Fanfics Brasil - Capitulo 4 Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon

Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capitulo 4

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Pessoal estou postando outra Fic - http://fanfics.com.br/fanfic/27907/codinome-beija-flor-portinon-rebelde ... Espero q gostem!!!!!!


 


 


O carro de Leona saiu pelas ruas lentamente, já que a mesma não tinha muita prática no volante. Em pouco tempo já estava na frente de uma pequena casa antiga, onde dois pilares de gessos enfeitavam a entrada. Quando entrou, já visualizou uma sala grande, onde o carpete de madeira lhe trazia certo conforto. O chão era repleto de tapetes com cores sóbrias, tingindo entre o vermelho e o azul escuro, não saia muito dessas cores. Havia alguns tapetes pendurados nas paredes, no entanto estes tinham desenhos muitos bem trabalhados na mão. Sempre que ficava na sala de espera, procurando ser atendida por sua psicóloga, Leona ocupava-se em observar aquele grande acervo que se espalhava. Talvez fosse proposital haver tantos itens espalhados, assim como a coleção de pedras que havia no chão, cada uma de seu tamanho com brilho e cores diferentes. Na estante havia estátuas de madeira com etiquetas indicando o estado, país e cidade de onde vieram. Fazia mais de seis meses que freqüentava o lugar e ainda se surpreendia com algum item novo. Leona se ergueu de seu assento, aproximando-se da estante, onde uma estátua de um pequeno boi cheio de enfeites lhe chamou a atenção. Todavia, sempre que se ocupava em observar alguma coisa a secretária aparecia com um doce sorriso, avisando-a que podia entrar. A morena agradeceu e finalmente encontrou os olhos castanhos de sua psicóloga, que vivia escondido por atrás de um par de óculos de grau. Era uma senhora baixinha, gordinha, pele negra e com cabelos lisos que desciam por seus ombros. Leona havia se apaixonado por sua simpatia e delicadeza a primeira vista. Ela podia se deitar no famoso divã, mas não se sentia bem. A morena gostava de ficar em pé, às vezes sentava, mas andava de um lado para o outro, deixando os olhos castanhos da doutora lhe acompanhar sempre que falava de seus problemas.


– Como tem passado com sua namorada? – Indagou em certo ponto.


– Ela é ciumenta demais.


– Já falou isso para ela? Tentou impor seus limites?


– Você deveria conhecê-la. Ela não aceita ninguém na minha vida. Eu vou sair com meu amigo Carlinhos depois e quando ela soube, já começou a implicar.


– Você sabe que é a única que pode parar esse tipo de comportamento. – Falou suavemente.


 Leona suspirou, passou a mão pelos cabelos negros e se sentou na cadeira, parecendo ficar mais pensativa. A doutora nada disse, ela pouco dizia, apenas dava ritmo as conversas ou tentava iniciar um assunto, todavia não era a primeira a começar a falar e nem tampouco encerrava a terapia dizendo algo.


– Ela me sufoca, mas acho que depois que Victoria e ela se entenderam, eu acho que a relação comigo melhorou. Incrível, não?


– Sim, ela precisava de atenção, como antes só tinha a sua, ela sempre vivia te procurando.


– Talvez seja isso mesmo, agora ela sai com a irmã dela. Eu estou contente com isso. – Sorriu – Quanto aos meus pais, que eu sei que ia perguntar. Bom, eles continuam tentando me controlar.


– Entendo. E como se sente?


– Um pouco desconfortável, mas é estranho... ao mesmo tempo eu gosto dessa proteção, sabe?


– Somos ligados aos nossos pais desde que nascemos eles são nossos padrões e nosso suporte para a vida. É natural que você queira sentir-se protegida.


 E a conversa terminou quando o relógio rodou por todo o seu espaço, marcando os sessenta minutos. Leona se despediu com um aperto de mão e um abraço daquela baixinha que animava seu dia. Inicialmente se tratava como um homem, que foi escolhido por seus pais, mas acabou procurando outro especialista na área ao deparar-se com alguém arrogante e cheio de preconceitos. Psicólogos eram humanos também, e tinham seus pensamentos, medos e receios. Felizmente a sua doutora nunca havia falhado. Já no seu carro, Leona atendeu seu celular, ouvindo a voz grossa de Carlinhos que indagava sobre seu paradeiro. O rapaz estava morando num apartamento com a ajuda de Leona, que bancava parte de suas finanças de aluguel, alimento e contas. E obviamente não havia contado isso para ninguém, muito menos para seus pais. Leona parou na frente de uma padaria e ao longe ele começou a se aproximar, com seus cabelos castanhos o seu jeito chamava a atenção de todas as mulheres. Ele tinha um sorriso sedutor nos lábios.


