Fanfics Brasil - Capitulo 22 Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon

Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capitulo 22

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Dulce se espantou no início, contudo logo depois sentiu raiva em ver sua namorada descalça, seminua e com aquele olhar de criança desamparada em pé no meio do quarto.


– O que você está fazendo em pé, Any!? – Indagou num tom grave, batendo a porta. Ela jogou seu caderno na cama e se aproximou, puxando o braço fino e magro. – Por que se levantou?


– Eu não sei, eu... vi minhas roupas, - falou, apontando para sua muda de roupas, sem saber ao certo o que falar. Ela estava atordoada. – Onde eu estou?


 


A jovem atriz começou a puxá-la até a cama, onde Anahi acabou deitando novamente. Dulce ajeitou sua namorada, puxando seu travesseiro e depois a cobriu.


 


– Você não se lembra? – Indagou, dando um beijo em seus lábios secos e rachados.


– Não. O que aconteceu? Eu sofri algum acidente?


– Não, - sorriu com agastamento, puxando seu café para sorver alguns goles. Ela estava morrendo de sono, porque não aguentou ficar no seu apartamento, pois Juliana estava a todo instante gritando e quebrando as coisas. Ela acabou passando as noites na clínica. – Você teve uma overdose e eu te trouxe nessa clínica para fazer uma desintoxicação. Como está se sentindo?


– Dro... Drogas!?


 


Dulce apenas balançou a cabeça positivamente.


 


– Eu... eu não me droguei!


– Quando eu cheguei ao seu apartamento, você estava descontrolada. Você agia como uma louca, não falava coisa com coisa, Any. Eu fiquei muito preocupada.


– Eu estava drogada no apartamento? – Indagou, com os olhos arregalados, tentando se lembrar do que havia acontecido. Ela encostou a cabeça no travesseiro e começou se lembrar. – Eu estava bebendo com a Carei, ela havia... Acho que brigado com a Viviane.


– Certo. E como vocês se drogaram? – Indagou, dando outro gole no seu café.


 


Anahi nada respondeu, porque a porta se abriu e uma enfermeira adentrou. Ela parecia estar cansada e com um péssimo temperamento. Basicamente ela deu um sermão em Anahi e Dulce e depois examinou a loira com certa grosseria, logo foi embora, pedindo para que Anahi não se levantasse novamente.


 


– Que mulher horrível! – Anahi exclamou, ela havia praticamente sido xingada de drogada vagabunda e Dulce apenas ficou em silêncio.


– Any, não desvie do assunto. Como você se drogou? Por que fez isso?


– Dul, eu não me droguei!


– Não!? – Indagou num grito tão violento que Any se encolheu na cama. – Então explica por que estamos numa clínica? Por que você ficou com overdose? Me explica, então!!!


 


A voz faltou e Anahi sentiu seu coração acelerar algumas batidas. Agora ela desejava que a enfermeira mal humorada adentrasse no quarto e desse uma bronca na sua namorada e a retirasse dali.


 


– Eu... Eu não sei... – disse baixinho, com medo que Dulce a atacasse do mesmo modo.


– Como!? Há quanto tempo você se droga? Por que está fazendo isso com você mesmo?


 


Anahi bufou, ela virou o rosto para o lado contrário e cruzou os braços. Agora estava realmente irritada com sua namorada. Certo, ela estava numa clínica passando por um tratamento de desintoxicação, mas não havia se drogado. Para a loira drogas envolviam injeções e pó, como via nos filmes e novelas. Ela não havia feito nada disso.


 


– Any, olhe para mim!


– Não! Você nem acredita em mim, Dul. Eu já disse que eu não me droguei, - falou com revolta, continuando a olhar para o lado contrário.


– Então me explica o porquê de estarmos aqui!


– Eu não sei!!! – Gritou enfurecida, gesticulando seus braços, derrubando a sua coberta no chão. – Eu quero ir embora!!! – E esbravejou em seguida, voltando a se levantar, sendo seguida por sua namorada que mandou seu café para o espaço, sujando o chão branco.


