Fanfic: Nada é por acaso. | Tema: RBD

franmamentini: Obrigada por comentar flor! Pois é, como Annie faz isso né? Ai está o capítulo haha

rbd_annie_jb: Gael é mal demais ): coitadinhos do AyA

15 dias se passaram, Poncho teria decidido por cremar o "corpo" de Valentina. Decidiu sozinho, pois Anahi se recusava em ir ao enterro ou crematório da filha. Poncho não quis reconhecer o corpo da pequena e pediu para o Doutor fazer isto, o que foi ótimo para os planos de Mariah e Gael.

Durante esses dias, Anahi desde o dia do nascimento dos bebês, não voltou a tocar ou pegar Arthur, nem chegava perto do filho, o menino era alimentado por um leite especial que o pediatra tinha passado e sempre Poncho o alimentava, e sempre recebia ajuda de Dulce e Maite para criá-lo. Em todas revistas e programas de TV não se falava em outra coisa a não ser a morte da filha de Alfonso e Anahi. Os shows foram todos cancelados.
Annie ficava o dia todo trancada no quarto, ela e Poncho só se viam na hora de dormir, quando Poncho ia pro quarto. O clima era pesado e frio.

Numa noite, chuvosa, por volta das 2h da manhã, Arthur começou a chorar, Poncho como toda noite fazia, se levantou e foi até o quarto do filho. Anahi permanceu no quarto deles, atenta pela primeira vez ao que Poncho fazia. Ouvia o choro do pequeno e logo ouviu um silêncio que não durou por muito tempo, e viu pela porta entreaberta, a sombra de Poncho passar pelo corredor seguindo em direção a cozinha. Aproveitou e levantou-se. Deu leves passos até o corredor e passou o olho pelo mesmo, não viu ninguém, apenas ouvia o barulho do microondas, com certeza Poncho estava a preparar a mamadeira de Arthur. Por impulso, não pensou duas vezes e foi até a porta do quarto do bebê, ela estava encostada e o choro fino e bastante alto ecoava entre as quatro paredes.

Deu poucos passos a frente, e empurrou a porta, passou os olhos pelo quarto e viu o berço rosa, de Valentina, completamente vazio e arrumado do mesmo jeito que ela tinha deixado há cerca 30 dias atrás. Sentiu um aperto no coração e pensou em hesitar, mas algo falou mais forte. Continuou parada, e viu o berço azul se mexer, aproximou-se mais um pouco e finalmente viu Arthur que a esta altura, mexia os braços e e pernas freneticamente, parecia uma tentativa de sair dali, e chorava compulsivamente, seu rosto já estava vermelho e ensopado por lágrimas.

A primeira estância nãos soube o que fazer, olhou em volta e não pensou muito, aproximou-se mais do berço e inclinou-se sobre ele, estendo os braços para pegar o menino. Na mesma hora que Arthur viu a mãe, desviou o olhar para ela, e o choro acalmou-se um pouco, não parando totalmente. Ela o pega e o aconchega sobre o tórax, fazendo o pequeno se encolher sobre seus braços, então, recolhe uma manta do berço e joga sobre Arthur, dá alguns passos para trás e senta-se na poltrona.
Ao se sentar, observou que o choro de Arthur ia diminuindo, ele tinha colocado uma das mãozinhas acima dos seios de Anahi e a olhava fixamente, sem desviar o olhar por um instante. Um bebê tão pequeno e frágil, que precisava de carinho e amor, e somente Poncho estava o dando isso. Isso despertou um arrependimento em Anahi, como ela poderia ter feito isso durante todos esses dias? Arthur não tinha culpa do que tinha acontecido, ele era apenas um bebê que precisava da mãe.

Não demorou muito para que o choro voltasse novamente, Annie se desesperou por um instante ao perceber que Poncho ainda não tinha voltado com a mamadeira. Então, abaixou uma das alças do sutiã e da camisola de seda que vestia, deixando um dos seios ficarem a mostra, Arthur rapidamente encaixou a boquinha nele e finalmente mamou, mamou o leite materno de verdade. Um sentimento diferente surgiu em Anahi, era uma mistura de alegria e de dever cumprido, não queria que aquele instante acabasse jamais. E ficou ali, a balançar vagorosamente a poltrona e observar o filho que mamava tranquilamente.

Poncho finalmente adentrou o quarto, com uma certa pressa, parecia apavorado por ter demorado com a mamadeira e ficou paralisado ao ver Anahi com o menino no colo, ela apenas o mirou e deu um largo sorriso. Ele deu alguns passos a frente, colocou a mamadeira sobre a cômoda e foi até Anahi.

Poncho: Como assim? - perguntou ainda confuso.

Annie: Shhiiii...- o repreendeu. - Fala baixo, agora que ele está acalmando. - acariciou a cabecinha de Arthur.

Poncho: Annie, você está amamentando Arthur. Isso é uma surpresa um tanto quanto não esperada. - sentou-se ao lado da poltrona, no carpete.

Annie: Eu sei Poncho, não sei como vim parar aqui, nem o porquê, só sei que estou aqui. Não sei como pude recusar meu próprio filho, um ser tão indefeso. - sorriu ao perceber Arthur fechar a mão sobre um dos dedos dela. - Ele precisa de mim Poncho.

Poncho: Nós precisamos de você Annie. - sorriu e acariciou as costas do filho.

Annie: Você me perdoa? Eu fiz tudo errado, não sei o que deu em mim, te deixei com toda responsabilidade e sei o quanto foi díficil pra você esses últimos dias. - o mirou com algumas lágrimas nos olhos. - Mas preciso aprender a superar a morte de Valentina, e sei que ela está lá em cima olhando por todos nós, principalmente pelo irmão.

Poncho: Claro que sim Annie, não precisa pedir perdão. Foi muito díficil a perda. Mas vamos passar por cima disso tudo, eu te amo minha pequena. - lhe deu um selinho.

Annie: Eu também te amo muito! Olha, já dormiu. - sorriu ao perceber que Arthur já tinha se ajeitado em seus braços em um sono profundo.