Fanfics Brasil - Capitulo 7 Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon

Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capitulo 7

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As paredes verdes eram responsáveis por deixar o ambiente do quarto mais confortável, o verde remetia a natureza, sendo assim os seres humanos sentiam-se sossegados. No canto do quarto, uma cama de solteiro com cândidos lençóis cobria o corpo de Leona, a morena respirava por uma máscara de oxigênio.


 Na sua mão direita havia uma agulha espetada na sua veia, que era responsável pela entrada do medicamento em seu frágil corpo. Talvez não fosse a surra o motivo de estar internada por tantas horas, mas sim o seu estado de espírito que estava destruído. Não queria abrir os olhos, sua vontade de viver parecia ter dissipado de sua mente.


 Aos poucos Leona abriu seus olhos, sentia que alguém estava ao seu lado por muito tempo. Seus orbes cor de rubi foram se revelando, sentindo a claridade da lâmpada.


 O olhar de Leona focou no rosto que lhe encarava, suas pálpebras abriram e se fecharam algumas vezes até reconhecer o rosto de sua prima mais velha.


 – Victoria?


 – Como está se sentindo, Leona? – indagou com uma voz rouca.


 A morena fechou os olhos e engoliu um pouco de saliva, molhando levemente seus lábios secos.


 – Eu estou cansada – falou.


 – Então descanse – disse.


 – Meus pais...


 – Eles mandaram que eu viesse te buscar – disse – não se preocupe, eu estou cuidando de tudo. Agora, diga-me o que aconteceu.


 Victoria puxou uma cadeira de madeira, arrastando-a pelo piso frio e esbranquiçado, causando um ruído irritante. Arrumou sua blusa preta, passando a mão por sua gola elevada e depois jogou seus longos cabelos negros para trás, deixando-os cair como um manto por suas costas.


 – Diga-me quem fez isso com você – tornou a falar, exibindo seus orbes de um azul escuro e penetrante.


 – Não sei – falou baixinho.


 Um sorriso desenhou-se nos lábios carnudos de Victoria, ela suspirou e passou sua mão pelo queixo de sua prima, vendo os hematomas que estavam ocultando toda sua beleza.


 – Eu não gosto de ver minha prima favorita desse jeito – falou – diga-me o que aconteceu, e eu prometo não fazer nada dependendo de sua resposta.


 Leona riu baixinho ao ouvir as palavras de sua prima, tossiu levemente e tornou a fechar os olhos, ficando em silêncio. Outro suspiro carregado de impaciência e agastamento deixou o corpo da mais velha.


 – Por acaso minha irmã é responsável por isso?


 E não houve resposta, Victoria sorriu de canto e se ergueu.


 – Aonde vai? – indagou com os olhos arregalados.


 – Com esses olhos assustados a resposta é positiva, a estúpida da minha irmã fez isso – falou baixinho – mas se quiser, eu não farei nada.


 – Não faça nada, por favor – pediu.


 A porta do quarto abriu de repente, uma enfermeira adentrou exibindo um largo sorriso para a Victoria. O olhar da enfermeira parou no corpo e na beleza da mais velha, sentindo suas pernas fraquejarem quando mirava seu rosto.


 – Boa noite – ela disse – eu trouxe seu jantar – avisou, olhando para Leona.


 A enfermeira colocou o carrinho de alumínio ao lado da cama da paciente, tocou nas costas de Leona delicadamente, ajudando-a a se sentar na cama, Victoria moveu-se, ajudando a enfermeira. A jovem deixou a bandeja no quarto e saiu com um largo sorriso, despedindo-se unicamente de Victoria.


 – O que temos aqui... – Victoria falava baixinho, examinando os alimentos – arroz, legumes e uma sopa de carne... não parece ser muito bom, mas... é comida de hospital, não tinha como ser melhor.


 – Eu estou sem fome – falou baixinho.


 – Coma Leona – pediu – você está debilitada. Irá se recuperar mais rápido.


 – Eu não quero me recuperar – confessou num sussurro.


 Victoria segurou sua respiração, tentando acalmar seu nervosismo, ela fechou suas mãos nos braços frágeis de Leona, que tentou afastar-se inutilmente.


 – Só porque minha irmã diz que você é insignificante, não quer dizer que seja. Desde quando ela é dona da verdade? Pare de agir pensando nela.


 – Não é somente nela... – falou baixinho – eu não agüento mais a comparação que fazem entre eu e minha irmã. Só você não me compara...


 Victoria balançou a cabeça negativamente, depois segurou a franja de sua prima retirando-a de sua testa. Leona voltou sua atenção para a mais velha que tinha um doce sorriso no rosto.


