Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon
Um Amor para Kirias
Dois meses se passou desde a viagem a praia e as garotas haviam retornado a cidade, para suas rotinas, vivenciando seus amores, continuando do mesmo jeito que havia parado, com certos desentendimentos nos relacionamentos, mas o amor que vivenciavam no decorrer dos dias era bem mais reflexivo e importante para deixá-las unidas, assim como amigas e como namoradas. Depois de um bom tempo, Haziel e Amín finalmente acharam um lugar perfeito para abrir o novo negócio. Era uma casa estreita e comprida, com o chão feito de carpete de madeira, não havia nenhum móvel, mas o que chamou a atenção foi o equipamento de iluminação. Havia lustres no teto no estilo Art Noveau, remetendo a imagem de ramos de flores. Amín havia se apaixonado, a luz era amarela e fraca, deixando o ambiente em parte escuro. Não demorou pra que o lugar fosse arrumado e re-decorado e em pouco tempo o mais novo barzinho da região já estava na noite de inauguração.
Todas haviam sido convidadas para participar da festa, não importando a afinidade que tinham com as gêmeas. Dulce não estava com vontade de ir, mas Any simplesmente a arrastou, pois não queria ficar sozinha, sendo que a única que não estava em casal era Kirias e a loira confessava ainda ter medo de voltar para casa sozinha com a loura. No momento estavam sentadas numa grande mesa, Juliana, Dulce com suas respectivas namorada, Kirias sozinha como sempre, mas ao seu lado por alguns minutos estava sua irmã que lhe falava algumas coisas de sua vida. O grupo conversava animadamente e o assunto principal era a decoração e os drinks da casa, não havia muitas reclamações. Kirias por um momento saiu da conversa que ela julgava ser enfadonha e ficou olhando para o teto, onde achou um diálogo mais interessante, por alguns minutos ficou vagueando com o olhar pela sala até que deu a atenção ao balcão, vendo uma moça que lhe despertou a atenção. Era a barman.
De repente... A barman encara os olhos cor de mel que a perseguia. E Kirias respondeu, fixando sua atenção.
Os seus olhares se cruzaram e não continuaram a percorrer pelo bar, pois pareciam ter encontrado aquilo que realmente deveria ser contemplado. Foram alguns segundos, parecia uma eternidade, ou talvez podia dizer que foram transportados para outro estado mental, temporal, qualquer explicação física, mítica ou científica, com todos os “itas” precisos para explicar o motivo de ficarem tanto tempo presos ao olhar da outra. A explicação mais plausível era que elas olhavam com o coração. Não eram os olhos.
Todavia o tempo era o senhor de tudo, e ela continuava a correr, quebrando aquela comunicação muda. Selena Bertoli voltou sua atenção ao balcão, atendendo aos pedidos de alguns clientes. A casa estava cheia, era a inauguração, ela não podia perder seu tempo flertando os novos clientes, pois decepcionaria sua amiga que lhe contratou por caridade, afinal não tinha muita experiência nesse ramo. Kirias tomou um pouco de seu drink, ignorando o que Juliana estava falando na sua orelha, dando atenção unicamente aquela moça de longos cabelos louros que desciam de forma lisa até seus ombros, ou Kirias achava que descia, pois estavam presos num meio rabo de cavalo, deixando apenas alguns fios soltos.
– Alexia... – Kirias a chamou.
– O que foi Kirias?
– Quem é a barman?
– Ah, é a Selena, mas chame-a de Bertoli, pois todos a chamam assim.
– Por que Bertoli?
– É o sobrenome dela. Dizem que Selena é sério demais, então a chamam pelo sobrenome. – comentou, sorrindo de canto para sua irmã, gostando do interesse dela pela mais nova empregada do barzinho.
– Qual a idade dela?
– Está interessada? – indagou, um pouco enciumada, recriminando-se por isso, pois ela mesmo devia evitar sentir-se assim com relação a Kirias.
– Quem sabe. Fale-me mais sobre ela.
– Bom, eu sei que ela não tem onde cair morta. Está trabalhando aqui porque é amiga da Amín. Vejamos... Depois ela vai para o seu segundo serviço de meio período de telemarketing.