– Olá, lindinha. – Ele sorriu, entrando no carro, dando um beijo estalado na bochecha da morena. – Como você está?


– Bem e você?


– Cansado. Hoje trabalhei, acredita?


– Não acredito. Por quê?


– Meu chefe teve que promover um evento fora de hora. Justo na minha folga! – reclamou, enquanto colocava seu cinto de segurança.


– Se esse emprego está muito...


 Leona não terminou de falar ao sentir o dedo indicador do moreno bater contra seus lábios.


– Meu emprego está ótimo, eu só preciso me estabilizar. – Sorriu – Não vou ficar mais desempregado, logo eu poderei pagar minhas contas, sozinho.


– Não precisa se preocupar com isso.


– Leona, eu não gosto dessa situação, mas eu agradeço por tudo. Você é uma amiga de verdade.


 Leona sorriu e acabou concordando.


– O que vai querer fazer?


– Cinema! – disse rapidamente. – Eu estou louco para ver um filme que acabou de sair.


– Como quiser. – Disse, voltando a dar atenção ao trânsito, enquanto falava com o homem, que era poucos anos mais velho, contudo o via como uma criança. No passado, pensou que ele fosse frio por causa de seu sarcasmo, mas logo viu que era uma defesa que ele encontrou para sobreviver naquele porão que era mantido.


O shopping estava lotado, Leona logo notou a fileira de carros que se dirigiam para o estacionamento. A morena suspirou e resolveu parar num estacionamento particular que havia do outro lado da rua, ele era mais caro, no entanto queria poupar o desgaste de ficar procurando uma vaga. O casal saiu do carro de braços dados e logo se dirigiram para o grande prédio de concreto. Todos que passavam olhavam para o casal atípico, Leona com um olhar sério, como sempre foi acostumada a ter Carlinhos com um belo sorriso que observava as lojas com entusiasmo. Sempre que passavam por uma loja de roupa, ele parava, analisava e pedia a opinião de Leona. Às vezes, a morena entrava e comprava um produto para ele, sob as reclamações do mesmo e assim continuavam o percurso. Sem muito mais o que fazer, eles enfrentaram a fila do cinema, compraram os ingressos e já entraram na sessão. Ambos sentaram-se num lugar ao fundo e relaxaram.


– Não quer pipoca mesmo? – indagou a morena.


– Não, lindinha. Obrigado! Leona você é uma garota e tanto, eu acho que muitos meninos se descabelariam para ter você como namorada.


 A morena riu baixinho e agradeceu.


– E você ainda é educada. Nossa, por que será que as mulheres interessantes não se interessam por nós?


– Existem muitas heterossexuais interessantes.


– Não como você. Leona, você já ficou com algum garoto?


– Eu já disse que não.


– Mesmo? Eu ainda não consigo acreditar nisso. Então como pode ter certeza que não gosta de homens?


– Não sinto atração.


– Vejamos... – Ele sorriu, ajeitando-se na sua poltrona, erguendo a divisória de plástico que os separava para ficar mais próximo. – Olhe para mim. Você me acha bonito?


– Sim, eu acho. – Disse tranqüilamente.


– Você beijaria um homem como eu?


– Não. Eu não sinto vontade.


– Mas nunca beijou, Leona. Não tem como você saber.


– Você já comeu pedra? – Indagou de repente.


– Pedra? Não, claro que não.


– Você gostaria de comer.


– Não. – Disse com certa impaciência.


– É a mesma coisa.


– Aff... Leona! Você está me comparando a uma pedra suja! Como você é cretina.


 A morena riu baixinho e pediu desculpas.


– Ah, eu ainda te agarro um dia para você ver como é bom.


 Leona não comentou, resolveu fingir que não ouviu e mudou de assunto. Logo o filme começou e eles pararam de conversar, contudo a todo instante a morena ficou tensa, pois Carlinhos agarrava seu braço e murmurava em seu ouvido, dizendo que tinha medo de filmes de terror. Em certo momento a morena tentou se afastar ao sentir os lábios carnudos do moreno cada vez mais próximos de sua bochecha, todavia ela era presa pelos braços de Carlinhos que a seguravam com muito cuidado. O filme finalmente teve o seu final, Leona se ergueu rapidamente antes que alguma coisa acontecesse, ela esperou Carlinhos se ajeitar e o casal saiu do cinema, comentando animadamente sobre o filme, mais precisamente sobre o final, que era típico de filme de terror. Sempre haveria uma continuação!                             Eles estavam passeando pelo shopping, olhando as vitrines e pensando onde iriam jantar. O celular de Leona tocou, ela atendeu rapidamente, vendo que era ninguém mais, ninguém menos que sua prima.


