Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon

Três dias depois, Leona estava sozinha num parque, ela havia terminado com a sua prima. Havia sido uma briga memorável, no mesmo dia que Kirias a deixou em casa, ela tratou de ligar e marcar um encontro. A morena fechava os olhos e lembrava-se dos momentos terríveis que aquela experiência lhe proporcionou. A ruiva havia dito coisas muito fortes, mesmo sendo ela a safada da história. Mesmo assim ela jogou a culpa na mais nova, dizendo que ela estava muito distante e se engraçando com Carlos. Nesse momento Leona estava na praça justamente com o garoto que chupava um sorvete. Ele estava com uma bermuda amarela, uma regata branca, seus cabelos ao vento chamava a atenção de quase todos as mulheres que por ali passeavam.

– Você fez bem, Leona! Ela não te merece, - ele disse pela décima vez, enquanto exibia um rosto de preocupação, vendo a marca avermelhada que estava em seu rosto, era a consequência de ter terminado com Juliana.

– Eu fiquei confusa com tudo isso, sabe? A Kirias...

– Essa garota também não presta, Leona! - Ele disse rapidamente, sabendo que teria concorrência. - Ela só quer causar confusão.

– Eu nem disse nada para Juliana sobre aquela noite... - disse, com um olhar perdido, para depois se arrepiar ao lembrar-se de Kirias a pegando por trás no banho.

Carlos balançava a cabeça numa negativa. Sua querida amiga já estava prestes a entrar numa confusão.

– Mas você viu mesmo a Eduarda na delegacia?

– Sim, ela estava com um policial. Ela não devia estar numa penitenciária? - Indagou com preocupação, vendo o rapaz a sua frente rir.

– Leona, não seja ingênua. Sabe muito bem que Eduarda vivia indo a delegacia, mas ela sempre deixou sua barra limpa. - Falava tranquilamente, - ela não comercializa a droga, não tem nada no nome dela e também...

– E se ela vier atrás da gente? - Perguntou com certa aflição, recendo um olhar aflitivo do garoto.

– Se ela for nos seguir, Leona... com certeza já sabe onde moramos... - concluiu, olhando para o seu sorvete derreter, aquela conversa havia feito com que seu apetite fosse embora.

Os dois ficaram conversando por mais um tempo até que Leona o acompanhou a um ponto de ônibus. Ela estava sem carro, senão o levaria para casa. O parque era a alguns quarteirões de seu apartamento e queria andar para refletir um pouco. Leona andava pela calçada após se despedir de Carlos, sentindo o bater dos seus pés no asfalto quente. Ela suava e olhava para os lados com aflição, por um momento jurava ter visto Eduarda num beco e isso a fez entrar em pânico. Ela precisava encontrar algum comércio aberto ou então um táxi, mas parecia estar dentro de um filme de terror, porque nada estava a seu favor. Estava escuro, frio e não tinha ninguém nas ruas. Ao longe viu uma pessoa vindo na sua direção e isso não lhe trouxe nenhuma segurança.

– "Eu estou ficando paranóica..." - pensou.

A morena desacelerou o seu andar e seu coração bateu duas vezes mais forte. Não podia ser verdade! Muita coincidência, mas Eduarda parecia ter sido arrancada dos seus pesadelos para ser colocado na sua frente, com aquele sorriso cínico e aquele olhar impiedoso que somente a traficante tinha.

– Ah, eu sabia que tinha te visto aquele dia na delegacia, - disse num tom baixo. - Pena que o nosso encontro seja tão breve, querida Leona. - Falou com falsidade, erguendo sua mão e entregando uma sacola de pano para a mais nova. - Mande lembranças para Carlos!

A tremedeira e assombro de Leona divertia a mais velha que apenas sussurrou para que a morena cuidasse muito bem do que estava dentro do saco. E sem nenhuma explicação ela saiu correndo, para depois de alguns minutos o som de uma sirene cortar o silêncio, despertando o estado atônito da mais nova que ainda estava em transe. Os orbes avermelhados apenas miraram a viatura que corria na direção que Eduarda havia ido.

– "Será que ela está me seguindo? Como... Como ela me achou nessa rua?" - Indagava para ela mesma, olhando para o quarteirão a frente, onde encontrava seu apartamento que dividia com as meninas.

E como uma zumbi, Leona foi se arrastando até a sua nova casa, entrando em silêncio no apartamento. Ela viu Carei e Any jogadas no chão da sala, ambas bebiam vinho e vodka e riam baixinho, enquanto uma falava mal da namorada da outra. Ela nada disse quando entrou, apenas jogou suas coisas no sofá e foi para o banheiro, ela sentia-se enjoada!

