Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon
Um Dia de Sol
”Depois de algum tempo você aprende a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma (...) E você começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. ”
(Shakespeare)
Carei estava jogada no sofá da sala, olhando para o nada, sentindo o tédio lhe seduzir até que ficasse completamente incapaz de exercer qualquer função, logo seria dada o nome de preguiça ao seu comportamento e tudo isso por causa do calor intenso. A loirinha olhou para o lado, vendo sua querida amante sentada na poltrona, com seu inseparável roupão, enquanto digitava velozmente na frente do laptop.
– “Quando ela vai largar isso?” – indagou no seu pensamento, enquanto suspirava. Não era bem o calor que estava lhe deixando sem vontade de fazer nada, mas sim sua namorada que vivia exclusivamente para o mundo da literatura.
Por um momento pensava em como poderia competir com as letras do alfabeto? Elas eram tão redondinhas e perfeitas, todas enfileiradas no meio das páginas brancas, e Viviane vivia observando-as e preenchendo. Outro suspiro, ela se sentou num impulso e se ergueu, indo até as costas de sua namorada, abraçando seus ombros largos e magros, enquanto afundava suas narinas nos cabelos úmidos.
– Carei, eu tenho que terminar isso. – falou num tom sério e autoritário, mas que no fundo tinha um pouco de simpatia, mas nada que pudesse fazer Carei sorrir e concordar tranqüilamente. Afinal ela estava sendo rejeitada, talvez fosse melhor deixar de ser tão grudenta.
– Eu vou para casa.
– Tudo bem, eu te ligo depois. – respondeu, parando por digitar por alguns segundos para puxar o rosto da menor e assim lhe dar um selo rápido nos lábios. – Tranque a porta quando sair. – Falou por último, recebendo um sorriso amarelo da loirinha.
Carei saiu meio cambaleante até a cozinha, onde pegou sua bolsa em cima da mesa e a chave da casa, antes de sair ela se despediu e saiu. Já na rua, andando pela calçada esburacada, o vento quente daquela manhã de domingo estava lhe deixando cada vez mais irritada. Por que será que o verão tinha que existir? Às vezes pensava com irritação, enquanto passava a mão pela testa constantemente suada, sentindo as roupas grudarem na sua pele.
– “Nem para ela me levar em casa!” – reclamou para ela mesma, sentindo uma pontada no peito. – “Agora vou ter que procurar um táxi nesse calor infernal”.
Mas uma coisa que Carei não sabia era que ela tinha uma péssima mania de achar que os outros tinham que fazer as coisas por ela, quando ela poderia tentar amadurecer e tentar as coisas sozinha. Afinal, Viviane queria levá-la para casa no sábado à noite, mas ela insistiu que queria ficar na casa da jovem escritora, e isso acontecia todos os finais de semana, isso quando não ficava a semana toda na casa da namorada, indo para a faculdade e voltando para a mesma. E quando finalmente encontrou o táxi, este já estava ocupado por um cliente. Pelo jeito aquele não era seu dia, ela suspirou mais uma vez e pensou em todos os palavrões que conhecia para se sentar no banco de madeira no ponto de táxi, esperando que algum aparecesse.
– “Tanta gente reclamando por falta de emprego, e falta muitos táxis”.– Pensou mais uma vez com irritação. – “Ah, a não ser que eu vá de ônibus. Mas ir de pé durante algumas horas não vai ser legal, sem contar que o povo do ônibus não é nada simpático e deve estar cheirando a suor... ah! O jeito é esperar!”.
A narração da péssima manhã de Carei poderia ser extensa, buscar muitas páginas, mas isso só se tornaria redundante, sendo que de fato ela ia para o apartamento que dividia com as meninas e ali ficaria se torturando mentalmente com as incertezas de seu relacionamento.
Será que Viviane ainda gostava dela?
Preferia acreditar que sim, pois estava apaixonada. Talvez... mais do que gostaria. Já no prédio de tijolos alaranjados. Carei encontrou Any jogada no chão da sala com Leona, ambas estavam jogando baralho, enquanto o vento produzido pelo o ventilador as refrescava. O humor de Carei não era nada agradável e ver Any naquele momento não era uma boa idéia. Anahi a fazia lembrar de Viviane, que a fazia lembrar que ambas eram namoradas no passado, que faz lembrar que Viviane está sendo fria e que possivelmente pode não gostar mais dela e que por fim... – se é que esse pensamento tinha alguma lógica – Viviane ainda poderia gostar de Anahi.
– Carei! Você parece estar acabada. Está tudo bem? – Any indagou com um sorriso simpático, logo Leona comentou alguma coisa de como ela estava vermelha e com uma cara mal humorada.
A loirinha apenas as cumprimentou e disse que tinha que tomar um banho para logo se afastar, trancando-se no banheiro, batendo a porta com força. O estrondo foi ouvido na sala, Leona e Anahi se entreolharam e começaram a comentar o ocorrido.
