


- Elas vão?


- Espero que se divirta, pois faz tempo que você não sai.


- Eu digo o mesmo. – sorriu. – Qualquer coisa eu fico sentada numa mesa e arrasto a Any para ficar comigo.


- E por que a Any e não eu? – indagou, fingindo ciúme, abraçando os seus ombros.


- Ah, porque você tem a missão de achar alguém para a Kirias.


- Dessa vez eu deixo passar! – riu baixinho.


As primas ficaram um bom tempo no parque aproveitando aquela manhã de sábado, confabulando sobre assuntos diversos enquanto namoravam discretamente.


 


 OoO


 


As horas passaram rapidamente e a noite chegou com suas reluzentes estrelas juntamente com o grande astro. A lua estava cheia e tinha uma cor amarelada parecendo ser mais uma obra divina para aquela noite em especial.
As garotas estavam encostadas na parede de pedra na frente da casa de Juliana. O grupo estava esperando a irmã de Juliana, Victoria que acabou por decidir ir junto com as demais naquele passeio. 
Dulce estava conversando com Kirias sobre alguma coisa que nem ela mesma estava entendendo, pois não conseguia parar de olhar para sua namorada. Quando Any terminou de se arrumar antes de sair de casa, a karateca quase teve um ataque cardíaco e a jogou para dentro do quarto novamente, pedindo para que ela mudasse sua roupa. 


- “Como eu vou arranjar uma garota para a Kirias, sendo que eu tenho o risco de perder a minha?” – pensava com certa preocupação.


Quando Victoria apareceu, elas foram para seus carros e partiram, procurando encontrar uma casa noturna GLS que não estivesse muito cheia e que tivesse um público interessante também. Após ficarem mais de uma hora rodando, elas acharam um lugar que Kirias se interessou e como aquela noite era particularmente para ela, as demais acabaram acatando. Os carros estavam estacionados e elas já se dirigiram para a fila da balada. Dulce se afastou de Any por um momento, quando Juliana e Kirias a agarraram para andar mais à frente com Victoria.


- Any, você está bonita hoje. – Leona comentou com um sorriso animado, enquanto observava a loira usar aquela calça de couro preta que lhe agarrava em certas partes, junto a uma blusinha da mesma cor que tinha um corte em “V” nas costas.


- Obrigado, Leona. –sorriu com timidez.


Em poucos minutos elas entraram na casa. Logo o cheiro forte de cigarro invadiu suas narinas, juntamente com o álcool que parecia estar impregnado em todos os lugares. A casa era demasiada escura, e em alguns pontos não conseguiam enxergar muita coisa.
Leona e Any deram a mão e foram até o balcão do bar, olhando para o pequeno cardápio.


- Vocês já vão beber? – Victoria indagou, aproximando das duas. – E você pode beber, Leona?


- Não tomei meus medicamentos, eu posso sim. E eu não consigo dançar e ficar nesses lugares sem estar alcoolizada.


- Eu faço as palavras da Leona as minhas.


Victoria balançou a cabeça negativamente para as mais novas, ela tocou no ombro de Leona e inclinou seu corpo para baixo.


- Não exagere. Eu vou ficar de olho em você.


- Ótimo! Eu tenho você e a Juliana de olho em mim. – murmurou.


- E eu também! – Any sorriu animadamente.


- E eu vou ficar de olho em você também, mas em outro aspecto. – Victoria disse, dando uma piscada para Any, afastando-se logo em seguida, deixando a loira com os lábios entreabertos por um longo tempo.


- A ignore, Any. Vamos pedir tequila, eu acho que sobe rápido.


As duas ficaram no balcão por um tempo, enquanto na pista de dança, o trio estava observando o local. Havia muitas mulheres bonitas ali, mas isso era de se esperar de uma balada que somente na sua entrada era cobrado por volta de duzentos reais.


- Vamos, Kirias! Você que vai escolher.


A loura sorriu com animação e focalizou seu primeiro alvo. Ela entrou no meio da dança, movendo um pouco seus ombros, tentando entrar no ritmo. Ela não sabia dançar muito bem, mas não era uma completa estabanada também. Juliana e Dulce ficaram paradas, observando a loura de moicano se afastando e antes mesmo de Kirias chegar no seu alvo, uma garota se aproximou da ruiva.


