Fanfics Brasil - Capitulo 8 Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon

Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capitulo 8

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No dia seguinte, na cidade. Dulce estava atarefada com as coisas que seu agente havia lhe arranjado, ela tinha um ensaio de fotos para uma revista que estava fazendo uma entrevista com ela. No momento, estava sentada numa confortável poltrona, respondendo as perguntas de uma moça que anotava tudo com atenção, enquanto Dulce era fotografada.


 


– "Quando isso vai acabar? Eu queria estar na praia com minha namorada!" – pensava com irritação.


 


Quando a entrevista terminou, Dulce pensou que teria paz, mas seu agente logo a arrastou para uma das lojas mais chiques da cidade, para comprar uma roupa elegante, mas sem sair do estilo de Dulce para a grande festa do cinema nacional.


 


– Você tem que estar impecável, Dulce! – disse com seriedade, jogando um vestido preto na sua direção. – Deixe essa mocinha te ajudar.


Dulce não discutia, ela pouco falava, pois sempre que abria a boca, ela se arrependia. No final, ficou horas e horas numa loja para comprar uma calça e uma camisa social e sapatos. Depois foi obrigada a ir ao cabeleireiro e por fim, quando pensou que poderia descansar, o horário da festa estava chegando, ela só comeu alguma coisa e logo se preparou para ir ao grande evento.


No carro, Dulce ouvia as dicas de seu agente que ia ficar ao seu lado, lhe instruindo como deveria agir. Quando chegaram ao grande castelo, o carro de Dulce parou na entrada, onde havia um grande tapete vermelho estendido no chão, ao sair do carro, uma chuva de flashes foi disparada contra a ruiva que colocou um sorriso forçado nos lábios e começou a entrar acompanhado de Marco.


Dulce olhava para todas as pessoas que o contemplavam. Ela mesma não entendia o motivo de ser tão querida, sendo que continuava a manter a sua personalidade, no entanto tinha que admitir que desde que aceitou a fazer esse tipo de trabalho, ela acabou por sorrir e ser mais simpática.


Ao seu lado havia uma modelo maravilhosa que tirava fotos e sempre que um repórter aparecia, ela dizia que adorava o trabalho de Dulce e que estava observando-a há muito tempo. A karateca apenas sorria e concordava, elogiando-a como foi mandado por seu agente. Um bom tempo depois Dulce conseguiu um pouco de paz, indo até uma mesa, onde pegou uma taça de champanhe. Ela olhou para todas as pessoas e viu que nenhuma ali era sua amiga, não podia conversar abertamente, rir e nem fazer piadas. Por um momento sentiu falta de Kirias, Juliana e principalmente de Any.


Dulce não fazia somente o seriado, claro que esse não seria o motivo para o grande sucesso. A karateca foi convidada a fazer propaganda de uma marca de jeans muito famosa, onde deixou seu corpo definido a mostra, vestindo apenas o jeans rasgado e cobrindo os seios com as mãos. Também apareceu em alguns programas de televisão, que promoviam pequenas estrelas em ascensão. Claro que quem conseguiu tudo isso foi seu fiel agente que mantinha sua agenda cheia. E Dulce não teria paz naquela noite. Seu agente estava parado ao seu lado com um sorriso nos lábios, pegando algum petisco na mesa, enquanto começava a falar.


 


– Dulce, você está vendo aquela garota de cabelo vermelho?


– Hum... Sim.


– Vamos até lá. Cumprimente-a pelo seu sucesso numa cirurgia.


– Eu não quero fazer isso, eu nem a conheço.


– Dulce, por favor. Todo mundo já foi falar com ela. – falou de modo severo. – Você não é uma criança. Seja consciente e vá falar com ela.


 


Dulce revirou os olhos e começou a caminhar na direção da atriz de cabelos vermelhos que estava sendo fotografada, quando a karateca se aproximou à moça lhe sorriu, encantando-se com o seu rosto jovem e belo. Elas trocaram algumas palavras, Dulce tentou ser gentil a sua maneira e no final não disse nada da cirurgia, apenas elogiando seu trabalho como atriz.