– Oi, Juliana.


– Oi. Onde você está?


– No shopping.


– Fazendo o quê?


– Eu te falei que ia sair com o Carlinhos hoje.


– O que!? Mas você já saiu quarta-feira com ele!


– E agora tem dia para eu sair com ele? – indagou baixinho, tentando se afastar do garoto que estava ouvindo a conversa.


– Você disse na segunda-feira que ia sair com ele nessa semana, e isso foi na quarta, eu deixei, mas agora na sexta-feira também!?


– Eu te avisei, Juliana. Aliás, ele é meu amigo e não vamos fazer nada demais.


– Eu vou aí também!


– Ah, por favor, Juliana!


– Sério, eu também vou ao shopping. Algum problema?


– Sim, você vai ficar implicando com ele.


– Por que está me evitando tanto? Eu vou sim. Encontre-me às oito horas na frente da fonte de pedra.


– Juliana...


– Até mais!


 Leona suspirou, ela olhou para Carlinhos e abriu um sorriso amarelo.


– Aconteceu alguma coisa, lindinha?


– Juliana vai dar uma passadinha aqui. – comentou, como se fosse algo absolutamente normal.


– Ela vai jantar conosco, então! Vai ser muito bom ter mais alguém para conversar. – sorriu amarelo também.


– "Carlos tão gentil e a Juliana vai ser uma cavala com ela!" – pensava com tristeza.


– "Ah, Juliana sua desgraçada. Sempre fica ligando ou então querendo me atrapalhar com a Leona" – pensou Carlos, enquanto puxava algum assunto com a morena.


 Após mais algumas voltas pelo shopping o casal foi até a fonte, pois estava perto do horário, e antes de se aproximarem por completo, Leona já avistou os cabelos ruivos de sua prima, ela estava vestida toda de preto, com os braços cruzados, olhando tudo a sua volta. Quando as duas se encararam, Juliana manteve o olhar sério e Leona se aproximou, abraçando-a como uma amiga. Carlos veio logo atrás pronto para dar um beijo no rosto da outra, mas Juliana apenas balançou a cabeça e o cumprimentou.


– Vamos jantar, então! – disse Leona.


 A morena andava no meio, enquanto Carlos e Juliana falavam com ela sobre coisas adversas, mas nenhum assunto juntou o trio por completo. Quando chegaram na praça de alimentação do shopping, eles decidiram comer num restaurante italiano, pois estava vazio por ser mais caro e também era um dos lugares favoritos de Juliana naquele shopping. O trio sentou-se numa mesa próxima a uma planta e começaram a fazer seus pedidos para o garçom que se afastou minutos depois.


– E o que você anda fazendo, Juliana? – indagou Carlos de repente.


– Estudando e você?


– Eu estou trabalhando numa pequena empresa de seguros de saúde. - comentou com um sorriso adorável, olhando para Leona que parecia tensa. – Leona comentou que você estava procurando fazer uma viagem nas férias de julho para outro país.


– Sim, eu quero levá-la também. – falou secamente, recebendo um chute debaixo da mesa de sua namorada.


– Acho que será muito bom para vocês. – ele disse. – Você viajaria, Leona?


– Eu não sei, eu acho que isso é um assunto para ver depois. – comentou.


– Por que não viajaria comigo? – indagou a ruiva.


– Porque meus pais provavelmente não deixariam, Juliana.


– Ah, claro, seus pais sempre se metem quando o assunto é você longe deles. – comentou com um sorriso casual, olhando para o garçom que se aproximava com as bebidas.


 O trio comentou mais alguma coisa e logo os pratos chegaram, para a felicidade de Leona que agora poderia ver sua prima com a boca fechada. Todavia o problema não era somente Juliana, mas César também. Num certo momento o garoto colocou a mão na sua coxa e riu baixinho, comentando alguma coisa, enquanto se debruçava na mesa, deixando à vista seu tórax definido. Juliana segurou a faca com força e tentou se controlar para não enfiá-la no meio do tórax de Carlinhos. Leona ficou com as bochechas vermelhas, tanto por constrangimento e por nervosismo.


