Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy

   Fernando até estranhou como Dul estava mudada e quase não acreditou ao ver os sorrisos que ela dava. A ruiva sentou-se na beira da cama e comeu todo o prato de macarrão com almôndegas que ele tinha preparado e depois, entregou o prato vazio a ele e o agradeceu com um sorriso lindo. Ele então começou a pensar na possibilidade de Dul finalmente estar convencida a ser esposa dele, se ela finalmente tinha percebido que era ele quem Dul amava, não o soldadinho marrento. Melina tinha razão, era só afastar Dulce de Christopher que magicamente, sem a influência dele, ela caía em si e percebia quem era o verdadeiro homem da sua vida.

- Estou com uma vontade enorme de tomar Coca. – Murmurou Dul, sorrindo de leve.

- Hum, eu acho que não tem mais. É que a Mel é meio viciada em refrigerante. – Fernando disse.

- Tudo bem, então. – O sorriso dela sumiu e imediatamente, Dul abaixou o olhar e acariciou a barriga.

- Bom, mas eu posso ir comprar, se você quiser. – Ele disse e ela deixou seu rosto se iluminar, iludindo Fernando.

- Verdade? – Perguntou Dul.

- Claro, querida. Não quero que os gêmeos nasçam com cara de Coca, nem sei como seria isso. – Ele riu e ela assentiu. – Mas só posso ir quando a Melina chegar. – Dul deixou seu rosto novamente num muxoxo. – Não faz essa carinha, Dul. Eu sei que você não gosta dela, mas...

- Então, a principal é ela, você é só o ajudante?

- Não, Dul, claro que não. Somos parceiros. – Ele respondeu.

- Pois pra mim, parece que ela manda em você e toma todas as decisões. – Dulce deu de ombros e ele fez cara de confuso. – Afinal, se vamos nos casar e tudo mais, você devia confiar em mim. Eu não vou fugir, eu não quero mais fugir.

   Quando Dulce teve certeza que Fernando já estava praticamente aceitando ir e deixá-la solta ali, a porta se abriu.

- Nem pense nisso. – Melina disse, entrando com três sacolas nos braços. Dul revirou os olhos e Fernando levantou-se. – Que droga, Fernando, onde está a porcaria do seu celular? Eu te liguei, mas você não atendeu essa merda! Eu mandei você ficar com essa merda o tempo todo com você!

- Eu disse. – Dul sussurrou, olhando para o lado.

- Cala a boca! – Melina gritou pra ela. – Eu não estou falando com você, sua mal educada. Quando os adultos conversam, as crianças ficam caladas.

- Não fala assim com ela, Mel. – Fernando rebateu, cerrando os olhos para Melina.

- Quer saber? – Melina riu e estendeu as duas mãos. – Eu não quero nem saber. Você é quem sabe, Fernando. Quem cria cobra, amanhece picado. Só não esquece que foi assim que ela conquistou o soldado, com essas palavrinhas mansas ela faz qualquer um de otário. – Ela caminhou até a outra parte do quarto.

   Fernando revirou os olhos e caminhou até o monte de roupas sujas.

- Devo ter deixado em alguma bermuda, só isso. – Ele murmurou, procurando. – Aqui, achei. – Fernando colocou o aparelho celular no bolso de trás e pegou sua cópia da chave em seguida, jogando no bolso também.

- Onde vai? – Perguntou Melina, cruzando os braços.

- Vou comprar um negócio. Não faz nada com ela, ouviu? Nada. – Fernando soou ameaçador. – Não toca nela, Melina.

- Tudo bem, sem contatos físicos. Beleza. – Mel riu e sentou-se na cadeira ao lado da cama. – Vou só tomar conta, prometo.

- Já volto, meu amor. – Fernando sorriu para Dul e ela assentiu, depois ele fechou a porta atrás de si, deixando-a sozinha com a cobra.

- Dá os bracinhos, querida. Eu não confio em você e não sou o Nandinho. – Melina amarrou os braços de Dul novamente com a corda, mais apertado do que a outra vez. – E esses pirralhos, não vão nascer, não? Vão ficar aí dentro pra sempre? Não aguento mais esse cheiro horrível de mofo desse quartinho.

   Dul não respondeu.

- Você então faz voto de silêncio quando eu estou aqui? – Mel riu. – Ótimo, eu nem devia ter comprado sua comidinha, devia ter te deixado com fome, você e essas suas coisas.

- Eu já comi. – Dul sussurrou, entredentes.

- Fernando é um bobão mesmo, hein. Christopher também era assim? – Mel segurou no rosto de Dul, mas a ruiva puxou a cabeça para o lado e manteve sua expressão de raiva e superioridade.

- Não me encosta.

- Você é de ouro por acaso, queridinha? – Melina cerrou os olhos e prendeu sua mão no alto da cabeça de Dul e puxou o cabelo dela pra trás com força, machucando o couro cabeludo da garota, mas isso não fez Dul baixar a guarda. – Eu nunca vou entender o que te faz melhor que os outros, nunca mesmo. Você se acha especial, querida, desejada, cobiçada... Mas é só uma sem sal nojenta.

- Mas eu não tenho inveja dos outros, Melina. Eu não preciso sequestrar ninguém, nem mendigar pelo amor de nenhum homem...

   Melina soltou um tapa no rosto de Dul, que sentiu a bochecha arder e o rosto virar-se para o lado, um gosto de sangue invadiu sua boca, mas ela riu ironicamente.

- Você vai se arrepender disso... – Dul lançou seu olhar ameaçador para a japonesa e depois cuspiu no rosto dela, as gotas de sangue enfeitaram a carranca de Melina e ela cerrou os dentes e limpou os a saliva com as costas da mão.

- Você é que vai... De ter nascido. – Ameaçou ela.

- Eu não tenho medo de você. – Dul parecia bem desafiadora.

- Você não, mas seus filhotes tem. – Melina acariciou a barriga de Dulce e a mesma se debateu na cama, tentando impedir aquele contato. – O que você acha de eu chamar um médico que é amigo meu pra antecipar o nascimento dos seus bebês? Olha que dia lindo para eles virem ao mundo!

   Dul arregalou os olhos e arfou.

- Não! – Gritou Dul.

- Sim, querida, sim. É hoje que você vai saber o que é a dor do parto e da perda. Depois que eles saírem de você, eu mesma me livro dos gêmeos. Faço questão de ter essa honra, Dulce. Afinal, eu sou a madrinha, não sou?

- Você não vai tocar neles, eles não vão nascer aqui! – Dul se debatia na cama e as lágrimas já explodiam, escorrendo pela face. – Eu vou matar você!

- A única coisa que vai morrer, é a sua descendência. Mas não se preocupa com eles dois. – Melina deslizou a ponta dos dedos pela linha da barriga. – Só vão viver alguns minutos.

   Dul começou a gritar e chorar ao ver Melina pegar a bolsa, procurando seu celular e em seguida, discando um número enquanto sorria diabolicamente. Dul deitou-se na cama com os pulsos amarrados e não tinha forças nem sequer pra levantar da cama, deixou o rosto enterrado e não sabia se chorava ou se rezava.

Aí está, comentem e em breve tô aqui, beijos <3