 – A minha opinião não conta?


 – Clar... claro que conta – disse de repente, com as maçãs avermelhadas.


– Então, coma e se recupere logo, pois eu quero levar a minha prima para o mesmo curso que o meu. Já falei para os meus colegas que você entraria no ano que vem na faculdade – falou baixinho.


 – Falou?


 – Sim. Quer fazer curso de letras, não é mesmo? Quer estudar literatura, certo?


 Leona balançou a cabeça positivamente, sentindo seu pescoço estalar levemente, sua mão esquerda moveu-se para sua nuca, sentindo que havia uma faixa na região. Contudo, seu braço paralisou de dor, ela o retornou na posição inicial, olhando a faixa que o envolvia.


 – Está doendo?


 – Sim – respondeu – eu nem tinha notado essa faixa.


 – Coma seu jantar, Leona. Eu preciso assinar alguns documentos, depois eu conversarei com o doutor para saber quando você terá alta – falou, afastando-se da cama.


 Leona respirou fundo e olhou para a bandeja que estava ao lado da cama. Sua fome era pouca e os alimentos não eram nada atrativos, contudo Leona precisava se esforçar para parar de causar problemas e agradar sua prima mais velha. Com um olhar de desgosto, acabou pegando sopa.


 Depois de tentar tomar a sopa e comer um pouco dos legumes, Leona sentiu vontade de urinar, olhou para o soro que estava ao seu lado e depois para a agulha injetada na sua veia.


 Aos poucos foi se sentando na cama, sentindo sua cabeça latejar. Nunca havia sentido tanta dor de cabeça na sua vida, sua visão começou a ficar turva, no final acabou desistindo de levantar. Ficou sentado, olhando para suas mãos que estavam com algumas regiões roxas.


 – “Eu tentei me defender dos chutes dela...” – refletiu – “ela nem veio me visitar. O que eu estou fazendo? Estou querendo morrer por alguém que nem sequer veio me ver...”.


 Victoria abriu a porta e olhou para sua prima, sua sobrancelha direta se ergueu, indagando em silêncio o que a menor estava fazendo. Ela fechou a porta e caminhou até a cama.


 – Quer ir ao banheiro.


– Sim – respondeu.


 – Eu te ajudo.


 – Acho melhor eu deitar. Minha cabeça... ela está doendo muito.


 


– Muito? – indagou, erguendo as duas sobrancelhas.


 – Sim – falou, tocando na sua testa.


 – Eu vou chamar o médico.


 – Por quê? Eu só quero ir ao banheiro e...


 – Leona, você levou muitas pancadas na cabeça. Você ficou inconsciente por muito tempo. Disseram que você entraria em coma e ficamos desesperados em casa. Não podemos vacilar – disse.


 – Co... coma? – indagou com receio. Essa palavra era muito forte, sempre que viam um caso que entrou em coma, o paciente acordava lesado ou então nunca mais acordava, ficando a dormir até conseguir a eutanásia ou então morria antes mesmo de acordar.


 Victoria deu as costas e saiu do quarto, voltando poucos minutos depois com um velho senhor, com as costas curvadas. Seus olhos eram puxados, era um japonês com a face redonda cheia de rugas que revelava sua elevada idade.


 E o doutor começou a fazer seus exames, mostrando a gravidade da agressão que havia sofrido, surpreendendo a menor que não fazia a mínima idéia de seu estado.


 


OoO


 


Longe do clima hospitalar... O pôr-do-sol estava dando um ar mais charmoso para aquela praia maravilhosa. Dentro do mar, perto da ponta da praia, estava Dulce e Anahi. Ao longe, quem as visse pensava que elas estavam brigando, contudo quem olhasse mais de perto, podia ver que ambas se beijavam.


 – Solta! – Any pediu.


 – Não, você quebrou a greve.


 – Você me afogou – disse com revolta.


 – Não seja tão dramática – riu alto, passando a língua pelo pescoço de Any, sentindo o gosto salgado do mar – vamos sair daqui. Não estou conseguindo te pegar direito.


 – Não, eu não vou sair! – disse revoltanda.


 Dulce revirou os olhos e começou a puxar sua namorada para fora da água com certa dificuldade, pois Any jogava seu corpo para trás, contudo o seu corpo boiava e ficava até mais fácil para Dulce arrastá-la. Quando o casal chegou à beirada, Any estava estatelada na areia úmida, olhando para a karateca que olhava inconformada.


 – Levanta logo – Dulce pediu, colocando as mãos na cintura.


 – Não – disse.


 – Quer fazer aqui mesmo?