– Viviane não é fácil de se lidar – Any disse.
– Será que elas brigaram?
– Pela personalidade da Viviane, eu acho que um relacionamento com ela não tem lá muita briga, sabe? Ela é seca e cínica, então eu acho que Carei que é muito sensível deve ter se irritado com algo que ela fez ou disse.
– Hum... se você diz. Só espero que ela não venha descontar na gente, pois se eu fosse descontar minha raiva em vocês todas as vezes que brigo com Juliana, eu acho que já teria colocado fogo na casa. – comentou com um bom humor. – Falando nela, ela nem me ligou.
– Ela ficou brava com você no barzinho, não foi?
– Eu sei que estou sendo meio chata ultimamente, mas se eu amolecer, a Juliana vai cair em cima de mim como antes.
– Por que vocês não conseguem conviver cedendo aos poucos e tentando arrumar essa relação? Não vai dar certo você tentando forçar sua prima ser outra pessoa e ela tentando fazer você voltar ao que era. – comentou, enquanto arrumava o baralho para iniciarem uma nova partida.
Leona ficou um pouco pensativa, ela mesma já havia pensado nisso, mas nada melhor que uma pessoa de fora comentar para que as palavras tenham mais efeito. Talvez fosse necessário sair da defensiva, pois o relacionamento estava se deteriorando com o passar dos dias, ou melhor, com o passar das horas, pois elas eram suficientemente completas para que elas pudessem criar uma bela discussão para depois ficarem dias sem se verem. O celular de Leona tocou, nesse instante ela abriu um lindo sorriso. Era o toque que havia deixado exclusivamente para a sua prima, agora poderia falar com a sua ruiva e tentar ajeitar as coisas, pois se ela não estava feliz, com certeza Juliana não estaria também. Leona se ergueu num pulo e atendeu a chamada, enquanto andava pelo corredor até seu quarto.
– Leona, nós precisamos conversar. – falou Juliana, com uma voz séria através do aparelho. Era um tom que apenas Leona conhecia, afinal a ruiva dificilmente mostrava o seu lado mais sério e racional.
– Eu queria fazer isso também. Quando quer fazer isso?
– Eu vou passar na sua casa.
– Agora?
– Eu estou na rua, eu chego em uns quinze minutos.
– Ah, tudo... tudo bem.
– Até mais. – E dizendo isso desligou.
O coração da mais nova acelerou, ela se jogou na sua cama, com os braços abertos, pensando no motivo de sua prima querer conversar num domingo próximo ao almoço, num calor infernal, enquanto estava dirigindo pela cidade movimentada. Com certeza Juliana deveria ter tido uns cinco minutos de pensamentos magoados e irritado com sua pessoa e decidiu ligar e sair para conversar. No mais, Leona poderia acrescentar ao seu pensamento que sua prima não estava nada, nada feliz e que iriam brigar até chorarem. Agora o apartamento ficou mais silencioso. Carei estava trancada no banheiro, Leona em seu quarto e Any sozinha na sala assistindo televisão, pensando no que sua namorada poderia estar fazendo, pelo menos não estava brigadas. Alguns minutos e a campainha tocou e antes que Any atendesse ao interfone, Leona já estava saindo do apartamento, despedindo-se com um sorriso amarelo. Em poucos minutos ela já estava na rua, olhando para sua prima, que estava vermelha e suada por causa do calor.
– Chegou rápido. – comentou, enquanto entravam no carro.
– Eu estava comprando algo para minha mãe, e resolvi passar aqui. Está um calor infernal.
– “Ela está normal... acho que era impressão minha” – pensou com certo alívio, mas no fundo queria acreditar que ela estava no seu estado normal. Mesmo que Juliana fingisse estar normal na sua voz, Leona poderia sentir a aura irritada da sua prima.
Juliana começou a dirigir, acelerando nas ruas livres para buscar um pouco de ar fresco, mas logo desistiu e fechou todos os vidros para ficar com o ar condicionado do carro. Aos poucos o interior do veículo foi ficando frio.
– Já almoçou?
– Não, mas não estou com fome.
– Nem eu.
– Onde quer ir? – indagou a morena, enquanto passava a mão pelos seus cabelos.
– Não sei. O que você sugere?
Leona ficou pensando onde duas lésbicas poderiam ficar abraçadas sem que ninguém ficasse olhando torto num lindo e ensolarado dia de domingo, onde as tradicionais famílias saíam para ter seu momento de lazer? Não era tão fácil como um casal heterossexual, não era fácil escolher um restaurante, ou uma praça, ou um shopping, sendo que os lugares onde os gays costumavam a freqüentar eram os barzinhos noturnos. Claro que havia lugares que elas freqüentavam no dia de sol, mas eram poucos e elas geralmente não se tocavam também.
