Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon
Kirias estava com sua cabeça deitada nas pernas de Madona, a morena cantarolava uma música antiga e em outra língua. Aquilo relaxava o corpo da loura, suas mãos corriam pelas pernas da mais nova, lhe acariciando.
– “Ela me deixa tão calma” – refletiu.
– Você está com fome? – Madona indagou.
– Um pouco – respondeu.
– Eu também. – sorriu – Vamos voltar e jantar.
Kirias se levantou sem pressa, tocou no rosto de Madona e lhe beijou os lábios, sentindo o calor e a calmaria da mais nova ser transferida para o seu corpo.
– Eu me sinto muito bem ao seu lado – falou a loura.
– Eu também. – sorriu – Quer ficar mais um pouco aqui?
– Não, vamos voltar – disse.
Kirias pulou da pedra e estendeu sua mão para Madona que desceu com sua ajuda, as duas ficaram andando pela areia, com as mãos na cintura da outra. Kirias não mostrava se importar com o que os outros pensavam e Madona era calma demais para ficar olhando para os lados, procurando alguém.
O casal passou por um grupo de pessoas que as olharam com surpresa, entretanto não disseram nada. O que mais havia surpreendido não era o fato de duas pessoas do mesmo sexo estarem abraçadas, mas sim que eram duas adolescentes, maravilhosas e ainda por cima mostravam muita paz em seus semblantes.
Ao chegarem ao hotel, o casal caminhou de mãos dadas até a lanchonete, sentaram-se num banco de madeira e ficaram olhando o cardápio em silêncio. Muitos que estavam presentes as olhavam, inclusive as alunas do Saint Rosre que estavam surpresas com a “cara de pau” das garotas. Todas estavam com vontade de beijar suas parceiras, mas elas tinham bom senso.
E nesse ritmo a noite passou finalmente. O segundo dia teve seu final, havia sido turbulento, contudo o sol nascia no horizonte, deixando todo o passado para trás.
O dia amanheceu ensolarado como sempre, era o terceiro dia e as garotas acordaram com mais ânimo, pois dormiram bem. No entanto, apenas uma delas estava com um olhar cansado e cheio de olheiras, era Juliana que estava sentada na areia, abaixo da sombra de um coqueiro.
– Bom dia.
Juliana olhou para o lado, vendo a karateca que se sentou ao seu lado.
– Bom dia – falou sem vontade.
– Você não dormiu não é mesmo?
– Não – respondeu seca.
– Soube o que houve com sua prima?
– Já sei, Dul. Não precisa me falar – disse com irritação.
– Por que fez aquilo?
– Porque ela me irritou – respondeu.
– E você não podia ter conversado com ela? – indagou.
– Dul, cuide de sua vida. Não venha me dar lição de moral, pois você não é nada boazinha quando está brava – disse.
Juliana levantou-se e saiu andando, praguejando alguma coisa. Dulce ficou surpresa, mas não disse nada. A karateca suspirou e ficou olhando para sua amiga se afastar, certamente ela estava sentindo-se culpada, ninguém precisava lhe dar nenhuma lição de moral para que ela se conscientizasse.
Do outro lado do hotel, na parte de trás havia duas piscinas médias. Uma era para as crianças e a outra destinada para os adultos. Hudi e Miles estavam sentadas na borda da piscina, bebendo água de coco.
– Soube o que houve com a Leona? – Hudi indagou.
– Sim – respondeu.
– Aquela Juliana deve ter sido a culpada. Estão falando que foi um ladrão, mas eu duvido muito – disse com irritação.
– Gosta dela não é mesmo? – Miles indagou.
– Ah! Claro que sim, mas não pense besteira – disse com um largo sorriso – somos amigas. Sempre nos demos bem no colégio.
– Ela precisa de ajuda – Miles falou, sorvendo um pouco da água de coco.
– Precisa? Como você sabe? – indagou com surpresa.
Miles suspirou, ela não queria falar sobre a conversa que havia tido com Leona, mas para ajudar a prima de Juliana ela teria que explicar a situação para Hudi.
– Aquele dia que você me encontrou molhada, eu entrei no mar para impedir que ela se matasse – contou.
