Fanfic: Nada é por acaso. | Tema: RBD

[...]

Mariah: Gael, não tenho boas notícias. - adentrou o quarto com a face apreensiva.

Gael: O que houve Mariah?

Mariah: Acabei de receber uma ligação do exterior, o casal de americanos que iam adotar a menina foram presos. Os pegaram com a documentação ilegal da adoção, se descobrirem que estamos no meio disso estamos na merda. - andava de um lado pro outro.

Gael: Precisamos achar uma solução. E calma, não vão nos descobrir.

Mariah: Eu sei.. E mesmo que eles consigam escapar dessa, vai demorar. E eu não vou aguentar mais ficar 1 dia com essa menina que só chora. - olhou Valentina a olhava mechendo as pernas de um pequeno berço. - Já pensei em quem pode nos ajudar.

Gael: E quem? - perguntou curioso.

Mariah: Tenho uma prima que mora aqui na cidade, ela não é muito boa de situação e podemos oferecer uma quantia boa, não muito, e pedimos para ela olhar a menina até ver no que vai dar essa história, qualquer coisa a gente vende a garota pra outro casal. O que mais me interessa é ver o sofrimento da Anahi, quando essa menina estiver bem longe desses país ela vai saber que a filha não está morta, mas que está o longe bastante para nunca mais encontrá-la.

Gael: Ótima ideia. E mande vir busca-lá o mais rápido.

Mariah: Ok, vou ligar para ela agora. - pegou o celular e saiu do quarto.

Gael: Você ainda vai sofrer muito Anahi, mais do que está sofrendo. - sussurou ao mirar Valentina que sem maldade alguma dava alguns risinhos para Gael. O mesmo faz cara de desprezo e vira-se para o outro lado, continuando a ler o livro.

Em poucos minutos, Mariah retorna ao quarto com um sorriso esbanjado no rosto.

Mariah: Minha prima já está vindo busca-lá.

Gael: Glória a Deus. E quanto teremos de dar a ela?

Mariah: Pouco Gael, ela se contetou com mil reais.

Gael: Maravilhoso!  Está tudo caminhando nos conformes agora. - puxou Mariah pela cintura. - Agora podiamos comemorar né? - mordeu o lábio inferior ao passar uma das mãos pelas coxas de Mariah.

Mariah: Ei apressadinho. Deixe minha prima vir buscar a abestardinha que aproveitamos viu? - sorriu maliciosa.

[...]

Annie: Poncho, podiamos ir a um parque né? - ajeitou-se no banco do carro, colocando o cinto.

Poncho: Agora? - arqueou a sobrancelha.

Annie: É, podiamos curtir o resto da tarde lá, estamos livres mesmo. É bom que Arthur respira um ar novo, vai fazer bem para todos nós.

Poncho: Bom, se você quer, vamos sim. Sua vontade é uma ordem princesa. - deu um beijo em Annie antes de dar partida no carro.

O parque ficava um pouco longe da sede da Televisa, era no final da cidade, mas por sorte o trânsito estava leve e logo chegaram ao parque.

Annie: Tem muitos restaurantes aqui, podemos almoçar aqui mesmo.

Poncho: Claro. - tirou Arthur da cadeirinha do carro. - Ainda bem que trouxemos o carrinho porque carregar esse menino todo tempo não dá, né filhão? - fez leve cosquinhas na barriguinha de Arthur.

Annie: Tem razão. - abriu o porta-malas do carro, tirando o carrinho. - Vamos. - terminou de ajeitado Arthur que tinha acabado de ser colocado no carrinho pelo pai.

Poncho: Primeiro almoçamos e depois vamos dar uma volta no parque, tá?

Annie: Uhum. - assentiu.

Após almoçarem, Poncho e Annie caminharam até o outro lado do parque, onde era menos frequentado. Se ajeitaram em um canto, por sorte tinham um lençol  pequeno que puderam cobrir a grama e sentaram-se.

Poncho: Sombra maravilhosa. - levantou a cabeça observando a gigante árvore que lhe faziam sombra.

Annie: Clima perfeito. - ajeitou-se no lençol, deixando sua cabeça se apoiar sobre o tórax de Poncho que estava inclinado no tronco da árvore.

Após muitas risadas e conversas, pela primeira vez viram uma mulher passar pelo parque, ela segurava algo pequeno: um bebê. Uma menininha que chorava freneticamente e via a expressão de apavorada da mulher. E com toda delicadeza, Annie se ofereceu para ajudar.

Annie: Licença, senhora? - cutucou o ombro da mulher que estava de costas para ela e balançava a menina. - Eu posso te ajudar.

XxX: E como? - perguntou fria.

Annie: Pelo choro, me parece que basta uma troca de fraldas para tudo ficar bem. Eu estou aqui com meu filho. - mirou Poncho que segurava Arthur. - E trouxe algumas fraldas, se você permirtir claro, podemos trocar a menina e ela vai parar de chorar rápido. A mulher passou os olhos por Anahi dos pés a cabeça, pensou um pouco e resolveu aceitar a ajuda.

XxX: Ok ok.

Annie: Venha até aqui. - aproximou-se do lençol. Pegou uma manta de Arthur e forrou por cima do lençol. - A coloque aqui. - A mulher apenas a obedeceu sem dizer nada. Ao coloca-lá sobre a manta, Anahi paralisou por alguns segundos, até então não tinha visto a menina, ela estava com o rosto coberto todo o tempo no colo da mulher. - Que bela menina.

XxX: Ér..obrigada! - deu um sorriso de lado.

Poncho: Linda mesmo... Annie, os olhos dela são iguais os seus. A mesma cor. Azul-mar. - riu ao mirar as duas ao mesmo tempo.

Annie: Tem sim. - colocou a fralda na menina que a olhava profundamente enquanto colocava as mãozinhas na boca, o choro finalmente tinha acalmado. - Tá limpinha neném. - pegou a menina. Algo estranho percorreu seu corpo, o olhar da menina era bastante profundo e o jeito que lhe olhava era diferente, parecendo que queria dizer algo. Ficou a observa-lá durante algum tempo. - Qual nome dela? - mirou a mulher.

XxX: Ér...Clara. - disse com incerteza.

Annie: Muito bonita sua filha. - sorriu ao voltar a mirar a menina. - Aqui está. - entregou a menina a mulher.

XxX: Obrigada. - pegou a menina e saiu apressada.