Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy

   Os gêmeos nasceram muito bem, estavam ótimos de saúde. Eram grandes, saudáveis e lindos. Alonso tinha 2.915 g e 48 cm, era maior que a irmã e bem mais chorão. Alícia tinha 46 cm e 2.685 g, era mais quietinha e seus olhos eram curiosos demais. Quando Ucker os viu, ainda pelo vidro, sentiu-se o pai mais sortudo do mundo, seus filhos eram lindos demais. 

Depois, ele subiu e ficou conversando com a esposa, a anestesia já estava passando e ela sentia bem melhor, mesmo tendo descansado muito pouco. Estava ansiosa demais para conseguir dormir, queria ver seus filhos logo, poder amamentá-los pela primeira vez, olhar aqueles rostinhos perfeitinhos e sentir aquele cheirinho de bebê.

- Calma, amor. Eles já estão vindo. – Ucker murmurou, vendo a ansiedade da noiva.

- Mais que demora. – Ela resmungava e Ucker só ria, vendo Dul apertar as mãos.

   Quando a porta se abriu, o sorriso de Dulce abriu-se junto, eles estavam deitados em uma espécie de carrinho de vidro, duas enfermeiras empurravam com calma e tinham um sorriso bobo nos lábios.

- Oi, mamãe. – Uma delas disse, sorrindo para Dulce. – Trouxe duas pessoinhas que estão loucas pra te conhecer.

   Dul sentou-se na cama e sentiu suas lágrimas descendo assim que viu seus dois pequeninos no berço. Alonso estava lindo com aquele macacãozinho amarelo, ele era lindo demais, parecia muito com Ucker. Estava acordado, com seus olhinhos bem abertos e suas pequenas mãozinhas se articulando. Alícia estava dormindo, os olhinhos fechados e o corpo de lado, envolvida num pequeno lençol rosa, tinha um rostinho tão lindo e o cabelo escuro como o de Dulce.

- Fez um ótimo trabalho. – A que estava com Alonso disse e ergueu o menino do berço de vidro. – Apesar de prematuros, os dois são fortes e o pediatra dispensou os dois da internação. – A mulher elogiou e entregou Alonso nos braços de Dul, ela sorriu e o pegou no colo, a emoção de ter seu filho em seus braços a dominou intensamente e as lágrimas grossas começaram a cair, Dul estava explodindo de tanta felicidade. Ucker, ao seu lado, estava com os olhos cheios de lágrimas e acariciava de leve o rostinho de seu filho.

- Obrigada. – Dul sussurrou, olhando para a enfermeira.

- Quer segurar sua menininha, papai? – A outra enfermeira, uma senhora, trazia Alícia ainda dormindo nos braços. Ucker olhou e ficou sem reação, não sabia se estava totalmente pronto para isso.

- Ah, não, ela está dormindo e... – Ele respondeu nervoso, mas a enfermeira entregou-a para Ucker.

- Não fique nervoso. É sua filha. – Ela murmurou e Ucker assentiu, Alícia se encaixou nos braços de Ucker como se fosse moldada para isso, ele respirou aliviada e ela abriu os olhinhos de leve. – Eles tem que acordar mesmo, é recomendádo que a primeira amamentação ocorra nas primeiríssimas horas de vida.

   Dulce assentiu e Ucker ainda estava todo bobo olhando para Alícia.

- Você precisa de ajuda para amamentar ou acha que pode sozinha?

- Eu posso. – Dul sorriu de leve. Elas assentiram.

- Qualquer coisa, pode chamar. Qualquer coisa, querida. – Uma dela disse antes das duas saírem e encostarem a porta.

- Ela tem os seus olhos. – Ucker sussurrou, olhando para Dulce.

- Ele tem seu nariz. E sua boca também. – Dul avaliou. – Seus olhos e... Meu Deus, ele é a sua cara, amor.

- Tá com medo? – Ele perguntou.

- De que?

- De doer. Sabe, pra amamentar. – Ucker sussurrou, a olhando.

- Não sei... – Ela olhou para Alonso, o menino tinha começado um choro, obviamente de fome.

- Bom, acho que essa é a hora. – Ucker sussurrou, ela assentiu. Alícia ficou dormindo no colo do pai enquanto Dulce amamentava Alonso. Ela estava nervosa, mas a dor era muito pequena comparada a emoção de amamentar seu filho. Depois de longos minutos, Alonso dormiu ainda mamando e Dul o entregou para Ucker, pegando Alícia e amamentado a pequena. A menina não gostou muito de início, mas depois pegou e tomou o leite materno, cochilando facilmente no colo da mãe.

- Ei! – Alguém disse alto, abrindo a porta do quarto, assim que Dul ajeitou sua roupa.

- Shii. – Ucker brigou com Annie, a loira sempre era tão escandalosa. Ela colocou a mão sobre a boca. Depois, entraram todos no quarto, Poncho, Annie, Maite, Chris, Adriana, Juan, Samuel e Anabella. Estavam todos sorridentes, alguns com flores nas mãos, presentes e balões. Dul sorriu assim que viu sua família ali.

- Meu Deus, como eles são lindos. – Adriana sussurrou, olhando para Alonso no colo de Ucker. – Ele é a sua cara, filho.

- Eu sei, mãe. – Ele sorriu, orgulhoso.

- Parabéns, mano, seus filhos são lindos. – Poncho sussurrou, sorrindo.

- Assim até me da uma vontade de ter um filho... – Mai brincou, apertando as costas de Chris, que estava babando Alícia.

- Ela é lindinha, demais, meu Deus. – Chris comentou.

- Parece muito com a Dul. – Annie passou o dedo na bochecha de Alícia.

- Eles vão ser meus amigos, papai? – Perguntou Aninha no colo de Poncho.

- Vão sim, filha. – Disse ele e a pequena sorriu.

   Sentindo a presença de todas aquelas pessoas, Alonso se mexeu no colo do Ucker e abriu os olhos.

- Olha, ele acordou. – Adriana sussurrou e todos fizeram “ó” quando o menino abriu os olhos, olhando a sua volta.

- Que gracinha. – Sam estendeu os braços. – Deixa eu segurar meu sobrindo.

- Cuidado. – Ucker alertou.

- Sempre. – Ele piscou para o irmão e pegou Alonso no colo, o menino deitou-se nos braços de Samuel. – Mais um homem pra família Uckermann.

- Ele não tem o nariz igualzinho o do Ucker? – Dul sussurrou, Sam arregalou os olhos teatralmente.

- Claro que não, olha o narizinho do meu sobrinho comparado com essa batata que o Ucker tem na cara!

   E todos riram juntos, como a grande família que eram.