– Eu... eu vou ao banheiro. – disse de repente, erguendo-se, sem saber para qual direção andava, ela só queria fugir dali antes que explodisse. E assim ela se afastou, sem olhar para trás, tocando na testa suada.


 Na mesa, Carlos bebia um pouco de vinho e olhava para a ruiva que mastigava lentamente, olhando para uma direção qualquer.


– Leona parece estar melhorando a cada dia com o tratamento. – ele comentou. – Isso é tão bom, não é mesmo?


– Sim. E o que afinal você quer com ela? – indagou sem nenhuma polidez, dando sua atenção ao garoto.


– Eu sou amigo dela. Nós somos muito próximos.


– Não, na verdade ela só acha que você é importante, porque ela te uniu a algum trauma daquele episódio. Vocês não têm nada em comum. – disse friamente, vendo o impacto de suas palavras.


– Que cruel, Juliana. Mas eu sei que está apenas com ciúme e eu não te culpo. A Leona é tão bonita e amável, qualquer um ficaria com medo de perdê-la. Se ela fosse minha namorada, eu o manteria sempre comigo.


– Se ela fosse, mas não é, então não precisa mantê-la com você. Por que não some da vida dela? O que você quer? É dinheiro? Se quiser eu posso te dar.


 Carlinhos balançou a cabeça negativamente ofendido com aquilo. Ele se levantou e jogou o guardanapo de pano em cima da mesa e saiu, batendo os pés no chão com força. Juliana apenas o observou, imaginando que aquela atitude era perfeita para que ela e Leona discutissem a noite toda. Quando a morena voltou, ela olhou para a mesa, estranhando a ausência de Carlos e Juliana também não comia, ficando com os cotovelos na mesa.


– Onde está o Carlinhos? Foi ao banheiro?


– Ele foi embora.


– O que você fez, Juliana? – indagou, franzindo o cenho.


– Apenas perguntei o que ele queria com você.


– Só isso? Eu sei que você deve ter dito algo ofensivo.


– Eu disse sim, admito. Ele foi embora. – falou com seriedade. – E o que você vai fazer agora? Vai atrás dele ou vai ficar aqui comigo?


 Leona se sentou no seu lugar, abaixando a cabeça, pensando que sua atitude podia significar várias coisas. Talvez se fosse atrás de Carlos, Juliana caminharia para o outro lado e se afastaria, mas também não podia deixar a situação como estava.


– Vai atrás dele então, Leona! Tire essa cara de choro. – comentou com raiva. – Já sei. Eu vou facilitar para você.


– Como assim?


 Juliana ergueu o braço e chamou o garçom e disse que estava com pressa, pois surgiu um imprevisto e precisavam ir embora, então ela se levantou e foi até o caixa, onde pagou. Leona já se levantava, indo até a saída do restaurante.


– Eu vou embora, agora fica mais fácil para você. Pode jogar a culpa em mim e não sentir nenhum remorso. Pode falar para todo mundo que eu fui uma estúpida com seu amigo inocente e depois te deixei sozinha. – dizia, enquanto caminhava para longe de sua prima.


– "Eu sabia que esse encontro não ia ser legal". – pensou com tristeza, vendo sua namorada se afastar. Ela pegou seu celular e ligou para Carlos que atendeu.


– Carlinhos. Onde você está?


– Aqui na rua, eu vou para casa, Leona. Não se preocupe. –Disse com uma voz triste. 


– O que aconteceu?


– Nada demais, eu apenas me ofendi com algumas coisas.


– Imagino. Ela mesmo me disse que foi ofensivo.


– Ela disse?


– Sim, ela é bem sincera. Você está bem? O que ela disse?


– Ela perguntou quanto dinheiro eu queria para te deixar em paz. Eu fiquei tão ofendido, Leona. Por que uma pessoa pobre como eu não pode ter amizade com alguém como você? Sempre pensam que é com segundas intenções.


– Ela está apenas com ciúme de você. Ela não é uma pessoa ruim.


– Desculpa, Leona! Mas eu odeio sua namorada, ela é uma cretina, filha da puta, patricinha, preconceituosa.


– Depois falamos. E ela... não é assim.


– Amanhã você passa na minha casa?


– Sim, eu passo. Um beijo Carlinhos.


– Beijo, Leona. E desculpe-me.


Leona desligou, ela andava atrás de sua prima que se dirigia para o estacionamento, quando chegaram na garagem, a morena puxou o braço da maior que apenas o olhou com frieza.


– Já ligou para ele?


– Sim, eu já liguei.


– E não vai atrás dele?