– Não se levante!


– Eu vou fazer o que eu quiser!


 


Anahi começou a puxar suas roupas sob o olhar indignado da mais velha. Dulce cruzou os braços e respirou bem fundo, as veias de seu pescoço estavam ficando saltadas, revelando sua impaciência e nervosismo. A loira nem ligou, colocou seu jeans, mandou aquela roupa branca para o chão e já vestiu sua camiseta. Ela olhou para os lados e viu um par de chinelos no chão e o calçou.


 


– Aonde pensa que vai agora?


– Para minha casa, - respondeu seco, fazendo a menção de atravessar aquele quarto, mas foi barrada com uma mão espalmada no seu peito.


 


As duas se encararam por um instante e Dulce saiu da sua frente, estendendo o braço, apontando a mão para a porta. Anahi se apressou, com passos rápidos, abriu a porta e saiu, sentindo seu coração se despedaçar. Desde quando Dulce a deixava fugir de suas mãos desse jeito? Por que ela não fechou a porta num estrondo e a agarrou pelos cabelos e a beijou?


Ela foi andando pelo corredor, sentindo frio. Algumas pessoas falaram com ela, mas apenas ignorou e atravessou a grande porta de vidro automática, encontrando a madrugada chuvosa e gelada do outro lado. Anahi olhou ao seu redor, encontrando-se numa rua cheia de edificações e árvores. Não fazia ideia de onde estava, mas abaixou a cabeça e começou a caminhar para um lado qualquer.


 


– “Será que ela está me seguindo?” – Indagou com certa curiosidade, contudo resistiu e não olhou para trás.


 


Alguns instantes andando e Anahi começou a se sentir fatigada. O que ela não sabia era que estava há dois dias no hospital vivendo a base de soro. Ela apoiou sua mão na parede e baixou a cabeça. Ela ofegava.


 


– “Eu estou me sentindo tonta...” – Constatou, tocando na sua testa suada. Anahi respirou fundo e se ergueu, reunindo suas forças para continuar.


 


Há alguns metros estava uma karateca furiosa, ela se controlou para não destruir o quarto do hospital, porque as pessoas que estavam ali a conheciam e não queria fazer os paparazzi aparecerem para uma matéria negativa. Ela apressou seu passo e ajeitou seu boné para que não voasse com o vento, aproximando-se da sua namorada que estava apoiada na parede.


 


– Você mal se aguenta em pé, Any! – Falou com nervosismo, fechando a mão no seu braço para em seguida arrastá-la pela rua, ignorando o falatório de Any, sem medir a força em sua mão, ferindo a menor. – Cala a boca! – Pediu com um tom forte em certo momento, avistando seu carro logo à frente. Ela apertou o alarme, desativando-o, foi até a porta, abriu e depois arremessou Anahi no interior. Dulce a olhava pela janela, depois deu um tapa no vidro, vendo como a loira havia se encolhido com medo. E então atravessou e sentou no banco de motorista, ligou o carro e partiu. O silêncio era estilhaçado pela respiração perturbada da motorista. Any colocou seu cinto de segurança silenciosamente, e se acomodou no banco, sentindo todo seu corpo doer.


 


– “Ah... droga!” – Anahi pensou ao sentir um nó na sua garganta, seus olhos estavam ficando marejados. Ela não conseguiu evitar as lágrimas que começaram a escorrer por seu rosto. Ela virou o rosto para o lado contrário e colocou a mão na frente de sua boca, para evitar soltar qualquer soluço.


 


Dulce apenas a observou, não disse nada, aquela cena estava quebrando toda sua irritação. Talvez fosse melhor pegar mais leve com sua namorada, contudo a karateca estava preocupada e não conseguia se expressar muito bem.


 


– Desculpa... – Dulce disse em um momento, parando o carro numa esquina. Ela tocou no ombro menor, sentindo como tremia. – Eu só estou preocupada com você.


– Tudo bem, - falou baixo, com a voz chorosa.