– Na sua casa? – Leona sugeriu.
– Minha irmã está lá e ela vai ficar nos enchendo o saco.
– Mas e o apartamento?
– Kirias está lá. Ela vai nos encher o saco também.
– Verdade... Bom, poderíamos ir ao alto daquela ladeira, onde podemos ver parte da cidade.
– Não tem uma árvore lá, vamos fritar. Eu estou mal humorada com esse calor. – falou e bufou.
– Desisto Juliana. Pare o carro naquele café e vamos sentar numa das mesas.
– Você conhece aquele lugar? – indagou, olhando para a fachada do mesmo.
– Não, mas é um lugar.
Juliana concordou com a cabeça e estacionou no primeiro estacionamento que encontrou, procurando abrigar seu carro numa sombra. Quando saíram do carro, o mormaço do verão os atingiu, elas abaixaram a cabeça e entraram rapidamente no café que estava abafado também.
– Ótima escolha, Leona! – Juliana falou, sentando-se, enquanto se abanava com o cardápio de papel.
– Você não discordou quando eu sugeri esse lugar.
Logo uma garçonete veio lhes atender, ambos pediram um suco e a moça se afastou para que pudessem ter o momento de paz que tanto queriam.
– Sobre o que quer falar?
– Sobre nós.
– Eu imaginei. Então comece, Juliana.
– Temos que dar um fim nisso.
– Fim no que? – indagou, sentindo coração se espetar com aquelas palavras. A palavra “fim”, “término” e “encerramento”, não poderiam ser pronunciadas naquela conversa ou então teria um infarto.
– Nosso relacionamento está uma droga! Sempre que nos vemos, acabamos brigando. Eu sei que brigávamos antes, mas dessa vez está sendo excessivo, até pensei que íamos terminar semana passada. – começou a falar baixinho, olhando no fundo dos olhos de sua prima. Ela não gritava, não alterava sua voz, dizia o que pensava tranqüilamente, pois teve muito tempo para ensaiar aquele discurso.
– E o que quer fazer?
– Acho que você poderia falar um pouco.
– Eu concordo com você. Nós estamos cada vez mais distantes da outra, eu não gosto disso. – comentou com certo pesar, enquanto brincava com uma folha de guardanapo, não conseguindo encarar sua prima nos olhos.
– Nós duas concordamos, mas isso não resolve nada. Nós temos que mudar algumas coisas, Leona.
A morena ergueu a cabeça nesse instante, com os olhos estreitos, dando bastante atenção no que sua prima acabou de dizer. Sim, elas precisavam mudar algumas coisas e esse seria o momento de dizer o que e o porquê.
– Não quero mais que veja aquele garoto. – falou.
– Não quero mais que fique mandando em mim como se fosse criança. – replicou.
– Não quero mais que você fique jogando o que sua psicóloga diz em mim.
– Não quero que você me bata.
– Não quero que você fique falando o que eu fiz no passado a todo tempo sendo que eu estou diferente e já pedi desculpas por tudo e você disse ter me perdoado.
– Eu quero que você controle seu ciúme. – Leona disse por final.
E elas pararam de falar, ficando a se encarar por alguns minutos, pensando no que cada uma havia dito. Talvez a conversa delas não fosse tão ruim, ou talvez fosse apenas o começo da mesma. A garçonete chegou com os sucos, interrompendo o clima tenso. As primas esperaram que ela se afastasse para se encararem novamente.
– Acha que pode fazer isso? – Juliana indagou.
– Acho que sim, e você pode fazer o que eu te peço?
– Eu já cortei metade do que você pediu. Eu estou menos ciumenta, aliás, ciúme eu sempre vou sentir, mas eu não o demonstro como antes. Também não bato em você.
Leona ergueu uma sobrancelha e Juliana voltou a falar:
– Não como antes. Mas você me irrita também, e eu...
– E você me bate.
– Às vezes...
– E você gostaria de namorar uma pessoa que fosse mais forte que você e ficasse te batendo?
Juliana sorriu divertida com aquela pergunta. Ela nunca havia pensado nisso, talvez até pudesse ser interessante, pelo fato de que ela gostava de competição. Mas Leona não sabia que sua prima já teve vários relacionamentos perturbadores no Saint Rosre.
– Prefiro que você nem responda isso! – Leona falou, temendo que sua prima respondesse com afirmação.
– Leona, eu só quero ser como antes. Eu estou infeliz, eu acordo todos os dias e não sei se nesse dia vamos terminar.
– Eu também penso nisso.
– Se nós tememos isso, eu acho melhor tentarmos arrumar o quanto antes. – falou e deu atenção ao seu suco, bebendo quase todo o conteúdo num único gole. – Ah, que suco horrível.