Hudi paralisou diante aquele fato. Suas orbes pareciam querer saltar para fora de suas pálpebras, sua surpresa se deu por alguns segundos. Quando sua racionalidade voltou, a ruiva começou a indagar sem parar os motivos.
– Ela é infeliz, só posso dizer isso – Miles falou.
– Mas por que não me contou?
– Ela pediu para não contar.
– Mas eu sou sua namorada! – disse com incredulidade.
– Mas é amiga dela. Se eu contasse para você, e você fosse falar com ela, com certeza ela se sentiria traída.
– Mas Miles, ela é minha amiga. Eu sei aconselhar melhor que você! – disse com revolta – e o que disse?
– Que colocaria um sorriso no rosto para fingir ser feliz – respondeu – ela é infeliz.
Hudi deu um tapa no braço da sua namorada e se ergueu, sendo seguido por Miles. A ruiva começou a caminhar pelo hotel com revolta, a fim de procurar Juliana pelos cantos. Se sua melhor amiga queria se matar, a única responsável por isso só podia ser a prima de Leona.
– Onde está indo? – Miles indagou.
– Eu vou falar com aquela idiota!
– Por quê?
– Porque ela precisa ouvir – respondeu – e não me impeça!
– Eu não ia – respondeu seca.
Os orbes carregados de ódio correram por toda a praia, procurando o motivo de toda sua revolta. Sorriu de canto ao ver Juliana sentada próximo ao mar, Hudi pediu para Miles lhe esperar e começou a caminhar até Juliana.
A ruiva parou ao lado de Juliana, que ergueu seu olhar, mas logo voltou sua atenção para o mar, soltando um longo suspiro de tédio.
– Eu sei que foi você, Juliana – Hudi disse.
– E o que você vai fazer a respeito? – indagou com desdém.
– Eu só quero que saiba que você não é nada além de uma mimada metida a gostosona. Só pisa na Leona, porque ela gosta de você, na verdade ela te ama, e você nunca se importou – disse rapidamente, atropelando as palavras, seu nervosismo estava no auge.
– E daí?
– O engraçado é que se ela morrer, você irá ter que conviver com a morte das duas irmãs. E os pais dela vão saber que você foi a responsável, pois eu farei questão de contar – disse – era só isso que queria falar. Agora não quero olhar para sua cara, sua merdinha.
Juliana não respondeu, Hudi não se preocupou em ter uma resposta, ela estava satisfeita. A mais nova se afastou, batendo os pés contra a areia, passando reto por sua namorada que começou a segui-la em silêncio.
Na saída do hotel estava Any, conversando com Haziel e Carei, as duas comentavam o que havia acontecido com Leona. Na verdade, todas as alunas estavam comentando isso.
– Que cruel, ela devia ser presa – Carei comentou.
– Isso só a Leona pode decidir – disse Any.
– E pensar que ela não gosta de mim. Ai... eu preciso me afastar dessa garota – Carei disse cabisbaixa, lembrando-se do olhar raivoso que recebia da ruiva sempre que as duas se cruzavam no corredor.
– Se ela fizesse isso com você, eu a mataria – Haziel falou baixinho.
Any sorriu de canto, Carei começou a xingar a irmã que apenas a ignorava. Haziel não era de falar muito, mas era visível que ela tinha um ar protetor para com suas duas irmãs. A única infelicidade era que ela não tinha força para ir contra Kirias, sua terrível inimiga.
– Eu soube que você vai fazer uma cirurgia no olho – Any comentou, olhando para Haziel.
– Sim – disse.
– Vai querer recuperá-la? Tem chances? – indagou com curiosidade.
– Sim – respondeu.
– O médico falou que sim. Nós ficamos contentes – disse Carei – Amín sente-se mal sempre que olha para Haziel, mas esse problema vai acabar depois da cirurgia.
– Ah! Que bom – Any sorriu – “Haziel é muito bonita para ter esse objeto tampando metade de seu rosto, apesar da cara brava que ela tem. Ainda me dá arrepios” – refletiu.
O trio estava conversando tranqüilamente, ou melhor, Carei e Any conversavam enquanto Haziel estava com os braços cruzados, olhando para as duas em silêncio.