– Ela deve ser bem madura, esforçada... – Kirias falava baixinho, começando analisá-la por suas atitudes no balcão e pelo o que sua irmã ia dizendo. – O que mais?
– Ela tem vinte anos, eu só sei disso Kirias.
A mais velha agradeceu, passando a mão pela cabeça de sua irmã, bagunçando os cabelos pintados. Kirias se ergueu e foi até o balcão, sentando-se num dos bancos altos de madeira. Agora ela poderia olhar melhor para seu flerte. Kirias a chamou com a mão, vendo que ela se aproximou com um meio sorriso nos lábios.
– Pois não?
– Bertoli, certo?
– Certo.
– Eu quero um Blood Mary. – pediu, enquanto apoiava sua cabeça na palma da mão, olhando sem nenhuma discrição para o decote daquela loura, mas logo voltou à atenção aos olhos azulados.
Selena sorriu e se afastou e pediu para o drink ser feito, pois ela mesma não tinha experiência em fazer todos os drinks do cardápio, todavia Amín disse que para ajudá-la, ela ia pagar um curso de barman para ela numa escola especializada nesse tipo de negócio. Felizmente o seu curso começaria na segunda-feira, por isso estava mais tranqüila, senão jamais aceitaria tamanha responsabilidade de ficar no balcão. Para a tristeza de Kirias quem lhe entregou seu drink foi outro funcionário. Todavia Kirias ficou ali, apreciando sua bebida, observando Selena trabalhando, não a chamando novamente para não atrapalhá-la. Em certo momento Kirias terminou sua bebida e voltou para a mesa.
– O que estava fazendo Kirias? – Juliana indagou.
– Caçando. – respondeu.
– A barman? Qual delas?
– A de cabelo louro.
– Não sabia que gostava de louras! – Juliana comentou com descaso, recebendo um soco de leve em seu braço direito. – Ai... por que isso?
– Juliana, minha irmã é loura sabia?
– Ah... eu sei, eu sei... mas é sua irmã, oras. E não me bata de novo! – reclamou, franzindo o cenho.
Do outro lado do bar, num corredor que dava acesso a um lugar administrativo, numa sala mais calma, longe da bagunça que estava no salão principal. Leona e Amín estavam sentadas num sofá, conversando.
– Adorei o lugar, Amín. Vocês escolheram muito bem. – elogiou, sorrindo para sua amiga que há muito tempo não via.
– Que bom que gostou.
– Amín, eu queria conversar sobre uma coisa com você. – disse, passando a língua por seus lábios, preparando-se para indagar o que lhe incomodava há um tempo.
– Seria sobre a sua prima? – indagou, prevendo a pergunta, passando a mão por seus cabelos louros, deixando seu olhar repousar na face daquela que por tanto tempo foi apaixonada, e talvez ainda fosse.
– Sim. Vocês estão ficando? Como foi isso?
– Leona... isso faz um tempo, mas eu pedi para ela não comentar com você.
– Quanto tempo?
– Eu acabei ficando com a Victoria numa balada chamada A Cartada, há alguns meses. E nesse dia, você, Juliana, Any e as outras estavam também.
– Nossa... Isso faz tempo! – exclamou com surpresa. – Então vocês conheceram e ficaram juntas?
– Sim, nós ficamos. Saímos algumas vezes e eu acabei descobrindo que ela era irmã da Juliana. – riu baixinho, recordando-se desse dia. – No começo foi um choque, mas acabamos rindo com a coincidência.
– E... vocês estão namorando? – indagou um pouco hesitante.
– Por que está interessada, Leona?
– Porque ele é minha prima.
– Tem caso com sua prima também?
– Não, não é isso. – falou um pouco ofendida, sentindo vontade de replicar aquele comentário, mas apenas engoliu em seco e ficou em silêncio.