– Eu queria que você se abrisse comigo. Pode me contar o que aconteceu, eu não vou brigar com você.


 


Anahi balançou a cabeça negativamente, indignada com aquele pedido. Afinal, sua namorada não acreditava nela.


 


– Any, eu só quero...


– Dul, por favor, não quero mais conversar.


 


Dulce se afastou e voltou a ligar seu carro, adentrando nas ruas chuvosas, olhando todo instante para Anahi que estava toda encolhida no banco do automóvel. E quando chegaram ao prédio de tijolos alaranjados, Anahi foi a primeiro a sair do carro, sendo rapidamente seguida. O casal entrou em sigilo e subiram as escadas. Anahi ia à frente, um pouco cambaleante, ela estava com tontura.


 


– Any, se apoie em mim.


– Está tudo bem, - disse, apoiando-se no corrimão.


 


E novamente Dulce respirou fundo, avançou e puxou o braço menor para que ficasse apoiado nos seus ombros, enquanto seu outro braço foi parar na cintura de Anahi e assim o casal subiu até o seu destino. Dentro do apartamento, Dulce estava surpresa com a limpeza e organização. O seu agente era bem atencioso. Anahi foi até o banheiro onde lavou o rosto e viu seu estado pálido no espelho. Agora sim entendia a preocupação de sua namorada, porque sua aparência era péssima, parecia realmente com uma drogada desnutrida.


 


– Está com fome? – Dulce perguntou, encostando-se ao batente da porta.


– Dul... eu não me lembro do que aconteceu. Desculpe-me... – falou baixinho, sensibilizada e entristecida.


 


Dulce caminhou até ela e a abraçou por trás, afundando suas narinas no meio daquele mar dourado, sentindo o cheiro da menor, abraçando-a com mais veemência.


 


– Havia algumas pílulas aqui quando eu cheguei. Vocês estavam misturando com a vodka e o vinho. Eu fiquei tão furiosa, você podia ter se... machucado de verdade.


 


Nesse momento Anahi sentiu um estalo. Ela havia se lembrado do ocorrido, pelo menos em partes.


 


– Dul... eu já sei.


– Lembrou-se?


 


Anahi se virou naquele abraço apertado, que Dulce não desfez e encarou sua namorada.


 


– Leona chegou com um saco e jogou no sofá. Carei e eu estávamos bebendo e então ela pegou o saco vendo que havia umas balas.


– E vocês tomaram sem saber o que era? – Indagou inconformada. – E Leona disse o que era?


– Não, ela havia sumido. Quando ela voltou, a gente já tinha tomado algumas... ai ela veio e tomou com a gente.


– Ela drogou vocês e depois se drogou?


– Eu não sei, eu acho que ela não faria isso... Mas ela deveria saber o que estava carregando.


– Você é tão ingênua, Any. Como pode achar que aquilo é uma bala?


– Eu não sei, eu estava bêbada e a Carei começou a tomar e elas eram coloridas... eu... eu não sei. Eu sou burra! – Desabafou, apoiando sua testa no peito de Dul.


– Tudo bem, o importante é que você está bem, - falou num tom afetuoso, acariciando sua cabeça, enroscando seus dedos nos fios loiros. – Eu fiquei muito preocupada. Desculpe-me, eu me descontrolei. Eu devia... estar mais presente.


– Hum... Você tem que trabalhar também, e eu tenho que deixar de ser tão dependente.


– Eu gosto que você seja dependente, - sorriu, - mas eu não estou tão presente como antes e isso está me deixando preocupada.


– Eu vou melhorar, - falou, erguendo seu olhar. – Sua egoísta! – sorriu em seguida.


Dulce buscou os lábios que tanto ambicionava, e a beijou docilmente, mordiscando alguns pedaços e depois inseriu sua língua para dentro da cavidade cálida, enroscando com a de Any. Ela aspirou o ar a sua volta e tomou mais fôlego para o beijo, movendo sua cabeça de um lado para o outro pausadamente, adorando aquele momento.


