Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy

 Naquela mesmo dia, quando já era tarde, a noite estava levemente fria carregada de uma beleza divina. Na casa de Dulce, o silêncio preenchia todo o ambiente, mas quando se subia as escadas e entrava no quarto, era fácil ouvir as risadas do casal. Ucker e Dul estavam sozinhos em casa e assistiam a uma maratona da série preferida deles, e mesmo que os episódios fossem antigos repetidos e a própria Dulce já os tivesse assistido milhões de vezes, as risadas eram fáceis de saírem. Ucker estava deitado com o peitoral descoberto, apenas com uma bermuda preta e Dulce com uma calça de moletom rosa, meia nos pés e um top branco que presenteava o futuro papai com a barriga linda da namorada exposta. Os dois estavam enrolados num edredom grosso e branco, mas ele não sentia frio, aquilo era só pra deixar Dulce mais confortável porque a ruiva reclamava de frio desde que a noite caíra.

- Seus dedos estão gelados. – Ucker envolveu as delicadas mãos femininas com suas mãos quentes e grandes e ela gemeu. – Está sentindo alguma coisa, amor?

- Não. Estou bem, não fique preocupado. – Ela sorriu. – Eu só senti alívio com o calor da suas mãos.

- Então, vem cá. – Ucker a aninhou em sei corpo, fazendo com que todos os centímetros possíveis tocassem o corpo da namorada, passando seu calor ao corpo dela. Ela riu, sentindo as pernas do namorado envolverem seu corpo e os cabelinhos fazendo coócegas em sua pele. – Tá rindo de que, hein? – Ele provocou e a abraçou mais apertado, fazendo-a rir mais ainda.

- Essas suas pernas cabeludas me fazem cosquinha. – Dulce riu e fechou os olhos. – Opa. – Dul parou de rir de repente.

- O que foi? – Ele arregalou os olhos e a encarou. – Eles chutaram?

- Não, amor, ainda é cedo. Eu só estou com vontade de comer morangos com açúcar.

- Vou comprar. – Ucker se desenrolou do edredom e calçou os chinelos brancos.

- Não, não precisa. – Ela colocou a mão no braço dele e ele virou-se para olhá-la. – Seu sogro é um vovô bem precavido e pra nunca mais ter que sair de madrugada, ele encheu o armário e a geladeira com meus desejos antigos e com os meus próximos. Aposto que tem caixas de morango nessa casa.

- Vou fazer pra você, então. – Ucker beijou a testa dela e acariciou ao volume na barriga dela com sua mão quente, a sensação foi bem agradável para Dulce. – Cuidem da mamãe, hein.

   Ucker atravessou o quarto e desceu as escadas até a cozinha, acendendo as luzes pelo caminho. Dulce pegou o controle da TV e aumentou um pouco o volume, voltando sua atenção para a série de comédia, dando uma risadinha. Não demoram cinco minutos e ele estava de volta, com um prato branco lotado de morangos cortados ao meio cobertos de açúcar e uma garrafinha de água. Ele entregou a ela, que sentiu a boca encher de água imediatamente ao olhar as frutas vermelhinha picadas e adocicadas e pegou a colher mergulhada no prato, começando a comer antes mesmo que Ucker tivesse tempo de se sentar novamente na cama.

- Obrigada. – Respondeu Dul e enfiou outra colher na boca, Ucker riu.

- Não há de quê, princesa. – Ucker piscou e cobriu as pernas novamente com o edredom. Ele prendeu os olhos na TV e ouvia apenas os barulhos de Dulce se deliciando, ela comia com muita vontade, sem nenhum intervalo. Quando estava rindo de uma piada de um personagem, sentiu a mão gelada de Dul tocar em seu braço.

- Ucker. – Chamou ela.

- Sim, amor? – Perguntou, sem tirar os olhos da tela

- Você acha que... acha que vamos conseguir criá-los direito?

   Quando ouviu as palavras temorosas de Dulce, Ucker tirou os olhos da TV e voltou o olhar para ela, bem sério.

- Como assim?

- Ah, Ucker, querendo ou não, são duas crianças, seremos pais daqui a seis meses e meio. São poucas semanas e passam bem rapidinho. – Os olhinhos dela estavam marejados e Dul colocou o prato vazio em cima da mesinha ao seu lado. – Não sei se... Eu... Não sei se vou ser uma boa mãe.

- Shii. – Ele a calou com o dedo indicador. – Não fala assim, você é perfeita para isso. Nós vamos ter dois filhos lindos e vamos ter uma família perfeita, não fique com medo. Eu entendo você ficar apreensiva, mas não se preocupe com isso. – Ucker acariciou a barriga dela. – Eu amo vocês três, amo mais que tudo, são minha família, minha vida, minha força. Eu ainda nem vi esses rostinhos e já os amo mais que a mim mesmo. – Ucker murmurou e ela sorriu. – Vocês são meus três pequenos, eu vou cuidar dos três, ouviu? – Ele segurou o rosto dela entre as mãos e Dul assentiu.

- Nós também te amamos, Ucker. – Ela secou a lágrima que caiu e o abraçou.