– Muito ruim? – indagou, pegando seu copo, olhando para o conteúdo. Ela deu um gole e franziu o cenho, sentindo o gosto ruim da polpa de fruta. – Horrível, eu pensei que fosse natural.
– Por que pensou isso?
– Por que o nome do lugar é... Casa das Frutas e Pães. Como eu ia imaginar isso?
Juliana riu baixinho, ela se levantou e foi até o caixa pagar, não demorou a sair do lugar, onde sua prima já estava na calçada.
– Amanhã eu tenho uma prova chata na faculdade. – comentou.
– Então vá estudar.
– Como vou poder estudar depois de uma conversa com final feliz com você? – indagou com um sorriso animador, sentindo o humor voltar para dentro de seu espírito. Agora até mesmo o sol que irradiava no céu lhe agradava. – Está um dia tão bonito também, não consigo ficar presa em casa.
– Que mudança de humor, Juliana. – riu baixinho, passando a mão pelas costas de sua prima, enquanto andavam de volta ao estacionamento.
Obviamente ninguém mudava do dia para noite, mas tentar mudar era o primeiro passado para aquele casal tão problemático. Mas por hora estavam felizes, talvez fosse necessário mostrar que o relacionamento estava acabando para elas tentarem resgatá-lo e assim continuarem com ele com mais perseverança e principalmente amor.
OoO
Uma semana se passou desde então.
Anahi estava andando por uma galeria que se encontrava num bairro nobre, um lugar freqüentado pela alta sociedade, procurando algum presente para sua namorada, para parabenizá-la pelo o prêmio que ela havia recebido de um grande festival que premiava atores de seriados de televisão. E não é que sua namorada havia ganhado como a revelação do ano?
Os produtos expostos nas lojas chamavam sua atenção, mas nada parecia lhe agradar por completo. Parecia que nada chegava aos pés de sua namorada, por um momento parou numa loja de bebidas e um sorriso desenhou-se nos seus lábios. Assim que passou a porta de vidro, um homem muito bem vestido veio lhe atender.
– A senhora deseja algo em especial?
– Uma garrafa de Green Label, por favor.
Em menos de cinco minutos Any já estava no caixa pagando por seu presente. Ela saiu com um sorriso animado, pois tinha a certeza que Dulce ia amar o presente e que ambas beberiam juntas e talvez pudessem comemorar de um jeito mais sensual. As lojas não eram muito extensas naquele lugar, pois havia mais vasos de plantas que qualquer outro lugar daquele país inteiro. O chão de pedras cinzas e lixadas dava um ar mais rústico, como se os clientes estivessem passando pelo jardim. Havia pessoas muito elegantes e bem vestidas no local, mas também havia aqueles com menos poder aquisitivo que só vieram para olhar e conhecer. À frente de Any havia um pequeno café, onde suas mesas foram deixadas a alguns metros de distância da porta principal. Por um momento Any pensou em sentar-se para provar uma das iguarias do cardápio, mas seu sexto sentido pareceu lhe alertar para alguma coisa. Ela moveu sua cabeça, observando o lugar que estava e para sua surpresa encontrou aquela que estava nos seus pensamentos.
Novamente havia encontrado sua namorada num lugar um pouco incomum, ou talvez comum demais, mas o fato era que Dulce não freqüentava mais esse tipo de lugar com Anahi pela desculpa de não querer ser incomodada pelos fãs e paparazzis. Todavia por que Dulce podia ir com outras pessoas? Talvez essa não fosse o problema maior, mas sim o fato de ela estar novamente com Erica, sua ex-namorada. E dessa vez ela não seria comportada. Definitivamente não podia aceitar aquele tipo de situação, Anahi acelerou o seu passo, almejando pegar Dulce pelo colarinho e jogá-la contra a parede, indagando o motivo de estar novamente com outra pessoa. Será que ela não merecia um telefonema? Sua vida era tão ocupada que nada mais importava?
– Dulce! – a chamou com uma voz alta, chamando a atenção de sua namorada assim como a de Erica que abriu um sorriso simpático para Anahi, acenando para ela.
Ao longe o olhar de Anahi já dizia para Dulce que ela não estava para brincadeira e quando ela se aproximou por completo, ela evidenciou sua certeza.
– O que está fazendo aqui? – Anahi indagou diretamente, sem olhar para Erica, ignorando seu cumprimento.
– Eu estava andando. – respondeu secamente. – Por quê?
– Por quê? Porque eu nunca sei onde você está desde que começou a trabalhar nisso!
– Eu também não sei onde você está o tempo todo, Any. E não vou brigar com você, quando te achar num shopping.
– Ah, claro. E será que você não se esqueceu de ligar para mim nenhum dia desses?
– Domingo saímos, hoje é terça-feira ainda, Any! Quer que eu te ligue para avisar aonde eu vou? Nunca tivemos isso!