 – Tem gente ali nas pedras e estão olhando para nós – disse – você foi suja, Dulce. E eu vou continuar nessa greve até você aprender a ser mulher!


 – Ser mulher? – indagou, rindo algo – eu sou o homem aqui.


 Any continuou com o mesmo semblante, olhando com desafio para a karateca que estava começando a perder sua pouca paciência. Dulce começou a arrastar Any pela areia da praia começando a agarra-la.


 – Você parece àqueles homens da pedra, Dul – Any falou.


 – Ah, e se você parece àquelas mulheres da pedra, Any – disse.


 As pessoas que passavam olhavam para as garotas com certa surpresa e para desviar dos olhares curiosos, Dulce começou a arrastar Any para a água novamente, assim seria mais fácil puxá-la até o hotel. E assim o fez, conseguindo caminhar com mais facilidade. Contudo, Any logo ficou de pé ao ver que estava engolindo água novamente.


 – Desistiu? – Dulce indagou.


 – Não – respondeu, cruzando os braços.


 Dulce sorriu e abraçou a cintura de Any, beijando sua bochecha carinhosamente.


 – Vamos parar de nos evitar – disse – eu estou ficando cansada disso. Só faça greve comigo, se você não quer mais nada comigo.


 – Não puxe por esse lado, Dul. Eu quero muito você – disse baixinho – mas você poderia ajudar a mim quando é preciso. Eu não confio em você, quando está com Kirias. Você sempre fica do lado dela.


 – Está com ciúmes?


 – Um pouco... – confessou.


 – Da Kirias? – riu alto – pelos deuses, Any!


 Any revirou os olhos e então se afastou de Dulce com passos largos, a principio estava envergonhada por expor seus sentimentos, algo que sentia dificuldades e não gostava de fazer, e por ter que ouvir a risada divertida de sua namorada em seguida.


 – Hei, Any! Espera – Dulce pediu, caminhando ao seu lado – não precisa ficar com ciúme, eu só tenho olhos para você – disse, com um largo sorriso.


 – Hump!


 


As duas chegaram até o hotel, Any passou rapidamente pela recepção e foi até o quarto, entrando imediatamente no banheiro e trancando a porta. Dulce deu algumas batidas, mas foi completamente ignorada.


 – “Ciúme? Foi muito bom saber que você sente isso de mim” – Dulce pensou com alegria. O sorriso da karateca era tão grande e lustroso, que havia irritado Any.


Dulce ficou acomodada no batente da janela e pegou o seu maço de cigarros, começando a fumar uma unidade com muito prazer. Fazia um tempo que estava tentando parar de fumar, mas estava sendo difícil ficar livre da nicotina.


 O olhar da karateca desviou para a garota que adentrou no quarto, era Juliana que estava ali, com a cabeça baixa e um olhar um pouco constrangida. Ela sentou-se numa cama e colocou seus pés em cima de uma almofada.


 – Como está sua prima? – Dulce indagou, tragando seu cigarro.


 – Não sei – respondeu.


 – Não vai visitá-la?


 – Não.


 – Por quê?


 – Para quê eu iria? – indagou com irritação.


 – Por que quer tanto negar que gosta dela? – Dulce indagou – eu sempre pensei nisso.


 – Pensou? – riu baixinho.


 – Sim – respondeu – você me disse que gostava muito dela uma vez, quando nós bebemos.


 – Ignore quando eu estou bêbada – retrucou, suspirando em seguida – eu falo demais.


 – Mas foi sincera pelo menos – Dulce disse – você disse que amava sua prima, mas tinha medo de gostar de alguém novamente, ainda mais sendo da mesma família da sua antiga namorada.


 – Dul, eu não quero falar sobre isso – disse.


 – Será que precisa beber para conversar comigo? – indagou com um leve sorriso – você está sendo estúpida, Juliana.


 – E você não é diferente de mim, Dul – disse com amargura.


 – Pelo menos eu estou com quem eu gosto – disse secamente – eu tenho a Any, mesmo fazendo minhas besteiras. E você? O que você tem?


 Juliana não respondeu, afundou sua cabeça no travesseiro e fechou os olhos, ficando a refletir.


 


– Ligue para ela pelo menos – Dulce sugeriu – sua prima gosta muito de você, mas ela vai acabar se cansando. E é bom saber que tem outras garotas que gostariam de ficar com ela.


 – Quais garotas? – indagou num tom alto.


 Dulce riu baixinho ao ver a reação de Juliana a suas palavras. Certamente que a ruiva morreria de ciúmes caso visse sua prima menor nos braços de outra pessoa.