- Oi! Está sozinha? – indagou a garota, que estava ligeiramente bêbada.


- Eu estou acompanhada. – sorriu.


- Que pena! Mas que quiser, eu estarei dançando. – disse, afastando-se em seguida.


- O negócio aqui é rápido. – Dulce comentou.


- Sim, nós mal estamos paradas aqui e já veio uma. E olha só, lá vem outra.


E como observado, uma garota se aproximou de Dulce, que acabou por se esquivar assim como a ruiva.


- Dulce...


- Hum?


- Se nós estamos sendo assediadas desse jeito.


- O que tem?


- Onde está a Any e Leona?


 A dupla se olhou com surpresa e começou a olhar para os lados, procurando as suas namoradas. Primeiro foram ao balcão, onde elas já não estavam mais, depois foram ao banheiro, onde havia vários homens se pegando, além de duas garotas que pareciam estar se divertindo ali também. 


- Será que elas foram raptadas? – Juliana indagou com irritação, voltando a pista de dança.


- Achei!


- Cadê!?


- Ali! – Dulce apontou para um canto da pista.


Anahi e Leona estavam dançando juntas de um jeito sensual, que as surpreendeu. Aparentemente elas estavam bêbadas, pois ambas não fariam isso no estado normal. E havia algumas mulheres em volta delas, dançando junto.


- Aquelas duas estão sem consciência! – Dulce vociferou.


- Mas eu não tenho ciúme de vê-las assim, Dulce. Você não acha que a minha prima está dando em cima da...


- Não é isso, Juliana. – a interrompeu. – Eu estou falando das outras. Olha só, tem uma garota se esfregando na Any e ela nem faz nada.


- Pelo estado que elas devem estar, eu acho que beberam umas três tequilas cada uma. Claro que elas nem se lembram mais que tem namoradas.


 A dupla se enfiou no meio da pista de dança, sentindo várias mãos bobas esbarrarem em seus corpos. A mais assediada era Dulce por causa de seu corpo voluptuoso. Afinal, Kirias que escolheu aquela casa noturna, e agora elas sabiam o motivo: todos ali eram pervertidos! E quando chegaram ao destino, Dulce se postou atrás de Any e Juliana fez o mesmo com sua prima.


- Você bebeu o que, Any? – Dulce indagou, aproximando-se suavemente, para logo se afastar ao receber uma pisada no seu pé.


- Perdão, Dul! – pediu e logo voltou a dançar, puxando a mão de Leona para rodá-la.


- “Eu não devia ter trazido a Any. Não devia!” – pensava com certa impaciência.


- Dulce, tente relaxar e dançar! – Juliana gritou do outro lado, chamando a atenção da karateca que pareceu se acalmar com aquele conselho.


Dulce acendeu uma unidade de seu cigarro e começou a fumar calmamente, aspirando o máximo daquela nicotina para seu pulmão. Ela se afastou um pouco e acabou pedindo uma cerveja para ela e Juliana. Agora elas estavam próximas as suas namoradas, bebendo e ouvindo a música alta.
Juliana ergueu sua cabeça e procurou algum cabelinho louro arrepiado pela pista e ao longe conseguiu ver Kirias encostada a uma parede com uma garota. Ela chamou a atenção de Dulce e apontou para um canto. Dulce sorriu ao ver que Kirias havia conseguido alguém, nem que fosse apenas para um sexo casual.


Do outro lado do salão, Kirias sorria para a garota que estava completamente bêbada. Ela mesma não se preocupava em pegar uma pessoa que estava complemente fora de sua sã consciência. A loura virou seu corpo e ficou na frente da garota que era mais baixa, ela passou sua perna direita no meio das pernas da outra e encostou seus quadris. A loura inclinou-se para baixo e puxou o queixo, dando um beijo nos lábios para depois devorá-los como gostava, mordiscando e chupando sem parar.
A garota que estava com Kirias sentia seus lábios parecerem serem mastigados pela outra, ela tentou afastá-la por um minuto, mas não conseguiu, sentindo maior pressão. O seu cabelo era comprido e castanho, Kirias fechou sua mão numa mecha e não soltou mais, puxando-a de um lado para o outro, comando os movimentos que eram ligeiros e intensos, provocando dor. A garota de olhos negros fechou suas unhas nos braços de Kirias, perfurando sua pele, como se o empurrasse para trás, todavia aquilo apenas excitou ainda mais a loura.


