Fanfic: Nada é por acaso. | Tema: RBD

Poncho: Doutor, doutor. - gritou o médico, indo atrás dele no corredor no hospital. - Eu posso entrar?

Drº: Olha Alfonso, não é indicado... mas acho que ela vai precisar de você. Vai naquela sala ali. - apontou para uma porta verde logo a sua direita. - A enfermeira te guiará e você vai poder entrar. Não esqueça as luvas viu? - saiu.

Poncho o obedeceu, foi até a sala e se vestiu apropriadamente. Entrou na sala de parto junto a uma enfermeira, e viu Anahi deitada, e todos já preparados.

Drº: Annie, eu preciso que você faça força.

Annie: Tá doendo. Eu não consigo. - inclinou a cabeça pra frente cerrando os dentes.

Drº: Consegue, vamos! Força.- falou mais alto.

Anahi logo sentiu uma mão segurar a sua, que até poucos segundos atrás, se segurava no lençol da maca. Seus olhos logo se estreitaram a mirar ao homem alto ali, a luz branca batia justamente em seus olhos, ofuscando sua visão. Mas ela sabia muito bem quem era, Alfonso.

Poncho: Vamos, vamos conseguir meu amor. - sussurou ao seus ouvidos e sentiu Annie aperta-lhe mais a mão. E tudo ficou em silêncio por alguns poucos milésimos de segundos, um choro agudo e fino se ouve, os olhos dos dois se miram para o mesmo lugar.

Drº: Nasceu o menino, e é lindo Anahi. Agora vamos, mais uma forcinha e vai vir a princesinha. - voltou ao lugar, após entregar o menino a enfermeira para lhe enrolar em uma manta.

Annie faz mais um pouco de força, estava exausta, e ao ouvir o outro choro fino e agudo, inclina a cabeça pra trás e suspira. O doutor logo entregou a menina à outra enfermeira.

Enfermeira: Aqui está seu meninão. - disse ao se aproximar de Anahi e de Alfonso, lhe entregou Arthur que estava enrolado em uma manta azul.

Anahi o pega e não demora muito para se emocionar. A outra enfermeira trás logo atrás Valentina, que vai direto para o colo do pai.

Poncho: Como você é linda princesa. - disse emocionado, ao passar a mão pelo ralo cabelinho de Valentina.

Annie: Olha como eles são a coisa mais linda Poncho. - segurou uma das minúscula mãos de Arthur.

Poncho: Te amo Annie. - aproximou-se dando-lhe um leve beijo. Ambos ainda estavam emocionados.

Enfermeira: Licença mamãe, mas precisamos levá-los para os procedimentos padrão. Você vai para o quarto, e levamos eles lá. - Annie deu um triste sorriso e deu um beijo na testa de cada um dos bebês e os entregou junto a Poncho, à enfermeira.

Logo os olhos de Annie se desviam ao canto do quarto, lá estava uma mulher, provavelmente outra enfermeira. Porém, ela tinha um olhar diferente, e seu olhar penetrava a alma de Anahi, a deixando com calafrios, aquilo não lhe trazia segurança. Ela conhecia aquele olhar e ele não te trazia nenhuma pressentimento bom.

Anahi é levada para o quarto e Poncho a segue, não demorou muito para que se passassem 2 horas e nada de aparecerem com os filhos.

Annie: Ai Poncho, vai atrás do médico. O que está havendo hein? - disse preocupada, entrelaçando os dedos.

Poncho: Calma meu amor, eles já devem estar vindo.

Do outro lado do hospital, em um canto isolado, uma mulher alta e morena, com uniforme de enfermeira conversava com o médico que tinha acabado de fazer o parto de Annie.

XxX: Olha aqui, isso não é hora de dar pra trás. Já fizemos um acordo. - disse a mulher em um tom firme e um pouco bravo.

Drº: Eu sei Mariah, mas não posso decretar a morte de um bebê sendo que ele não morreu, isso vai contra toda ética do meu trabalho.

Mariah: Não me importa, você já se comprometeu. Dá seu jeito e que dane-se a ética do seu trabalho e blá blá blá. Eu quero que você assine esse atestado de óbito dessa abestardinha agora. - ordenou.

Drº: OK, ok. - concordou. - Vou destrair as enfermeiras do berçário, você entra rápido e pega essa criança logo. Lá vai ter a plaquinha com o nome dela e o nome dos pais. E vou fingir uma morte súbida dessa menina, não há quem vai me contradizer.

Mariah: Ok. Mas vai logo. E não esquece de dar um jeito para que eles não queiram reconhecer o corpo da menina. - viu o médico assentir e se afastar . Então seguiu para o berçário, olhou pelo outro lado e viu o médico destrair as duas enfermeiras que dali cuidavam. Entrou rapidamente e foi direto ao berço de Valentina. - Então você é abastardinha né? Vamos logo. - a pegou um pouco sem jeito, enrolando-a num pano branco e a colocou dentro de uma mala ampla, sem fechar totalmente o zíper.

Mariah saiu pelo fundo do hospital, um carro com vidros escuros a esperava.

XxX: Que demora. - reclamou o homem.

Mariah: Você acha que roubar bebê é igual ir a um supermercado e comprar um biscoito? Faça-me o favor. - disse sarcasticamente. - Vamos sair daqui logo Gael, vai.

Gael: Ok. - acelerou o carro e saiu rápido do quarteirão do hospital.