 – Não preciso responder, você já sabe quais são. No quarto ano, havia três garotas que queriam ficar com ela e você sempre deixava Leona a mercê delas. E também, tem duas garotas do terceiro ano – falou baixinho – agora vai começar a faculdade, ela vai conhecer gente nova...


 – Já chega Dulce! – gritou, sentando-se na cama.


 Dulce olhou para sua amiga friamente, saboreando seu cigarro, enquanto ouvia o chuveiro sendo desligado no banheiro. Os minutos se passaram, e a porta do banheiro foi aberta por Any que adentrou no quarto com uma toalha enrolada no corpo.


 A loira foi até a sua mala que estava jogada no chão, embaixo de uma cama e pegou um short jeans e uma camiseta preta. Sentou-se na cama e colocou a camiseta primeiro, depois vestiu sua calcinha e seu short, sendo observada por Dulce. Quando terminou, passou a mão por seus cabelos úmidos e sentou-se na cama.


 – Como está Leona? – Any indagou.


 – Não sei – Juliana respondeu com irritação.


 – Não falou com ela ainda? – indagou com surpresa.


 – Não – respondeu seca – e não quero falar sobre isso.


 – Ela está bem irritadinha, Any. Melhor deixá-la – Dulce falou – a Juliana só vai tomar jeito quando ver a sua prima namorando outra pessoa. E isso logo vai acontecer, e no futuro, Leona vai odiá-la.


 – Ah, com certeza, Dul – Any falou – ninguém gosta de ser pisado, mesmo que Leona a ame, outra pessoa vai oferecer coisas a Leona que ela não recusará.


 Juliana olhou indignada para o casal que falava abertamente do seu relacionamento como se ela não estivesse ali. A ruiva bufou e saiu do quarto com passos pesados, provocando um riso no casal. Juliana passou pelos corredores e saiu do hotel, sentando-se num banco de madeira. Pegou seu celular e ficou olhando para sua agenda telefônica, vendo o nome de sua prima.


 – “Será que... bati tão forte?” – refletiu.


 Ela começou a discar o número que já sabia de cabeça. Os segundos a seguir foram de espera, até que a ligação foi atendida. Contudo, não havia sido Leona que atendeu ao telefone, Juliana reconhecia aquela voz.


 – Alô!


 – Juliana?


 – Sim, sou eu. Passe para a Leona – disse com agastamento.


 – Juliana, minha irmã. Quanto tempo. Como está sua saúde?


 – Poupe-me, Victoria. Passe para a Leona – falou com irritação. Odiava o cinismo de sua irmã.


 – Ela está comendo agora, e foi difícil eu fazê-la comer, portanto vai segurando sua onda aí.


 – Como... ela está? – indagou com receio.


 – Quer mesmo saber? Por que não sai da suas férias super divertidas com suas amiguinhas e venha visitá-la?


 – Diga logo, Victoria!


 – Nada bem, nada bem. Você conseguiu quebrar o braço dela, quase a deixou em coma, ainda tem hematomas pelo corpo, ela nem consegue andar até o banheiro... coisas do tipo.


 – Como assim coisas do tipo?  – indagou com a voz vacilante, sentindo seu coração acelerar.


 – Você parece assustada. Acho que nem percebeu o estado que deixou nossa querida prima. Mas não se preocupe, eu vou cuidar dela.


 – Deixe-me falar com ela.


 Juliana ouviu um diálogo baixo, ouvindo a voz de Leona e depois voltou a ouvir a voz de sua irmã.


 – Ela não quer falar com você.


 – Mentira! Passe logo para ela.


 – Você não acredita que ela esteja cansada de você? Oras, Juliana meu amor, ela cansou de ser maltratada. E eu também cansei de ver você machucando minha priminha, portanto, vamos ter uma séria conversa em casa.


 – Eu estou pouco me lixando para você. Depois eu falo com ela, sua mentirosa.


 – Como quiser. Vou desligar, pois preciso ajudar Leona a se levantar, sabe como é, né? Ela não consegue fazer nada sozinha, pois seu corpo não funciona direito.


 


Juliana desligou o aparelho rapidamente, não querendo ouvir mais nada de sua irmã. Ela não pensaria que Victoria estaria ao lado de Leona tão rápido.


 – “Não consegue se levantar?” – indagou em pensamento – “eu não bati tanto”.


 Juliana refletiu, voltando as memórias da noite que bateu na sua prima, lembrando dos gemidos e gritos que ela dava a cada golpe que lhe acertava.


 – “Ah, eu bati forte sim” – admitiu em pensamento – “eu estava fora de mim. Por que ela me provocou tanto?”.


