Fanfics Brasil - Capítulo 42 Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon

Fanfic: Iпtεrпαto Fεmiпiпo- Continuação - Portiñon | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capítulo 42

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Enquanto isso, em outro bairro mais distante.


Viviane estava na sua casa, jogada no sofá com o notebook em cima de suas pernas. Parou de escrever por um instante quando viu que havia recebido um e-mail. Sorriu ao ver o remetente e acabou abrindo, lendo as palavras ali descritas. A facilidade que Carei tinha em escrever era cômica se fosse comparar com sua habilidade de se expressar pessoalmente.


 


“(...)sinto sua falta. Eu errei e vi como errei. Como posso ter seu perdão?”.


 


A mensagem era clara. Contudo Carei não batia na sua porta, não lhe ligava, mas sim mandava e-mails ou mensagens de celular, esperando que a morena respondesse e dissesse que estava com os braços abertos a sua espera. O jeito fácil de pedir perdão. Sem mostrar o rosto. Pensou em responder ao e-mail, escreveu um rascunho no programa de edição de texto e então apagou com frustração. Por que tinha que responder? Nem era completamente apaixonada. Tossiu levemente e desistiu de escrever. Sentia-se frustrada, foi traída e ainda estava sem inspiração para seu romance policial. Havia lido livros a respeito de investigação e leis criminais, contudo nada estava lhe inspirando a escrever. Fazia mais de dois meses que não encontrava a loirinha. Da última vez se encontraram por acaso num shopping. Viviane estava almoçando na praça de alimentação com uma amiga, quando Carei apareceu e acenou, depois ficou sentado numa das mesas lhe olhando como uma criança perdida. Não se aproximaram.  A morena se levantou, caminhou pela sala e os olhos foram à prateleira de madeira, vendo o livro “Kama Sutra”, que a loirinha havia comprado para tentarem fazer novas posições no sexo e assim, quem sabe poderia desinibir a loirinha. Contudo, parecia que Carei havia achado alguém interessante na noite para se aventurar. E isso deixava a mais velha amargurada. Na cozinha, colocou a água quente no fogo e pegou sua caixa de madeira onde havia vários sachês de chás. Escolheu um roxeado, sabor amora, colocou na xícara e retirou a chaleira assim que começou a sair fumaça, colocou a água fervendo no recipiente e viu que o líquido transparente adquiria uma tonalidade rosada.


 


– “Mas que merda... Eu nem gostava dela mesmo! Por que a idiota da Anahi teve que trazer aquela imbecil aqui?” – Ponderava, levando a água quente à boca sem cuidado algum, quando se queimou, quase jogou a xícara para o alto e então xingou em voz alta.


 


Na sala o celular tocou e até lá caminhou e viu que havia recebido outra mensagem de Carei.


 


– Merda, por que eu ainda não mudei de número? – Pegou o aparelho, viu o início da mensagem e voltou a ler.


 


“Recebeu meu e-mail? Podemos marcar algum lugar para conversarmos? Eu sinto muito, eu sei que fiz merda. Eu me arrependo tanto, me perdoe”.


 


– Não é possível. Alguém deve ter ditado essas mensagens para ela, porque não reconheço essa Carei, - murmurou, e então pegou o número de celular e ligou para a loirinha. Daria um fim aquelas mensagens e e-mail de uma vez por toda.


 


Ficou esperando, ouvindo o som do celular chamando, chamando, até que caiu na caixa postal.


 


– Mas que filha da puta! Como assim não vai me atender? – Indagava com revolta, jogando o aparelho no sofá com toda a euforia.


 


Parou de xingar em voz alta quando ouviu a campainha tocar, foi até a janela e viu a moto e o entregador de comida ali parado. Pegou o dinheiro que estava em cima da mesa e saiu, fechando o roupão xadrez. Deu um singelo “boa noite”, pegou a comida e entregou o dinheiro exato, afastando-se para o interior de sua casa.


Quando adentrou o celular começou a tocar, ficou pensando em quem seria. Foi ao aparelho e viu um número não identificado.


Atendeu.


 


– Viviane? – A voz baixa e quase infantil fez a mais velha reconhecer quem se tratava, ficou em silêncio, deixando apenas a respiração ser ouvida. – Viviane? Sou eu, Carei. Eu pensei que nunca ia querer falar comigo. Er... Po-podemos nos encontrar? Eu... Eu... Quero falar com você.


– O que quer falar comigo? Pode falar por telefone.


– Sobre nós... Digo, sobre como terminamos... Sobre tudo.


– Não existe mais “nós”, não temos mais nada. Você me traiu, me deu o pé na bunda e jogou sua irmã e sua mãe para cima de mim. O que mais você quer?


– Eu sei que está brava, eu fiquei brava também, eu estava... Estava confusa.


– Então foi Fo*der com uma mulher na balada? Muito bom.


– Não... Eu... Eu quero falar com você pessoalmente.


– Certo. Passe na minha casa, fale o que tiver vontade e depois vá embora. Está bom, assim? Mas não precisa trazer nenhum guarda-costas, eu não vou te atacar.


– Eu prefiro que seja em outro lugar.


– Outro lugar? Ah, sim, quer que eu saia da minha casa para falar com você? Aonde seria, princesa?