– Só saímos às vezes, nada sério. Somos duas mulheres sem compromisso, somos jovens ainda, Leona. Não consigo entender como você consegue ficar tanto tempo presa a uma pessoa. – comentou, balançando a cabeça negativamente, reprovando as atitudes de Leona até agora. – Você nunca beijou outra pessoa, não pode sair livremente, não pode paquerar num barzinho, azarar a galera à noite. E você tem dezenove anos, logo vai fazer vinte e está perdendo o melhor da juventude.
– Que discurso, Amín. – falou com chateação, erguendo-se vagarosamente. – Eu acho melhor voltar para o salão.
Amín sorriu, gostando de magoar aquela que há tanto tempo lhe feriu. Sabia que Leona não havia feito por maldade, ela simplesmente a recusou, mas seu orgulho foi ferido e se pudesse se vingar, se pudesse pelo menos acalentar um pouco a dor de seu coração, ela o faria.
– Sabe voltar sozinha?
– Sei. – falou secamente, abrindo a porta e saindo daquele cômodo sem olhar para trás, andando pelo corredor escuro até chegar no salão, onde já se encaminhou para se sentar ao lado da sua querida ruiva.
Leona estava pensativa, lembrando-se do discurso de solteira de amín. Aliás, todo solteiro sempre dizia a mesma coisa. Pra quê compromisso nessa idade se pode viver e aproveitar os melhores momentos? Era sempre a pergunta. Era irresistível realmente, as vezes via um garota bonita lhe paquerando e até sentia vontade, mas tinha o peso do namoro nas costas.
– Leona, onde você estava?
– Conhecendo o lugar. – respondeu. – Juliana, pegue uma cerveja para mim, por favor. Eu estou com sede.
A ruiva concordou, ela se ergueu e foi até o balcão, voltando com uma long neck para sua namorada que lhe agradeceu com um selinho nos lábios.
– Com que estava?
– Com amín.
– Co... com... ela? – indagou incrédula.
– Sim, com ela. Acabei vendo as instalações, não transamos em nenhum escritório, não passamos a mão na outra e ela não me deu nenhuma indireta. Certo?
Juliana suspirou, não gostando daquele comportamento. Ela se aproximou ainda mais de Leona e passou a mão por seus cabelos, fechando os dedos no volume, puxando-os com certa energia, machucando a menor que apenas fechou os olhos, tentando não transpassar nada em seu rosto. Ela estava acostumada a ser beliscada, chutada e agredida discretamente por Juliana desde que eram pequenas sem que ninguém percebesse.
– Não quero ver você com ela de novo.
– Solta meu cabelo ou eu vou ficar irritada de verdade com você.
– Pode me xingar a vontade, eu cansei de ficar tratando você como se fosse de cristal desde aquele incidente e desde que você começou a ir nessa psicóloga, você começou a agir de um jeito bem chato para cima de mim. – reclamou.
– Claro, eu comecei a dar valor e não aceitar suas crises de ciúme e agressividade.
– Leona, se você não quer estar comigo, somente me avise, tudo bem? Não precisa ficar empurrando nosso relacionamento com a barriga.
Leona arregalou os olhos diante daquela frase. O que Juliana estava pensando afinal? Aos poucos sentiu aqueles dedos soltando seu cabelo e Juliana virando seu tronco para voltar a conversar com Kirias, ignorando-a por completo. Por um instante viu seu mundo sem sua amada ruiva, sentiu-se abandonada.
Podia parecer egoísmo de Juliana, mas ela estava irritada com tudo que estava acontecendo desde que Leona começou a se tratar no psicólogo. A sua namorada vivia com Carlos pendurado no seu pescoço, e se ela reclamava, ela vinha dizendo: “agora eu tenho amor próprio e me respeito”; sendo assim Juliana tinha que acatar e ficar em silêncio. Se algum colega do seu curso vinha lhe flertar e reclamasse, ela tinha a mesma resposta. Mas com Amín já era desaforo, pois era evidente que a garota tinha ou ainda tem sentimentos com relação a ela.