– Ah, claro, você é um amor de namorada, super compreensível.
– Eu não ajo mais como agia. Você sabe disso.
– Só não age mais daquele jeito, pois não tem mais tempo e tem... outras companhias também. – disse com um sorriso cínico, olhando diretamente para Erica que parecia desconfortável com a situação.
– Anahi, a Dulce e eu não temos nada, nós somos amigas e só estávamos andando para...
– Certo, não precisa falar nada. – disse, interrompendo-a.
– Nós estamos aqui para comprar um presente para a irmã dela. – Dulce disse.- Você pode ser mais discreta? As pessoas estão começando a olhar.
Dulce preocupada com as aparências? Aquilo era a maior mudança de personalidade que a ruiva havia revelado para todos.
– E se eu não for discreta? – indagou, erguendo o seu queixo numa provocação.
– Any, não seja infantil. Eu acho melhor conversarmos outra hora.
– Outra hora?
– Eu estou ocupada agora, depois tenho uma reunião.
– Ocupada?
Anahi estendeu a sacola que estava carregando para Dulce que com hesitação resolveu pegar, olhando para o conteúdo.
– Seu presente. – Anahi disse.
– Estava comprando algo para mim? Obrigada. – sorriu.
– Por que não dá isso para o sua irmã, Erica? Então creio que não terá mais com o que se preocupar.
Erica estava tensa com aquela situação, ela puxou e olhou para o conteúdo da sacola e então balançou a cabeça negativamente.
– Eu acho melhor ir embora, desculpe-me Dulce – falou.
– Não, pode ficar. Você disse que precisava conversar depois do que aconteceu.
– Tudo bem, Dulce. Eu vou para casa agora.
Any não estava acreditando que estava sendo ignorada por sua namorada que insistia para Erica ficar em sua companhia, enquanto ela estava ali, plantada naquele lugar, tentando pedir mais atenção de Dulce.
– Dulce, eu não acredito que está fazendo isso.
– Erica perdeu uma pessoa importante recentemente, e eu quis levá-la para sair a fim de comprar algo para o irmã dela de aniversário. Mas você é egoísta demais para entender e já está pensando que eu estou fazendo algo errado.
Aquelas palavras foram como tapas e chutes contra Anahi. Ela olhou para Erica e depois para Dulce, com certo constrangimento. Todavia ela sentia-se no direito de exigir da ruiva explicações para ela continuar a se encontrar com aquela garota.
– Desculpe-me, então. Eu não sabia que havia motivos tão dignos para sair com minha namorada, Erica. – disse, olhando para a outra com o mesmo olhar cínico, apesar de haver alguma sinceridade nas suas palavras. – Mas eu sou uma pessoa desconfiada, então eu acabei me excedendo.
– Ah, tudo bem, Anahi. Eu acho que faria o mesmo, não se preocupe.
– Não vou mais me preocupar mesmo. Podem sair à vontade pelo tempo quiserem, pois não terá mais que se preocupar com minhas interrupções. – disse num sorriso ainda maior, sentindo seu coração bater cada vez mais forte.
Dulce arqueou uma sobrancelha, desconfiando daquelas palavras tão gentis. Any era cínica e vingativa quando queria. Diferentemente dela, Any agia friamente com as palavras e às vezes se mostrava incapaz de carregar qualquer sentimento caloroso, machucando os outros com palavras afiadas e bem calculadas.
– Dul, não precisa mais se preocupar em ficar me ligando. Ah! Desculpe, quero dizer, não precisa se preocupar com isso a partir de agora, afinal você não se importava antes mesmo.
– O que quer dizer com isso?
– O que você realmente está entendo. Nosso relacionamento está...
– Não vamos falar do nosso relacionamento agora! – Interrompeu-o num tom autoritário.
Anahi passou a mão por seus cabelos e balançou a cabeça negativamente.
– Não existe mais um relacionamento.
– Está terminando comigo!?
– Gente, por favor. Não seria melhor sentarem e conversarem? – Erica indagou, tentando amenizar o clima tenso.
– Não é necessário. Nós já terminamos faz tempo. Não concorda? Acho que isso só é uma confirmação, eu apenas estou tomando atitude de dar um fim digno a isso.
– Digno? Anahi, não seja idiota. Você está muito ciumenta ultimamente, desde que eu comecei com esse trabalho você começou a me criticar. Não me diga que está com inveja? – indagou com revolta. – Marco disse que teriam pessoas querendo me afundar, mas eu nunca pensei que você fosse uma delas.
– Ah, o Marco! Claro, ele tem razão, Dulce. Eu não te amo e estou aqui somente para acabar com sua carreira, pois eu morro de inveja e de ciúme de você. – disse cinicamente, - eu acho que não precisa ouvir mais nada, certo? Isso já está suficientemente terminado. A estrela está solteira agora.