– Bom dia! – Alexia as cumprimentou, aparecendo perante elas.
– Bom dia – Any sorriu.
Carei e Haziel não disseram nada, elas não gostavam de Kirias e suas frustrações eram voltadas para tudo que se relacionava com a loura, e no caso seria Alexia.
– Como vai Haziel? – indagou Alexia.
– Bem – respondeu seca.
– Quer dar um mergulho? – indagou a mais nova.
– Não.
As duas continuaram conversando, na verdade, Alexia perguntava e Haziel respondia. Any e Carei estavam incrédulas com aquele diálogo. O que Alexia estava querendo com Haziel? Não interessava a resposta, pois se Kirias visse, ela entraria em colapso.
– “Oh, não. Kirias vem vindo com a Dul” – Any pensou – “o que a Alexia tem na cabeça?”.
Dulce e Kirias pararam na frente do quarteto. O olhar de Kirias foi voltado para Haziel que sempre a olhava com ar desafiador. Mesmo que ambas brigassem, Haziel sempre apanhava, mas Kirias também recebia boas pancadas, e apesar da mais briguenta das Honoi não saber artes marciais, ela tinha muita força física.
– O que está acontecendo aqui, Alexia? – Kirias indagou, sem tirar seu olhar de Haziel.
– Eu estou conversando – respondeu a irmã caçula – olhe a Madona ali. Vai enxer o saco dela – disse, apontando para um canto.
– Eu não quero você conversando com essa família problemática – Kirias falou.
Any olhou para Dulce que revirou os olhos, aquela situação estava ficando cada vez mais tensa. Como sempre, Haziel não falava nada, ela era reservada. Alexia continuava com um sorriso irritante no rosto, e o humor de Kirias estava indo embora.
Kirias empurrou Carei para o lado com um tapa e fechou sua mão no braço da sua irmã. Ao ver a agressão a sua irmã mais nova, Haziel fechou sua mão no braço de Kirios, apertando com força.
– Hei, hei vamos parando! – Alexia pediu – vocês não conseguem ser civilizadas?
Haziel e Kirias olharam para Alexia com certa surpresa, Carei deu alguns passos para trás, ficando próxima a Any.
– Cansei de ver você implicando com a minha irmã. Se tocá-la novamente, eu não vou mais pegar leve com você – Haziel falou – você pode saber um ou dois golpes, mas minha paciência está no limite.
– Ah! Quem ouve pensa que você é grande coisa – Kirias falou, tentando puxar seu braço para trás em vão, a força que Haziel fazia era superior.
– Eu estou falando sério. Não estamos mais no colégio e eu não tenho vontade de ser obediente para com Cameron, se você me irritar, eu vou quebrá-la – disse friamente.
O nome Cameron chamou a atenção de Kirias, ela olhou de canto para Dulce que também ficou curiosa. O que Cameron tinha a ver com o fato de Haziel brigar ou não no colégio?
O braço de Kirias foi solto por Haziel, a mais alta olhou para sua irmã menor, vendo que ela tremia levemente.
– O que Cameron tem a ver com isso? – Kirias indagou com curiosidade, se ela não perguntasse, Dulce perguntaria ou mesmo Any.
– Não te interessa.
– Ela pediu para você fazer algo? – Dulce indagou de repente.
– Não vou responder – respondeu.
Haziel ignorou as outras perguntas e se afastou das garotas que estavam surpresas. Os olhares caíram em cima de Carei, que se encolheu.
– A sua irmã tinha envolvimento com a Cameron? – Dulce indagou para Carei.
– Ela nunca falou nisso conosco. – Carei disse – Por que querem saber?
– Carei, sua irmã ia ver a diretora? – Any indagou.
– Às vezes – Carei respondeu.
– O que Cameron fazia... er... pedia para ela?
– Eu não sei, – Carei falou com nervosismo – perguntem a Amín. A Haziel não fala muito comigo.
Haziel ficou andando pela praia, afastando-se de todos, ela queria ficar sozinha, não gostava de muito barulho apesar de ser responsável por grande parte das brigas que ocorria no esquecido Saint Rosre. Sentou-se numa das pedras que ficava no final da praia, buscando sossego que não lhe foi permitido, pois a presença de Alexia a incomodou.