- Cal-calma! – pediu a garota, quando sua boca foi deixada de lado, para seu pescoço ser agarrado.


Kirias nada disse, ela apenas saboreava aquele pescoço com atenção, enquanto resvalava seu sexo ja excitada contra o corpo menor.


- Quer ir para outro lugar? – Kirias indagou.


- Não! Eu estou... estou com... uns amigos aqui. - disse com a voz baixa, tentando se concentrar no que fazia.


- Eles não estão aqui agora. Vamos ao banheiro! – disse com entusiasmo, puxando a garota pela mão passando por todos daquela casa noturna com um extenso sorriso nos lábios. Ele finalmente ia tirar o seu atraso. Quando chegou ao banheiro, ela abriu uma cabine vazia e jogou a garota em cima da privada que felizmente estava fechada, ou ela ia se molhar por inteiro.


Kirias a puxou pelo cabelo abaixou um pouco suas roupas e a fez chup*ar seu sexo não demorando muito a se aliviar na boca da desconhecida. Logo a loura a puxou e a virou para que ficasse com o peito sobre o azulejo frio da parede abaixando sua calça enquanto murmurava alguma coisa, tentando impedir Kirias com o que fazia. 


- Qual seu nome? – Kirias indagou.


- Raphaela – respondeu. – E o seu?


- Kirias. – respondeu, começando a guiar dois dedos para o meio das pernas da menor que gemeu alto com o início da penetração. A loura a pressionou com mais pressão à parede e a puxou para baixo, enquanto seus dedos se moviam para cima e para baixo.


Raphaela fechou sua mão e socou a parede à frente, machucando seus dedos para suportar o prazer e a dor que sentia. Kirias não parava, mordia o pescoço e apertava o corpo menor e ia colocando seus dedos até que finalmente entrou por quase completo, satisfazendo-se. Ela parou um pouco, sentindo seu coração bater violentamente contra seu peito.
No banheiro dava para ouvir os gemidos altos e um pouco desesperados que vinham da última cabine, mas ninguém bateu na porta, apenas estavam distraídas demais com sua própria noite para dar atenção aos outros. Alguns minutos passaram e Kirias saiu sem olhar para trás, passando a mão por seus cabelos, jogando seu moicano para trás. Ela lavou suas mãos na torneira e passou um pouco de água por seu pescoço. Agora sua noite podia começar. Ela saiu do banheiro e foi para o balcão, onde pediu uma bebida quente e ali ficou sentada por alguns minutos para se recuperar. Na pista de dança, Juliana conseguiu puxar Leona para um canto, ouvindo a reclamação da mais nova que não conseguia andar direito. A ruiva conseguiu ir para uma área que era um pouco mais calma, ou melhor, dizendo um pouco menos agitada. Ali havia um grande sofá que estava ocupado por um grupo de garotas. Juliana viu um banco sem nenhum encosto jogado num canto e ali sentou, colocando a sua prima na sua perna.


- Eu estou enjoada.


- Nem faz uma hora que já estamos aqui, Leona. Você já bebeu tanto assim?


- Any me pagou um monte de... tequila. – disse, enquanto jogava sua cabeça no ombro de Juliana. – Eu estou com sono.


- Levanta a cabeça, não durma. – pediu, puxando-a pelo cabelo


Leona ergueu a cabeça com dificuldade e antes que pudesse jogá-la novamente no ombro da sua prima, os lábios da mesma veio lhe receber. Juliana abraçou sua cintura e ajeitou Leona para que ela se sentasse de frente para ela, assim elas começaram a se beijar com ternura.
Alguns metros delas, Dulce puxou sua namorada para o balcão, onde estava Kirias. A karateca fez Any se sentar e abraçou sua cintura para mantê-la parada.


- E como está se sentindo, Kirias?


- Eu estou bem. Aliás, eu já vou voltar para lá. – falou, saltando do banco de madeira, afastando-se do casal com passos dançantes.


