Fanfics Brasil - Capitulo 11 Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon

Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capitulo 11

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Diferente de Anahi, Dulce estava bem vestida, como se tivesse tido uma noite maravilhosa de sono.


 


– Está mais calma? – indagou sem obter resposta, sentando-se na mesa de madeira, ficando de frente para sua namorada que apenas lhe encarava.


 


Dulce suspirou, certamente ela ia perder a sua paciência também.


 


– O que quer que eu faça, Any? Se for ficar em silêncio, eu não saberei o que está pensando.


– Tem razão. – suspirou com certo cansaço. Ela não estava mais irritada, apenas sentia-se vazia, como uma criança solitária. Acabou cansando de brigar e gritar, isso só a estressava e a faria ter problemas cardíacos no futuro.


– Você parece calma.


– Sim, eu estou calma agora. – bocejou, enquanto passava a mão por seus olhos, massageando-os. – Eu fiquei cansada de ficar sozinha ontem e vim para casa.


– Eu percebi. Por que mentiu falando que estava no banheiro?


– Você que supôs que eu estava no banheiro.


– Tudo bem, isso é o de menos.


 


Dulce esticou seu braço e puxou a mão de Any, sentindo os seus dedos frios. Ela se levantou e colocou a mão no encosto do sofá, ao lado da cabeça da loira e se inclinou para baixo, capturando os lábios rosados, dando um beijo rápido.


 


– Eu quase não dormi depois que nos falamos por telefone.


– Nem eu.


– Vamos esquecer essa briga, tudo bem?


– Claro. – Any concordou secamente.


– Any, você está sendo falsa comigo, eu sei quando não fala o que está pensando. – suspirou, sentando-se no colo de sua namorada. – O que quer me dizer? Você disse que queria me socar ontem.


– Foi um lapso, perdão – disse friamente.


 


Dulce aspirou todo o ar a sua volta e o soltou aos poucos, contando mentalmente até dez para acalmar seus batimentos cardíacos que por um instante ficaram bastante acelerados.


 


– O que está pensando em fazer?


– Eu te amo, Dul. – falou sincera, fazendo a karateca lhe sorrir. – E você me ama, eu sei disso.


– Claro que sim, que bom que você sabe, Any. Desde o momento que eu te vi, eu me apaixonei por você.


– Que fofa, mas vamos esquecer o modo que a gente se conheceu que não foi nada romântico. Mas... eu acho que a gente está se magoando demais, mesmo que a gente se ame.


– Eu não gostei do rumo da conversa agora.


– Nem eu estou gostando. Eu acho que seria ótimo se a gente caísse no tapete fazendo sexo para resolver os problemas como fazíamos no passado. Tudo parecia ser tão simples. – falou, enquanto encostava a cabeça no sofá, fechando os olhos.


– Se é esse o problema, Any. Não vamos fazer cerimônia em cair no tapete e fazer sexo.


 


Any começou a rir com aquele comentário, ela sabia que alguma coisa do tipo sairia da boca da ruiva. Dulce se sentou no sofá e puxou Any pela cintura, abraçando-a com carinho, enquanto retirava seu tênis e colocava seus pés em cima do sofá, para se acomodar melhor.


 


– Você diz que quer que eu continue no meu contrato, mas eu acho que esse trabalho está acabando com o nosso namoro. Eu tenho que escolher você ou a mídia.


– Não queria que fosse assim. – confessou, enquanto deitava a cabeça no peito de Dulce, ouvindo as batidas aceleradas de seu coração, vendo como sua namorada estava tensa diante toda a situação.


– Nem eu, mas esses dias eu estava pensando se tudo fosse diferente. Se você fosse a artista e eu visse você sendo rodeada de pessoas estranhas querendo tirar algum proveito seu, enquanto eu apenas ficaria observando-te de longe – dizia baixinho, enquanto acarinhava a cabeça de Any.


– Você se colocou no meu lugar?


– Sim, eu me coloquei. Eu acho que não teria paciência para falar a verdade. Pior, eu acho que ia bater nas pessoas e ia acabar sendo presa e você sendo mal falado na mídia – riu em seguida.


– Eu concordo. Conhecendo-te, eu sei que você não ia ficar quieta.


 


Dulce fechou os olhos e ficou em silêncio, sentindo o corpo quente de Any sobre o seu, adorando aquele momento de paz. Sua mente viajou para o passado, quando ainda estava estudando no Saint Rosre e desejava a todo custo sair do colégio e morar sozinha com Any para poderem aproveitar ao máximo.


 


– Marco disse que você tem uma chance única e que vai ser pobre no futuro.