– O que quer? – Haziel indagou.
– Eu gosto de você – ela disse – por que não tentamos ser amigas?
– Eu não tenho interesse em você – respondeu.
– Nem como colega? Olhe, eu te acho bonita. Por que não ficamos juntas nos últimos dias?
Haziel riu baixinho, não acreditando na proposta da mais nova. Passou a mão por seus longos cabelos loiros que passavam da altura de seus ombros. Uma grande mecha caia por cima de seu olho enfaixado, ocultando parte de seu rosto.
– Não quer? – Alexia indagou.
A mais velha deu mais atenção ao rosto da mais nova, aceitando que ela era realmente bonita, assim como todas as alunas do Saint Rosre, mas mesmo assim só conseguia lembrar-se de Kirias.
– Não – respondeu.
– Hum... posso beijá-la uma vez? – indagou com desespero. A única pessoa que estava com vontade de se relacionar e que não tinha namorada era Haziel, mas a mais velha a desprezava.
– Ah, se eu te beijar você me deixará em paz? – Haziel indagou com agastamento.
– Hum... talvez. – sorriu vitoriosa – Se for muito ruim, eu deixo você em paz.
– “Garota ousada.” – pensou – Não vá chorar para sua irmã depois.
– Claro que não – sorriu.
Haziel fechou sua mão nos cabelos louros, puxando a cabeça de Alexia com ousadia contra seu rosto. A mais nova gemeu alto com o susto, arregalando os olhos.
Os lábios carnudos de Haziel fecharam-se na boca da menor, sua língua entrou como um furacão, tirando qualquer vestígio de sanidade que poderia restar na mente da mais nova. Suas mãos amassaram o corpo de Alexia, deixando as marcas de seus polegares.
Um arrepio correu pela espinha de Alexia, ela abraçou a cintura de Haziel, buscando mais contato, querendo sentir mais daquele corpo. Sua mão ficou passeando pela tatuagem de dragão que estava no braço da mais velha, sentindo desejo por ela.
Os lábios não ficaram apenas colados, suas línguas pararam de se mover quando Haziel se afastou a fim de começar a chupar os lábios da mais nova, mordiscando-os levemente para depois chupá-los. Alexia não fazia nada, não conseguia reagir aquele ataque.
– Pronto – disse Haziel, afastando-se de súbito – pode me deixar em paz agora.
Alexia estava com os olhos fechados ainda, ela foi abrindo suas pálpebras lentamente, sentindo certa semelhança entre o beijo de Haziel com a da sua irmã mais velha. Passou a língua por seus lábios rubros.
– Outro – Alexia sussurrou.
– Hum?
– Eu quero outro – revelou.
– Vá pedir para sua irmã – falou seca, erguendo-se em seguida.
Haziel começou a andar novamente, tendo Alexia no seu pé, lhe enchendo o saco e pedindo por outro beijo. A mais nova havia sido conquistada com a violência e perversão da mais velha.
– “Aonde fui me meter?” – pensou com desgosto, olhando para a menor que estava lhe importunando.
OoO
Any e Dulce estavam almoçando em silêncio, olhavam para o cardápio, vendo as opções do lugar enquanto mastigavam lentamente. O olhar de Dulce era dirigido aos seios de sua namorada que estava com o corpo molhado coberto apenas pelo biquine, ela havia entrado na água com Carei e a deixado plantada na areia.
– “Quanto tempo ela vai continuar com essa greve ridícula?” – Dulce refletiu – “vou dar um jeito nisso hoje mesmo”.
– “Ela está me olhando estranho” – Any observou – “será que ela ficou irritada que eu fiquei o dia inteiro com a Carei?”.
De repente, algo chamou a atenção do casal, Carei passou por elas com um lindo garoto de mãos dadas que sorria alegremente, comentando alguma coisa.
– A enrustida pegou um garoto – Dulce riu baixinho.
– Eu estou surpresa – Any falou – ela é tão tímida.
– Ela é lésbica, Any – falou com indignação.
– Não é, não, Dul! – disse com agastamento.
– Claro que ela é – falou – ela fica grudada em você, acho que devia ter notado.