A morena ficou bebendo sua cerveja sozinha, sentindo falta da mão pesada de Juliana sobre a sua. Ela ergueu a cabeça e ficou olhando para os lados, quando ergueu o queixo, acabou encontrando o mezanino que ficava apenas dez degraus de escada acima dela. A luz amarelada daquele ambiente lhe chamava atenção, mas ali só estavam os amigos mais próximos de Haziel e Amín. E cansada de ficar sentada, Leona foi até o banheiro, parando na frente do espelho da pia, encarando-se em silêncio.
– Leona?
– Ah, oi! – sorriu para a segunda dona daquele lugar. Haziel estava saindo de uma das cabines e agora lavava as mãos. – Está gostando daqui?
– Gostei bastante. – sorriu.
– Eu queria que tivesse vindo antes conosco para ver, mas eu acho que perdi seu número de telefone.
– Como? Eu não o mudei.
Haziel pegou seu aparelho celular do bolso e procurou pelo nome da morena, depois entregou a Leona que foi conferir seu número.
– O final é três e não seis. – corrigiu com um sorriso nos lábios.
– Venha, fique comigo no mezanino. Eu acho que Amín vai gostar.
– Na verdade, eu acho melhor continuar onde estou, eu agradeço.
– Não precisa ficar fugindo da minha irmã ou de mim.
– “Ótimo, agora as gêmeas vão implicar comigo!” – pensou com chateação. – Eu não estou fugindo.
– Apenas nos ignorando desde que saiu do colégio, pois muitas vezes ligamos para sairmos e você sempre recusou. – reclamou com o mesmo olhar frio e severo que carregava quando andavam juntas. E naquela época do colégio, ela era bem próxima das gêmeas e já havia dado alguns “amassos” nelas quando bebia.
– Você sabe o motivo, desculpe-me.
Haziel deu um passo à frente e tocou numa mecha cor de ébano de sua ex-melhor amiga, sentindo sua maciez, lembrando-se de uma noite em que elas ficaram presas num dos dormitórios enquanto as alunas do quarto ano estavam fazendo a festa no Saint Rosre. Elas fugiram e ficaram escondidas embaixo de uma cama. E somente elas sabiam o que aconteceu.
(Flash Back)
Saint Rosre. Quase três anos atrás.
As garotas do quarto ano declararam que seria guerra contra o terceiro ano, e isso era no começo do semestre. Obviamente que as garotas começaram a se esconder por todo o colégio, pois parecia um arrastão contra elas. Leona e Haziel estavam nos vestiários, escondidas atrás de uma construção, mas havia outras garotas ali também. Parecia uma brincadeira de esconde-esconde, mas era psicologicamente abominável, pois o castigo para quem fosse pega era participar da festa do quarto ano.
– Leona, vai até sua prima, assim você se protege. – Haziel aconselhou
– Ela não quer me ver, acabou brigando comigo essa manhã, eu tenho mais medo dela de qualquer outra que venha.
Haziel achou melhor não comentar, ela puxou Leona pela mão e começou a correr com a morena até a enfermaria que estava fechada naquele momento. A loura forçou a porta que não estava devidamente trancada e quando entrou no quarto, ela puxou Leona para que ficassem escondidas embaixo da cama.
– Não acha exagero ficar aqui? – Leona indagou, olhando para trás, onde Haziel estava encostada à parede.
– Não, eu vi algumas garotas do quarto ano por perto.
Leona ia falar mais uma coisa, mas a mão de Haziel calou seus lábios, puxando seu corpo ainda mais para trás, abraçando-a. O som da porta abrindo foi terrível para a dupla que prendeu a respiração. Havia três garotas no quarto, olhando para o lugar.
– Tem alguém aí? – indagou uma delas, rindo baixinho.
Elas começaram a revistar o lugar, mas logo foram embora, quando ouviram o som de algumas garotas xingando a outra próxima à porta da enfermaria. Felizmente para Haziel e Leona, três garotas do segundo ano foram agarradas e jogadas no chão próximo ao prédio. Por um lado era bom, pois elas não iam mais procurar dentro da enfermaria, mas por outro lado, elas iam ficar próximas à porta, enquanto zoavam as calouras. Leona puxou a mão de Haziel da sua boca para respirar, acalmando um pouco seu coração. Logo atrás a loura estava com o nariz afundado nos cabelos negros que cheiravam muito bem, assim como a sua pele que sempre estava perfumada.