Dulce deu alguns passos à frente e fechou sua mão no colarinho da camisa de Anahi, que apenas a observava com frieza. Ela se aproximou de seu ouvido, enquanto tremia, diante da raiva que a assolava.
– Pare de agir feito idiota. Eu não acredito que está fazendo todo esse drama, porque eu não te avisei que viria a um shopping estúpido!
– Isso foi acumulativo, Dul. Acho que você já fez muita coisa para me deixar nesse estado.
– Então não me ama mais?
– Talvez Marco tenha razão, talvez tenhamos que deixar as estrelas brilharem por si próprias e observá-las ao longe, pois não temos o direito de tocá-las com nossas mãos impuras. – comentou com tranqüilidade – Eu não posso mais tentar fingir que nada mudou entre nós.
Dulce ergueu a cabeça e olhou para os lados, procurando algum lugar que pudesse arrastar Any para conversar. A sua namorada parecia estar certa do que estava fazendo e aquilo lhe trazia um sentimento sombrio carregado de solidão.
– Erica, eu...
– Tudo bem, Dulce. Pode ir! – falou com um meio sorriso. – Vão conversar.
– Conversar? Sobre o que iríamos conversar, não temos mais nada a conversar.
– Você está terminando comigo e não quer conversar!?
– Tudo bem, então vamos falar que nós estamos dando um tempo. O que acha, Dulce?
Dulce se segurou para não estapear a face cínica de Anahi, ela apenas agarrou seu braço e começou a andar com passos apressados, puxando a loira sem nenhuma delicadeza.
– Vai querer me bater agora?
– Eu tenho vontade! – vociferou.
– O que a mídia diria se soubesse disso, não é mesmo?
– Anahi, você está sendo uma cretina.
– Sim, eu sou uma cretina. Por que ainda quer conversar? Ou então...
– O que?
– Apenas quer se vingar de mim por colocá-la numa situação desagradável com sua nova, ou melhor, antigo flerte.
Dulce fechou sua mão no braço de Anahi e começou a puxá-la com toda sua paciência, tendo certeza que seus dedos apertavam com firmeza sua pele, a fim de provocar alguma marca para tentar aliviar um pouco de sua raiva no corpo da outra. Anahi apenas se deixava levar com passos bem lentos e preguiçosos, sentindo que Dulce sempre lhe dava alguns trancos para ir mais rápido. Dulce se dirigiu para a escada rolante que levava até o estacionamento do shopping, logo ela poderia jogar Any no seu carro e sair dali. Todavia seu rosto estava descoberto e rapidamente foi identificado por um trio de garotas que correu na sua direção, gritando seu nome com exaltação, chamando a atenção das pessoas que passavam. Os dedos de Dulce relaxaram, indo para a camisa que Any estava usando, segurando levemente no tecido. As garotas então as cercaram, pedindo autógrafos para Dulce que pediu para elas fazerem silêncio, todavia o mal já havia sido feito, pois algumas pessoas curiosas se aproximavam.
– Acho melhor me soltar e atender os seus fãs.
– Cala a boca, Any – pediu num sussurro.
– Solte-me.
– Não vou te soltar.
Anahi deu um passo para o lado, fazendo sua camisa ser puxada por aqueles dedos trêmulos. Dulce começou a sentir dificuldade em dar um autografo com sua mão esquerda.
– Não está conseguindo escrever para essa garota. – Any disse em voz alta. – Você é destro, Dulce. Vamos, escreva com a mão direita.
Nesse momento as garotas suspiraram ao olhar para Anahi e Dulce deu um sorriso amarelo, soltando-a para assinar rapidamente no cartão que as garotas lhe entregavam. Dulce olhava de soslaio para sua namorada que estava em pé logo atrás.
– Pronto! – Dulce disse, olhando para as garotas que também queriam tirar foto com ela. – Não, eu tenho que ir agora.
Dulce olhou para trás e sentiu um frio correr a sua espinha ao ver Any se afastando com passos lentos e precisos, ela correu até a loira, voltando a segurar seu braço.
– Onde está indo?
– Para minha casa.
– Não íamos conversar? Any olhe para mim. Pare com isso! Você nunca fez isso antes, pare!
Anahi parou de andar, sentindo-se uma verdadeira tola por estar causando tantos problemas. Ela abaixou sua cabeça e passou a mão pelo seu rosto que estava ligeiramente quente, talvez estivesse com as maçãs do rosto vermelhas, pois seu sangue queimava por dentro em raiva e constrangimento.
– Perdão.
– Olhe para mim, Any. Por favor, pare com isso. Não é fácil para eu ouvir tanta coisa ruim vindo da sua boca.
– Eu só falei a verdade. – sussurrou.
– Só falou o que você acha que é verdade. Venha, vamos para o meu carro.
– Dul, eu...