– Apenas deposite uns dois milhões na minha conta, Any. Então eu nunca serei pobre.


– Eu vou fazer isso mesmo.


– Eu estou brincando, Any.


– Não, é sério, eu vou fazer isso.


– Não seja boba, Any.


– Quem recusaria esse dinheiro? Dul, eu vou depositar, eu já devia ter feito isso antes.


– Por que deveria ter feito? Eu não sou pobre.


– Mas não é rica como Juliana ou Kirias. – argumentou, sentindo medo de ferir o orgulho de sua namorada. – Se você está trabalhando nisso por dinheiro, eu te contrato para ser minha namorada para sempre, Dul, por mais egoísta e ignorante que isso soe, eu quero você e pagarei para isso.


– Você está me ofendendo, Any!


– Não estou, não. Eu sei que você me ama, mas sei que é bom comprar as coisas com seu próprio dinheiro, Dul. E que você vai ter que trabalhar por isso. Então, como eu estou impedindo de você assinar outro contrato, eu prefiro pagar um valor alto em compensação – explicou cuidadosamente.


 


Dulce não disse nada, pensando no que sua namorada queria dizer com tudo aquilo. No fim entendia muito bem. Anahi queria que ela tivesse dinheiro para acompanhá-la na sua vida, sem que precisasse aceitar empregos no qual viveria longe dela. No final, sua namorada estava desesperadamente sozinha.


 


– Kirias não é tão rica como você pensa, Any – comentou. – Na verdade, os pais delas trabalham muito. Ela só tem aquela casa grande, um carro que não é muito novo e a faculdade dela é pesada. É classe média alta.


– Como Kirias pagava a mensalidade do Saint Rosre, então?


– Ela tinha bolsa assim como eu. Eu era esportista, esqueceu? Eu pagava somente 30% do valor, ou melhor, meu avô pagava.


– Eu pensei que você era muita rica quando te conheci, Dul.


– Eu sei que tenho um ar nobre! – brincou, ouvindo a risada de sua namorada, gostando do clima pacífico. – Kirias tinha a bolsa por ter tirado uma nota altíssima no exame, segundo a carta que recebeu. Ela pagava o mesmo que eu. E Alexia tinha desconto, porque eram irmãs.


– Mas a Kirias não é pobre, ela vive saindo para beber, faz faculdade, tem o carro dela, mora num apartamento com você!


– Não é pobre, é classe média alta, mas não são ricos. Ela terá que trabalhar se quiser ser alguém na vida.


– Eu não sabia disso, também não fico especulando sobre a conta bancária dos outros.


– Agora a família da Juliana...


 


Any riu baixinho ao ouvir o tom que Dulce começou a falar.


 


– Eu sei, eu sei, a família Sabelio é riquíssima – Any falou. – Aliás, esse nome é da alta sociedade, qualquer um reconhece. Eu lembro que quando soube do sobrenome da Leona, eu fiquei surpresa em saber que ela era tão simples.


– Mas os pais da Leona são um nojo, temos que concordar.


– Concordo. Aquela mãe dela é muito chata! Eu te contei do dia que ela veio conhecer o apartamento, não é? Eu fiquei tensa, pois aquela mulher criticava tudo! – reclamou, encarando Dulce que lhe observava docilmente.


– Agora a família Honoi também é rica, mas não é tão rica assim.


– Eles são ricos, mas não são milionários. Eles sempre vão viver bem. – Any observou. – Mas não é um dinheiro infinito, elas vão ter que trabalhar. Senão não fariam faculdade, Amín não trabalharia num escritório e os pais delas não abririam um comércio.


– Sim, elas são bem de vida também. – Dulce comentou, pensando na situação daquelas irmãs.


– E pensar que tinha tanta gente rica naquele colégio, não é?


– Percebeu que a gente não parou de ficar falando do dinheiro dos outros até agora, Any?


– Percebi, mas não quero brigar com você, por isso prefiro falar de assuntos banais. – confessou, levanto a mão até o seio direito de Dulce, sentindo falta do piercing que ela usava ali.


– Não vou renovar meu contrato, Any. Eu escolho você.


 


Anahi se ergueu com um lindo sorriso. Ela não queria influenciar Dulce a escolher entre sua vida profissional e seu namoro, mas não tinha como ela ter as duas coisas, isso era impossível.


 


– E agora podemos rolar no tapete fazendo sexo para resolvermos os problemas? – Dulce indagou risonha.


– Sabe... eu prefiro a cama!