- Ela... parece feliz.


- Ela deve ter tirado o atraso dela, coitada – riu baixinho.


- Dulce...


- Hum?


- Eu quero dançar!!!


Dulce revirou os olhos e a tirou do banco, voltando com sua namorada para a pista, mas dessa vez não soltou o seu braço, ou perderia sua criança no meio daquelas mulheres bêbadas e safadas. 
Any começou a se mexer e Dulce a abraçou pela cintura, gostando de ver que Any dançava exclusivamente para ela. 
Aos poucos começando a andar sem que sua namorada percebesse que não estavam mais no meio da pista de dança para encostá-la numa parede.


- Ahhh! Dulce, eu queria dançar. – reclamou, olhando para os lados.


- Quem mandou sair com essa roupa hoje? – indagou, enquanto beijava o pescoço da menor. – Você vai dançar aqui comigo.


- Não tem espaço – reclamou. – E essa parede aqui atrás está me irritando. Aqui está escuro. Eu quero ir lá! – voltou a reclamar, cruzando os braços dessa vez.


 Dulce riu baixinho com aquela reclamação que soou muito infantil aos seus ouvidos, ela deu um passo à frente e prensou sua namorada na parede, agora sim ela poderia reclamar que estava presa. Dulce levou uma mão até sua nuca e a puxou para beijar aquela boca falante. Uma coxa de Any foi puxada pela mão de Dulce para que ficasse na altura de seu quadril, assim os dedos de Dulce passearem pelo tecido de couro com agilidade, sentindo as curvas da outra até chegar nas suas nádegas, onde suas mão se fechou num tapa.


- Dulce.. não... não vamos fazer nada aqui!


- Hum... eu estou louca para ver você dançando para mim.


- Eu estava dançando, você que me parou.


- Eu quero que dance só para mim. – sussurrou em seu ouvido. – Vamos para um motel ou para casa. Eu quero você só para mim essa noite.


- Mas... mas mal chegamos!


Dulce sorriu e puxou sua namorada pelo braço novamente, voltando a arrastá-la, só que dessa vez foi para fora daquela casa. Quando chegaram na rua, Any aspirou o ar puro daquela madrugada e logo se viu enfiada no porsche preto.


- Dulce, eu estou com fome.


- Você quer tudo hoje, hein? O que mais quer?


- Eu queria dançar, mas você não deixou!


- Eu deixei você dançar e beber. Aliás, você não tem o que reclamar, pois tinha várias mulheres passando a mão em você, e eu não fiz nada! – disse, fechando os olhos por um momento e contanto mentalmente até dez para não se estressar.


- Ah, você acha que eu não vi você dando uma cotovelada na cabeça daquela garota que veio falar comigo?


Dulce riu baixinho com aquela observação.


- Então você viu?


- E acha que eu não vi você dando um empurrão em outra garota que veio se aproximando de mim?


- Você é atenciosa, Any. Quem diria!


- Está zombando de mim só porque eu estou bêbada. – reclamou. – Eu também não vou dançar mais para você.


- Então você ia mesmo?


- Sim.


- Ah, Any! Eu já estava te levando para comer em um fast food, mas eu vou te levar mesmo para casa.


- Negativo!


- Não adianta fazer esse draminha, eu vou de qualquer jeito fazer você dançar para mim. – falou com divertimento.


Dulce continuou dirigindo enquanto provocava a menor com aquela brincadeira boba, mas que dava bons momentos de risadas para ambas. O clima entre elas estava melhor que nunca, elas estavam brigando raramente e tudo tendia para melhorar com a mudança de Dulce que estava prevista para o mês seguinte, juntamente com Juliana e Kirias. Em poucos minutos elas chegaram a casa delas. Para quê motel se elas tinham uma casa confortável? Quando entraram no apartamento, Dulce arrastou Any para o banheiro e lá elas se despiram e se enfiaram embaixo de uma ducha morna.


- Eu estou fedendo a cigarro.


- Hum, verdade. Eu vou cuidar de você. – disse com carinho, enquanto passava xampu na cabeça de Any.


- Dul...


- Hum?


- Eu acho que vou... vomitar.


- Para variar a criança não sabe beber. – murmurou.