 


OoO


 


Voltando a clínica, a situação não era tão interessante para Leona, porque seus pais estavam lá, indignados com o fato dela ter tido uma overdose. No início queriam transferi-la para uma clínica de confiança da família, mas não queriam levar esse tipo de reputação para os médicos que também eram amigos. No final, a alta sociedade ia ficar fofocando sobre a família Sabelio.


 


– Você é amiga dela, certo? Conte-me a verdade, por favor! - A mãe de Leona pediu, olhando para a loura de moicano que estava ao seu lado na sala de espera, indignada com o fato dos pais da morena estarem fazendo tanto escândalo.


 


Kirias mexeu a cabeça de um lado para o outro e suspirou, cruzando os braços. O que ela poderia dizer? Ela ficou olhando para aquela mulher com os olhos cheios de lágrimas e começou a rir baixinho, balançando a cabeça numa negativa.


 


– Do que está rindo? Acha que isso é uma brincadeira?


– Não, eu não acho. Mas se sua filha está numa clínica, internada por causa de uma overdose... eu acho que eu não tenho muito o que falar. - Falou sincero, olhando para aquela expressão de mágoa e tristeza.


 


O médico se aproximou, irritando-se com aquele falatório alto. Ele chamou o casal presente que começou a entrar no quarto, Kirias os seguiu, com as mãos no bolso e a cabeça baixa.


 


– Com licença, mas apenas os familiares. - Avisou o doutor.


– Eu sou irmã adotiva, - respondeu seco. - Eu sei que sou diferente mas...


– Ah, desculpe-me, - o interrompeu. - Eu não sabia, pode entrar, por favor.


 


Kirias sorriu e entrou no quarto, sentindo pena de Leona que estava um pouco atordoada com as milhares de perguntas que seus pais estavam lhe fazendo. Em um momento até sentiu vontade de chutá-los para fora do quarto, mas não podia ter um mau relacionamento com seus futuros sogros, isso é, se a mãe de Leona já não concordasse que a loura era demasiada bizarra e estranha. Após um falatório carregado de sermões, o silêncio veio à tona, deixando Leona mais relaxada. A morena havia acordado no dia anterior, onde ficou sozinha no quarto refletindo sobre o que havia acontecido. Por um momento ficou aérea, sem saber onde estava. Uma enfermeira apareceu e lhe avisou sobre seu estado e antes que pudesse voltar a dormir, Viviane havia aparecido no seu quarto para lhe encher de perguntas. Com isso, ela acabou concluindo o que havia acontecido. No final... a culpa era toda dela.


 


– Como as drogas foram parar no apartamento?


 


Leona revirou os olhos respondeu lentamente como havia encontrado Eduarda no dia, como ela havia aparecido de repente, lhe ameaçado de alguma forma e lhe entregado aquele saco misterioso.


 


– Eu não sabia o que tinha dentro, quando eu voltei, as meninas estavam consumindo e... - Leona falava baixinho, sentindo-se derrotada por ter colocado todas suas amigas no hospital. Aquilo havia sido perigoso, elas poderiam ter morrido. - Eu sinto muito, eu não sabia, eu nunca me deparei com drogas, eu... eu não sabia mesmo. Perdão, eu tenho que me desculpar, eu não queria realmente me drogar... eu estava bebendo e estava um pouco abalada, no final, eu acabei negligenciando a segurança de todos.


 


Kirias queria abraçar a garota a sua frente, que estava despedaçando aos poucos, sentindo-se culpada por sua ignorância e distração. Quanto aos pais preocupados, estes estavam atônitos ao ouvirem o nome da responsável pelo sequestro de sua filha. Talvez ela quisesse tentar novamente!


 


– Aquela mulher foi até você? Filha me diga! - Pediu a mãe, tocando no seu queixo, erguendo seu rosto pálido.


– Temos que cuidar de sua segurança, - falou o pai, que agia friamente diante de toda aquela situação. Isso vinha de sua criação, não era do tipo que se desesperava por qualquer coisa e nem transmitia suas emoções facilmente. A não ser que fosse pressionado.