Logo ela se afastou e saiu por uma grande porta de vidro, descendo alguns degraus de mármore daquele grande castelo. Ela pegou um cigarro e o acendeu, começando a fumar com gosto, tentando se acalmar. A frente havia um jardim, Dulce foi andando até se sentar num banco de madeira. Ela pegou seu celular e ficou olhando para a tela, vendo os números de suas amigas. A saudade estava lhe afetando e sabia que todas estavam na praia se divertindo sem ela. Sua namorada devia estar sozinha no meio de muita gente assanhada, tentando seduzi-la. Com um suspiro ela começou a digitar uma mensagem para sua namorada. Algo simples, mas sincero.


 


"Eu te amo, e essa cidade sem você não tem a menor graça. Estou com saudade. Dul".


 


Ela ficou um tempo olhando para o aparelho, mas não houve retorno. Talvez Any estivesse em algum barzinho com as demais, rindo e se divertindo, obviamente que não ia perceber. A karateca suspirou e se ergueu, vendo dois atores do seriado que concorria se aproximarem com simpatia, conversando sobre assuntos menos fúteis ao olhar de Dulce que sorria e comentava algumas coisas, mas sempre se mantinha imparcial e não discutia com eloqüência, isso a pedido de seu agente, mas ela mesma entendia que qualquer coisa dita de forma errada, acarretaria numa grande bola de neve.


A festa finalmente acabou para a alegria de Dulce, ela saiu pela porta da frente de braço dado com a mesma modelo que ela estava lutando para recordar do nome. Felizmente um fã na rua havia gritado seu nome e Dulce agradeceu mentalmente. Ela esperou que ela entrasse em seu carro como uma perfeita cavalheira e depois foi até seu porsche que estava meio avaliado. Ela precisava comprar outro carro e agora que tinha dinheiro, ela podia ver algo mais valioso.


Seu porsche era seu bichinho de estimação, pois havia ganhado o carro quando seu avô morreu. Era uma herança que irritou muito dos seus familiares. Por que será que o avô havia deixado o carro para uma jovem tão inconseqüente como Dulce? Não havia motivo aparente ao olhar dos outros, mas Dulce tinha uma relação muito saudável com o avô de parte paterna. Talvez nunca vendesse seu carro, ele ficaria na garagem, sendo tratado como um bichinho de estimação, todavia precisava de outro carro. Um carro com vidros mais resistes para resistir aos socos e chutes dos fãs que queriam arrancar uma casquinha, e mais escuro para poder sair livremente e poder colocar o dedo no nariz sem que ficassem lhe fotografando. Quando estava pronta para entrar no seu carro, Dulce achou uma situação um pouco estranha, ela viu um homem com uma camiseta manchada de sangue ir à direção daquela atriz de cabelo vermelho com quem trocou algumas palavras. Ela apenas ficou observando, olhando com atenção, vendo que o homem carregava algo metálico na mão.


 


– "Será uma faca? Não, deve ser um fã com alguma coisa para assinar. Mas e se for? Nossa, e que segurança é essa? Mas pelo que eu vi, essa atriz é meio do povo e gosta de se misturar, por isso tem tanta gente pulando em cima dela" – refletia, enquanto observava a situação, ela não conseguia virar as costas e ir embora, pois algo lhe alertava para o perigo.


 


Dulce jogou seu cigarro no chão e pisou, ignorando a bronca mental que Marco lhe daria no futuro ao ser fotografada sujando a calçada de um famoso castelo. Ela começou a andar atrás do homem e a cena a seguir foi tumultuada e cheia de gritos. Realmente, aquele era um fã que queria aparecer, pois ergueu seu braço e gritou algo em uma língua estrangeira, apontando a faca para a atriz que ficou em estado de choque. Incrível como os paparazzi não paravam de tirar foto. Antes uma atriz morta por um fã histérico do que ela viva, relatando como aquele momento foi horrível. Era um mundo sujo, onde todos queriam apenas a fofoca, a matéria, a melhor foto, sem se preocupar em atingir o coração das pessoas e nesse caso, atingir literalmente a atriz que olhava para os seguranças que corriam na sua direção. E o sangue não rolou para a infelicidade de muitos presentes que já imaginavam o título da matéria, porque o braço do homem que era ligeiramente alto e robusto foi agarrado por Dulce e a situação se desenrolou com muita habilidade pela ruiva que golpeou o joelho do homem que caiu no chão, depois arrancou a faca de sua mão e o derrubou no chão com violência, sentando em cima de seu tronco e virando seu braço de um jeito estranho e aflitivo, imobilizando-o com sucesso. Os seguranças apareceram um segundo depois, mas esse mísero segundo seria fatal e mudaria o rumo das coisas. Dulce se ergueu com os aplausos das pessoas em volta que a olhavam de forma emocionada, enquanto a mesmo estava ofegante, não acreditando que alguém estava realmente com intenções de matar aquela atriz tão famosa.