 


A ruiva balançou a cabeça, concordando, ela também preferia a cama. Num impulso levantou com Any em seus braços, caminhando pelo corredor vazio até o quarto de sua namorada, olhando para a cama desarrumada que na sua opinião estava perfeita.


 


 OoO


 


Mais tarde naquele domingo.


 


Os orbes cor de mel estavam olhando para o número daquele telefone com um brilho esperançoso. Finalmente alguém que fez seu coração dar duas batidas mais fortes estava entrando na sua vida. E quem sabe ela não sairia daquela fossa?


Os seus dedos moveram-se e acabou ligando para Selena Bertoli, esperando ansiosamente que ela atendesse. E em poucos segundos teve a oportunidade de ouvir a voz sonolenta.


 


– Alô! Quem fala?


– Kirias, você me passou o seu número de telefone ontem no barzinho.


– Ah, sim. A moça de moicano! Como vai?


– Eu estou bem. Você vai fazer alguma coisa hoje?


– Até as dez horas eu estou livre, depois eu vou trabalhar.


– Você quer pegar um cinema?


– Pode ser. Que horas quer se encontrar?


– Umas... Três horas na frente do Shopping Alvorada.


– Tudo bem, nos vemos lá, Kirias.


– Até mais.


 


A loura sorriu com o sucesso do seu encontro. Ela saltou de sua cama e se enfiou na suíte, saindo um bom tempo depois, preenchendo o seu quarto com um cheiro forte de creme para o corpo. Logo foi ao guarda roupa, vestindo um jeans desfiado, tênis escuro e uma camiseta comprida com uma gola um pouco aberta. Ela passou gel no seu moicano, ajeitando-o com cuidado e se perfumou.


 


– “Ansiosa para um encontro. Eu realmente estou sozinha faz tempo”. – pensou, sorrindo para ela mesma.


 


Em poucos minutos ela já estava na rua, dirigindo seu carro, ouvindo música clássica no último volume, olhando com distração para o trânsito à frente. Ela estacionou o carro no shopping e ficou na entrada principal, debruçada num dos muros de metais que cobriam todo o shopping, ficando a ouvir o som do vento bater contra as árvores. Um sorriso foi desenhado nos lábios de Kirias. Na calçada ela já via a sua paquera se aproximando. Dessa vez Selena tinha os cabelos soltos, deixando o vento bagunçá-los a seu bel-prazer. Ela usava uma calça preta, um tênis claro e uma camiseta justa e estampada.


 


– “Ela é estilosa”. – pensou, afastando-se do muro para então recebê-la.


 


As duas se olharam e sorriram, não se aproximaram, pois não sabiam o que fazer. E então começaram a andar ao lado da outra.


 


– Você parece com sono. – Kirias comentou.


– Ah, eu moro longe do centro, eu demorei a chegar em casa.


– Que horas chegou?


– Umas seis horas da manhã.


– Cansativo. Eu soube que você tem dois empregos.


– Ah, sim. Eu trabalho como telemarketing depois do barzinho.


– Que horas você entra?


– Eu trabalho de segunda a sexta de telemarketing e entro às dez horas da manhã.


– Nossa, então nem dá para você descansar. Cansativo demais.


– Sim, mas eu preciso. E você trabalha?


– Não, eu estou somente estudando.


– E o que você estuda, Kirias?


– Medicina.


– Sério!? Eu acho isso bem interessante, apesar de achar que deve ser muito difícil.


 


E a dupla continuou a conversar. Elas sentaram numa das mesas da praça de alimentação, e ali ficaram durante um longo tempo, trocando informações, descobrindo coisas em comum, divertindo-se com a história da outra. Inicialmente ouvir a opinião de Kirias sobre o mundo e as relações com a sociedade chocaram Selena, mas ela acabou por relevar aquele lado exótico da loura de moicano e dar mais atenção a outros assuntos.


 


– Não vamos ao cinema? – Selena indagou.


 


Kirias concordou com a cabeça e se levantou. Na bilheteria elas ficaram olhando para as opções e nesse instante tiveram um grande choque de gostos pessoais. Enquanto Kirias queria assistir ao filme sobre a morte de um poeta russo, Selena queria ver um filme de vampiros.


 


– Eu acho esses filmes idiotas, mas tudo bem, eu vou vê-lo por você. – Kirias falou, virando-se de costas para entrar na filha do ingresso.


 


Selena ficou com os lábios ligeiramente abertos, surpresa com aquela resposta. Ela mesma não tinha vontade de assistir nenhum dos filmes em cartaz, mas não era por esse motivo que ia esculachar os gostos pessoais dos demais. Com um longo suspiro ela entrou na fila também, ficando com os braços cruzados. No guichê, a dupla pediu o que queria assistir e cada uma pagou o seu ingresso. Kirias até ia pagar o de ambas, mas quando viu Selena abrindo a sua bolsa, ela não disse nada.