Dulce suspirou e ergueu o queixo de sua namorada, aproximando-se perigosamente dos seus lábios, mas desviou a tempo de causar algum escândalo e abraçou a loira, desejando afundar suas narinas nos seus cabelos para sentir seu cheiro, mas se limitou em se afastar gentilmente, voltando a puxá-la pelo braço para o estacionamento e de lá, o casal conseguiu finalmente entrar no carro. Quando Any sentou, ela olhou para suas mãos, sentindo que faltava alguma coisa. Ela havia deixado o seu presente com Erica. Ela suspirou e olhou para Dulce que já ligava o carro, preparando-se para sair.
– Você não disse que tinha uma reunião agora?
– Sim.
– E você está pensando em faltar?
Dulce não respondeu, isso já era óbvio demais. Ela puxou o seu celular e o desligou, pois não queria nenhuma interrupção. Logo saiu do estacionamento, fechando os vidros que estavam escuros demais para que qualquer pessoa a reconhecesse do lado de fora. Já nas avenidas da cidade, Dulce estava pensando onde poderia sentar e aproveitar uma boa conversa com sua namorada. Seus olhos ficaram rodando pelos letreiros de hotéis e motéis que apreciam a cada esquina. O sinal fechou e Dulce esticou sua mão até o porta-luva, puxando um boné e um par de óculos escuros. Ela não queria ser reconhecida caso entrasse num motel com Any, mas era o único lugar que poderia ter paz.
– Por que está se disfarçando? – Any indagou. – Por que não me leva para casa?
– Tem alguém na sua casa agora?
– Talvez a Carei. Mas ela não vai...
– Então eu acho melhor irmos num lugar onde não haja ninguém.
– Quer me assassinar por acaso? – indagou com um leve sorriso.
– Se continuar com esse cinismo, eu não vou hesitar em fazer isso.
– Ah, que maldade. Então seu lado assassino retornou. – comentou com leveza.
– Não brinque com isso, Any. Não acredito que você citou isso!
– Mas é seu passado e eu vou temer se você perder o controle e vim para cima de mim. – comentou com mais seriedade, passando a mão pela sua testa suada, vendo que seu estado físico não era o melhor naquele momento.
– Você está pálida. Não me diga que não comeu nada.
– Eu não comi nada mesmo. Eu estava procurando algo para você.
– Ah, o meu presente. Ela ficou com Erica no final das contas – suspirou. – Depois eu pegarei de volta.
– Preferia que não a visse mais.
– Não terminou comigo? Então não pode exigir mais nada.
Any arregalou os olhos diante daquela afirmação, ela sentiu seu estômago embrulhar. Sua namorada não havia esquecido suas palavras, por um momento Any pensava que ela queria conversar para acalmar as coisas ou então acalmá-la, mas isso era apenas uma leve ilusão. Dulce continuava com seu temperamento difícil.
– Então não devia estar nesse carro, também. Pare na esquina que eu vou descer.
– Não mesmo.
– Então vou ter que sair do carro em movimento?
Dulce levou sua mão até o braço de Any, fechando seus dedos novamente.
– Não se atreva a fazer isso, Any!
– Não vou me machucar muito. Veja, o trânsito está bem enroscado.
– Idiota! – gritou.
– Eu serei discreta, ninguém verá que é você que está dirigindo, não se preocupe.
Dulce parou o carro no sinal vermelho e virou seu corpo na direção de Any, puxando-a pelo cabelo com violência, fechando seus lábios na boca falante, impondo um beijo forçado, carregado de paixão.
– Isso dói. – Any sussurrou.
– Dói ouvir tudo isso também.
– Então me solta e vamos acabar logo com isso!
Dulce ia falar mais algumas coisas, mas ouviu uma forte buzinada do carro de trás, ela olhou para o farol verde e acelerou, tentando se concentrar no trânsito que fluía tranqüilamente, ao mesmo tempo em que olhava para Any, temendo que ela realmente fosse se jogar para fora do carro.
– Onde está indo afinal?
– Motel.
– Ah, bem típico de você.
– Não vou encostar o dedo em você.
– Mesmo? – indagou com um sorriso leviano. – Duvido muito, mas se for assim, eu aceito.
– Não está numa posição de negar nada no momento. Eu quero conversar com você.
– Por que não começamos agora?
– Então começa! – gritou, dando um tapa no volante, enquanto fazia a curva numa esquina. Any até se encolheu no banco com aquele ataque furioso, todavia voltou a relaxar.
– Depois desse grito, eu fiquei intimidada. – confessou, passando a mão por seus cabelos, jogando-os para trás. – Eu estou irritada por você nunca ter tempo para mim. Depois que fomos à praia, eu pensei que mudaria, mas está a mesma coisa.
– É meu trabalho. – respondeu friamente.
– Mas tem tempo suficiente para ir a festas e sair com seus amigos.