– Depois nós vamos conversar. Agora eu quero falar com você.


– Se for para eu me desculpar, eu não vou fazer isso.


– Eu sei que seria perda de tempo fazer você se desculpar, Juliana. – suspirou. – Eu te conheço muito bem. Por que acha que ele é meu amigo por dinheiro?


– Porque sim, isso está na cara.


– Você está sendo preconceituosa, Juliana.


– Não venha me dizer isso. Preconceito seria falar que um pobre só quer dinheiro de um rico, assim eu generalizo. Eu estou sendo sincera. Esse garoto só quer seu dinheiro, ele vive comentando como queria ter uma casa, um carro, roupas e etc., para você dar a ele.


– Todo mundo comenta sobre seus sonhos, Juliana! E ele trabalha também!


– Mas uma ajudinha sua não seria má idéia, não é mesmo?


– E se eu o ajudasse mesmo? Qual seria o problema?


– Leona... não me diga que você o ajuda com algo.


 A morena ficou quieta, dando a resposta para a mais velha que levou a mão até a testa, enquanto pensava na burrice e ingenuidade de sua namorada. Ela tocou no ombro da menor, pensando em chacoalhá-la até que o parafuso solto fosse colocado no lugar, mas com certeza os seguranças do shopping a prenderiam.


– Você veio de carro, certo? Então vamos até meu apartamento.


– Agora?


– Sim, agora. Não tem Dulce e nem Kirias lá.


– Tudo bem, Juliana.


– Onde está seu carro?


– Ali. – apontou para o estacionamento particular.


– O meu também. – falou.


 As primas foram até o local onde pagaram e retiraram seus carros, caindo na movimentação daquela sexta-feira noturna. Juliana dirigia a frente e Leona atrás, sentindo seu coração bater acelerado. Ela tinha medo quando Juliana ficava muito brava ou ciumenta, pois ela ainda a machucava. Leona parou o carro na rua, enquanto Juliana deixou no estacionamento particular. A ruiva puxou sua prima pelo braço e a levou até o apartamento que realmente estava vazio. Quando entraram, seguiram direto para o quarto da ruiva que bateu a porta.


– Agora temos privacidade. – Juliana comentou.


– E você pode gritar a vontade. – murmurou, sentando-se na cama.


– Sim, eu posso. E agora me explica isso!


– O que?


– Você o ajuda financeiramente?


– Às vezes. – respondeu, encolhendo-se um pouco ao receber um olhar reprovador.


Juliana se aproximou, tocando no rosto delicado da sua prima, passando o dedão pela curva de seu maxilar, ela abaixou seu tronco e deu um beijo rápido nos seus lábios.


– Leona, meu amor, eu não acredito que fez isso.


– Por que diz isso?


– Você é tão boazinha e ingênua que eu não consigo sentir raiva de você por isso, mas eu fico com raiva por você deixá-lo colocar a mão na sua coxa – disse. - Bem aqui, perto da sua virilha. - falou, fazendo o mesmo movimento que Carlos havia feito. – E agir como se ele não tivesse fazendo nada.


– Desculpe-me, eu fiquei tensa.


– Então quando eu não estou perto, você deixa?


– Ele não faz isso sempre.


– Sempre? Então ele faz? E você deixa! – gritou, fechando sua mão nos fios negros, puxando-os para trás, vendo a expressão carregada de sofrimento de sua namorada. – E ele fica te chamando toda hora de lindinha na minha frente. Isso é irritante!


– Coisa de homem.


– E eu não quero essa coisa de homem para cima de você! Entendeu?


– Sim, Juliana. Só não me machuque. – pediu, sentindo que alguns fios de cabelo estavam sendo arrancados com aquele puxão.


 A ruiva deu alguns passos para trás, respirando bem fundo, acalmando-se antes que fizesse alguma besteira. Ela se sentou ao lado de sua prima e passou o braço por sua cintura, puxando-a para mais perto, para depois lhe beijar o ombro.


– Desculpe-me. Não quero que o veja mais.


– Não vá querer mandar em mim, Juliana! – gritou, levantando num único impulso. – Eu acho melhor ir embora.


 Leona saiu do quarto com passos rápidos, pronto para sair dali, antes que realmente sua prima a pegasse no tapa e sabia que ela faria isso ao ver aquele olhar tão raivoso. E também sabia que não seria fácil fugir, logo seus braços estavam sendo segurados pela mais alta.


– Está louca de gritar comigo?


– E você é alguma autoridade por acaso?