 


– Vai começar daqui dez minutos. Quer comer pipoca? – Kirias indagou.


– Não, obrigada.


– Eu vou querer – disse, indo para o balcão, pedindo um pacote de pipoca e refrigerante.


 


A dupla entrou na sala que era espaçosa e bem acomodada. O cheiro de pipoca estava em todos os lugares, bem característico de uma sala de cinema. Selena sentou na última fileira, acomodando-se no banco macio. Kirias começou a comer sua pipoca, oferecendo para a moça que acabou por aceitar, mas não comia muito. Logo elas voltaram a conversar, quebrando um pouco do clima tenso que de repente pairou sobre elas. As luzes foram apagando e o som altíssimo começou sair das caixas de som. Selena se acomodou melhor na cadeira, relaxando sua nuca no encosto do banco, sentindo seu corpo suplicar por descanso. Ela só conseguia uma folga no domingo, pois às vezes tinha que trabalhar no sábado com seu segundo emprego. Kirias esticou seu braço e passou em volta dos ombros de Selena sem nenhuma cerimônia. Ela não ia ficar tentando se aproximar delicadamente, nem tampouco ficar suando frio pensando se beijava ou não a pessoa ao lado. Era óbvia a sua intenção para aquele convite, então não precisava fingir ser outra pessoa. Os comerciais começaram a passar e penduraram por alguns minutos até que o filme finalmente começou. Passou alguns minutos e Kirias bocejava, não agüentando mais ver sangue e vampiros correndo de um lado para o outro.


 


– “Isso me lembra aquela menina que começou a falar de vampiros Nosferatu para mim. Ela deveria gostar de ver esse filme”. – pensou de repente, distraindo-se por um segundo. – “Bertoli parece gostar, pois ela nem sequer pisca”.


 


 Kirias suspirou e se ajeitou na poltrona, remexendo-se a todo instante até que olhou para a divisória de metal que estava separando-a do outro banco. Ela forçou a barra para cima, levantando-a lentamente, vendo que agora podia ter mais espaço livre e facilidade em tocar a outra.


 


– “Droga. Será que ela vai mesmo querer ver essa bosta de filme e nem me dar atenção? Eu não acredito!” – pensava com revolta, vendo que Selena nem sequer a olhava.


 


E cansada de tentar chamar a atenção da outra, Kirias puxou o seu rosto e lhe deu um beijo cálido na bochecha. Agora os orbes azulados de Selena a encaravam, dando toda sua atenção. Kirias se manteve séria e beijou aqueles lábios que estava louca para provar e aquela foi sua perdição. O gosto de Selena era maravilhoso. E agora que se aproximou, ela sentia o cheiro forte de seu perfume, que parecia enfeitiçá-la. O beijo era intenso, elas moviam suas cabeças de um lado para o outro, tentando não fazer barulho. A mão de Kirias parou na nuca, puxando os fios louros, sentindo um forte desejo de ir mais fundo, mas por razões óbvias tinha que se contentar em apenas beijá-la. Elas se separaram um pouco ofegantes. Selena passou a mão pela boca, limpando a umidade, enquanto Kirias lambia seus lábios. Bertoli olhou para frente, pensando que poderia voltar a assistir ao filme, mas teve uma ligeira surpresa ao sentir a mão de Kirias na sua barriga, apertando suas gordurinhas, beliscando sua pele. Em pouco tempo, Selena se encontrava com a cabeça deitada nas pernas de Kirias que lhe beijava a boca, inclinando todo seu tronco para baixo. Ninguém poderia vê-las e o cinema estava vazio, e também o filme era de terror, sendo assim havia muitos gritos e cenas de impacto que chamava a atenção do público. No final, havia sido uma escolha perfeita.


 


– “Ela é completamente passiva... Assim que eu gosto!” – refletiu por um segundo, adorando sentir as mãos de Selena passando pelo seus seios.


 


A mão de Kirias estava comportada, ficando parada na barriga de Selena, que não era durinha e definida como a dela. Ela não tinha músculos, mas era magro, todavia não era seco e esticada, mas tinha algumas sobras nos quadris que levava Kirias ao delírio. Afinal, que graça tinha uma pessoa ossuda e dura?


Todavia a paciência de Kirias não era algo de se admirar. Logo ela começou a descer sua mão até o umbigo, ficando ali poucos segundos antes de enfiá-la dentro da calça de pano que permitia ela se mover facilmente, diferente do jeans que seria bem mais complicado.