– Dul, ela gosta da minha companhia. Isso não quer dizer que seja lésbica, mulheres têm amizades entre si, sabia? – indagou com incredulidade.
Dulce riu baixinho, olhando para sua namorada que continuava a mastigar lentamente, voltando a sua atenção para o cardápio do hotel. Quando finalmente terminaram o almoço, Dulce puxou a loira para andar pela praia.
– Vamos passar protetor antes – Any sugeriu – minhas costas já estão queimadas – reclamou.
Dulce olhou para as costas de Any, vendo que em algumas partes estavam mais avermelhadas. A karateca suspirou e voltaram para o hotel, indo para o quarto da loira, que começou a procurar o seu protetor na mochila.
– Passe também – Any sugeriu.
– Eu não me queimo tão fácil como você, mas vou passar – disse.
Any colocou uma boa porção de creme na sua mão e começou a passar pelo seu corpo. Dulce fazia o mesmo, só que mais rápido, passando em alguns pontos que ela tinha mais sensibilidade. Quando terminou, a karateca puxou o frasco da mão de Any, depositando mais creme na sua mão.
– Vire-se, eu passo nas suas costas – Dulce disse.
– Devagar, pois está um pouco... ai...dolorido – disse, sentindo as mãos pesadas de sua namorada passarem por sua costas.
– Coloque uma camiseta – Dulce sugeriu.
– Acho que vou fazer isso mesmo, mas está tão quente. – falou – Vou assar!
Dulce riu baixinho, ficou passando o creme por toda a região, cobrindo as partes mais vermelhas, quando terminou, virou o corpo de Any e começou a passar por sua barriga, pescoço descendo até os seios de Any.
- Dul... não se aproveita!! – disse Any - não se esqueça da greve.
- Não...não esqueci – falou Dulce mostrando a lingua. – Já passou no rosto?
– Não. Deixe que eu passo.
– Eu passo! – Dulce sorriu.
As mãos de Dulce cobriram o rosto de Any, que começou a ficar branca de tanto creme que a namorada passava. Fechou os olhos com força, temendo que Dulce enfiasse um dedo no seu olho.
– Dul... vai devagar – pediu.
– Pare de choramingar – riu baixinho, aproximando seus lábios do rosto de Any, soltando seu hálito quente, provocando a mais nova – pronto!
Any agradeceu e vestiu uma camiseta branca, saindo do quarto com Dulce. As duas chegaram à praia e começaram a caminhar pela beirada do mar, logo à frente cruzaram com Haziel e Alexia.
– O que Alexia está fazendo?
– O que Haziel está fazendo? – Dulce indagou.
– O que a Alexia está fazendo é a pergunta. Pois a Haziel não é de falar com os outros – Any comentou.
– Ela é caladona mesmo. – Dulce comentou – Alexia deve estar querendo enciumar a Kirias. Ela escolheu uma péssima parceira.
– Eu concordo, – Any falou – isso vai dar confusão. Só problemas... E eu estou preocupada com Leona também.
– Nem me fale. – Dulce pediu – Eu estou me sentindo mal ainda.
– Ah, não foi sua culpa – Any falou – se você tivesse impedido naquela hora, a Juliana ia bater nela depois mesmo.
O casal resolveu entrar na água depois de um tempo, o sol estava muito forte e elas não agüentavam mais andar. A camiseta de Any ficou na areia, juntamente com dois pares de chinelos. Elas correram até a água, sentindo o choque térmico que tanto desejavam.
Any mergulhou, depois emergiu com os cabelos no rosto. Dulce riu baixinho e a ajudou a se recompor.
– O que Haziel fazia com Cameron? – Any indagou.
– Pergunte a ela depois, vocês conversam mais – Dulce disse – eu estou curiosa também. Será que Cameron abusava dela?
– Não sei. Talvez aquela doente fizesse chantagem com ela também – disse – afinal, Haziel tem duas irmãs.
– Hum... será que é isso? – indagou.
– Não sei, mas vamos descobrir. Talvez seja isso – disse.
O casal ficou se olhando, sentindo vontade de se beijar. Any estendeu seu braço e tocou na cintura de Dulce, acariciando-a em silêncio, adorando sentir a sua curva.