Na sala Any e Carei estavam mal humoradas, descontando suas frustrações na bebida. A loirinha ergueu-se para ir ao banheiro, mas parou quando viu um monte de objetos pequenos e coloridos que pareciam brilhar aos seus olhos, ela se apressou e foi até a bolsa de Leona, puxando um saco de pano para depois despejar o seu conteúdo no chão. Havia algumas pílulas coloridas, brilhantes e muito chamativas.

– Doces! - Carei sorriu, puxou uma unidade cor de laranja e jogou na boca, bebendo com um pouco do vinho. - Experimente, Any.

– Isso é da Leona e... - E antes que Any terminasse o discurso, a loirinha jogou uma capsula com um formato diferente para o maior que analisou o conteúdo por um minuto e resolveu engolir, vendo que não tinha nenhum gosto.

Elas estavam bêbadas demais para pensar em qualquer coisa inteligível.

Alguns minutos depois, as meninas estavam enlouquecidas, ou melhor, elas riam e falavam coisas sem sentido e as balinhas estavam sendo misturadas na bebida. Havia outros copos perto, cada um com uma balinha e uma bebida diferente. Leona havia aparecido na sala, ela ainda estava em choque. E queria conversar com alguém, mas parecia que suas amigas estavam muito bêbadas para terem uma conversa mais séria e talvez fosse melhor beber mesmo, porque queria esquecer aquele episódio que parecia se tratar de um sonho. A morena se sentou entre Carei e Any e olhou para os copos.

– O que é isso? - indagou, puxando um dos copos, vendo que havia uma mistura dentro.

– É minhas balas, Leona, pode tomar é muito gostoso! - Carei avisou, dando um tapa nas suas costas.

Leona olhou para o copo, depois olhou para as garrafas e então decidiu tomar, sem sentir nenhum gosto especial, apenas a mistura infeliz de vodka com vinho. O que aquelas meninas tinham na cabeça afinal? E se Leona estava com frescura para beber aquela mistura estranha, logo todos esses pensamentos haviam desaparecido. As meninas estavam alegres e contentes, cantando e dançando na sala por causa dos efeitos das drogas que pertenciam a Eduarda. Será que elas eram tão ingênuas assim? Mas qual delas suspeitaria que eram drogas? Uma coisa tão brilhante e colorida não podia fazer mal a uma mosca!

O telefone tocou de repente, Carei puxou o seu celular e começou a falar qualquer coisa sem nenhum tipo de nexo para quem estava do outro lado da linha. Logo depois ela passou o telefone para as duas garotas que também falaram algumas barbaridades e assim desligaram. Do outro lado da linha havia uma Viviane perplexa, ela estava tão pasma que havia derrubado sua xícara favorita no chão, que se partiu em vários pedaços. A escritora passou a mão por seu rosto gelado e voltou a ligar para a sua namorada, mas ela não havia atendido. Alguma coisa estava errada! Ela correu para seu quarto e se vestiu, pegando seu celular e ligando para Any, que dessa vez atendeu ao celular, falando e cantando na mesma língua que Carei. Por um momento ouviu alguma coisa sobre balas das felicidade e isso fez seus sentidos despertarem. Não, não... Não podia acreditar que aquelas garotas estavam drogadas!

– "Any e Leona devem... devem... ter influenciado a Carei!" - Concluiu com certo desespero, correndo até seu carro. Logo seus dedos correram pela agenda telefônica para o telefone de Dulce, talvez fosse melhor pedir ajuda, isso é, se a cadela pulguenta não estivesse lá também.

A ligação foi atendida por uma voz sonolenta.

– Aqui é o Viviane. Você está com a Any? - Indagou assim que a jovem atriz atendeu.

– Viviane? Ah... não. O que você quer? - Ouviu a voz sonolenta do outro lado da linha.

– Ela não parece estar bem, eu liguei agora para a Carei e ouvi as garotas falarem coisas estranhas... Eu estou indo para o apartamento delas.

Dessa vez parece que a voz de Dulce saiu mais forte, ela deu atenção ao que Viviane começou a lhe contar e se surpreendeu em certos pontos, pulando da cama e começando a se vestir, sem deixar de ligar para Juliana, que infelizmente não havia atendido, portanto Dulce deixou um recado na agenda.

– "Drogas? Será? Melhor ligar para Kirias, ela deve saber sobre isso!" - Dulce pensou, começando a ligar para a loura de moicano que provavelmente estava na sua casa estudante.

– O que você quer, Dul?– indagou a voz cortante da loura assim que atendeu ao seu celular.

– Preciso da sua ajuda!