 


– Kirias... – Selena a chamou num sussurro.


– Relaxa.


– Aqui não.


– Então vamos para outro lugar.


– Vamos com calma.


 


Kirias bufou. Ela deixou que Selena se levantasse e ajeitasse suas roupas amassadas.


 


– Já se ajeitou?


– Sim, obrigada.


– Então vamos!


– Está falando sério?


 


Com um olhar impaciente, Kirias fechou sua mão no pulso da garota à frente e começou a arrastá-la para fora daquela sala. Quando saíram, elas foram até o banheiro e ali Selena se olhou no espelho, vendo como estava vermelha e descabelada, ela passou água por seu rosto, esperando Kirias que foi numa das cabines.


 


– Você está de carro? Eu nem perguntei isso. – Kirias perguntou, enquanto lavava suas mãos.


– Eu não tenho carro.


– Ótimo! Então vamos.


 


Selena estava sendo praticamente arrastada para o estacionamento do shopping. E já no carro de Kirias, elas estavam andando pela cidade, enfrentando o pouco trânsito de domingo.


 


– Quer ir a algum lugar especial? – Kirias indagou.


– Deixo a sua escolha, desde que não seja caro.


 


Kirias concordou com um leve aceno e continuou dirigindo, voltando a falar com sua paquera, que lhe sorria e dizia algumas coisas engraçadas. O clima voltou a ficar mais leve entre o casal. Em pouco tempo Kirias estava estacionando seu carro num motel que ela gostava de freqüentar. No final ela acabou pagando, pois não queria compartilhar com Selena. O casal entrou no quarto. Selena olhou para o lugar com surpresa, ela nunca havia ido num motel tão chique e nem queria saber o preço que Kirias pagou, pois seus cabelos se arrepiariam. Ela foi até a suíte e viu a imensa banheira.


 


– Vamos tomar um banho? – Kirias indagou, abraçando-a por trás, enquanto beijava sua nuca.


– Você é uma mulher bem rápiada, Kirias.


– Eu só vou atrás do que eu quero.


 


Kirias se desvencilhou do abraço e foi até a banheira, enchendo-a e colocando alguns sais de banho, enquanto Selena começava a retirar a suas roupas e nesse instante a loura de moicano teve que parar para observá-la, mas logo deu atenção ao seu corpo, retirando suas roupas em poucos segundos. Elas entraram na banheira, relaxando com a água quente e o cheiro forte de rosas.


 


– Eu poderia ficar aqui o dia inteiro – Selena murmurou.


– É realmente bom, mas logo vou jogá-la naquela cama.


– Direta como sempre!


 


Kirias riu com o comentário e se aproximou, voltando a puxar aqueles lábios contra o seu e agora o beijava sem nenhuma preocupação. As mãos de Selena resvalavam por seu corpo, passando por cada pedaço, até chegar numa das nádegas de Kirias, apertando-a com ligeira força. A banheira começava a ficar cheia de espuma, pois o casal não parava de se mexer. Em certo momento, Kirias a puxou para que ela se sentasse de frente para ela, assim tinha mais acesso ao seu corpo enquanto continuava a beijá-la. Nesse instante suas mãos pararam nas duas nádegas, apertando-as, depois um dos dedos deslizaram por sua intimidade, pressionando lentamente a ponta do dedo, mas não avançava. Os braços de Selena estavam em volta do seu pescoço, enquanto devorava a boca de Kirias, sentindo como o beijo se encaixava perfeitamente. Todavia não conseguia esquecer aquele dedo que ameaçava a penetrá-la, aquilo a provocava e a deixava ansiosa. Kirias continuava a acariciá-la, ela, estimulando-a com facilidade por causa da água e o sabão, sendo assim deslizava os dedos sem nenhum problema por toda sua extensão. E seguindo o exemplo de Kirias, Selena desceu sua mão até a bc*ta sentindo o quanto ela estava excitada também.


 


– Hum... Você é tão gostosa, Kirias. – Selena comentou de um jeito safado próximo a sua orelha.


 


Aquela frase atiçou todas as feras adormecidas dentro de Kirias, que mordeu seu próprio lábio, ferindo-se um pouco, sentindo prazer. Selena dava atenção à orelha de Kirios, lambendo e beijando a região, às vezes mordia levemente sua cartilagem para voltar a enfiar a língua. Num impulso Kirias se levantou, puxando Selena pelo braço. Elas pisaram no chão frio do banheiro e foram até as toalhas que estavam fechadas em pacotes plásticos. Kirias secou seu corpo rapidamente, ansiosa por ter aquela mulher que estava lhe deixando louca, enquanto Selena estava demorando um pouco, pois seus cabelos eram longos e absorviam muita água. Kirias a abraçou por trás e começou a guiá-la ao quarto, indo diretamente para a cama, empurrando-a para frente. Selena caiu de bruços e antes que pudesse se virar, Kirias já estava em cima dela, esfregando sua bc*ta nas suas nádegas.