– Está desistindo de sua greve idiota? – Dulce indagou.
– Hum... obrigada por me lembrar. Não, não estou – disse, afastando-se da mais velha, dando alguns passos para o lado.
Dulce bufou, frustrada com aquele rompimento. Nadou até Any, abraçou sua cintura com força, ouvindo um gemido da mais nova que ia reclamar, mas não teve tempo, pois uma onda forte as cobriu. A karateca não a soltou e quando a onda passou, Any tossiu levemente.
– Fecha essa boca ou vai beber água – disse num riso alto.
– Me solta... eu bebi água, porque você me segurou – disse com irritação.
E outra onda passou, Any acabou por beber água novamente. Ela apoiou sua cabeça no ombro esquerdo de Dulce, tossindo com força, sentindo o gosto do sal secar seus lábios.
– Solta! – pediu.
– Por que eu soltaria minha namorada?
– Porque eu estou bebendo água, idiota!
– Eu não estou fazendo nada demais – riu.
– Vai quebrar a greve – Any falou.
– Não fiz nada para quebrar. Se você me beijar, eu solto você! – sorriu maliciosamente.
– Ah! Cretina, agora eu entendi seu jogo – falou.
– Agora? Como você é ingênua, Any – riu – olhe a onda!
Any resmungou e recebeu a onda contra seu rosto, ela queria levantar seu corpo toda vez que a onda passava, mas Dulce permanecia parada no mesmo lugar, deixando que todo aquele volume de água batesse contra seu rosto.
– Desista, Any – Dulce pediu.
A loira tossia, passou a mão por seus cabelos e começou a empurrar a karateca para trás, tentando sair daquele abraço apertado. Os minutos foram passando e Any estava esgotada, ouvindo a risada de deboche de Dulce.
– Isso... não é justo – disse ofegante.
– É só você me beijar – Dulce disse – e eu vou te soltar.
– Não!
– Então... olhe a onda! – Dulce sorriu, olhando para a enorme onda que se formava diante dela, dessa vez até a karateca sentiu um frio na espinha. Elas seriam arrastadas. E como previsto, assim que a onda bateu, Dulce segurou o corpo de Any com toda sua força, esmagando-a para que ela não se desprendesse.
Quando a onda passou, Any ficou um tempo imóvel, com os olhos arregalados e a boca aberta, por onde tossia sem parar. Até mesmo Dulce estava ofegante, mas ria baixinho, provocando a mais nova.
– Sádica!
– Gostosa.
– Solta!!!
– Não – respondeu e continuou rindo.
E Any viu outra onda se formando, seu coração começou a bater em desespero. Ela olhou para Dulce e segurou seu rosto com as duas mãos e em seguida lhe beijou os lábios rapidamente.
– Pronto! Agora solta – Any pediu.
– Não – sorriu diabolicamente.
– Mas... mas...
– Eu disse que se você quebrasse a greve, eu ia fazer o que eu quisesse com você – falou – e eu vou fazer o que eu quiser mesmo.
Any ficou desolada, sentiu as mãos de Dulce começarem a tocar sua intimidade sem nenhuma cerimônia, enquanto seus lábios começavam a tocar no seu pescoço.
– “Maldição”.
OoO
No hotel, Kirias estava sentada no chão do quarto, jogando cartas com Madona. A loura não entendia como poderia perder tantas vezes em seguida para aquele rosto angelical.
– Você é muito ruim – Madona riu alto.
– Você só pode estar roubando – Kirias falou com indignação.
Madona riu baixinho, enquanto Kirias embaralhava as cartas. E mais uma partida foi encerrada com a vitória de Madona, a morena se ergueu, espreguiçando-se.
– Cansei de ganhar – Madona falou – vamos fazer outra coisa.
– Hum... gostei disso – a loura sorriu.
– Nada do que você está pensando – Madona falou – eu quero andar por aí.
– Eu já andei muito com você – sorriu – vamos ali no banheiro – falou, apontando para a suíte.
– Não mesmo – falou – eu não gosto que os outros fiquem sabendo do que eu faço.
– Ninguém vai nos ver – Kirias falou.