Dulce abriu a porta do Box e pegou uma toalha, colocando-a no ombro de Any para que ela não tomasse muita friagem. A loira abriu a tampa da privada e não demorou em começar a colocar tudo para fora.


- Está melhor? – Dulce perguntou, solícita, vendo sua namorada puxar a descarga.


- Um pouco.


- Então volta para cá! – pediu, puxando-a pela mão para terminarem com o banho, sendo que Any ainda tinha xampu na sua cabeça.


Momentos mais tarde o casal estava vestindo seus roupões quentes de algodão. Any sentou-se na cama, passando a mão por seus cabelos, jogando-os para trás.


- Estou com sono.


- Aha! Nem venha com essa, Any. – Dulce disse num tom alto, assustando a menor.


- O que foi? – indagou um pouco assustada.


- Eu não te trouxe para casa tão rápido por nenhum motivo, além de te dar um banho. – sorriu maliciosa, passando a língua por seus lábios.


Dulce foi se aproximando, empurrando o peito de Any para trás, jogando a namorada na cama, ela foi subindo até que se sentou no abdômen de Any.


- Dulce, eu estou com sono e enjoada.


- Então vai vomitar e volta.


- Ah, sua nojenta insensível! – reclamou, dando um tapa na mão que tentava abrir seu roupão.


- Então você não me quer? – indagou, beijando a bochecha de Any.


- Hum... eu... eu quero sim.


Dulce sorriu diante aquela resposta tímida, ela puxou a mão direita de Any e a beijou sem nenhuma pressa, para depois retirar seu roupão revelando sua nudez e logo retirou o de Any também. Agora estavam ambas nuas naquela cama.


- Você não vai mesmo dançar para mim? – indagou.


- Não!


- Any, você é muito fresca.


- Como se fosse fácil fazer você dançar para mim também!


- Então você quer que eu dance para você? – indagou num meio sorriso, beijando a bochecha da sua namorada.


- Não, mas eu queria fazer uma coisa. Vamos mudar um pouco as coisas, eu cansei de ficar em baixo.


- Ah... Any, isso...


- Ah, você que é fresca, Dulce ! – reclamou.


- Não sou, eu apenas gosto de como estou. – murmurou.


- Mas eu quero mudar, eu quero!


- Você está bêbada! – riu com o comentário, vendo a irritação surgir na face de Any.


- Está com medo que eu te machuque? Eu não vou te machucar Dulce! Você é muito traumatizada com sexo.


- Eu!? Está louca!? – indagou com incredulidade.


- É sim, nunca deixa eu te tocar. – resmungou, enquanto desviava seu olhar de Dulce. Any ficou com um olhar perdido, olhando para a parede branca, como se fosse uma criança sozinha e triste. Aquela cena deixava Dulce com o coração apertado.


Dulce ficou um pouco hesitante, mas no final acabou fechando suas pálpebras aceitando aquela situação, ela deitou no colchão macio e viu o sorriso de orelha a orelha que Any lhe dirigiu. 


- Ah, que felicidade! – Any sorriu. – “Finalmente consegui! Sabia que Dulce não ia resistir a esse olhar de abandonado que eu fiz!” – pensou com felicidade.


- Vai logo!


- Não seja uma má menina, Dulce! – disse com mais animação, enquanto cobria o corpo da mais velha.


Dulce ia perguntar o que Any ia fazer, mas achou melhor sentir do que ouvir. A língua que Any começou a resvalar por seu peito, parando num dos seus mamilos para chupá-los e mordê-los como se fosse um pedaço de chocolate que se derretia ao seu toque. Dulce se ajeitou na cama, abrindo mais suas pernas, flexionando-as, deixando que Any se encaixasse no seu meio, enquanto lhe beijava.
As mãos da loira lhe acariciavam os cabelos castanhos avermelhados, fazendo um doce carinho. O clima esquentou para as duas, os seus corpos estavam derretendo-se no prazer, ansiando cada vez por mais, e mais, desejando sentir a outra ao máximo.


- Any...


- Hum?


- Não pare. – pediu.


