Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon
A manhã nasceu para Haziel. Ela estava cansado de trabalhar de madrugada no barzinho, felizmente não era todos os dias que tinha que ir até o local, mas era bom averiguar como estavam indo os negócios. A loura se ergueu lentamente e viu que o relógio marcava onze horas da manhã. Ela se arrastou até o banheiro, onde tomou um banho rápido, e escovou os dentes.
– “Que dor de cabeça. Não devia ter bebido tanto!” – pensava com desgastamento.
Alguma coisa não estava no lugar naquele apartamento. Haziel voltou ao seu quarto e depois foi até a sala, olhando para todos os cantos.
– Alexia? – Chamou por sua namorada, mas não ouve resposta.
Haziel fechou as pálpebras e começou a se lembrar do que havia acontecido na noite anterior. Ela havia bebido mais que o normal – como sempre –, estava com Alexia e sua irmã numa mesa de bar e... não se lembrava mais! Ela foi até seu telefone celular e ligou para sua namorada. Mas apenas chamava. Então ligou para a sua irmã, que atendeu prontamente.
– Amín?
– Oi, Haziel. O que foi?
– O que aconteceu ontem?
– Eu te levei para casa.
– E Alexia?
– Ela foi para a casa dela.
– Por que ela não veio comigo?
Amín ficou em silêncio por alguns segundos e respondeu:
– Vocês brigaram por um monte de coisas.
– Que coisas?
– Ah, eu não prestei muita atenção. Mas eu vi você puxando o cabelo dela em certo momento e ela foi embora.
– Hum... Certo.
– Vá tomar um café forte e descanse, depois a procure.
– O que você vai fazer hoje?
– Eu preciso sair um pouco. Eu vou ao shopping, depois nos falamos.
E a ligação se encerrou. Haziel se jogou no sofá e ficou ali por horas, tentando entender o que havia acontecido.
OoO
Com relação a Amín, esta estava melhor que nunca. Havia largado o emprego do escritório após a construção do barzinho que estava sendo um sucesso. Ela estava conseguindo pagar o empréstimo com sucesso e morava num lugar melhor, tinha um carro melhor e se vestia elegantemente. A sua vida havia dado a volta por cima em certos aspectos, mas o ditado incessante que sempre martelava na sua cabeça era: “O dinheiro não traz tudo”.
Ela estava sentada na beira da sua cama, amarrando o cadarço marrom de seu tênis de camurça, que combinava perfeitamente com o jeans de grife e da camisa muito bem costurada de algodão. Amín não gostava de cozinhar e muito menos de comida congelada. Ela já havia comido muitos produtos enlatados e agora queria desfrutar de sua riqueza material. Por isso ia almoçar no shopping. O grande prédio de compras ficava próximo a sua casa, ela estacionou na área Vip, para não ter que ficar procurando vagas e logo entrou, sentindo o ar fresco do ar condicionado e dos produtos novos que pareciam deixar seu cheiro no ar. Amín andava pela praça de alimentação, olhando as opções. Em certos momentos, parava e olhava para os casais que riam e comiam juntos, divertindo-se com brincadeiras bobas de namorados. Ela suspirou entristecida e ergueu o queixo, voltando ao que fazia. De repente, sua cabeça se moveu para um lado com velocidade, captando com atenção a pessoa que estava andando na outra ponta do corredor.
– “Mundo pequeno. Mas eu lembro que ela adorava ir ao shopping, pelo jeito não mudou. Infelizmente ela não mudou muito” – refletia, enquanto seu corpo se movia na direção daquela pessoa que com certeza faria seus dias mais felizes.
Amín tentou esconder a ansiedade e o sorriso nos lábios até que conseguiu se aproximar daquela morena alta que sempre estava em seus sonhos. Ela ergueu a mão trêmula e tocou no ombro magro de Leona.
– Amín!?
– Olá, Leona! Quanto tempo.
Leona sorriu e a abraçou amigavelmente. Ela mesma tinha saudade de sua amizade com Amín.
– O que está fazendo aqui?
– Eu vim comprar uma roupa para a Juliana e estou pensando em almoçar aqui, mas nada me chama muita atenção.
Amín quase engasgou quando ouviu o nome de Juliana, mas não se deixou abater.
– Já almoçou ali? – Indagou, apontando para o restaurante mais caro do shopping. Certamente que Amín queria impressionar Leona, afinal, ela tinha dinheiro e queria mostrar que estava no mesmo nível que a morena. Leona torceu levemente o nariz para o local. Ela almoçava naquele restaurante quando era criança, não exatamente naquele shopping, mas em outras filiais. Aquilo não era novidade para ela, assim como era novidade para Amín.
– Não sei, eu vou comer um lanche mesmo.
– O que acha de irmos comer comida coreana?
– Coreana? Eu nunca comi.