 


– Não vai deixar eu me virar, Kirias? – indagou numa voz baixa e rouca.


– Não.


 


Selena sorriu, ela relaxou todos seus músculos, como se estivesse se preparando para dormir, deixando que Kirias fizesse o que quisesse com seu corpo, mas se ela pensava que poderia descansar, ela se enganou quando sentiu um tapa forte contra sua nádega, seguida de uma mordida ligeiramente forte no seu ombro.


 


– Fica de quatro para mim. – pediu num tom autoritário, voltando a dar um tabefe numa das nádegas.


 


Para a felicidade de Kirias, a sua amante era bastante obediente e parecia gostar da situação. Logo ela ficou com os joelhos apoiados no colchão macio, deixando os braços esticados. Selena olhou para trás e sorriu, passando a língua por seus lábios de um jeito bem safado, que acabou por tirar Kirias de toda sua concentração.


 


– “Ela é perfeita!” – Kirias pensou por um segundo, adorando saber que ela era submissa, passível e ainda safada. Sem contar que era linda, charmosa e interessante.


 


Seus dedos apertaram levemente as nádegas que logo chegou na intimidade de Selena introduzindo dois dedos, o quadril de Kirias deu um tranco para frente. Selena gemeu, fechando os dedos nos lençóis rosados, fechando suas pálpebras com força.


 


– Ah! Kirias!


 


Aos poucos Kirias voltou a se mexer, inserindo seus dedos até o seu final, ouvindo o gemido longo e profundo, ela puxou os cabelos louros de Bertoli como se fosse sua rédea. As costas de Selena estavam úmidas pelo banho recente e pelo suor, Kirias deslizou sua outra mão por seu dorso, deixando sua unha marcar aquela pele. Ela sentia o corpo menor tremer levemente e aquilo era uma sensação maravilhosa, por saber que tinha alguém tremendo de prazer nas suas mãos por sua causa, sem que reclamasse, aceitando tudo que impunha. As duas começaram a se mexer, Selena movia seu corpo de encontro àquele que lhe possuía tão bem. Ela sentia todo o prazer que queria enquanto os braços fortes a seguravam. Bertoli gostava daquilo, ela queria uma mulher forte para lhe proteger, para lhe abraçar e então se sentir segura.


 


– Ah... Ah! Kirias... Assim mesmo.


– Quer mais forte?


– Como quiser!


 


A cama começou a se mover junto dessa vez, batendo a cabeceira contra a parede, fazendo um barulho alto. Selena gemia alto, bem mais alto que o comum, às vezes dizia o quanto aquilo estava gostoso e pedia para Kirias não parar. Quanto a loura, essa estava desnorteado com a sua amante, felicíssima em saber que havia encontrado uma parceiro ideal. Num instante Kirias tirou seus dedos e puxou Selena pelo ombro, fazendo-a deitar-se de barriga para cima. Ela tinha que ver as expressões daquela mulher, pois não estava agüentando ouvir seus gemidos e nem sequer olhá-la.


 


– Mudou de idéia? – indagou, enquanto passava a língua pelos lábios, umedecendo-os.


– Como pode ver – sorriu. – Onde paramos?


– Você estava metendo bem fundo...


– Ah, claro! – murmurou, sentindo seus cabelos se arrepiarem com aquela resposta.


 


A penetração voltou ao ritmo de antes. Kirias havia colocado as pernas em cima de seus joelhos e agora tinha a visão daquele rosto maravilhoso que se contorcia a todo instante em prazer. Selena começou a massegear seu clítores, redobrando as sensações, todavia se assustou quando a mão de Kirias se fechou na sua, apertando-a, como se impedisse que ela gozasse. Um sorriso sádico ficou estampado nos lábios de Kirias. Selena ficou com as duas mãos jogadas no colchão, sentindo aqueles dedos que lhe penetrava com força e a  outra mão foi até seu clítores, apertando lhe causando dor. Parecia que não ia conseguir gozar.


 


– Está bom? – Kirias indagou.


– Ah... assim não!


– Não, porque... assim é mais gostoso!