 Any sorriu e continuou a chupá-la, descendo a língua habilmente que parecia deixar um rastro de fogo que a conduzia a um lugar mais quente e desejoso. O cheiro de sexo estava pairando no ar. A mão direita fechou naquela bc*ta, que já estava úmida, olhando-a com atenção. A menor colocou a língua para fora e a lambeu, sugando as gotículas que saíam daquela cavidade, olhando para Dulce que ficou com o tronco semi-erguido para visualizar melhor aquela cena tão sexy e quente. A sua frente Any beijava com carinho, dando algumas lambidas, para depois dar uma leve chupadinha naquela bc*ta molhada e vermelha.


- Any... – Dulce gemeu, pendendo a cabeça para trás, abrindo ainda mais suas pernas, como se pedisse que a outra fosse logo com aquilo para ir de encontro ao seu corpo que ardia feito brasa.


- “Isso só pode ser um sonho. Dulce facinha desse jeito... É bom aproveitar antes que eu acorde!”. – Any pensou, quando viu aquelas pernas se abrindo e Dulce se ajeitando melhor, deixando que suas pernas ficassem abertas para ela ver aquele pequeno buraco que parecia piscar para ela.
As pernas de Dulce foram puxadas para cima, ficando apoiadas em cima dos ombros de Any que começou a beijar toda a região de baixo, indo com suas narinas para o meio das nádegas da maior, aspirando seu cheiro para depois beijar, passando a língua pelo seu meio. Dulce estava mais acesa que nunca com todos aqueles toques, ela sentia a língua tímida bater contra sua bc*ta e involuntariamente começou a mover seu quadril para frente e para trás, deixando que aquela língua lhe penetrasse.


- Dulce, você pode gemer, isso não é tão constrangedor, nós somos namoradas há tanto tempo. – falou, enquanto voltou chupá-la com destreza, tentando não machucá-la com seu dente, apesar de sentir vontade de mordê-la. Dulce estava irresistível, não conseguia se conter em querer mordê-la e apertá-la.


Any se afastou alguns segundos depois, olhando para a bc*ta molhada e avermelhada de Dulce, depois olhou para seu rosto vermelho e suado e voltou a beijá-la, sentindo as mãos de Dulce passar por seu corpo, apertando suas nádegas sem nenhum pudor, indo com um dedo no meio delas.


- Dulce! – Any se afastou um pouco, assustando-se com aquela iniciativa da ruiva. – Eu que vou ter seu corpo hoje.


- Somente hoje...


Any balançou a cabeça negativamente e beijou sua testa.


- Vamos mudar de vez em quando. Para não cair na rotina. – sussurrou próximo ao seu ouvido e voltou sua atenção ao que estava fazendo.


- Você está enjoada de mim? – indagou com certa preocupação.


- Claro que não, mas às vezes é bom mudar. – sorriu.


A menor a posicionou dois dedos no meio da bc*ta de Dulce, que mordia sua mão direita, contendo o gemido. A penetração foi lenta e prazerosa para a karateca, que movia seu corpo para frente e para trás, dando ritmo àquela penetração, incentivando Any que pensou que ia gozar quando metade dos seus dedos entrou naquele canal tão apertado.


- Dulce... isso... é muito bom! – disse num gemido lânguido.


- Aproveita então. – disse, enquanto suas mãos apertavam toda a carne que havia na cintura de Any.


Dulce mordeu seu lábio inferior ao sentir os dedos de Any bater no seu interior,ela gemeu e agarrou os cabelos louros. A partir daí, Any não parou de se movimentar, ela empurrava seu quadril contra Dulce que ia sendo empurrado sempre para frente, até que bateu com a cabeça na cabeceira de madeira, fazendo um som alto.
O cheiro de sexo, os gemidos e o som da cama rangendo compunha aquele quadro com maestria. Any sentia a corrente de prazer lhe tirar a sanidade, ela se lançava com tanta força para frente, que até temia machucar a sua namorada, mas sempre que olhava para Dulce, esta estava com as pálpebras semi-abertas, olhando-a com desejo. 
Claro que a karateca ia suportar aquilo, Any pensou. Afinal Dulce sabia ser bruta na cama e como estava acostumada a apanhar nos seus treinos, aquilo não seria muito doloroso. Ao contrário aquilo era gostoso, era quente e muito envolvente. Any passou a língua por seus lábios saboreando aquele momento, num instante ergueu mais as pernas de Dulce e começou a colocar lentamente seus dedos, vendo seus dedos sumir e aparecer sem pressa no meio daquela bc*ta lisinha e alva.