 A ruiva passou a mão por seu rosto suado, massageando suas têmporas, ela não conseguia mais negar que estava realmente preocupada com o estado de sua prima e que o remorso começava a consumi-la. Encostou-se no assento do banco e fechou os olhos, pendendo a cabeça para trás.


 


OoO


 


Haziel e alexia chegaram à recepção do hotel, a mais velha estava segurando o braço da menor, assegurando-se de que ela não cairia no meio do caminho. As duas caminhavam em silêncio pelo corredor, quando cruzaram com Amín.


 – Haziel, o que você está fazendo? – indagou num tom elevado, olhando para sua irmã.


 – Nada demais, essa pirralha sentiu-se mal – respondeu seca.


 Amín olhou para alexia, vendo que suas faces estavam pálidas e depois voltou seu olhar para a irmã.


 – Deixe-a no quarto, a Kirias cuida dela – falou – não quero ver você apanhando.


 – Aquela idiota não vai mais bater em mim, Amín, eu não tenho motivo para me conter agora – falou.


 – Se conter? – alexia indagou – você está dizendo que minha irmã batia em você porque você deixava? – riu baixinho – não zombe dela.


 Haziel suspirou e soltou o braço da menor que sentiu falta daqueles dedos quentes que a envolviam, a mais velha entrou no quarto deixando Amín e Alexia no corredor.


 – Fique longe da mina irmã, não queremos problemas – Amín disse, entrando no quarto também.


– “Menina chata” – pensou Alexia, entrando no quarto que Kirias estava hospedada, olhando para o cômodo vazio, contudo acabou ouvindo alguns sons que vinham do banheiro.


 A loura bateu na porta lentamente, vendo que o barulho parou.


 – Não enche – a resposta foi rápida e Alexia reconheceu a voz de sua irmã.


 – Kirias, sou eu. – falou baixo – Eu preciso falar com você.


 – Agora não!


 – Eu não estou me sentindo bem – falou baixinho – saia logo do banheiro, ou me deixe entrar.


 E dentro do banheiro, madona revirava seus olhos. Ela estava excitada e pronta para receber o corpo de Kirias dentro do seu, contudo o terror de sua vida amorosa estava batendo na porta.


 – O que você quer? – Kirias indagou com irritação.


 – O que você está fazendo? – Alexia indagou, encostando o ouvido na porta de madeira.


 Madona colocou seus pés no chão, e olhou para baixo, vendo a areia começar a sujar seus pés. Kirias passou a mão por sua cintura, impedindo que ela se afastasse e depois a beijou no pescoço.


 – Eu estou com a Madona, agora não me enche o saco – Kirias respondeu, sentindo seu coração vacilar uma batida por estar dispensando sua irmã daquela forma tão fria.


 O silêncio que Alexia fez deixou Kirias incomodada, ela olhou para Madona que lhe analisava e depois olhou para a porta. Ela não sabia o que fazer. Sentia muita excitação no momento e queria terminar o que havia começado, mas não conseguia mais se concentrar na sua atual namorada.


 Kirias começou a beijar o pescoço de Madona, tentando retomar o que havia começado, contudo sua mente estava na irmã menor que provavelmente estava parada em frente à porta. Madona sentia a frieza da mais velha começar a lhe irritar, empurrou Kirias para trás e balançou a cabeça negativamente.


 – O que você quer Alexia? – indagou Madona.


 – Não quero falar com você – respondeu a loura.


 – Não vai sair daí? Por que não pára de nos incomodar? – indagou com certa irritação, finalmente estava perdendo a paciência com a irmã mais nova.


 – Kirias, eu não me sinto bem – Alexia falou.


 – Ela só pode estar fazendo drama – disse Madona, olhando para Kirias.


 A loura passou a mão por seu moicano, puxando alguns fios para com força, machucando seu couro cabeludo. Ela estava com raiva da situação atual.


 – Você me escolheu, não é mesmo? – Madona indagou alto e em bom som.


 – ESCOLHEU? – Alexia indagou num rugido, socando a porta – Kirias! Você escolheu? Escolheu?


 Kirias abaixou a cabeça, sentindo suas costas pesarem, passou a mão pelos fios negros de Madona e depois a abraçou, afundando sua cabeça na curva de seu pescoço.


 – Então que fique com ela, sua ingrata, mentirosa, falsa... você mentiu para mim Kirias, disse que me amaria para sempre – gritou, voltando socar a porta – você me impediu de conhecer muitas coisas, me prendendo no quarto todas as tardes e agora me joga fora! Que fique com ela então, que vocês sejam felizes!


 A loura arfava diante da porta, ela saiu do quarto com passos rápidos, sentindo sua cabeça doer levemente. Ela ainda sentia tontura, a mais nova entrou num quarto, dando de cara com Dulce e Any que estavam conversando em cima da cama.