– As festas são importantes para mim e eu posso sair com quem eu quiser, Any. Você não manda em mim e eu não fiz nada de errado. Você só está buscando motivo para brigarmos e eu largar todos os meus projetos.
– Ah, Marco te disse isso, também?
– Não, dessa vez eu estou realmente achando isso.
– Acha que eu quero tirar você do mundo do estrelato?
– Pode nem ser por maldade sua, mas sim, eu acho isso.
– E acha isso da sua cabeça mesmo ou teve influências de outras pessoas.
– Muitas pessoas já me falaram sobre isso, quando eu atendia suas ligações furiosas no meio de algum jantar ou uma reunião, mas eu achava que você estava apenas sozinha demais.
– Sozinha demais? – indagou, sentindo um nó na sua garganta. – Então você fica com pena de mim por ficar sozinha?
– Sim, eu fico. Isso não é bom? Eu não quero te ver sozinha no apartamento.
– “Eu estou sempre sozinha afinal, nem mesmo minhas colegas de apartamento estão sempre presentes. Nem minhas vizinhas, que vivem sorrindo e se dando bem. Agora minha namorada está distante. Realmente, eu sou de dar pena” – pensou com tristeza.
– Você poderia sair para fazer alguma coisa, mas fica preocupada demais em tomar conta da vida dos outros.
– Dos outros? Então eu tomo conta da vida de outras pessoas agora? – indagou com uma leve risada nervosa, sentindo vontade de puxar Dulce pelos cabelos e depois bater com a cabeça dela no volante.
– Eu só digo que você poderia ocupar seu tempo com outra coisa. Sozinha e sem fazer nada, claro que você só vai pensar besteira de mim! – disse com revolta – Eu faço tudo certinho, e você fica colocando problema no nosso relacionamento.
– Certo... – falou, olhando para suas mãos, vendo a aliança prateada que usava, sentindo seu coração esmigalhar a cada palavra que vinha de seu coração. Agora que estava conversando com mais clareza, ela via que estava realmente errada por agir com tanta imprudência.
– Só isso que vai me dizer?
– Eu errei, desculpe. – pediu, olhando de soslaio para Dulce que pareceu relaxar um pouco. – Eu realmente estou estragando tudo, me desculpe, Dul.
– Você falando assim com tanta clareza me assusta. Não está sendo cínica?
– Não, eu não estou. – falou com mais chateação ainda. – Eu realmente faço... tudo errado. Você tem razão, eu não posso ficar cobrando as coisas e nem ficar olhando para a vida dos outros. Eu deveria me mover para alcançar alguma coisa.
Any encostou a cabeça no banco do carro e ali relaxou um pouco, fechando seus olhos, pedindo mentalmente para que não chorasse e com esforço conseguiu ficar estável.
– Dul...
– Hum?
– Me deixa em casa.
– Não, eu quero conversar com você.
– Mais?
– Claro! Você me falou um monte de merda, eu quero me expressar também.
– Eu não estou mais brava.
– Mas eu estou. Acha que é só você se acalmar que tudo fica bem?
– Ah, eu acho que vou realmente saltar do carro. – sorriu com divertimento, olhando para sua namorada que pareceu se acalmar ainda mais com aquele sorriso. – Não vai mesmo desistir? Dul vá para a sua reunião.
– Não. – disse, buscando uma unidade de seu cigarro, ela acendeu com destreza e começou a fumar para relaxar.
O carro novamente parou no farol vermelho, Any tirou seu cinto discretamente, num movimento rápido, ela abriu a porta e saiu, fechando-a e olhando para Dulce que estava com a boca aberta e o cigarro parado no alto de seu rosto, mostrando sua expressão perplexa. Anahi não ficou muito tempo ali, ela virou suas costas e se misturou na multidão.
– “Eu sei que íamos brigar até sangrarmos. Melhor assim, Dul”. – pensou, enquanto sentia o vento bater contra seu corpo, como se pudesse livrá-la de quaisquer preocupações.
OoO
Continua...
Autor(a): lunaticas
Este autor(a) escreve mais 6 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Não passou nem cinco minutos e o celular de Any tocou, ela sorriu de lado ao ver que era sua namorada que com certeza a xingaria até a morte. Mas não ia fugir, pois sabia que isso traria maior fragilidade na relação. Ela atendeu. – O que deu na sua cabeça, Any?!? – Eu não queria conversar. &n ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 61
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38
Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.
-
ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27
kd vc? volta apostar please
-
cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55
adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)
-
cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20
O Capitulo ta bugado Ç.Ç
-
anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48
Deu bug no cap
-
rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12
E essa fic aqui, como fica??
-
rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29
cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!
-
luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20
Postaaa maiss...
-
rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03
POSTA MAIS!!!!!
-
maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19
posta mais.....bjaum lu