 


– Dulce, obrigada! Obrigada. – dizia à atriz que chorava e era socorrida por algumas pessoas que até agora estavam tão paralisadas e assustadas quanto ela.


 


Um homem se aproximou de Dulce, mais era seu agente. Ele começou a examiná-la, procurando encontrar algum corte, mas logo sossegou ao ouvir da boca de Dulce que se continuasse a apalpá-la daquele jeito, ela o ia mandar os para o hospital também. Dulce estava ficando cega com tanto flash, ela foi puxada por seu agente para ir até a atriz, contra a vontade da karateca que queria sair correndo dali antes que ficasse cega. Quando se aproximou, a atriz lhe abraçou e lhe agradeceu novamente para depois ser puxada por algumas pessoas para dentro de seu carro.


 


– Eu quero sair daqui, Marco! – disse com raiva.


 


– Tudo bem, hoje eu faço o que você quiser. Você conseguiu se promover de um jeito que nem eu mesmo pensaria! – disse com entusiasmo, acompanhando Dulce até seu carro, ele pensou em entrar no veículo, mas Dulce simplesmente o mandou embora e partiu.


 


A karateca estava com adrenalina demais em seu corpo, ela precisava relaxar um pouco. Ela hesitou um pouco em ir atrás daquele homem, contudo no final havia feito a escolha certa, mas se errasse, ela poderia ter atacado um simples fã que ia pedir autografo e ser visto como a babaca do mês. Já nas avenidas da cidade, ela olhava a todo instante pelo retrovisor, procurando achar algum paparazzo de moto, entretanto felizmente não encontrou nada. Ela continuou a dirigir, ouvindo música alta, sentindo sua cabeça latejar.


 


– "Tanta gente louca nesse mundo. Todos querem aparecer, ser famoso, aparecer na revista, na televisão... a qualquer custo" – refletia. – "Eu realmente preciso tomar cuidado, preciso de um carro mais seguro e parar de andar por aí como se eu fosse uma pessoa normal. Se um idiota desse consegue passar por tanta segurança, um especialista passaria facilmente. Por isso muitos artistas escondem o rosto de seus filhos, não se mostram com parentes e amigos. Eu tenho que tomar cuidado".


 


Dulce pegou seu celular e viu que Any havia retornado sua mensagem.


 


"Saudade de mim? Eu também estou com saudade. Se puder, apareça aqui, você sabe o endereço. Amo você. Any".


 


Dulve foi para o apartamento, entrou direto para seu quarto onde pegou uma mala de mão e começou a jogar algumas roupas. Ela não conseguiu se livrar de seu agente por causa dessa festa idiota, mas agora podia ir se divertir e relaxar com suas amigas, mas precisava avisá-lo.


 


Ela pegou o celular e ligou para Marco.


 


– Dul, minha heroina!


– Eu vou para praia com minha namorada e não quero que você...


– Faça o que quiser, Dulce. Eu te dou esses três dias. As filmagens começam na segunda-feira, não falte.


– Nossa! Você está muito bonzinho.


– Depois do que você fez, eu disse que faria o que você quisesse, mas não abuse! Não saia com prostitutas, não beba muito e não bata em ninguém.


– Sim, senhor. – disse com agastamento. – Eu vou sair agora daqui e vou para o litoral.


– Quer que eu mande um motorista?


– Eu vou dirigindo.


– Certo! Qualquer coisa me ligue. Não apronte nada!