– Eu estava conversando normalmente, não precisa gritar.


– Conversar normalmente é arrancar meus cabelos, para você?


– Eu sou irritada, você sabe disso.


– E só porque eu sei, não quer dizer que eu tenho que aceitar.


– Sua psicóloga lhe mandou dizer isso? – indagou com um sorriso cínico.


 Leona tentou se soltar mais uma vez, no entanto não para fugir, mas sim para querer bater na sua prima que apenas ria baixinho de sua fraqueza. Juliana a arrastou até o sofá, jogando-a no móvel de qualquer jeito, sentando em seguida, para prender os seus braços por cima de sua cabeça.


– Vai me bater agora? – Leona indagou.


 Juliana normalmente responderia que sim e o faria, mas sabia que não podia mais agir assim com Leona, pois ela poderia realmente se afastar. A ruiva inclinou-se para frente beijou carinhosamente o rosto menor, indo até seu ouvindo, acalmando sua prima aos poucos.


– Se acalme, meu amor, se acalme.


– Então me solta!


– Não vai sair correndo?


– Não.


– Nem querer me bater?


– Não.


 Juliana a soltou, vendo que ela continuou na mesma posição. Com uma mão a ruiva acariciou uma mecha negra e depois desceu pelo rosto da morena, indo até o peito que subia e descia rapidamente por conta da respiração acelerada.


– Vamos nos acalmar, Leona. Eu te amo, desculpe pelo seu cabelo. – disse com suavidade – Agora vamos ficar juntas nessa sexta-feira.


 Elas se deitaram no sofá e assim ficaram por um longo tempo. Até que a ruiva teve a idéia de assistirem um filme, Leona não exprimiu sua opinião, ela estava chateada demais com a situação. Juliana colocou o filme e elas se acomodaram. Com o passar dos minutos, elas começaram a se entreter com o que estavam assistindo. Juliana olhou pela milésima vez aquela a qual lhe ignorava. Sua prima ainda estava irritada para variar e o motivo da briga era aquele maldito garoto que havia entrado em suas vidas. Será que era difícil para Leona entender que sendo um homem ou uma mulher, ela ainda sentia ciúme? Elas estavam deitadas no sofá enquanto assistiam a um filme. Leona assistia e Juliana tentava tocá-la suavemente, contudo tinha que fazer de um jeito que não a assustasse ou então lhe despertasse algum sentimento de rejeição. Lentamente ela tocava na sua cabeça, sentindo os fios negros nos dedos, brincando com eles.


– Essa cena foi bem complexa entre o casal. – Juliana comentou, enquanto dava atenção à televisão.


– Sim. Eu acho que a mulher não devia ter dito isso, coitada. – Comentou, acomodando-se melhor no encosto do sofá.


 Juliana ergueu seu braço esquerdo e passou pelos ombros menores, puxando-os levemente em sua direção, vendo o corpo de sua prima cair em cima da almofada que estava entre suas pernas. Agora tinha Leona em seu colo e continuava a lhe fazer carinho. A respiração de Juliana acelerou quando ela passou a acariciar a barriga da morena, subindo sua camiseta, sentido todas suas curvas, avançando para baixo do umbigo, mas logo subia até a altura de seu seio, mas não passava da linha. Aquilo estava sendo uma tortura para ela mesma, pois Leona parecia não ligar.


– Está gostando do filme? – indagou, na esperança que sua prima lhe respondesse negativamente.


– Sim, muito bom. Você tem bom gosto. – Comentou, voltando a ficar em silêncio.


 A ruiva começou a sentir o seu baixo ventre formigar, e ainda tinha a pressão da cabeça de Leona no local. Ela passou a mão pela testa suada e fechou os olhos, pensando em alguma coisa broxante para sair daquela situação. Leona soltou um longo gemido e esticou seus braços, espreguiçando-se. Se Juliana queria pensar em algo broxante, naquele momento seu sexo apenas molhou com aquele gemido manhoso da mais nova.


– Leona, você ainda está brava comigo?


– Não. Eu só fico triste em saber que você não confia em mim.


– Não é isso. Mas como você acha que eu me sinto quando vejo aquele garoto lhe abraçando e beijando? Você ia gostar que algum garoto da minha faculdade ficasse me beijando, falando coisas doces no meu ouvido e me provocando para ser heterossexual? Leona ficou em silêncio, ela sabia que estava errada. Ela tinha que colocar um limite em Carlos, todavia, ela não podia simplesmente parar de vê-lo e acabar com a amizade. Será que não havia um jeito de viver pacificamente com Juliana e Carlos?