– Não... Não fale assim. Eu acho que podemos almoçar amanhã...


– Não terei apetite algum. Mas se isso vai fazer você sair do meu pé, eu concordo. Vamos à praça de alimentação do shopping, um lugar movimentado, onde você pode pedir ajuda a quem quiser caso fique com medo de mim.


– Amanhã por volta das duas horas. Pode ser?


– Pode, Carei. Pode ser. Na frente da lanchonete que nos vimos da última vez, eu estarei sentada ali. Agora vou desligar, eu preciso escrever.


– Certo, eu estou feliz por te ver. Até amanhã, então.


Viviane nada mais disse, desligou com o coração acelerado. Sentou-se no sofá e ficou olhando para o teto, passou a mão pela cabeça e soltou toda a respiração.


 


– “O que vai ser de mim esse encontro? Ouvir uma criança chorando e pedindo perdão?”, - ponderava com chateação. – “Ela me feriu...”.


 


 


So if you`re lonely


You know I`m here


Waiting for you


I`m just a crosshair


I`m just a shot away from you


And if you leave here


You leave me broken


Shattered I lie


I`m just a crosshair


I`m just a shot then we can die


 


Então, se está sozinho


Você sabe que estou aqui


Esperando por você


Sou apenas uma mira


Estou a apenas um passo de distância de você


E se você deixar aqui


Você me deixa em pedaços


E em pedaços eu permaneço


Sou apenas uma mira


Estou a apenas um passo, então podemos morrer


 


(Take Me Out – Franz Ferdinand).


 


 


O shopping estava abarrotado naquele dia. A praça de alimentação trazia uma movimentação um tanto barulhenta e muitas crianças haviam sido trazidas para o complexo comerciário por conta de uma peça teatral gratuita que teria naquele dia no subsolo. Carei estava a certo tempo sentada numa mesa de madeira. Ali bebia um pouco de água e olhava para os lados, procurava Viviane e não tinha como confundi-la com ninguém, os cabelos eram escuros e compridos, as roupas eram desgarradas e um tanto fora do comum, usava das cores mais sóbrias e tinha um andar lento. Olhou para o celular e voltou a olhar para cima ao ver que não tinha ligações ou mensagens. Os dedos batiam na mesa num ritmo apressado, virava a cabeça de um lado para o outro e decidia beber mais água. Mais de uma hora de atraso. Pensava se havia ficado presa no trânsito ou se aconteceu alguma coisa grave. Não resistiu e mandou uma mensagem, perguntava do seu paradeiro e aguardou.


A resposta veio:


 


“Estou presa no trânsito. Teve um acidente na ponte. Creio que vou me atrasar muito, vamos adiar o almoço para amanhã”.


 


E se iniciou uma conversa através de mensagens. Carei correu os dedos pelos botões e começou a digitar.


 


“Não vai conseguir chegar? Eu espero”.


 


“Eu vou pegar um retorno assim que puder. Não quero continuar nesse trânsito”.


 


“Tudo bem. Eu acho melhor ir até sua casa amanhã. O que acha?”.


 


“Não. Podemos nos encontrar na praça em frente daquele café que eu costumo frequentar. Amanhã às 14h”.


 


“Tudo bem. Boa sorte no trânsito, e dirija com cuidado. Beijos”.


 


E não houve resposta. Viviane estava dirigindo e amargurada, não queria ser gentil, achava que a outra não merecia isso. Quanto a Carei, esta ficou mais um tempo sentada e se afastou com a cabeça baixa, frustrada por não conseguir encontrar quem desejava. As mãos suavam e o coração batia acelerado.


 


OoO



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Autor(a): lunaticas

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Olhava para o panfleto que estava em cima da mesa de vidro na sala. O papel couchê brilhava e exibia as letras garrafais num tom contrastante e saturado, brilhava ao seu olhar precavido. Era mais uma das propagandas que muitos garotos entregavam nas ruas e esse em específico foi deixado na caixa de correio. Anahi pensava se era o destino pedindo para que se mex ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 61



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  • tammyuckermann Postado em 15/09/2015 - 20:47:38

    Leitora nova... Posta mais pf, to amando a fanfic, se vc não for postar mais aq entre em contato cmgo parae passar os capítulos pra mim ler. Bjoos.

  • ponnyaya Postado em 27/12/2014 - 18:21:27

    kd vc? volta apostar please

  • cmilla Postado em 08/03/2014 - 15:30:55

    adoro sua fanfic , ainda estou na metade mas tou adorando ;-)

  • cherry Postado em 04/03/2014 - 12:54:20

    O Capitulo ta bugado Ç.Ç

  • anyusca Postado em 27/02/2014 - 10:15:48

    Deu bug no cap

  • rafavorita Postado em 22/01/2014 - 09:49:12

    E essa fic aqui, como fica??

  • rafavorita Postado em 07/01/2014 - 18:28:29

    cadê Kirias, cadê?? POSTA POSTA!!

  • luanaaguiar Postado em 07/01/2014 - 10:20:20

    Postaaa maiss...

  • rafavorita Postado em 05/01/2014 - 09:35:03

    POSTA MAIS!!!!!

  • maralopes Postado em 23/12/2013 - 17:42:19

    posta mais.....bjaum lu


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