– O que está fazendo? – Leona indagou num sussurro.
– Você tem um cheiro bom.
– Obrigada. – agradeceu um pouco receosa.
– Por que ainda está com Juliana?
– Ah?
– Ela não liga para você. Eu ligo para você, Leona.
– O que está falando? Elas vão nos ouvir, eu acho melhor ficarmos quietas.
Um minuto de silêncio e Leona arregalou os olhos ao sentir a mão pesada tocar no cós de sua calça de alfaiataria, começando a descê-la lentamente.
– Haziel?
– Silêncio, elas estão mais perto. – observou, fazendo Leona olhar para a porta de entrada, vendo que algumas garotas estavam sentadas no degrau da porta, bebendo vinho e rindo alto.
Enquanto observava, Haziel abaixava as calças de Leona. A loura lambia e chupava sua nuca, dando leves mordidinhas assim que possível. Sua mão esquerda começou a masturbar o sexo de Leona.
– Haziel...
– Shhhh!!!
Leona esticou todo seu corpo num espasmo mais forte de prazer, batendo sua cabeça contra os ombros largos de sua amiga, mordendo seu lábio inferior para segurar o gemido que vinha de sua garganta. E quando aquela mão pecadora se afastou, Leona respirou fundo, pois sabia o que viria a seguir.
– Relaxe, Leona. – Haziel pediu.
A loura puxou a perna de Leona para cima, abrindo-a na vertical, enquanto ela puxava o seu quadril, tentando ajeitar uma posição para o que tanto ambicionava fazer. Estava difícil, mas estava muito excitada por pode fazer sexo com quem desejava, em um lugar perigoso e escondido. Leona mordeu sua própria mão quando os dedos começaram a ser pressionada contra sua entrada. Aos poucos os dedos de Haziel estava pedindo passagem, reconhecendo o lugar que logo se acomodaria, enquanto isso, a loura voltou a beijar os ombros da morena, amaldiçoando-se por não estar com ela numa cama macia. Felizmente Leona não era virgem, aliás, ela estava acostumado a fazer sexo quase todos os dias. A penetração foi lenta e fácil. Aquele dedo deslizou deliciosamente por sua bc*ta, trazendo prazer para Haziel que passou a língua pelos lábios. Haziel era mais alta e mais forte e isso facilitou muito seu trabalho, ela movia seu quadril com destreza, penetrando, sentindo o sair e entrar de seus dedos sendo esmagados por Leona que tremia e soltava gemidos abafados. A loura se aproximou de sua orelha em um momento, lambendo sua cartilagem.
– Que gostoso, Leona. – sussurrou num tom quase inaudível.
Leona apenas continha a vontade de gritar com toda sua força e assim ficou até gozar nas mãos de Haziel, enquanto a mesmo se divertia com seu corpo. Ela não havia sido encontrada pelas garotas do quarto ano, mas mesmo assim acabou tendo uma noite bastante agitada.
(Fim do Flash Back)
De volta a realidade, no presente atual, Haziel e Leona estavam bem distantes da outra. A loura apenas lhe sorria de modo gentil, pois não conseguia nutrir nenhum sentimento ruim por sua amiga.
– Por que não esquecemos nossos passados? Quer dizer, algumas partes e tentamos ser amigas como antes?
– Eu acho uma boa idéia. – sorriu, estendendo sua mão para Haziel que a apertou com entusiasmo
– Então se sente comigo na minha mesa por alguns minutos, eu acho que não terá problema.
– Tudo bem, me convenceu. – sorriu, acabando por acompanhar Haziel que comentava algumas coisas sobre o barzinho.