– Eu estou bem e...


– Não, não está nada bem! - Gritou a mulher, assustando os presentes. - Você não vai voltar para aquele apartamento!


– Mas mãe...


– Não quero saber, pode gritar e me xingar o quanto quiser, - falou com revolta. - Eu não vou mais deixar você livre por aí. Ouviu bem mocinha?


– E o que pretende fazer com ela? - Kirias perguntou, chamando a atenção de Leona que finalmente notou que ela estava na sala, num canto, atrás de seu pai.


 


O casal se entreolhou e depois encarou a loura que começou a se aproximar da cama. Leona apenas a observava surpresa por sua visita. Afinal, nem mesmo Juliana ou Victoria estavam presentes.


 


– O que deveríamos ter feito há muito tempo, - respondeu o pai. - Colocamos um guarda-costas para te proteger.


– Eu não preciso de um guarda-costas! - Leona falou num tom alto, sentindo seus braços e pernas serem algemados aos poucos pelos seus pais.


– Não é questão de querer ou não, nós já colocamos há um tempo. Ela vem te seguindo e te protegendo a distância, mas agora que esse bandido apareceu, eu vou pedir para ela ficar 24 horas com você, - falou o pai com uma voz forte e cheia de decisão.


 


Leona e Kiras estavam chocadas, elas se olharam e depois ficaram encarando os mais velhos, que estavam conversando entre eles.


 


– Há quanto tempo... eu tenho um guarda-costas?


– Há dois meses, e foi ela que nos avisou que você estava aqui, senão não íamos saber, porque suas amigas nem ligaram para nós. - Anunciou a voz feminina. - Você vai morar em casa novamente e ela será sua motorista, não vai mais dirigir sozinha, entendeu?


 


A cabeça de Leona se movia numa negativa, ela queria sair correndo daquele quarto. Quando se lembrou de que Kirias estava ao seu lado, acabou ficando constrangida, ela abaixou a cabeça e colocou a mão na frente de sua boca, sentindo suas bochechas queimarem, ficando avermelhadas. Aquilo era humilhante! Sentia-se como uma criança.


 


– Essa guarda-costas conta tudo para vocês? Por que ela não falou sobre a bandida? - Kirias perguntou, com certa irritação, ela mesmo não estava gostando daquela história. Sua futura namorada - mesmo que Leona não soubesse disso - estava sendo presa no alto de uma torre e teria um dragão de guarda como protetor.


 


O casal respondeu que ela não sabia quem era a Eduarda, porque não a reconhecia. A loura aceitou a resposta de bom grado, mas logo sentiu um frio na espinha ao se lembrar de que estava assediando Leona na rua. Obviamente que ela havia visto. Mas será que ela havia contado para o casal? Kirias os observou por mais algum tempo e ficou pensativa. Talvez ela não falasse esse tipo de intimidade, seria melhor que ela não falasse. Leona acabou dormindo por causa da medicação e do estresse que estava passando, no final sua mãe dormiu no seu quarto e Kirias acabou indo embora. Ela estava triste, porque não havia conseguido ficar a sós com quem desejava.


 


 


OoO


 


Horas mais tarde...


Num bairro mais afastado, a escritora estava bebendo seu chá, enquanto olhava para sua namorada que estava esparramada na poltrona. Carei estava furiosa com o que havia acontecido. Viviane pensou em lhe dar uma bronca por ter se drogado, mas a loirinha ficou tão revoltada com seu estado, que acabou explodindo de ódio e xingando Leona pelos sete ventos.


 


– Aquela idiota! - Carei falou mais uma vez, massageando suas têmporas.


– Calma, eu acho que ela não deve ter feito de propósito.


– Ela é uma idiota, que fica se pegando com aquela prima ridícula!!! E ainda é tão problemática que fica levando essas merdas para compartilhar com a gente...


 


Viviane suspirou, ela não sabia mais o que falar. A escritora havia ido conversar com Leona, tentando entender como as drogas pararam no apartamento, mas não conseguiu arrancar muitas informações, mas podia ver que a morena havia ficado surpresa também.