– Desculpe-me, eu sei que estou errada.


– Sabe? – indagou com surpresa.


 Leona apenas balançou a cabeça positivamente e virou seu corpo, ficando com a nuca encostada na almofada, agora ela podia ver o rosto de sua prima.


– Se sabe que está errada. Então por que faz isso comigo?


– Desculpe, ele é meu amigo. Eu tenho carinho por ele.


– Por causa do que aconteceu ano passado. Mas você realmente gosta da personalidade dele? Seria amiga dele se aquilo não tivesse acontecido?


– Não sei. Não posso ver as coisas dessa maneira. – Suspirou, erguendo sua mão para tocar no rosto da mais velha. – Eu vou falar com ele, me desculpe. Eu ficaria brava assim como você se fosse ao contrário. Mas você não podia ter dito aquilo também!


 Juliana abriu um sorriso radiante. Então sua prima não estava sensível como antes e não ia lhe dar um monte de patadas por causa daquela reclamação. Ela abaixou seu tronco e beijou os seus lábios.


– Eu te amo. – Sussurrou, voltando a beijar seu rosto.


Leona apenas fechou seus olhos, enquanto sentia aqueles beijos tão delicados em seu rosto, mas logo soltou um baixo gemido quando Juliana passou a mão por cima de seu sexo, movendo para cima e para baixo, massageando lentamente. Ela estava aproveitando aquela carícia com um leve sorriso, mas logos abriu seus lábios e seus olhos quando a mão fria de Juliana invadiu sua calcinha.


– Posso te ter hoje?


– Desde quando você pergunta?


 Juliana sorriu lhe beijou a boca e continuou com o que fazia, adorando ouvir os baixos gemidos daquele que tanto amava.


– Vem aqui, Leona. Senta no meu colo. – pediu, enquanto puxava a sua prima.


 Leona ficou sentada no colo da mais velha, deixando os joelhos afundados no sofá. Um arrepio correu por cada cantinho de seu corpo. As mãos de Juliana pararam no quadril ossudo da mais nova, começando a movê-la para frente e para trás, enquanto movia seu próprio quadril, a fim de simular uma tran*sa. E enquanto elas se mexiam a boca de Leona foi invadida pelos lábios carnudos da outra. O quadril de Leona movia-se sem as mãos da mais velha, ela resvalava pelas coxas grossas, pressionando seu próprio sexo contra o sexo da ruiva, gemendo baixinho quando fazia isso a fim de provocar a mais velha. Suas bocas estavam coladas num beijo gostoso cheio de saliva, ora suas línguas dançavam pelo ar para depois voltarem à cavidade quente. Juliana se livrou daqueles lábios para atacar a jugular, mordendo, chupando, tentando controlar sua respiração, sua ansiedade e seu desejo. A camiseta foi arrancada por Juliana, e repetiu o mesmo movimento com a sua peça de roupa, jogando ambas no chão. As duas pararam por um segundo e se olharam, ambas magras, gostosas e atraentes. Leona foi a primeira, inclinou seu corpo, arrebitando sua bunda para então lamber o seio, chupando a sua pele. E enquanto aproveitava aquela língua quente e experiente, Juliana ocupou em analisar a outra, tateando sua mão por suas coxas grossas, subindo seus dedos pelo jeans, até que levou a mão até o cós da calça, desabotoando e puxando o zíper para baixo. Leona a ajudou a retirar a calça e a calcinha e Juliana retirou a sua depois, e logo voltaram a mesma posição.


– Faz tempo que a gente não fazia isso! – Juliana comentou.


– Verdade.


 A mão de Juliana resvalou pela parte interna da coxa até alcançar uma nádega, apertando-a com desejo. Sua mão continuou apertando a carne macia da mais nova que gemia. Seus dedos continuaram a avançar até que chegou ao meio de sua bc*ta, passando o seu dedo por ali para depois começar a penetrá-la.


– Gosta que eu encoste aqui, Leona?


– Uhum!


– Então pede.


– Coloque em mim, por favor. – pediu numa voz sofrida, enquanto beijava o seu pescoço.


– Você quer mesmo?


– Muito!