– Eu imaginei. Eu gostei muito, e tem bastante pimenta. Você topa?
Leona ficou hesitante, ela olhou para o relógio e depois para o fast-food que estava ao seu lado.
– Vamos, Leona. Vamos colocar o papo em dia, faz muito tempo que não conversamos.
– Tudo bem, vamos lá.
A dupla foi conversando até o estacionamento do shopping, comentando superficialmente como estava a vida delas. Leona colocou o presente de Juliana no banco de trás e tratou de colocar o cinto de segurança, então Amín colocava um DVD de rock antigo num tom baixo para que não atrapalhasse a conversa. O perfume de Leona invadia as suas narinas, remetendo-a ao tempo do colégio. Leona usava três perfumes, e sempre os mesmo, nunca mudava e se mudava era por pouco tempo. Ela tinha um cheiro característico e marcante. Demorou um certo tempo a chegarem no bairro oriental. Amín olhou o preço do estacionamento que estava mais próximo do restaurante e quase xingou em voz alto ao ver o preço da hora, mas fingiu não se importar e estacionou o carro ali mesmo. Logo quando estava começando a garoar, ela não podia permitir que Leona se molhasse. Elas andaram cinco minutos até o restaurante que parecia uma casa na sua estrutura. Elas atravessaram o salão ricamente decorado em cores fortes e vermelhas e sentaram à uma mesa de mogno escuro.
– Eu não entendo nada desse cardápio, Amín. Eu vou deixar você escolher.
Amín sorriu e chamou o garçom, fazendo os pedidos.
A comida veio, Leona estranhou o fato de que tudo era altamente apimentado, mas não disse nada, ela apenas sorriu amarelo e comia pelas beiradas, bebendo muita água. Certamente comida coreana não era para qualquer pessoa, certamente tinha que avisar sua acompanhante que era apimentada. Enquanto Leona falava, Amín perdia o seu rumo. Ela se apoiava pelos cotovelos e deitava a cabeça na palma de suas mãos, dando toda atenção aos lábios vermelhos que se movimentavam.
– “O que preciso fazer para você olhar para mim, Leona?” – indagava no seu pensamento. – Hei, por que não vai ao barzinho comigo hoje?
– Hoje? Mas hoje é quarta-feira ainda.
– Eu vou ter que ir cuidar de algumas coisas. Seria legal se você fosse, afinal você só foi na estréia.
– Ah, sim. Eu vou ver com Juliana, mas eu acho que ela está atarefada com a faculdade.
– Ou vá você sozinha, depois a leve numa sexta-feira, - sorriu. – “Talvez o jeito é trazer você e Juliana para perto para depois espantar essa sua sombra que te persegue desde a infância. Está na hora de ousar e tentar coisas novas, Leona”.
E o resto do almoço não foi muito diferente. Leona não comeu quase nada e estava na sua terceira garrafinha de água, logo pediram a conta e Amín fez questão de pagar e levá-la até sua casa, mas para a infelicidade da loura, Leona queria ir até o apartamento de Juliana. A contra gosto, contrariada e ao mesmo tempo frustrada. Amín acabou levando-a até o apartamento daquela que mais detestava nesse mundo. A prima de Leona. Elas se despediram e Leona foi saindo do carro, como se estivesse fugindo. Ela não era ingênua e sabia que Amín investia nela o tempo todo. No final ficou tão atordoada que esqueceu o presente de Juliana no banco de trás.
– Eu te ligo, Leona!
– Certo, até mais Amín.
Leona acenou, virou e foi embora, passando pela portaria do apartamento e interfonando para sua prima que já havia mandado duas mensagens perguntando seu paradeiro. Quando chegou no apartamento, Leona estava suada e com a face vermelha.
– Você está bem? – Juliana indagou assim que abriu a porta, deixando-a entrar.
– Tem água gelada? – indagou exasperado, indo até a geladeira, procurando por alguma garrafa.
– Não, mas tem gelo no freezer. – Informou, puxando sua prima pela mão, dando um beijo gentil nos seus lábios vermelhos. – Você estava correndo ou algo assim?
– Não, eu fui comer comida coreana. Já comeu isso?
– Já... Uma vez. É muito apimentada. Por que foi comer isso?
– Eu estava no shopping e... – Leona parou de falar ao se lembrar que havia deixado o presente de Juliana no carro de Amín. Aliás, nesse momento a morena sentiu o verdadeiro perigo em falar que estava almoçando com Amín num bairro afastado e que havia deixado o presente de sua prima no carro.
– E? – Juliana indagou, pegando gelo no freezer para sua namorada que parou de falar de repente.
– Bom...
Juliana suspirou, certamente que Leona não queria te contar o que havia feito.
– Acabou saindo com aquele menino tarado?
– Não, não.
– Menos mal. Por que foi parar num restaurante coreano? Foi com Any?
– Não, eu estava no shopping...