– Ela parecia surpresa quando eu fui falar com ela.


– Ah, nem quero saber dela. Ela só arranja problemas, - falou com desgosto. - Sabia que ela está saindo com aquela demente da Kirias?


 


Viviane ergueu uma de suas sobrancelhas. Aquilo havia lhe interessado! Agora podia entender o motivo de Juliana estar tão revoltada com a mais velha dos Fenris-Wolf.


 


– Nossa! E quando soube disso?


– Any comentou comigo, eu acabei ouvindo ela conversando com Dulce.


– E elas estão ficando?


– Eu não sei, aquilo é uma putaria, igual no Saint Rosre. Elas ficam se pegando entre elas, é nojento!


 


Certo, Viviane ainda não havia se acostumado com o lado preconceituoso de sua namorada e sabia que ela tinha muita raiva de quem estava falando, então nada disse, ficando apenas a observar a loirinha ficar gritando e gesticulando pelos cantos. A escritora puxou seu laptop e colocou no colo, aquela situação havia lhe dado uma ideia para um certo trecho de sua história, ela não podia perder a oportunidade. Mas quando pensou que ia começar a escrever, Carei pulou e se sentou ao seu lado, agarrando seu braço.


 


– Vamos sair? Eu não aguento mais ficar em casa.


– Carei, eu preciso escrever uma cena. Você pode esperar?


– Ah, como sempre! - Bufou, afastando-se da escritora, indo até o andar de cima da casa, batendo os pés.


 


Carei até poderia parecer uma mimada que só reclamava, o que não era necessariamente mentira, mas ela tinha razão na sua raiva. Viviane dizia que gostava dela, mas dificilmente falava coisas carinhosas, ou então, aparecia querendo fazer sexo, para seguir aquele livro do kama sutra, mas logo se afastava para voltar a escrever. O desejo de Carei era jogar aquele laptop pela janela, mas não tinha coragem para fazer algo tão egoísta e irracional. Ela ficou olhando para seu aparelho celular com tristeza. Ninguém lhe ligava apenas sua mãe que deixava algumas mensagens na sua caixa de entrada, mas não queria esse tipo de atenção.


 


– "Ainda nem fui no barzinho de novo, com certeza Haziel ficou brava comigo" - refletia, enquanto mandava uma mensagem para sua irmã mais velha, sentindo-se uma derrotada, porque já sentia que não seria respondida. Afinal, achava que ninguém gostava dela mesmo!


 


A loirinha se jogou na grande cama de casal e ficou olhando para o teto. Ela precisava estudar para a faculdade, ou melhor, precisava saber o que os professores haviam passado. Em poucos segundos o seu celular tocou, e ela viu a mensagem respondida.


 


"Venha me visitar de vez em quando. Não sei por que fica tão longe de todo mundo. Eu estou precisando de uma boa administradora. Até mais".


 


A loirinha sorriu ao ver aquele convite de sua irmã. Apesar de Haziel não parecer delicada, ela era muito atenciosa. Às vezes se irritava com sua personalidade, mas nunca brigaram realmente. Ela suspirou mais uma vez, e acabou dormindo naquela cama, acordando na madrugada com um beijo molhado em seus lábios, ela se remexeu e sentiu seu corpo se abraçado por trás.


– Viviane? Que horas são?


– Hora de dormir, descanse, - Pediu num sussurro, enquanto os cobria com o cobertor.


Em poucos minutos caíram no sono.


 


OoO


 


Continua...



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Autor(a): lunaticas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38

    Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.

  • ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27

    kd vc? volta apostar please

  • cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55

    adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)

  • cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20

    O Capitulo ta bugado Ç.Ç

  • anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48

    Deu bug no cap

  • rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12

    E essa fic aqui, como fica??

  • rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29

    cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!

  • luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20

    Postaaa maiss...

  • rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03

    POSTA MAIS!!!!!

  • maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19

    posta mais.....bjaum lu


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