 – Alexia, você está bem? – Any indagou.


 – Não, Any... eu tenho hipoglicemia como você – falou – poderia me ajudar?


 – Ah, claro! – sorriu, erguendo-se e indo até a menor com Dulce ao seu lado – sente-se na cama, eu vou empurrar sua cabeça para baixo e você faz força para cima, respirando bem fundo, tudo bem?


 Alexia concordou e deixou-se ser guiada por Any. Dulce estava em pé ao lado das duas, observando Alexia que estava pálida, contudo algumas partes de sua face estavam avermelhadas, assim como as veias de seu pescoço que estavam saltadas.


 – Aconteceu alguma coisa, Alexia? – Dulce indagou.


 – Minha irmã me dispensou – falou baixinho, com os olhos cheios de lágrimas.


 Any e Dulce se olharam com surpresa e não disseram nada, não querendo perturbar a menor que começou a chorar baixinho.


 – Ela preferiu aquela lesma – continuou falando, sentindo sua voz sair fraca – e disse que sempre ia ficar comigo. No começo... eu não queria ficar com minha irmã, eu achava errado... eu não aceitava, mas ela insistiu, forçou, até que eu aceitasse...


 – Eu sinto muito. – Any falou – Você deve conversar com a sua irmã.


 – Eu conversei com ela. E ela disse que não me ama mais como antes – falou. – Falar com Kirias é igual a falar com uma parede fria e sem emoção. Ela não se importa!


 Any começou a fazer um leve carinho nos cabelos louros da menor, sentindo pena de seu estado. A respiração de Alexia começou a ficar mais acelerada, ela tombou para o lado desmaiando em seguida.


 – Ela logo acorda. – Any falou –Vá pegar algo para ela comer, Dul.


 – O que eu compro? – indagou a karateca.


 – Compre um suco e um lanche natural, se der, algumas barras de chocolate – falou – vai logo!


 A karateca saiu com passos rápidos do quarto. Any arrumou Alexia na cama, observando-a com atenção enquanto fazia um leve carinho na sua cabeça.


 Minutos depois, Dulce apareceu com o que havia comprado. Ela colocou em cima de uma cômoda de madeira e olhou para a loira que estava com os olhos abertos.


 – Beba esse suco – Any ofereceu.


 – Obrigada – agradeceu, pegando o copo com suas mãos frágeis, começando a bebê-lo.


 – Eu vou chamar Kirias – Dulce falou – ela vai ficar preocupada.


 – Ah, não vai ficar não. Eu fui chamá-la... ela nem ligou – disse com amargura.


 O casal voltou a se olhar sem saber o que dizer e então começaram a oferecer os alimentos para Alexia que os aceitou com agradecimento, dizendo que retribuiria mais tarde.


 


OoO


 


No banheiro, Kirias e Madona não conseguiram mais seguir adiante. A morena começou a se vestir, e sentou-se no assento da privada, olhando para Kirias que ainda estava desnuda.


 – Vamos embora – disse madona.


 – Por que se vestiu?


 – Porque você está com essa cara de enterro – falou.


 Kirias fechou seu punho e golpeou o azulejo do banheiro.


 – É minha irmã, eu fiquei abalada. Você poderia ser compreensível – disse com irritação – não precisava falar com ela também.


 – Não precisava? Então você não ia contar para ela que me escolheu? – indagou com amargura – Que bom saber disso.


 – Eu ia falar, mas não desse jeito, sem nem olhar na cara dela – falou – ela é minha irmã e não uma namoradinha que eu tive.


 – Eu sou uma namoradinha então?


 – Eu não disse isso. Eu odeio quando colocam palavras na minha boca – disse, olhando para Madona.


 – Você odeia muita coisa. Isso não é bom, Kirias. – disse – Vá falar com sua irmã, eu não vou deixar você tocar em mim desse jeito.


 Kirias respirou fundo e caminhou até Madona passando a mão por seu rosto, segurou seu maxilar e fechou os seus lábios na boca da menor, devorando-a, passando sua língua pelos cantos.


 O corpo de Madona foi puxada para cima e jogada contra a parede, voltando ser atacada pelas mãos de Kirias, puxando suas roupas para baixo, arrancando-as.


 – Pode... pode parar – madona mandou – desse jeito eu não quero.


 – E como você quer então?


 – Você está com raiva e eu não quero ser seu alívio – disse com revolta, empurrando Kirias para trás.


 – Eu não estou com raiva – disse.


 – Não? – riu baixinho – Vamos Kirias, você não é ingênua. É a pessoa mais perspicaz que eu conheço. Pare de mentir para mim.