De volta ao salão principal, Dulce estava olhando para o fotografo do lugar que estava tirando um monte de fotos dela, segurando uma grande caneca, fingindo estar bebendo com um lindo sorriso para colocar num dos quadros do lugar, assim teriam a propaganda que Dulce Maria freqüentava o lugar. Any estava encostada numa das paredes, com os braços cruzados, olhando com impaciência para aquele fotografo e sua assistente que não deixavam sua namorada em paz. E era sempre assim quando saia com sua namorada. Dulce não lhe tocava em momento algum, não lhe acariciava e nem era carinhosa, ficando apenas como uma amiga distante, e bem distante por sinal. A loira perdeu a paciência quando uma garota se aproximou de Dulce, começando a falar sobre as filmagens do seriado. Ela ficou olhando ao seu redor e resolveu ir caminhar para procurar alguma coisa melhor e nas suas andanças por aquele salão que estava lotado, ela acabou por encontrar Carei e Viviane numa mesa.
– Oi, eu posso sentar aqui? – indagou a loira, olhando para o casal.
– Claro! – Viviane sorriu, oferecendo um lugar a ela, despertando internamente uma pontada de ciúme em Carei que apenas ficou com um largo e visível sorriso amarelo.
Any resolveu ignorar, pois ela não queria sentar na mesa de Juliana e Kirias, que bebiam e falavam muita besteira, Dulce não lhe dava atenção, também não ia querer ficar na mesa de Haziel e Amín, que estavam sendo bem assediadas.
– Onde está sua namorada? – Viviane indagou.
– Sendo assediada e bajulada. – reclamou, soltando um longo suspiro.
– Seu namoro não está indo bem. – observou.
– Não mesmo, está uma merda.
– Você já falou isso para ela?
Any riu baixinho e balançou a cabeça positivamente.
– Eu já dei crise de ciúme, cheguei a tirar a aliança, bati o pé várias vezes, mas não adiantou.
– Eu não te imagino fazendo isso, Any. – Viviane comentou com um bom humor.
– Eu sei que está difícil, Any. Você acaba ficando quase todos os finais de semana em casa e sempre que sai com a Dulce, você volta reclamando que ela nem lhe deu atenção. – Carei comentou com um olhar carregado de pena.
– Pois é, eu já fiz tudo que podia. Agora é esperar ela notar que está fazendo burrada o tempo todo.
– Ela não está fazendo burrada, Any. Na verdade ela está fazendo o que deveria fazer como uma estrela em ascensão, e eu vi o trabalho da Dulce e achei muito bom. – Viviane comentou, recebendo olhares incrédulos das duas. – Eu estou falando sério! Olha, a Dulce tem que ser simpática, ela tem que conhecer as pessoas! Você não vê que as estrelas sempre casam e separam depois de poucos meses?
– E o que tem isso? – Carei indagou.
– Amor, isso quer dizer que não é possível ter um relacionamento feliz e duradouro sendo uma estrela de sucesso. Isso é raro. – disse, olhando com pesar para sua ex-namorada. – Eu sinto muito Any, mas eu estou sendo sincera com você.
– Você sempre é sincera demais comigo, Viviane. – reclamou, não gostando daquele comentário.
– Você está deslocada hoje, eu estava te observando daqui, Any. Por que você não tenta falar com a Dulce? – Carei indagou, enquanto bebia um pouco de cerveja.
Any levantou-se de repente, sorrindo para o casal.
– Eu vou indo, podem voltar a namorar – sorriu.
– Pode ficar, Any. – Viviane falou.
– Eu vou indo, eu estou cansada. Tchau para vocês.
Enquanto Any ia se afastando, ela voltou a olhar para o canto onde Dulce estava sendo rodeada por mais pessoas. Ela sentou-se à mesa de Kirias e Juliana, que estavam rindo juntas.
– Any, cadê a Dul? – Kirias indagou.
– Ali! – falou com descaso, apontando para o lado.
– Ela está te deixando de lado de novo? – Juliana indagou.
– Sim, de novo. – resmungou.
A ruiva passou seu braço pelos ombros da loira, puxando para ficar mais próxima, constrangendo Any que ficou estática. Ela inclinou-se e começou a cochichar no ouvido dela.
– Any, a Leona está na mesa da Haziel e da Amín e nem liga para mim também, sendo que ela vive saindo com várias pessoas e aquele vagabundo. E ainda reclama que eu sou ciumenta – desabafou. – Eu acho que estamos no mesmo barco.