– Mas vão ouvir, e esse quarto sempre tem gente! – falou – não mesmo.
Kirias puxou a morena pelo braço, ouvindo seus protestos, jogou Madona no interior do banheiro e entrou em seguida com um sorriso satisfeito no rosto.
– Ah, Kirias, por favor – suplicou.
– Hum... eu quero ouvir essa voz manhosa quando eu estiver te beijando – sorriu – tire a roupa.
A mais nova revirou os olhos, cruzou os braços e ficou olhando para Kirias que começava a se despir, jogando suas roupas em cima da bancada de mármore. Quando a loura ficou completamente nua, Madona viu que não teria saída.
– Ainda está vestida?
– Kirias... aqui é tão... sujo – falou, olhando para o chão cheio de areia.
– Hum... eu te coloco sentada nessa bancada – disse a loura, começando a jogar tudo que estava em cima da bancada no chão do banheiro.
Madona foi puxada pela mão, Kirias a colocou sentada na bancada de mármore e começou a puxar a camiseta da mais nova para cima, retirando-a pela cabeça. Depois correu as suas mãos para o short dela, arrancando-a juntamente com a calcinha.
Os lábios de Kirias começaram a resvalar pelos ombros magros de sua amada amante, sentindo o gosto de seu perfume enquanto os suspiros da mais nova invadiam seus ouvidos.
– Eu quis fazer isso desde o primeiro dia, mas você estava com frescura – falou.
– Eu não estava com frescura. Você não largava do pé da sua irmã – disse com impaciência.
– Agora ela não está aqui – Kirias falou – somente você, e eu quero você.
– Já decidiu? – indagou, puxando o rosto de Kirias para olhá-la.
– Sim, e eu escolho você – sorriu.
Madona abriu um sincero sorriso ao ouvir aquilo, e foi ela quem beijou Kirias dessa vez, passando seus lábios macios pela pele da loura. Os dedos finos e longos da morena ficaram acariciando a moicana com atenção, enquanto sentia as mãos de Kirias no seu corpo.
A morena franziu o cenho e gemeu baixo ao sentir os dentes de Kirias começarem a lhe morder a carne. Não tinha como pedir para não fazer aquilo, pois ela adorava, o problema era quando ela cismava em fechar a mandíbula com muita força.
As mãos de Kirias começaram a apertar Madona que fechava os olhos, enquanto seus lábios abriam-se para buscar mais ar. A morena inclinou-se para baixo e beijou o pescoço de Kirios, deixando a sua coluna bem exposta por seu dorso. Os dedos do mais velho começaram a deslizar pela região, sentindo sua ondulação. Kirias puxou Madona, fazendo-a entrelaçar suas pernas em volta de sua cintura. As costas magras da mais nova ficaram coladas à parede fria do banheiro.
– E no final eu vou pisar nesse chão nojento – Madona suspirou, olhando para baixo, vendo a sujeira que as garotas fizeram no cômodo.
– Eu não vou te deixar cair – Kirias disse secamente, beijando os seios da morena – só não fique se mexendo para não perder o equilíbrio.
– Ah... como se isso fosse fácil – riu baixinho – na televisão isso é fácil, nas revistas... mas na verdade, é difícil ficar assim – resmungou.
Kirias riu baixinho com o comentário, tinha que concordar. Madona tinha razão, pois ela estava fazendo muita força para conseguir deixar a morena naquela posição e depois que começasse a se movimentar, com certeza sentiria dificuldades.
Os lábios de Kirios voltaram para a boca que tanto lhe chamava atenção, beijando-a até que ficasse rubra como uma rosa, ficando a admirá-la depois, vendo o brilho que foi ocasionado pela sua saliva. Não resistiu e lambeu os lábios da morena.
OoO
O céu estava começando a perder sua luminosidade, o sol começava a se esconder no horizonte. Contudo, a tarde continuava abafada e muitos turistas estavam no mar, aproveitando a água morna.
Perto das pedras, que ficava no final da praia estava Haziel. Ela não havia conseguido sossego desde que beijou a mais nova.
– Você é irritante – Haziel falou com irritação – me deixe em paz ou eu vou bater em você.