 


Dulce desligou antes que Marco começasse com seu discurso. Ela voltou a dar atenção a sua mala, sorrindo internamente. Ela poderia ver Any e ainda era sexta-feira, ela teria dois dias com sua namorada numa praia.


Logo saiu e jogou a mala no carro, recebendo os flashes de alguns fotógrafos que a abordaram na saída do prédio. Ela bufou e pegou seu cigarro, voltando a fumar, colocou o som num volume alto e pisou no acelerador, entrando na estrada. Ela não ia ligar para multas em excesso de velocidade, pois o que mais queria era chegar logo. O litoral não era muito longe a uma velocidade acima de 180km/h. levaria no máximo duas horas. E assim prosseguiu a viagem, pelas onze horas da noite até que finalmente conseguiu sentir a maresia.


Demorou, ela estava cansada, com tensão nos ombros. Ela pegou o endereço que estava numa folha de papel e começou a pedir informações rapidamente, mas só fazia isso com os homens, pois talvez as mulheres a reconhecessem e começassem a fazer algum tipo de escândalo. Ela se perdeu algumas vezes, contudo acabou achando a casa que elas alugaram. Dulce estacionou na rua e foi no porta-malas pegar sua mala, logo foi até o portão e tocou a campainha, ficando um bom tempo do lado de fora. Ela queria fazer surpresa, mas logo teria que ligar para sua namorada e como não conseguiu nenhuma resposta, ela pegou o celular e ligou para Any, que lhe atendeu com uma voz sonolenta.


 


– Any, onde você está?


– Na casa da praia, oras. O que foi?


– Ainda é meia noite e você está dormindo?


– Hum, eu estou cansada. O que foi? Aconteceu alguma coisa? E... como sabe que eu estou dormindo?


– Abre o portão para mim?


– Vo-você está... está aqui?


– Sim, aqui do lado de fora sozinha.


 


Any desligou na sua cara e Dulce já abriu um leve sorriso, que se alargou ainda mais quando encontrou sua namorada de pijama, tentando achar a chave certa para abrir o cadeado. Quando o portão foi aberto, Dulce deu um passo à frente e beijou a bochecha de sua namorada para depois empurrá-la para dentro da casa. A porta se fechou e Dulce jogou sua mala no chão e beijou a boca que tanto ansiava, abraçando-a e a erguendo, retirando os seus pés do chão.


 


– Que surpresa boa! – Any sorriu, enquanto passava as pernas em volta da cintura de sua namorada, agarrando-se a ela como se fosse uma criança.


– Você está sozinha?


– Elas saíram para beber.


– E por que você não foi?


– Eu estava com muita dor de cabeça, tomei um remédio e fui dormir.


– Ainda está com dor de cabeça?


– Agora passou. – respondeu, voltando a beijar a boca de sua namorada.


 


Dulce começou a andar pela casa, esbarrando em todos os móveis possíveis, até naqueles que nem estavam no caminho para o quarto. Ela ouvia Any lhe guiar, mas mesmo assim não conhecia o lugar, no final acabaram caindo na cama de casal que havia no quarto.


 


– Quem está dormindo nessa cama?


– Kirias e a Juliana.


– Por quê!?


– Leona ficou no colchão de solteiro e eu em outro. Eu vou saber, a Kirias escolheu dormir na cama de casal e ninguém conseguiu tirá-la daqui.


– Agora é nossa. – disse, beijando o pescoço de Any. – Eu estava querendo te ver. Não agüentava mais aquela festa chata.


 


Any riu baixinho com os comentários que Dulce começou a fazer sobre os famosos, mas não estava dando muita atenção, pois a todo instante buscava a boca de sua namorada para saciar seus desejos.


 


– Será que elas vão voltar cedo?


– Não sei, Dul. Elas estão fora desde as dez horas.


– Juliana adora beber, ela vai ficar muito tempo no bar e vai arrastar sua prima. Kirias foi de vela?


– Ah, tadinha, ela queria sair e se divertir. Parece que a namoradinha nova dela não quis viajar conosco.


– Então a Kirias vai voltar mais cedo.


– Ou então ela vai ficar andando pela praia e...