– É Juliana... eu acho que sim. Kirias, você tem sorte por não namorar. – Any falou.
Kirias abriu um lindo sorriso e voltou a olhar para o balcão, vendo que a barman ainda trabalhava para atender os clientes, mas parecia que os olhos de Kirias eram um imã e os de Selena duas esferas de metal, pois elas sempre cruzavam os olhares.
– Kirias e a barman estão flertando – Juliana avisou.
– Vai lá, Kirias! Pergunta que horas acaba o expediente dela. – Any incentivou – Se eu fosse você, eu faria isso!
A loura acabou concordando com Any, ela deu um último gole na sua cerveja e se levantou, voltando a ficar no balcão, tentando chamar a atenção daquela mulher que tanto lhe seduzia. E na mesa, agora Any e Juliana se olhavam.
– Any, eu acho que agora... é apenas nós duas.
– Sim! Duas encalhadas nessa festa. – falou, erguendo sua mão para um garçom que passava, pedindo duas long necks de cerveja, que em poucos minutos já estava na mesa.
Julian agradeceu pela bebida e começou a beber com Any, enquanto falava sobre alguns assuntos da faculdade, para depois voltar a reclamar da Leona, e indo nesse embalo, Any acabou por reclamar de Dulce.
As horas iam passando. Any estava com os olhos vermelhos pela irritação da fumaça de cigarro que estava no lugar, ela apoiou os cotovelos na mesa que estava vazia nesse momento, pois Juliana acabou indo embora minutos atrás com Leona. O som da música alta, das pessoas falando, o barulho dos copos batendo no outro, das risadas, tudo isso parecia se acoplar num ruído irritante. Any bocejou e então ficou entristecida, sentindo-se abandonada, sentindo frio do ar condicionado.
– “Por que estou aqui ainda?” – indagou em pensamento, olhando para a mesa onde Carei e Viviane estavam, que agora se encontrava vazia.
A loira se levantou e viu que Dulce estava sentada numa mesa, bebendo cerveja e conversando com algumas pessoas que ela nunca havia visto na sua vida. Ela riu baixinho, lembrando-se das palavras do Viviane e começou a caminhar para fora do barzinho, olhando para o relógio de pulso que marcava três horas da manhã.
– Táxi? – indagou um homem quando saiu do lugar.
– Sim, por favor. – agradeceu.
Ela entrou no táxi, acomodando-se no banco, sentindo seu pescoço doer por ficar tanto tempo com a cabeça abaixada. Ela cumprimentou o motorista e deu as instruções para que chegasse na sua casa e em poucos minutos estava na frente do prédio de tijolos, ela pagou e saiu, recebendo o ar fresco da madrugada. Logo Any estava embaixo de uma ducha quente, lavando seu corpo, chorando baixinho. Aos poucos ela foi se ajoelhando no piso frio, soluçando, enquanto passava a mão por seus cabelos, puxando-os para fora. Sentia-se uma miserável, uma ninguém, uma pessoa completamente sozinha e descartável na vida de qualquer pessoa.
– “Nunca tem ninguém nesse apartamento. Leona sempre está com Juliana, ou dorme na casa dos pais ou está em outro lugar. Carei vive na casa da Viviane e está quase se mudando para lá. Estou tão sozinha...” – pensava.
Após o banho, Any vestiu um roupão e foi para o seu quarto, jogando na grande cama de casal. Ela ainda chorava, pois tentava parar seu choro, mesmo que ninguém ouvisse, ela não queria chorar, tentava ao máximo segurar e isso machucava seu peito. De repente o seu celular começou a tocar, ela atendeu, ouvindo a voz de sua namorada em um ambiente barulhento, com certeza Dulce ainda estava lá.
– Any, onde você está?
– Procura.
– Está no banheiro?
– Por quê?
– Você sumiu.
A loira fechou o punho com força quando ouviu aquilo, fazendo suas unhas cortarem a palma de sua mão.
– Eu estou bem, pode continuar na mesa com esse pessoal.
– Eles são da mídia. Venha aqui.