 E Leona balançou seu quadril em movimentos circulares, gemendo entre o beijo que deu em Juliana, sentindo o dedo lhe alargar, entrando rapidamente até que foi colocado por inteiro para depois ser remexido no seu interior. Ela continuava se movendo, vendo o quanto isso excitava a mais velha e agora sentia o dedo entrando e saindo. A necessidade de sentir mais prazer retirava qualquer pensamento são da cabeça da ruiva, ela retirou sua mão dali e jogou a menor no sofá de bruços. Se aproximou e tocou naquele sexo que pulsava na sua mão, Leona se levantou, olhando para a mais alta que lhe abraçou pela cintura, voltando a lhe beijar a boca, mas não se demorou nessa região, indo até seu pescoço, marcando-a novamente. As bc*ta da morena eram atacadas, ela abriu mais suas pernas ao sentir o dedo lhe invadir de uma única vez.


– Ah, Juliana! – gemeu baixinho.


– Te machuquei?


– Não, continua!


 E novamente movia seu quadril, enquanto era guiada para o sofá, sendo empurrada para ficar de joelho, de costas, segurando no encosto do móvel. Ela olhou por cima dos ombros e viu a outra se posicionando atrás. O quadril de Leona foi puxado e ela ficou quase de quatro naquele pequeno espaço, segurando-se ao encosto. As pernas foram separadas, puxadas para o lado. Juliana apartou suas nádegas para ver o seu alvo, começou a penetrar com dois dedos, Leona inclinou-se mais para frente, sentindo seu corpo tremer.


– Ahh... Devagar... – pediu num gemido.


– Desculpe-me. – pediu com a respiração acelerada.


 Juliana movia seu quadril para frente e para trás, ouvindo a outra gemer. Suas mãos deslizaram pela coluna acentuada, sentindo o suor e o tremor de Leona e voltou sua atenção a penetração.


– Está tudo bem, Leona?


– Hum... está... continua.


 O calor que envolvia seu sexo  lhe deixou motivada a continuar naquele espaço aveludado, não queria mais sair dali. E quanto a Leona, esta gemia baixinho, gemia alto, era dor e prazer misturados numa única ação. Juliana levou a mão até o clitoris de Leona, começando a masturbá-la, aumentando seu prazer. A primeira a gozar foi Leona, gemendo mais alto, contraindo todos seus músculos, aproveitando a onda de prazer que lhe arrebatava. Ela ficou trêmula, abrindo os lábios, deixando o som sair de sua garganta. Juliana sorriu, logo seria sua vez, por isso a virou levou as duas mãos ao quadril, encaixando seus sexos. A morena voltou a sentir uma forte onde de calor em seu corpo, sentindo os dedos e as unhas lhe marcarem a cintura e teria que suportar até a ruiva se aliviar.


– Ah... Leona! – gritou, gozando finalmente, parando de se mover freneticamente para dar início a um vai-e-vem lento, sentindo seu sexo resvalar com mais liberdade naquele espaço molhado.


 Elas se afastaram. Leona deitou-se de bruços no sofá e Juliana a acompanhou, enquanto beijava seus ombros delicadamente, como se pedisse desculpa por machucá-la. Contudo por mais que elas sempre fizessem sexo, sempre era difícil não provocar nenhum tipo de dor em sua namorada.


– Está tudo bem, Leona?


– Sim, eu só preciso respirar.


– Foi gostoso. – sorriu.


– Sim, foi mesmo.


– Podemos fazer mais uma vez se você agüentar.


– Hum... proposta tentadora.


– Quer? Você me agüenta?


– Acho que... acho que sim.


 Julian precisava de mais uma dose para se aliviar por completo. Seu braço direito fechou-se na cintura de Leona, erguendo-a, admirando sua prima e mais uma vez voltaram a se amar.


– Humm... Juliana.


 E elas continuaram, se excitando e saciando seus prazeres naquela noite de sexta-feira, sussurrando palavras de amor para a outra até caírem exaustas no sofá.


 


OoO


 



Continua...



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Autor(a): lunaticas

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Voltando ao apartamento de tijolos laranja. No seu penúltimo andar, a luz da sala estava acesa e ao longe se ouvia uma melodia tão harmônica que era provida daquele piano. Os dedos esguios e habilidosos moviam-se com maestria e a cada tecla, uma nota era ecoada como se fosse poesia. Hudi estava sentada no sofá, jogada em meio as almofadas, paqueran ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38

    Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.

  • ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27

    kd vc? volta apostar please

  • cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55

    adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)

  • cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20

    O Capitulo ta bugado Ç.Ç

  • anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48

    Deu bug no cap

  • rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12

    E essa fic aqui, como fica??

  • rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29

    cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!

  • luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20

    Postaaa maiss...

  • rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03

    POSTA MAIS!!!!!

  • maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19

    posta mais.....bjaum lu


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