 – Tudo bem, minha raiva passou. Vamos continuar agora? – indagou.


 – Não quero mais – disse – eu perdi todo o clima.


 – Que clima foi perdido? Eu estou aqui com você – disse – “ela só pode estar com ciúme” – pensou em seguida – Por acaso está com ciúme?


 – Claro que sim – respondeu – você me largou agora. O que queria que eu sentisse?


 – Eu escolhi você – falou.


 Kirias afastou-se, jogando seus cabelos para trás, ela suava um pouco. A loura vestiu suas roupas rapidamente, olhando para Madona que continuava com o mesmo semblante sério, puxou a morena pela mão e saiu do banheiro.


 – Pronto, estamos aqui. E agora o que você quer fazer? – Kirias indagou.


 Madona sentou-se na cama e encostou-se na cabeceira, olhando para a loura que parecia que ia explodir a qualquer momento.


 – Nada – respondeu – o que você quer fazer?


 Kirias revirou os olhos, se aproximou da janela e debruçou no batente de madeira, ficando a olhar para baixo. A loura olhou para a janela do lado, vendo uma fumaça de cigarro sair da janela, inclinou mais a cabeça e viu o cotovelo de Dulce.


 – Dulce! – Kirias a chamou.


 A karateca colocou a cabeça para fora e olhou para a loura. Agora as duas estavam debruçadas, uma olhando para a outra.


 – O que está fazendo aí? – Kirias indagou, tentando puxar algum assunto para ignorar a sua irritação.


 – Estou aqui com a Any – respondeu – e o que está fazendo?


 – Estou aqui com Madona – falou – ela desistiu da greve?


 – Não – Dulce respondeu com agastamento – Any adora me deixar triste.


 No quarto, Any ergueu as sobrancelhas e olhou para a face de Dulce que não havia se alterado em absolutamente nada.


 – Mas descobri que ela tem ciúme de mim. Isso é bom, não é mesmo Kirias? – indagou com um leve sorriso.


 – “Ah, Dulce sua maldita. Não vai ficar falando isso para todo mundo!” – Any pensou com revolta, mas ainda estava incomodada com a frase anterior de sua namorada.


 Alexia estava comendo em silêncio, ouvindo a voz de sua irmã, quando ela ouviu o nome de Madona, seu coração desacelerou uma batida, ficando com a face triste.


 – Dul, vamos sair para beber? – Kirias indagou.


 A karateca riu baixinho e respondeu:


 – Vamos, e precisamos levar a Juliana também!


 – Aquela idiota... olhe ela ali embaixo – Kirias falou, olhando para um banco – JULIANA! – gritou.


 E no térreo do hotel, jogada ao banco de madeira, Juliana abriu seus olhos vendo as cabeças de Dulce e Kirias. A ruiva respirou fundo e depois centrou seu olhar nelas.


 – O que foi? – indagou num tom algo.


 – Vamos beber! – Kirias falou.


 – Agora? – indagou a ruiva.


 – Sim, estamos precisando – Dulce respondeu – Kirias está em crise, você está com problemas e a minha namorada não me quer! – falou.


 Any estava preste a empurrar Dulce da janela se ela voltasse a gritar sobre sua vida pessoal daquela forma.


 – Desçam aqui! – Juliana disse, levantando-se do banco.


 Kirias colocou sua cabeça para dentro do quarto, olhando para Madona que estava surpresa com o encontro que Kirias havia marcado com a cabeça para fora da na janela.


 – Eu vou beber – disse a loura – depois você pensa se quer ou não ficar comigo.


 – Você sabe a resposta – madona falou.


 – Sei? – indagou com um sorriso amarelo – você só me dispensa. Eu nem consegui fazer sexo com você ainda.


 – Amar não é só sexo – falou – e eu não sou que nem Any para ficar transando toda hora, ou como a infeliz da Leona – disse.


 Kirias não comentou, olhando com irritação para a morena, saiu do quarto e começou a se dirigir para onde Juliana estava. E no outro quarto, Dulce estava calçando seus chinelos.


 – Como assim eu não te quero e te faço triste? – Any indagou.


 – Mas é o que você está fazendo – respondeu a karateca, ascendendo outra unidade de cigarro – você me recusou desde que chegamos, isso me deixou triste.


 – E como assim eu não quero você? – indagou com revolta.


 – E você por acaso me quer? – indagou – ora Any! Eu fiquei te arrastando pelo chão. Você acha que eu gostei de te forçar a me beijar?