 


Um frio correu pela espinha de Selena. Ele sentiu uma estocada mais forte e poderia gozar, mas estava impossibilitada, então acabou gritando, sentindo dor. E nas estocadas seguintes foi à mesma reação, ela sentia seu clítores latejar e aos poucos se contorcia na cama, até que levou a mão até o pulso de Kirias, tentando afastá-la.


 


– Fica quieta... – pediu num tom baixo, exibindo um olhar frio.


– Kirias...


– Eu vou te chupar. Agora fica quieta!


– Eu... não vou agüentar.


– Vai ser bom! – sorriu dessa vez, tranqüilizando Selena.


 


Kirias começou a chupar com intensidade, derramando sua saliva na sua extensão, sentindo Selena tremer levemente e voltar a soltar suspiros de prazer. A loura enfiou um dedo novamente e começou a movê-lo no seu interior que estava bem mais relaxado.


 


– Seus gemidos são adoráveis – comentou.


 


E dessa vez ninguém podia impedir que Selena tivesse seu prazer. Ela gozou como nunca em sua vida, sorrindo enquanto seu corpo relaxava, adorando a textura daquela língua que lhe acariciava. Kirias havia sido sádico, mas foi recompensando. Após se recuperar, Selena jogou Kirias de costas na cama e a beijou, sua língua entrou como um furacão tirando qualquer vestígio de sanidade, seus lábios carnudos foram até seu pescoço, descendo até seus seios os chupando com sofreguidão dando total atenção eles, logo foram até seu umbigo deixando um rastro de saliva. A bc*ta de Kirias parecia latejar, implorando por alívio. Aquela dor, aliada ao prazer fazia ela ir até o nirvana.  A boca de Selena invadiu todo aquele sexo molhado, lambeu, chupou num ritmo acelerado, quando Kirias sentiu a aproximação de seu orgasmo ela sorriu, exibindo todos os seus dentes brancos e perfeitos, gozando no interior daquela boca que lhe sugava com tanto cuidado. Aos poucos ela se retirou ambas estavam derrotadas na cama. Elas ficaram deitadas durante alguns segundos em silêncio. Selena se sentou lentamente e se acomodou na cabeceira com alguns travesseiros, logo Kirias se aproximou, puxando-a para um beijo bem molhado.


 


– Que horas são? – Selena indagou.


 


Kirias se esticou até a cômoda e puxou seu celular, vendo que marcava quase sete horas da noite. Elas se assustaram com o horário, mas tinham que concordar que ficaram horas conversando, depois viram metade de um filme, logo ficaram rodando pela cidade e já estavam há um tempinho no motel.


 


– Eu preciso comer alguma coisa, me arrumar e ir para o barzinho.


– Você não disse que entra às dez horas?


– Sim, mas o barzinho não é tão perto daqui.


– Eu te levo, não se preocupe com isso.


– Não se incomode, Kirias.


 


A loura não gostou daquela frase. Como assim não se incomodar? Elas não haviam tido um encontro maravilhoso? Então não havia problema em prolongar um pouco mais daquele final de tarde.


 


– Quer comer aqui?


– Deixe-me ver o cardápio.


 


Kirias puxou o cardápio, ela abriu a pasta e o casal começou a olhar para os itens. Para Selena aqueles pratos estavam caros demais, sem contar que a comida de motel não tinha muita sustância.


 


– Vai querer algo?


– Não, eu achei caro demais e não conheço metade do que está escrito.


– Nunca comeu essas coisas?


– Não, nunca tive oportunidade. – comentou, enquanto se levantava e começava a se vestir.


 


Kirias jogou o cardápio na cama e também se vestiu. Elas saíram do motel e logo estavam nas ruas novamente.


 


– Quantas horas você dorme por dia? – Kirias indagou de repente, enquanto parava seu carro no farol.


– Umas quatro horas mais ou menos.


– Pouco tempo. O seu rendimento deve ser péssimo.


– Obrigado pela sinceridade! – comentou com cinismo, rindo baixinho. – Minha rotina é a seguinte. Das dez as cinco da manhã eu fico no barzinho. Eu chego em casa umas seis e meia, tomo um banho e vou para meu segundo serviço. Eu tenho um almoço de quinze minutos e saiu por volta das quatro horas da tarde.


– Você gostaria de estudar?


– Ah! Falando em estudo, eu tenho um curso de barman que eu faço às sete horas. O bom é que é do lado da minha casa.


– Então você não dorme quase nada! – falou com surpresa.


– O curso dura um mês, eu vou agüentar. – falou, enquanto passava a mão por suas têmporas, massageando-as.


– Algum problema?


– Um pouco de dor de cabeça. Mas é normal.


