Fanfic: Nada é por acaso. | Tema: RBD

Mai: Chris, você é louco. - soltou-se dos lábios dele e se afastou.

Chris: É-é... - gaguejou enquanto olhava para Mai, que o mirava ainda incrédula.

Mai: É melhor, v-você ir embora. - saiu apressada em direção a porta.

Chris: Desculpe. - colocou as mãos no bolso e deu um sorriso de lado, e logo após saiu.

Mai: Meu Deus do céu. - fechou a porta e escorou nela já fechada, colocando uma das mãos sobre os lábios. - Nos beijamos, isso não deveria ter acontecido.

[...]

Hospital San Francisco 21h30.

Ucker: Chris, me atende. - falava sozinho enquanto telefonava para Chris. - Até que enfim cara.

Chris: Eu estava dirigindo, foi mal. O que houve? Por que tá afobado?

Ucker: Você não tem ideia do que aconteceu.

Chris: Me fala que eu terei ideia. - debochou.

Ucker: A Dul cara...- disse sorridente.

Chris: O que tem a Dul? - disse em um tom preocupado.

Ucker: Ela acordou, assim, não está falando ainda, mas já está entendendo tudo.

Chris: Sério mesmo? Graças a Deus. Nossa! Vou avisar todos agora.

Ucker: Ok. Vou pra casa um pouco, amanhã nos encontramos aqui no hospital. Tchau. - desligou.

Logo após falar com Ucker, Chris ligou para Annie a avisando da boa notícia, ela interfonou à Mai que  por sorte ainda estava acordada. Todos ficaram radiantes com a notícia.

[...]

Apartamento Portilla.

Annie: Eu pedi tanto pro papai do céu salvar minha Ardilla. 

Poncho: Nem via a hora da Dul acordar. 

Annie: Está tudo dando certo novamente. - disse ao abrir um sorriso.

Poncho: Tudo? Certeza? - arqueou uma das sobrancelhas.

Annie: Ué, sim, tudo. - disse confusa. - Não entendi o que você quis insinuar Poncho.

Poncho: Tudo não Annie, tudo estaria dando certo se estivessemos juntos novamente. - se aproximou dela, e deslizou um dos dedos pelo longo cabelo loiro que agora se encontrava solto.

Annie: Poncho. - tirou a mão dele de seu cabelo. - Você sabe que é complicado pra mim. - suspirou.

Poncho: E você acha que não é pra mim? Você sabe que ainda sinto o mesmo por você Annie. - choramingou.

Annie: Mas tudo o que aconteceu com a gente, o tanto que eu sofri, não consigo voltar assim, naturalmente.

Poncho: Se você tá falando isso pelo bebê...- suspirou - que perdemos, porque eu também perdi, era meu filho. Se você tiver falando disso, deixa isso no passado. Nós agora vamos ter dois bebês maravilhosos. - acaricicou seu ventre e sorriu - Ainda podemos resgastar tudo e formar uma família.

Annie: É díficil pra mim. - marejou os olhos. - É díficil esquecer tudo o que passei.

Poncho: Mas tenta Annie, me dê outra chance. Me dê outra chance de te fazer feliz.

[...]

Hospital San Francisco.

O Doutor estava no quarto de Dulce, ele ainda não teria liberado ela para sair da UTI, ainda estava a examinando e fazendo alguns exercícios pós-coma.

Drº: Vamos, mexa assim. - mostrou os movimentos de seus dedos para que Dulce repetisse, a ruiva assim fez, levantou seu braço e fez o mesmo com os dedos. - Isso, parabéns garota. Você está movimentando tudo normalmente, agora vamos precisar treinar a fala. 

Após alguns exercícios fonodiólogos, conseguiui pronunciar algumas poucas palavras, como água. Porém, era um grande avanço para quem passou 32 dias em comas. O doutor não demorou muito para encerrar os exercícios, deixaria Dulce descansar para no outro dia a encaminhar para o quarto e continuarem os exercícios.

[...]

2 de Outubro, 08h00.

Drº: Bom dia Dulce! - adentrou o quarto e Dulce assentiu com um sorriso. - Pronta pra ir pro quarto?

Dul: S-sim. - sua voz falhou um pouco, porém era compreensível.

Drº: Isso, to gostando de ver. Vamos treinar todos os dias. Podem levá-la. - disse a alguns enfermeiros que esperavam para transferi-lá para o quarto.

Logo a transferiram, uma fonoaudióloga estava a praticar algumas palavras junto a ela. Dulce já avançava bastante, o relógio marcava meio-dia, era hora de almoço. Uma outra enfermeira já conhecida, Valentina, adentrou o quarto com o almoço de Dulce.

Valentina: Vamos comer mocinha? - Se aproximou de Dul pegando um dos pratos. - Olha, vou te ajudar a comer apenas dessa vez, da próxima quero você comendo sozinha. - a enfermeira educamente, lhe deu algumas colheradas de comida, porém com a insistência de Dul, lhe entregou o prato e ficou a observar a ruiva comer sozinha. E isso ela fazia muito bem, sem sequer um erro. - Depois do seu almoço, terá visitas. Espero que esteja preparada. - Dulce soltou uma risada, e logo se impressionou, estava voltando a rir.

Após o almoço, Dul fez digestão e ficou ansiosa a esperar pelas visitas, que não demoraram muito a chegar.

Annie: DUUUUUUL! - saiu apressada na frente e correu para dar um abraço em Dulce. - Amiga, você continua linda, que saudades! - sorriu em meio as lágrimas.

Dul: Es-estava. - deu uma pausa. - com saudades também. - terminou a frase sem gaguejar nem pausar.

Mai: Não consigo nem acreditar nisso. - contornou a cama indo em direção a Dul, lhe dando um abraço também. - Você nos deu um susto e tanto.

Dul: Era pra testar o amor de vocês por mim. - falou calmamente palava por palavra.

Annie: E esse amor só aumentou. - riram.

Dul: Cadê os outros? - suspirou profundo ao terminar a frase, tinha feito bastante esforço.

Annie: Vão entrar de pouco em pouco, o médico não nos deixou entrar. Não sei o porquê. - deu os ombros.

Mai: Será por que ia virar uma baderna isso aqui? - disse à Annie como se fosse óbvio.

Dul: Por quanto.. - pausou novamente. - Por quanto tempo fiquei em coma?

Mai: Exatos 32 dias. - a resposta de Mai fez Dul esbugalhar os olhos. Era muito tempo.

Annie: E eu preciso te contar a novidade Dul...Descobri o sexo dos bebês. - disse animada.

Dul: E qual será?

Annie: Uma menina e um menino.

Dul: Que mara-ravilhoso amiga. - abraçou a loira.