– Agora, não. Eu estou estudando.

– Kirias, é urgente!!!

– O que você aprontou, Dul?

– Eu acho que a Any se drogou, eu preciso da sua ajuda!

– Ah? A Any... e daí? Dá um banho nela e a coloque para dormir e se for sério a leve para o hospital. Agora eu tenho que...

– E ela está com aquela idiota da Carei, com certeza foi ela que levou essa coisa!!! – Dulce gritou furioso.

– Foda-se...

– Kirias, você sabe como cuidar disso, você estuda para ajudar as pessoas e...

– Ah, que discurso de otário, eu quero ser uma cirurgiã rica e famosa...

– Por favor, eu preciso que você me ajude nisso! Eu vou te arrebentar se você não sair da porra dessa biblioteca!

– Uhum, pode vim, eu precisava brigar com alguém mesmo!

– Eu vou te matar!!!!! -Dulce vociferou.

Kirias enfiou um dedo no seu ouvido que quase havia ficado surda com aquele surto da karateca. A loura bocejou e então voltou a responder:

– Agora aquela enrustida vai pegar sua namorada...

– Kirias! Vá para o apartamento da Any agora!

– Eu tenho uma prova semana que vem e...

Dulce estava quase batendo seu carro, era uma tarefa muito difícil convencer a loura a fazer alguma coisa, quando ela estava estudando. De repente Dulce teve uma iluminação, ela respirou fundo e disse:

– O Leona está lá também, no mesmo estado...

Desta vez as palpebras de Kirias se abriram, exibindo os orbes cor de mel. Ela passou a mão por seu moicano e então desligou na cara da karateca. Agora sim o assunto havia lhe interessado, ela correu até sua mesa da biblioteca, jogando os livros no chão de qualquer jeito para pegar sua mochila e saiu apressada, quase derrubando a bibliotecária que estava no corredor.

– "Leona se drogou? Será que ela está tão triste assim?" - Indagou para ela mesma, jogando-se no carro recém achado pela polícia, para logo partir.

Todas estavam caminhando para o apartamento do trio mais novo, sem suspeitar que elas estavam numa festa um tanto... diferente! O trio estava apenas de calcinha e sultien, enquanto achavam que estavam jogando cartas. As vezes se tocavam, passavam a mão pelo corpo da outra sem nenhum tipo de pudor e voltavam a delirar. Por um momento Carei e Any ficaram muito próximo, até podiam sentir o cheiro do hálito da outra.

– Eu sempre achei você e a Juliana nojenta! - Carei falou, dando um soluço.

– Ah... mas não somos tão parentes... - Murmurou a morena, enquanto corria em volta de uma cadeira.

O apartamento estava uma zona. Elas inventaram de jogar farinha na outra para ver se ficavam de outra cor, estavam todas brancas, com os cabelos sujos e o chão estava num estado lamentável. Anahi estava em cima do sofá dançando ao som de uma música dançante, erguendo os braços e rodopiando até que foi parar no chão, em cima da loirinha. A brincadeira estava ficando cada vez mais sexy e sem nenhum pudor. O tempo estava passando e elas começaram a trocar algumas carícias, a primeira foi Carei, dando um beijo na bochecha de Any e Leona, dizendo alguma coisa safada que fez as mais velhas rirem e beberem ainda mais. Depois elas se aproximaram e beijaram-se, as três, deixando a língua resvalar na da outra e logo se afastaram, jogando-se no chão. Na rua do apartamento, Viviane foi a primeira a chegar, mas ela não tinha chave e ninguém atendia ao interfone. Minutos depois chegou Kirias que estava na mesma situação, sem poder entrar, mas a loura já estava chutando a grande porta de metal, tentando quebrá-la.

– Pare com isso!!! - Viviane pediu num grito, puxando seu braço.

– Temos que ir rápido, elas podem estar em perigo. - Disse a loura, virando-se com uma calma e tranquilidade descomunal para a jovem escritora que ainda estranhava o seu jeito bipolar.

Viviane estava se desesperando ao ver que Kirias estava quase quebrando a janela de vidro que enfeitava a porta. Contudo a loura parou com o que fazia quando avistou Dulce estacionando o carro de qualquer jeito na rua.

– Você tem a chave? - Indagaram em uníssono.

Dulce ergueu a chave que foi arrancada de sua mão por Kirias que abriu a porta e se postou a correr, quase deixando a dupla para fora. E o trio subiu todas as escadas com fôlego, chegando ao andar desejado, quase morrendo pela falta de ar, mas não desistiram! Dulce puxou a chave de novo e abriu a porta. A cena a seguir deixou o trio em choque...

OoO

Continua...