– Isso é pela falta de sono. Você sabe que isso vai te trazer sérios problemas de saúde no futuro, não é?


– Está preocupada?


– Claro, aliás, eu quero repetir esse dia. – sorriu para Selena que ficou um pouco surpresa, mas acabou lhe sorrindo também, concordando.


– Kirias, eu não tenho família, não tenho ajuda de ninguém. Eu tenho que trabalhar para ser alguém nesse mundo.


– Não é fácil, mas eu não sei como você realmente se sente, pois eu sempre tive tudo que quis pelos meus pais.


– Sorte a sua.


– Sou bastante mimada. Eu admiro que você faça tudo isso, ao invés de ficar sentada lamentando, você vai atrás do que quer.


– Sim, tem razão, eu poderia ficar apenas com um emprego e ter uma vida ainda mais medíocre.


– Mas você está ganhando mais no barzinho agora, não é?


– Não muito, pois eu não tenho experiência e Amín está descontando o curso do meu salário.


 


Kirias não acreditou quando ouviu aquilo. Então Selena estava trabalhando de graça?


 


– Quanto custa esse curso?


– Ele dura apenas um mês. São três mil.


– Bem caro. Então ela vai descontar do seu salário? E vai ficar sem receber salário por quanto tempo?


– Três meses.


 


Kirios quase brecou o carro quando ouviu aquilo. Ela lançou um olhar incrédulo para a garota ao seu lado que se encolheu um pouco no banco.


 


– E você tem que pagar a sua condução para ir trabalhar durante três meses sem ganhar nada?


– Ela foi gentil comigo, Kirias. Ela poderia não me contratar.


– Mas que tipo de amiga é essa que faz a outra trabalhar de graça? Está certo que o curso é caro, mas você está aprendendo para fazer drinks ainda melhores para aumentar a freguesia dela. Então ela está fazendo um investimento em você, não está te fazendo nenhum favor.


– Eu... eu não pensei muito dessa forma.


– Você foi burra.


– Não fale assim, Kirias. Nem sempre tenho oportunidade de sair desse ramo de telemarketing que eu odeio.


– Vocês são amigas faz muito tempo?


– Não, não. Nos conhecemos há pouco tempo. – falou – E como vocês se conhecem?


 


Kirias suspirou e explicou que estudaram juntas em um colégio interno e que sua irmã mais nova se relacionava com Haziel.


 


– Alexia é sua irmã!?


– Sim, por quê?


– Não sabia! – exclamou com surpresa. – Vocês não se parecem. Bom, ela tem cabelos escuros e...


– Ela pintou aquele cabelo.


– Pintou? Nunca vi uma pessoa loura pintando o cabelo de preto.


– Minha irmã enlouqueceu ao namorar aquela merda.


 


Selena achou melhor mudar de assunto quando o tom de voz de Kirias começou a ficar mais irritado.


 


– Quer comer aonde?


– Lugar barato e que sustente, pois vou ficar sem comer até as cinco da manhã.


 


Kirias estacionou o carro num restaurante que ela freqüentava, sabendo que ali seria um lugar perfeito para Selena provar novas coisas.


 


– Esse lugar parece ser caro.


– Eu te convidei para sair e eu pago seu jantar.


– Não aceito isso.


– Não me diga que é aquelas pessoas super orgulhosas que não aceitam nada dos outros, por sempre acharem que temos penas de vocês? Acorda! O mundo não gira ao seu redor. – Falou com irritação.


– Você deveria ser mais delicada com as palavras, Kirias.


– Eu sou assim, sempre fui. Agora vamos entrar, pois eu estou ficando com fome.


 


Selena sentiu vontade de ir embora, mas quando viu que não fazia idéia de que bairro estava, ela acabou por seguir Kirias. O casal se sentou numa mesa próxima à janela e começou a conversar com menos agressividade, voltando ao clima ameno de antes. Kirias acabou escolhendo os pratos que vieram minutos depois. Assim o casal saboreou a comida que era divina e Selena teve novas experiências. E mal ela sabia que com aquela loura ela viveria experiências bastante inusitadas também.


 


 


OoO


 


 


Continua...



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38

    Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.

  • ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27

    kd vc? volta apostar please

  • cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55

    adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)

  • cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20

    O Capitulo ta bugado Ç.Ç

  • anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48

    Deu bug no cap

  • rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12

    E essa fic aqui, como fica??

  • rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29

    cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!

  • luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20

    Postaaa maiss...

  • rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03

    POSTA MAIS!!!!!

  • maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19

    posta mais.....bjaum lu


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