– Depois eu passo aí.
– Eu vou te esperar.
Any desligou, afundando a cabeça no colchão, gemendo baixinho, enquanto se contorcia. E assim ficou por mais ou menos uma hora até que seu celular voltou a tocar.
– Any!
– Oi?
– Onde raios você está? Faz uma hora desde que te liguei!
– Em casa, Dul.
– Casa? Quando foi embora?
– Faz tempo. Umas três horas da manhã eu já tinha saído.
– Mas são quatro e meia. Você disse que estava no barzinho.
– Eu menti, idiota. Eu estava em casa quando me ligou, eu estou tentando dormir.
– Por que foi embora? Você ficou louca?
– Cala boca, Dulce. Cala a boca! – gritou com toda sua força. – Eu fiquei a noite toda sozinha, eu fiquei dormindo numa mesa quando Juliana, minha única companhia foi embora. Todas minhas amigas não estavam lá e você também não estava ao meu lado.
– Eu estava tirando fotos e ia te chamar para você se sentar comigo, mas você ficou na mesa da sua ex-namorada.
– Claro! Eu te abandonei, desculpe-me, Dulce. Como eu sou insensível, não é mesmo?
– Any você está muito chata, sabia? Sempre age como uma criança. Por que não veio se sentar comigo?
– Para você me ignorar e me tratar como desconhecida?
– Você sabe que eu não posso ficar te acariciando na frente das pessoas da mídia. Não seja ingênua!
– Vai pro inferno, então! Eu estou cansada de você, eu cansei de perdoar e tentar entender. – gritava, enquanto chorava. – Eu quero dar um tempo de você e desse seu mundo de celebridade.
– Está querendo terminar de novo e agora por telefone?
– Sim, eu estou. Pode falar que é infantil, insensato, egoísta, fale a merda que quiser! Não precisa mais se preocupar comigo.
– Eu me preocupo com você, mas você não me apóia! Sempre quer que eu fique grudada em você.
– Sim, eu quero minha namorada comigo. Qual o problema nisso?
– Você não pode me prender Any. Aliás, vamos conversar pessoalmente.
– De jeito nenhum. Se eu te ver agora, eu vou querer te socar, eu acho melhor você nem tentar isso.
– Não seja tão idiota, Any. Eu estou entrando no meu carro e vou passar na sua casa.
– Vai ficar chutando a porta, porque eu não vou abrir e vou tirar o interfone do gancho!
– Tudo bem, eu acho que você precisa dormir e refletir um pouco. À tarde eu te ligo, Any. Pensa com mais calma e tenta ser menos agressiva.
– Pro inferno! – gritou, tornando a desligar.
Anahi tremia. Ela foi até a cozinha e puxou a caixa de medicamentos, pegando algo para a sua dor de cabeça passar, logo engoliu dos comprimidos e foi se deitar, sendo acompanhada por um choro solitário. Horas mais tarde naquele dia, Any acordou, sentindo-se péssima. Ela andou pelo corredor vazio e viu que estava novamente sozinha. Na cozinha ela fez um café preto e tomou em silêncio, ouvindo o som dos passarinhos daquela manhã de domingo. O interfone tocou de repente. A loira revirou os olhos e sentiu o coração acelerar, ela puxou o aparelho e ouviu a voz de Dulce e sem dizer nada, abriu o portão e depois a porta, enquanto ia para a sala, sentando-se no sofá. Ela estava com os cabelos bagunçados, usava apenas seu roupão e bocejava. Em poucos minutos Dulce bateu na porta e forçou a maçaneta, entrando sem problema. Indo direto até a sala, onde encontrou sua namorada sentada.
OoO
Continua...
Autor(a): lunaticas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 61
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tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38
Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.
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ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27
kd vc? volta apostar please
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cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55
adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)
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cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20
O Capitulo ta bugado Ç.Ç
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anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48
Deu bug no cap
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rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12
E essa fic aqui, como fica??
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rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29
cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!
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luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20
Postaaa maiss...
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rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03
POSTA MAIS!!!!!
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maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19
posta mais.....bjaum lu