– Certo, isso eu já entendi. – Falou, entregando o copo com água e gelo para Leona que tratou de beber e sentar em cima da mesa de madeira.
– Então acabei encontrando o Amín e...
– Amín!?! – indagou num grito, interrompendo o falatório de Leona. – Não me diga que foi almoçar com essa idiota no bairro oriental?
– Bom, você já sabe tudo. – Disse entre um suspiro.
Juliana estava brava, não tinha como não ficar, também tinha razão. Amín não conseguia manter dois minutos de conversa com Leona sem tentar investir contra ela, e a ruiva já havia presenciado isso diversas vezes, tanto no antigo colégio onde adorava bater em Honoi sempre que tinha a oportunidade e até mesmo quando foram na estréia do barzinho.
– E por que foi almoçar com ela, Leona?
– Eu ia comer algo no shopping, mas ela insistiu.
– Por que não ficaram no shopping?
– A princípio eu queria fugir dela, por isso nem ia comer nada no shopping, mas ela sugeriu comida coreana e eu tinha vontade de experimentar, aí começamos a conversar... no final estou aqui.
Juliana se aproximou da sua prima e fechou a mão no seu braço, depois começou a subir a outra mão até seu rosto, onde segurou o queixo com força, segurando o olhar de Leona contra o seu.
– Por favor, não faça mais isso.
– Acredite em mim, não aconteceu nada.
– Eu sei que não. Aquela idiota é bem sujinha, pobre e imbecil.
– Não precisa falar assim também.
– Ela deve ter pagado a conta, se esforçado ao máximo para tentar te impressionar! Sendo que aquele barzinho caindo aos pedaços deve dar uma renda miserável que ela tem que dividir com sua irmã. Agora ela se sente digna de tentar se aproximar de você, - falou basicamente tudo que Amín planejava fazer, a ruiva sabia exatamente como a fã de Leona ia reagir.
Leona suspirou, sentindo-se parcialmente culpada por estar começando a estragar seu momento com Juliana. Ela sabia que não ia dar certo esse passeio com Amín e também tinha que concordar que ela nem sequer conseguiu conversar direito com Honoi pelo fato dela não parar de dar em cima da sua pessoa.
– Perdão, Juliana. – Pediu, livrando-se da mão que segurava seu queixo e dando um beijo na bochecha de Juliana, para depois ir até seus lábios, deixando seus lábios resvalarem carinhosamente até que a abraçou.
– Ela te convidou para ir naquele bar podre!?
– Sim, hoje mesmo.
– Hoje?! O que você disse?
– Eu disse que você estuda amanhã de manhã e que não vai dar.
– Hum... muito bom saber que você falou de mim.
– Juliana, eu sempre falo de você. – Sussurrou, enquanto acariciava as costas de sua namorada. – Até falei que poderíamos ir numa sexta-feira, por você não ter aula no sábado.
– Não quero ir.
– Eu também não. Eu vou dar algum desculpa.
– Diga que eu não quero ir. Ela vai saber que eu disse isso.
– Tem razão. Não tem como eu fingir que não sei das intenções de Amín. Infelizmente, não temos mais a amizade de antes.
Juliana se acalmou, ela se ergueu e puxou Leona pela mão até o banheiro. A sua prima estava suando e precisava tomar um banho morno. E claro que a ruiva não perderia a oportunidade de entrar embaixo daquela água também.
– Juliana...
– O que foi? – indagou, quando começava a pegar o sabonete perfumado para começar a passar pelas costas magras de sua prima.
– Vamos morar juntas?
A ruiva ficou travada com aquela pergunta. Não imaginaria que Leona poderia ter alguma atitude mais energética com relação a isso. Juliana continuou a deslizar o sabonete pelas costas de sua prima, que a olhava de canto, esperando uma resposta.
– Sabe que eu adoraria. Mas seus pais vão surtar.
– Eu sei disso, mas eles vão surtar hoje, amanhã e depois de amanhã, nunca terá fim.
Juliana sorriu e beijou os lábios da menor com um belo sorriso nos lábios.
– Vamos procurar algo para nós então.
– Amanhã?
– Na Internet. Hoje mesmo.
As primas continuaram a conversar calmamente, mas com certa ansiedade, esquecendo-se do desentendimento anterior. Agora tinham que planejar o novo estilo de vida que ambicionavam.
OoO
Continua...
Autor(a): lunaticas
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"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional". (Carlos Drummond) & ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 61
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tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38
Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.
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ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27
kd vc? volta apostar please
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cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55
adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)
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cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20
O Capitulo ta bugado Ç.Ç
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anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48
Deu bug no cap
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rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12
E essa fic aqui, como fica??
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rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29
cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!
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luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20
Postaaa maiss...
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rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03
POSTA MAIS!!!!!
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maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19
posta mais.....bjaum lu