 Any abriu a boca para responder, mas não conseguiu, abaixou a cabeça e ficou olhando para o piso do quarto. Dulce passou a mão pela cabeça de Any e depois ergueu seu queixo.


 – Eu vou me divertir com as garotas, faça o que sentir vontade também – falou – amanhã de manhã conversamos. E as férias já estão acabando, eu queria ter aproveitado mais com você.


 A karateca saiu depois dessas palavras, deixando Any com tristeza. Alexia mastigava seu lanche em silêncio, olhando para Any com certo pesar, apesar dela encontrar-se no mesmo estado.


 – Any...


 – Hum?


 – Vamos beber também?


 – Ah?


 – Vamos beber! – disse – por que só elas podem? Vamos! Chame suas amigas e vamos cair na gandaia.


 Any achou a idéia muito estúpida a princípio, mas não podia negar que Alexia tinha razão. A loira levantou-se e pegou seu celular, ligando para Hudi.


 – Alô?


 – Sou eu, Hudi. O que está fazendo?


 – Estou largada na areia, olhando para minha namorada que não fala comigo – respondeu com um riso baixo.


 – Vamos beber?


 – Beber?


 – Sim. Eu vou chamar outras garotas também – falou.


 – Tudo bem, onde nos encontramos?


 – Na entrada do hotel daqui há dez minutos – falou.


 – Sim, e eu não vou levar você Miles... – Any ouviu Hudi falando.


 – Vou desligar – Any disse – até.


 A loira voltou a discar o número de Amín, mas alexia segurou sua mão e puxou o aparelho.


 – O que foi? – Any indagou.


 – Não chame  Amín – pediu.


 – Por quê?


 – Ela não gosta de mim e... e... eu estava interessada... er... na irmã dela – falou com certo constrangimento.


 – Interessada? E Kirias? – indagou com surpresa.


 – Se minha irmã me ignora com outra, eu vou ignorá-la também – falou – ligue para a Haziel.


 – Não posso convidar a Haziel sem convidar a Amín! – falou.


 – Eu convido então – disse, começando a discar para Haziel. Any ficou surpresa com as ações da mais nova, mas não podia se esquecer que Alexia tinha o mesmo sangue de Kirias, sendo assim, ela também era impulsiva.


 Alexia sorriu ao ouvir a voz seca de Haziel ao telefone.


 – Não é a Any. Sou eu, alexia.


 – O que você quer?


 – Vamos sair e beber?


 – Não.


 – Vamos à lanchonete no hotel daqui há uns vinte minutos. Eu te espero lá.


 – Vai ficar esperando.


 – Eu quero muito que você vá, afinal as férias estão acabando... aproveitar dois dias será muito bom para nós.


 – Vou desligar.


 – Tudo bem, até mais.


 Alexia suspirou, olhando para Any que estava surpresa com o diálogo. Ela ouviu as repostas de Haziel, pois estava muito perto do aparelho.


 – Você se sente melhor? – Any indagou – Se beber, você sentirá muita tontura.


 


– Eu quero extravasar hoje, Any – disse.


 A loira acabou acatando, colocou uma regata preta um shortinho branco, prendeu o cabelo fazendo um rabo de cavalo, calçou seu par de chinelos vermelhos e saiu do quarto com Alexia, que estava com um short jeans e uma regata azul marinho.


 – Eu vou ligar para Carei também, e nós iremos! – disse, pegando seu celular.


 Elas encontraram Hudi que estava animada para cair na gandaia junto com suas amigas, ela ficou surpresa com a presença de Alexia, mas não comentou nada, recebendo uma explicação de Any posteriormente. Carei apareceu logo depois, com um largo sorriso no rosto.


 O quarteto chegou à lanchonete e se sentou numa mesa bem afastada do outro trio que as olhou com surpresa quando entraram no local. Hudi estendeu a mão e começou a fazer os pedidos.


 


OoO


 


Continua...


 



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Autor(a): lunaticas

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Era o final do terceiro dia, as garotas estavam no bar enchendo a cara. Ninguém perguntou se havia alguma menor de idade na mesa, sorte para Alexia, pois conseguiu beber a vontade. As garotas riam alto e comiam algumas coisas.  Na outra mesa, Dulce olhava para sua namorada com um pouco de irritação, no final Any estava se divertindo também, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38

    Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.

  • ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27

    kd vc? volta apostar please

  • cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55

    adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)

  • cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20

    O Capitulo ta bugado Ç.Ç

  • anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48

    Deu bug no cap

  • rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12

    E essa fic aqui, como fica??

  • rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29

    cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!

  • luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20

    Postaaa maiss...

  • rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03

    POSTA MAIS!!!!!

  • maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19

    posta mais.....bjaum lu


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