- Any... não diminua o ritmo. – reclamou com sofrimento.


Any quase go*zou ao ouvir aquele pedido tão sensual, logo voltou a se enfiar com força naquele canal que lhe recebia tão bem. Ela fechou os olhos e se concentrou apenas na voz e no calor do corpo de Dulce. A loira levou sua boca até o sexo de Dulce, redobrando seu prazer.


- Você é muito exigente! Eu faço do jeito que eu quiser, Dulce.


- Eu vou me lembrar disso quando estiver fazendo em você.


Any engoliu em seco e apenas lhe lançou um sorriso amarelo.
Dulce gemeu mais alto e acabou gozando e esse foi o momento de maior orgulho para Any e não demorou a acompanhá-la. As duas caíram na cama, abraçados a outra.


E aquela noite agitada finalmente teve seu final. Todo mundo acabou se separando, felizmente todos saíram felizes. Kirias tirou seu atraso sexual, Juliana conseguiu levar sua prima para um lugar mais confortável e íntimo, Victoria acabou encontrando uma garota na balada e o levou para outro lugar também.
Finais felizes para todas.


 


OoO


 


 Na manhã de domingo, jogadas no chão da sala estavam Alexia e Aziel que jogavam vídeo game e consumiam uma farta cesta de café da manhã que a mais velha havia comprado para comemorar o aniversário de namoro.


- Eu não entendo como não consigo ganhar uma vez de você. – Alexia reclamou.


- Eu jogava muito disso com minha irmã. – falou calmamente, enquanto movia seus dedos habilmente pelo controle.


Alexia se esforçava, tentava ganhar uma única vez da sua namorada. Ela havia feito uma aposta com Aziel. Se ela conseguisse ganhar apenas uma vez naquele jogo de luta, a mais velha lhe prometera que deixaria Alexia fazer o que quisesse com seu corpo, todavia se ela perdesse, o mesmo castigo se aplicaria a ela. E como Alexia sabia que sua namorada era uma sádica depravada, ela temia não ganhar uma única vez.


- Se não ganhar a próxima, você vai perder. – disse a maior secamente, com a mesma naturalidade que lidava com outros assuntos.


 Sua frieza era um enigma para a mais nova.


- Isso não é justo, você deve ter mudado alguma coisa nas opções.


- Então para não ter dúvida, pegue meu controle. – falou, trocando o controle. – Agora pode escolher outro lutador. E para garantir que não é farsa, eu deixo você tentar mais duas vezes, se não conseguir, você já sabe o que vai acontecer.


- “Péssima hora que eu decidi fazer uma aposta!” – pensou, enquanto passava a mão por sua testa suada.


Alguns minutos depois Alexia estava jogada no tapete da sala, pensando em como Aziel era monstruoso de vez em quando. Ela havia perdido mais uma vez naquele maldito jogo: “Marvel versus Capcom” com sua namorada, e o pior foi que na última luta Aziel ganhou de “perfect”, isso é, ela não conseguiu infligir um único dano ao lutador da sua namorada.


- Eu adoro quando ganho uma aposta. – Aziel comentou, espreguiçando-se. – O que eu vou fazer com você? – indagou, olhando para os olhos esverdeados que se arregalaram.


- Não seja sádica.


Os lábios de Aziel se encurvaram num sorriso diabólico que fez todos os cabelos do corpo de Alexia tremerem. Ela conhecia aquele sorriso, sabia que Aziel não ia perdoá-la por desafiá-la no vídeo game. 


- “Ferrou”. – Alexia constatou em pensamento.


 


 


 OoO


 


 


 


Continua...


 



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38

    Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.

  • ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27

    kd vc? volta apostar please

  • cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55

    adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)

  • cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20

    O Capitulo ta bugado Ç.Ç

  • anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48

    Deu bug no cap

  • rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12

    E essa fic aqui, como fica??

  • rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29

    cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!

  • luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20

    Postaaa maiss...

  • rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03

    POSTA MAIS!!!!!

  • maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19

    posta mais.....bjaum lu


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