O casal ficou em silêncio quando ouviu a porta sendo aberta, Dulce se ergueu lentamente com o coração assustado, lembrando-se do episódio da festa. Ela empurrou o peito de Any para trás, quando esta fez a menção de se levantar e saiu do quarto com passos rápidos, preparando-se para enfrentar qualquer pessoa que estivesse ali. Ao chegar na sala, Dulce olhou para Kirias que se mostrava surpresa com sua presença. A loura estava muito bêbada, ela sorriu e foi até Dulce, abraçando-a com força, dando alguns tapas energéticos em suas costas. Logo atrás Any apareceu, sem entender o motivo de ser jogada na cama.


 


– Any! – Kirias lhe sorriu, abraçando-lhe também. – Eu não ia te deixar sozinha e vim te fazer companhia.


– "Obrigada meu Deus por ter feito eu chegar antes da Kirias!" – Dulce pensou, enquanto observava Kirias apertar e cutucar sua namorada. – "Provavelmente ela atacaria a Any. Ah, Kirias eu ia te quebrar em três partes".


 


Dulce puxou a loura para trás antes que ela começasse a beijar sua namorada. Kirias resmungou alguma coisa e passou o braço pelos ombros de Dulce, começando a dizer que estava com saudade.


 


– Vamos nadar amanhã, Dul?


– Sim, vamos. Agora é melhor você dormir.


– Não, eu estou bem. Vamos conversar nesse sofá.


– Kirias, você está apontando para o chão. – Any avisou.


– Ah... então naquele sofá!


– Aquilo é uma televisão. – Dulce disse. – Any, eu vou dar um banho frio nela.


– Concordo.


– Hum, Dul... vai mesmo fazer isso? Eu posso não me controlar.


 


Any ria baixinho, divertindo-se com aquela situação. Ela já imaginava a cena de Kirias tentando agarrar sua namorada, enquanto Dulce a chutava e xingava e como Kirias gostava de apanhar, no final, a loura ia gostar ainda mais da situação.


 


– "Não vou poder ficar com Any, enquanto não cuidar dessa louca!" – pensou com tristeza.


– Eu vou me deitar, então. – Any disse, beijando os lábios de sua namorada rapidamente, afastando-se com passos lentos de Dulce que já sentia seu corpo implorar pelo calor da mais nova.


– Kirias, você me deve uma!


– Por quê? Quantas vezes eu não te ajudei quando estava bêbada!?


– Mas eu queria transar! – falava, enquanto o arrastava para o banheiro.


– Você pode transar amanhã na praia, no mar, na areia, na cama, no banheiro, na sala... pode ficar vinte quatro horas fazendo isso, mas agora pode parar de reclamar e venha cuidar de mim! – disse secamente, com uma frieza que somente ela conseguia possuir, mas era cômico para Dulce que não parava de rir.


– Às vezes você parece uma criança. O bom é que você está raciocinando, mas te conhecendo bem, você deve ter bebido muito, para não conseguir nem andar.


– Pior que eu errei o caminho de casa várias vezes. – resmungou, enquanto retirava suas roupas. Ela ligou o chuveiro numa água morna e começou a empurrar sua amiga que resmungou, xingou e no final se acalmou, sentando-se no chão.


 


Kirias perguntou sobre a sua vida e Dulce começou a desabafar com a bêbada, que conseguia dar conselhos melhor que ninguém, apesar do estado lastimável. Com o passar do tempo à porta do banheiro foi aberta e Juliana apareceu com um sorriso no rosto, ela fechou a porta e cumprimentou Dulce.


 


– Você conseguiu voltar sozinha, então. Parabéns, Kirias!


– Eu sou responsável. – disse, tossindo levemente.


– E vai ficar doente desse jeito. É melhor tirá-la daí, Dul. – Comentou, puxando a toalha e estendendo a mão para Kirias que se recusou a se levantar.


 


Nesse momento Dulce e Juliana se olharam com impaciência.


 


– Kirias, não vá nos dar trabalho. Levanta logo. – Dulce mandou.


– Não, eu quero ficar aqui.


– Não está te fazendo bem. Levanta! Nós vamos te levar para cama.


– As duas irão me levar para cama? – indagou com um sorriso malicioso.


