Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy

   Com tudo em seu lugar, o tempo foi correndo. Passando com calma, a cada dia a barriga de Dulce ganhava mais volume e isso fazia Ucker sorrir cada vez maior. Teimava em tirar fotos da noiva todos os dias e ela ria das bobeiras daquele homem apaixonado. Ucker ficava se mexendo na cadeira quando ia ao médico com Dul e enchia o doutor de perguntas, Annie sempre que podia fazia o mesmo e até Juan estava adepto aquele hábito que só arrancava risadas da grávida e do médico. Com seis meses de gestação, o doutor encarou aqueles olhares ansiosos e lhe disse que tinha uma notícia maravilhosa: já era possível saber o sexo de um dos bebês. Era uma menina, uma doce menina e Ucker não se aguentava de alegria quando via seus dois filhos na pequena tela do ultrassom. O outro bebê permanecia com as pernas fechadas e não mostrava o sexo, mas eles seriam pacientes e aguardariam. Depois de uma noite inteira discutindo sobre o nome e concordando e discordando, chegaram a uma conclusão muito linda: Alícia. A pequena menina com apenas seis meses de vida, na barriga da mãe, já ganhara seu nome, com um significado forte: a verdadeira. Agora, quando Ucker conversava com eles, já a chamava pelo nome e eles tinham certeza de uma coisa: sempre que ouviam a voz do pai, um deles chutava ou se movimentava dentro da barriga da mãe, que já estava enorme, por sinal. A voz de Dul os acalmava, eles pareciam não gostar quando algo gelado tocava na superfície da pele dela ou quando algum som muito alto os assustava. Mas bastava ouvirem a voz de Dulce ou sentirem o carinho dela que os bebês sentiam-se seguros e calmos. Ucker achava incrível a forte ligação da mãe com os filhos.

   No mesmo mês em que Dul completaria sete meses de gravidez, Maite e Christian casarem-se. O loiro comprou uma casa na cidade e eles arrumaram a mudança em pouco tempo e diziam que eram os próximos a serem pais, mas a morena preferia primeiro concluir a faculdade. Quanto a cerimônia, mesmo sob as insistências de Annie, Mai conseguiu vencê-la e organizar uma festa pequena e bem simples, com todo o charme necessário e a privacidade que sempre agradou Mai.  No meio disso tudo, junto com Dulce, Maite convenceu Annie a finalmente parar de enrolar Poncho e começar a organizar sua própria cerimônia matrimonial e a loira, empolgada com todo aquele clima de casamento, aderiu a ideia. Alfonso sofreu muito nas mãos da noiva, ele e a filha passaram por alfinetes e desaprovações de Anahí e aguentaram as crises dela quando a uma semana do casamento, ela cismou que nada estava pronto e do jeito que queria e caiu num choro interminável. Mas Annie era conhecida por seus dons e conseguiu fazer um milagre, montando todo seu casamento com apenas três semanas, quando Dulce nem estava com sete meses e meio e fez uma festa e tanto. Como já moravam juntos, a única grande diferença era a mudança dos lugares das alianças e as contas que só chegavam para Poncho, motivo das extravagâncias matrimoniais da esposa. Mas ele não reclamou nenhuma vez sequer, o sorriso dela no dia do casamento com aquele vestido perfeito, valeu cada centavo.

   Ucker queria muito casar-se logo ao ver os amigos passando de namorados/noivos a maridos e não via a hora da sua vez chegar. Mas Dulce preferia esperar as crianças nascerem, para evitar que aquela barriga enorme rasgasse algum tecido branco em uma loja. Mas isso não quer dizer que eles não começaram a montar o futuro. Ucker tinha conseguido juntar bastante dinheiro quando estivera na Legião e ainda tinha a herença de sua avó, o que era muito mais do que o suficiente para comprar uma casa e sustentar as crianças pela vida toda. E foi isso que ele fez. Pegou o dinheiro e comprou uma casa que estava a venda na cidade. Não era muito grande, mas era bem aconchegante, três quartos amplos, cozinha, sala, banheiros e um quintal bem espaçoso onde ele imaginava seus filhos brincando. Três dias depois, Ucker, Poncho e Chris estavam entrando na casa de madeira iluminada e limpa com caixas empilhadas, onde tinham as coisas de Dulce e dele. Ela tentava carregar alguma coisa, mas Ucker não deixava de jeito nenhum, quase tirava os porta-retratos da mão dela. Os móveis chegavam a toda hora da loja, o berço espaçoso para os gêmeos e depois de três dias, ganharam as cores rosa e azul, quando foi descoberto que os sexos dos bebês eram diferentes. Exatamente, para completar, o outro bebê era um menino e automaticamente, quando o médico acabara de falar, o papai abriu um sorriso orgulhoso e disse: “Vai se chamar Alonso!”. Dul fez careta, de imediato não aprovou, não porque não gostava do nome, tinha até um belo significado, algo que Ucker dissera sobre “nobre que não foge da batalha”, mas não era isso que a incomodava. Os nomes dos gêmeos combinavam, Alícia e Alonso, e ela achava isso um pouco brega e ultrapassado. Mas Ucker achava fofinho demais. Ela já estava apegada ao nome de Alícia e não mudaria de jeito nenhum, mas Ucker estava irredutível com Alonso e depois de ouví-lo chamar o filho por dias seguidos assim, Dul sorriu e aprovou. Por que não podia ser fofinha como as outras mães e combinar o nome dos filhos? Estava decidido. Alícia e Alonso Saviñon Uckermann.

   Juan estava muito contente pela filha, mas era difícil ver as coisas dela sendo levadas em caixas para outra casa, não esperava que isso acontecesse tão cedo, realmente. Mas sua menininha já estava crescida. Ele parou de se preocupar com isso quando Dulce prometeu que o visitaria todos os dias e que levaria sempre os gêmeos para vê-lo. Juan adorou a ideia.

   Adriana estava gastando um bom dinheiro de passagem de tanto vim visitar Dulce e o filho e estava sendo a avó mais boba que se podia conhecer. Ela vinha com Sam e o garoto, agora bem mais alto e mais velho do que Dul lembrava, estava quase namorando com Angelina. Ela contara toda a verdade sobre o que fizera contra Dul e foi perdoada pelo casal diante das súplicas de Samuel. Alexandre e Henrique não davam as caras por lá, mas no fundo, estavam morrendo de curiosidade e saudades de ver a família que Ucker estava construindo. A sogra, por sua vez, estava mimando Dulce e Ucker agradecia pela sorte de ter a mãe que tinha, afinal, ela era que entendia Dul nos momentos de sensibilidade, sabia de chás, vitaminas, todas as necessidades de uma gestante e sempre que a ruiva estava com cólicas, ia caminhar com ela. Era maravilhoso ver como Adriana e Dulce se davam bem, desde a primeira vez que se viram.

   Mas isso aqui não é o epílogo da história e ela não acaba aqui. Não ainda. Ainda há mais uma prova para o casal e ela começou quando Dulce foi caminhar numa tarde com sua sogra, carregando sua enorme barriga de quase oito meses num moletom larginho. Quando Adriana virou-se por dois minutos para comprar uma garrafinha de água, deixando Dulce parada perto a pracinha, a ruiva sumiu. A loira virou-se para procurar a nora com seus olhos castanhos e não encontrou ninguém, a não ser a praça vazia. 

Comentem, mis amores <3

Sim, a fic tá acabando ... :`(