– Não vai não – falou com um sorriso otimista – por que não me dá uma chance? Você já tem alguém?
– Por que não vai fazer ciúme para sua irmã com outra? – indagou.
– Porque... porque... – começou a ficar pensativa de repente, repetindo a mesma palavra até que acabou desistindo. A mais nova abaixou a cabeça e ficou olhando para os seus pés.
– Desistiu?
– Ah... tudo bem. – respondeu – Desculpe, eu te infernizei.
– Que bom que reconheceu – disse – agora me deixe em paz.
– Eu queria ficar sentada aqui – falou, erguendo o olhar.
– Eu que vou, agora sai fora.
Haziel passou pela mais nova, sem olhá-la no rosto, sentou-se numa das pedras e ficou olhando para as ondas que batiam violentamente contra as rochas abaixo. Se alguém caísse ali, com certeza seria arrastado e arremessado contra as pedras.
Alexia sentou-se ao lado da mais velha, Haziel apenas a olhou de esgueira, suspirando com impaciência. Ela não agüentaria o falatório da loira novamente, talvez a jogasse nas pedras para deixar de ouvir seus pedidos e propostas irritantes. Contudo, Alexia não disse nada.
Os minutos seguintes foram de silêncio, apenas o mar se comunicava com os humanos ali presente. Foi relaxante, poderiam ter terminado a tarde pacificamente, mas Alexia tocou no braço da mais velha que lhe deu atenção.
– Poderíamos voltar?
– Volte sozinha – respondeu.
– Eu não me sinto bem – revelou.
Haziel arregalou os olhos e ficou olhando para a face da mais nova, tentando entender o que se passava com seu corpo.
– O que você tem?
– Hipoglicemia – respondeu.
– E?
– E eu não comi nada e estou me sentindo fraca – respondeu – a Any também tem isso. Ela já comentou com você?
– Uma vez – respondeu – uma vez ela sentiu-se mal com minha irmã, e eu a levei a enfermaria – contou – não entendo direito. Mas é melhor você abaixar a cabeça e respirar.
– Hum... é a primeira vez que falou tanto – Alexia comentou, rindo baixinho.
– Por acaso está fingindo? – indagou com irritação – pois se estiver, eu vou te jogar ali – disse, apontando para baixo.
A mais nova sorriu amarelo e abaixou a cabeça, segurando-a com as mãos enquanto forçava sua respiração que saia com um pouco de dificuldade. Seu corpo estava ficando cada vez mais quente por dentro, contudo suas mãos eram gélidas. As suas costas estavam úmidas de suor e uma forte pressão na cabeça era presente.
– “Ela vai cair” – Haziel pensou, tocando no braço da mais nova, seria melhor se afastarem dali, antes que um acidente ocorresse.
Os braços fortes de Haziel puxaram Alexia com facilidade para cima, pegando-a no colo. Afastou-se das pedras com cuidado, olhando para a garota que estava com os olhos semi cerrados. Haziel sentou-se na areia e a colocou ao seu lado, deixando que ela deitasse a cabeça nas suas pernas.
– Estou te enchendo o saco de novo – Alexia falou baixinho, com a voz fraca.
– Sim – disse.
– Eu já melhoro...
– Tudo bem. Fique quieta e concentre-se na respiração.
– Obrigado.
– Por quê?
– Você não me jogou nas pedras – riu baixinho.
Haziel sorriu de canto e não disse nada, voltando sua atenção para o mar.
OoO
Continua...
Autor(a): lunaticas
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As paredes verdes eram responsáveis por deixar o ambiente do quarto mais confortável, o verde remetia a natureza, sendo assim os seres humanos sentiam-se sossegados. No canto do quarto, uma cama de solteiro com cândidos lençóis cobria o corpo de Leona, a morena respirava por uma máscara de oxigênio. Na sua mão dire ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 61
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tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38
Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.
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ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27
kd vc? volta apostar please
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cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55
adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)
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cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20
O Capitulo ta bugado Ç.Ç
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anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48
Deu bug no cap
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rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12
E essa fic aqui, como fica??
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rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29
cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!
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luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20
Postaaa maiss...
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rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03
POSTA MAIS!!!!!
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maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19
posta mais.....bjaum lu