 


O trio começou a rir, divertindo-se com aquela situação. O humor da karateca estava mudando, ela deixou o estresse de lado e dava mais atenção a suas amigas que sempre a faziam rir bastante. Juliana com seu humor explosivo e Kirias com suas excentricidades. A dupla se uniu e arrancou Kirias do chuveiro, secando-a com nenhum cuidado, beliscando sua pele, apertando em alguns pontos, fazendo cócegas em outro para depois colocarem uma calcinha, uma regata e uma bermuda nela e a levarem para a cama. Dulce a jogou no colchão de solteiro, mas Kirias logo se levantou e se jogou na cama de casal.


 


– Eu disse que ela ia querer dormir aqui. – Any falou.


– Não adianta, Dul. Ela escolheu essa cama e quase mijou nela para que ninguém mais deitasse. Ela está numa crise séria de carência, eu acho que a gente devia falar para essa tal de Eduarda parar de maltratar nossa amiga.


– Quem diria que Kirias ficaria apaixonada por alguém. Eu estou surpresa! – Dulce comentou.


– Ah, mas ela gostava da outra. – Any comentou, recebendo um olhar atento de Juliana e Dulce que apenas balançaram a cabeça negativamente, negando o fato que Kirias era apaixonada por outra pessoa sem ser sua irmã.


– Você não conhece a Kirias. – Juliana falou.


– Juliana! – Any gritou. – Onde está a Leona!?


A ruiva olhou para os lados e estranhou a ausência de sua prima, mas logo ouviu a voz da mesma, que estava jogada no sofá da sala, reclamando da dor de cabeça que sentia porque também havia bebido demais. Mas nesse caso Juliana havia se aproveitado de seu corpo, jogando-a numa cama de motel para saciar suas vontades. Leona apareceu no quarto alguns minutos depois, olhando para a cama de casal onde Any estava sentado e Kirias esparramada, ela olhou para Dulce e acenou para ela com a mão e se jogou na cama de solteiro que estava dormindo.


 


– Por que alugaram uma casa com um quarto? – Dulce indagou.


– São dois quartos, mas quando você vir o estado do outro, vai entender o motivo da gente querer ficar nesse. – Juliana explicou.


 


Dulce olhou para a outra cama de solteiro e sem nenhuma paciência ela puxou Kirias num único tranco e o jogou ali, vendo que a loura simplesmente dormiu com aquele ato tão brusco para a surpresa de Juliana que ficou incrédula.


 


– Kirios gosta mesmo de ser maltratada! – Juliana suspirou. – Eu devia ter feito isso antes.


 


Dulce sorriu vitoriosa e foi até a sua mala, onde acabou por trocar suas roupas colocando seu pijama. Felizmente o quarto era grande e espaçoso. Havia uma cama de casal num canto, e duas camas de solteiro separadas, com um tamanho mediano. E para alegria de Juliana, tinha um biombo de madeira que ela usou para colocar na frente da cama que estava, assim não tinha contato visual com ninguém. O ventilador de teto estava ligado, criando um zumbido baixo que encobria o baixo ronco de Kirias e outros sons também. Juliana vestiu seu piljama e trocou sua prima que queria dormir a todo custo, quando terminou, ela se deitou ao seu lado e lhe beijou a boca, enquanto a acariciava, vendo que a morena se derretia com suas carícias. Todavia Leona realmente estava querendo dormir e não deu atenção a mais velha, que por fim desistiu e a acompanhou ao mundo do sonho.


Na cama de casal, as namorados estavam se beijando na boca, enquanto se remexiam embaixo do fino lençol de algodão. Any ergueu a cabeça para buscar ar, antes que se sufocasse, mas logo foi puxado novamente para sentir a língua atrevida de Dulce brincar com a sua.


 


OoO


 


Continua...



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38

    Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.

  • ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27

    kd vc? volta apostar please

  • cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55

    adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)

  • cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20

    O Capitulo ta bugado Ç.Ç

  • anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48

    Deu bug no cap

  • rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12

    E essa fic aqui, como fica??

  • rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29

    cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!

  • luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20

    Postaaa maiss...

  • rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03

    POSTA MAIS!!!!!

  • maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19

    posta mais.....bjaum lu


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