Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy

   Dulce estava tentando controlar o choro quando via Melina andando de um lado pro outro com o telefone na mão, esperando o tal do médico pra quem tinha ligado. Elas ouviram o barulho da porta e Fernando entrou com a camisa prensada no nariz, repleta de sangue.

- O que aconteceu com você, Fernando? – Perguntou Melina, caminhando até ele.

- Nada, uma briga que eu fui separar. – Ele mentiu e passou por ela, indo até Dul. – Você me ama, não ama?

- O que? – Dul gaguejou.

- Eu te amo, não esquece disso. – Ele disse para ela e depois, voltou-se para Melina.

- O que foi, Fernando, por que está assim? – Mel desconfiou.

   Fernando não respondeu, apenas pegou Melina pelos braços e a virou de costas, prendendo os pulsos delas nas mãos.

- Você tá louco? – Melina gritou, sentindo seus braços presos e não podendo se mover. – Me solta agora!

- Ele já vai te soltar, Melzinha... – Ucker entrou no quarto e Melina arregalou os olhos e a boca. – Fica calminha aí. – Ele sorriu irônico e controlou a vontade que estava de matar ela ali mesmo.

- Ucker... – Dul soluçou alto e uma lágrima caiu imediatamente. Ucker olhou pra ela com pena e correu até sua noiva, pegando nos pulsos dela e a soltando com rapidez. Os pulsos dela estavam marcados, roxos e ele beijou tudo, ouvindo o choro baixinho dela.

- Fernando, você é um idiota! – Gritava Melina, se debatendo. – Seu estúpido, tava quase dando certo!

-  Cala a boca. – Chris ameçaou, pegando no rosto dela com força.

- Eles te machucaram, amor? Você tá bem? Como eles estão? – Ucker estava desesperado e aliviado ao mesmo tempo e a abraçou apertado, acariciando-lhe a barriga.

- Eu tô bem, eles também estão. – Dul soluçou, chorando de alívio. – Graças a Deus você está aqui, eu pensei que alguma coisa muito ruim fosse acontecer com a gente... Com os nossos bebês.

- Ucker, por favor, me perdoa. – Melina não tentava se soltar mais, porém suas lágrimas caíam grossas pela face. – Eu só queria que você sentisse como é ser sozinho... Eu só queria... Caramba, por que você tinha que ter escolhido ela? Me perdoa, Ucker.

- Eu tenho pena de você, Melina. Tenho mais pena do que raiva. – Ucker sussurrou, olhando pra ela com nojo e depois pegou Dulce no colo, erguendo-a. – Vem, meu amor.

   Dulce envolveu o braço no pescoço de Ucker e enterrou o rosto no peito dele, contendo as lágrimas, sem aceditar que todo aquele pesadelo estava acabando. Ela ergueu o rosto e viu Fernando lhe encarando com um olhar triste, arrependido, haviam lágrimas nos olhos dele.

- Espera. – Dulce pediu e Ucker parou.

- O que foi, amor? – Ele perguntou.

- Me coloca no chão. Eu preciso... preciso fazer uma coisa.

   Os pés dela tocaram o chão delicadamente e Dul caminhou com o apoio de Christian até onde estavam Melina e Fernando.

- Sai de perto dela, Dul. – Ucker murmurou, cerrando os dentes.

   Ela não escutou, continuou perto.

- Fernando, eu sinto muito pelo que aconteceu com você. Eu sei o quanto você me amava e sei o quanto deve ter sido difícil me ver sair da igreja e te abandonar...

- Não, Dul. Você só me deixou lá porque ele te raptou... Por isso, fiz o mesmo com ele. – Fernando acusou, ainda mantendo as mãos presas nos pulsos de Melina.

- Não, Fernando, para. Escuta. Se escuta, pelo amor de Deus. – Dul sussurrou. – Eu não fugi de lá obrigada, eu queria que ele me tirasse de lá. Eu menti. Eu não te amo, nunca amei, você foi bom pra mim, mas amor não funciona assim.

- Você mentiu.

- Menti. – Assentiu ela. – E eu sinto muito ter feito você acreditar num sentimento que não era verdadeiro. Eu sinto culpa ao ver você assim e ao ver a que ponto você chegou. Eu sinto muito, mal posso dizer o quanto.

- Ela tá mentindo, Fernando, pelo amor de Deus... – Melina riu, mas Christian tapou a boca dela.

- Eu te perdoo, Dul, se você me perdoar. – Fernando murmurou, a voz embargada.

- Então, estamos perdoados. – Ela secou o canto do olho e virou-se, andando de volta na direção de Ucker. Ele a abraçou a tirou dali no colo, quando surgiu na frente do hotel, os carros de polícia com as sirenes altas, uma ambulância e alguns carros de imprensa chegaram, enquanto alguns policiais subiram para o hotel, outros ficaram com Ucker e Dulce. Dois enfermeiros a levaram até a ambulância e ea sentou-se lá, depois de alguns minutos viu Melina e Fernando sendo levados de cabeça baixa, algemados. Chris estava com Ucker conversando com alguns policiais e repórteres.  Enquanto uma enfermeira media a pressão de Dulce, ela sentiu umas contrações leves mas ignorou. Depois, ficaram mais fortes e ela se curvou um pouco, colocando a mão na barriga.

- Está tudo bem, querida? O que está sentindo? – A mulher estava preocupada.

- Minhas contrações estão começando. – Dul sussurrou, respirando ofegante.

- Respira fundo, mantenha a calma.

- Ai, meu Deus! – Dul exclamou quando sentiu um líquido escorrendo pelas suas pernas, ela olhou para baixo e a enfermeira também.

- A bolsa dela estourou! – Gritou a enfermeira para as outras pessoas e todos olharam espantados, se aproximando. Ucker e Chris arregalaram os olhos e vieram correndo.

- Ai! – Dul gritou, as contrações estavam se intensificando. – Ai... Isso não pode... Eles ainda não tem nove meses.

- São gêmeos, querida. – Ucker sussurrou já ao lado dela, a segurando. – É comum. Nossos filhos vão nascer.

Desculpem a demora, acho que todas já sabem do meu problema com a escola e tals... Beijinhos, comentem ;)