Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy

   Dul voltou pra casa no dia seguinte e se despediu das enfermeiras com quem tinha feito amizade, sentindo uma profunda dor por deixá-las ali, na guerra. Enquanto abraçava cada uma, fechava os olhos e pedia a Deus que cuidasse delas e protegesse-as da guerra. Ainda deu tempo de dar um abraço em Christian e Johnny e se despedir deles. Depois de parabenizar a futura mamãe, eles contaram para Dul que Ucker estava bem, que ele estava internado por causa da operação, mas que o soldado estava todo bobo falando do filho que estava por vir.

   Quando desceu na rodoviária de sua cidade, o ar que inundou seus pulmões lhe arrancou um sorriso do rosto e ela olhou em volta, sentindo-se aliviada e bem por estar em casa. Acariciou de leve a barriga e olhou para baixo.

- Bem vindo, meu filho. Aqui é seu lar, é nessa cidade que você vai crescer. – Ela sorriu e secou o canto do olho.

- Filha! – A voz grossa do pai gritou na rodoviária, Dulce olhou pra frente e foi presa num forte abraço por Juan, que parecia mais emocionado do que nunca. – Ai, meu amor... Que saudades, querida. – O médico depositava beijos no rosto da filha, abraçando-a apertadamente e ela ria, deixando as primeiras lágrimas caírem.

- Também tava morrendo de saudades, papai. – Ela sorriu e fungou o nariz, ele se afastou segurando-a pelos ombros para avaliá-la.

- Você está bem, querida?

- Intacta. – Dul brincou. – Exatamente como eu fui. Bom, não exatamente.

   Juan não prestou atenção na última frase e olhou pra trás quando ouviram uma voz doce gritar de emoção.

- Dulceeeee! – Annie sempre Annie, escandalosa como de costume. Ela correu até Dul e agarrou a amiga, Dul quase caiu pra trás quando a loira pulou sobre ela.

- Oi, loira. – Dulce riu. – Quanto tempo, que saudades.

- Meu Deus, como você tá linda, tá bronzeada e tá com uns peitões... – Annie olhou pra amiga.

- Annie! – Dul repreendeu-a, corando de leve e elas riram.

   Depois vieram os abraços de Poncho, Anabella e Maite, todos muito contentes de revê-la. Dulce entregou a carta que Christian tinha mandado a Maite e a morena ficou toda sorridente ao saber que o namorado estava bem. Eles foram pra casa conversando animadamente, enquanto Dulce contava cada detalhe, parte por parte de tudo que tinha passado, sobre o treinamento, os testes físicos, sobre Ucker e tudo que tinha acontecido na Legião Estrangeira. Quando contou sobre os últimos acontecimentos e sobre o ocorrido com Ucker, todos ficaram espantados, mas ela tratou de tranquilizá-los logo.

- Ele está bem, deu tudo certo. O general doou sangue para o Ucker e na retirada do rim, ocorreu tudo bem. Ele só está internado, mas logo receberá alta.

- Graças a Deus o tiro foi no rim e não em outro lugar, poderia ter sido fatal. - Juan comentou, abrindo a porta de casa com a chave.

- Pois é, papai. Por um momento eu pensei que fosse. – Ela suspirou e quando entrou em casa, sorriu. – Estava morrendo de saudades de casa. Meu Deus, não há lugar melhor que esse, sério.

- Dul. – Chamou Maite.

- Sim? – Ela virou-se para a amiga enquanto todos sentavam-se no sofá.

- Você disse que a guerra ainda não acabou... – A morena uniu as sobrancelhas. – E que os meninos ainda não voltaram pra casa por causa disso. Aconteceu alguma coisa que tenha feito você voltar? – Perguntou Mai.

- Hum... Bom, é isso que tenho que contar pra vocês. – Ela mordeu o lábio nervosa e olhou pra todos, que esperavam ansiosamente. – Eu estou grávida. – Dulce sorriu e suas mãos foram automaticamente para a barriga, onde ela acariciou de leve.

   O choque foi total. Todos olharam para Dul, sem ter o que dizer, quase sem acreditar no que estavam ouvindo e Annie foi a primeira a pular em cima da amiga e sorriu, muito contente.

- Meu Deus, parabéns, amiga! Eu nem acredito. Você vai ser mamãe, como eu. – Annie sorria de emoção e tinha os olhos cheios de lágrimas.

- Parabéns, Dulce. – Mai apertou ela num fortíssimo abraço. – Que coisa linda, eu vou chorar. – Ela abanou os olhos, olhando pra cima para evitar as lágrimas e Annie apertou as bochechas da morena.

- Que coisa linda, minha baixinha vai ter um bebê. – Poncho colocou Anabella num braço para abraçar Dul. – Parabéns, muita saúde, anã. – Ele bagunçou os fios ruivos e ela sorriu. – Você vai ganhar um amiguinho, Aninha.

   A menina sorriu e acariciou o rosto de Dulce, a ruiva já deixava as lágrimas caírem pela face.

- E você, papai? Não vai me dar os parabéns? – Ela perguntou, Juan estava sentado meio perplexo com a surpresa. Ele olhou para a filha e um sorriso nos lábios foi surgindo aos poucos, quando a surpresa passou. Nem conseguia acreditar, ia ser vovô, sua pequenininha que há alguns anos atrás era uma meninha com cachinho negros correndo pela casa, agora ia ser mãe. Agora quem ia correr pela casa era seu netinho ou netinha.

- Minha filha. – Juan levantou-se e apertou a filha num abraço muito forte, ela sorriu e os dois caíram em lágrimas. Depois disso, ele a olhou nos olhos e murmurou as palavras mais lindas que ela podia ouvir naquele momento. – Sua mãe estaria tão feliz, ela adoraria ver você sendo mãe.

- Obrigada, papai. – Dul sorriu e fungou o nariz. – Eu tenho certeza que ela está vendo.