Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy

   Anahí chegou na casa no noivo, sentindo as mãos tremerem de tanto nervosismo e quase desistiu, mas já era tarde demais, Poncho a viu pela janela e a chamou. Annie sentiu-se paralisar e aquela tontura veio de novo e seu instinto maior foi pôr a mão na barriga. Poncho estranhou ao ver sua namorada parada de costas durante tanto tempo e a chamou de novo e ela virou-se, com os olhos cheios de lágrimas. O moreno correu e a abraçou, segurando-a, impedindo que a mesma caísse.

- Que foi, meu amor? – Perguntou ele, a voz desesperada. – O que tá acontecendo, você está passando mal?

- Acho que vou desmaiar. – Ela engoliu em seco e apertou os olhos.

- Vamos pro hospital, amor. Você está pálida...

- Não, não precisa. Isso é normal.

- Normal? – Poncho uniu as sobrancelhas. – Você não tá comendo de novo?

- Amor, a gente precisa conversar. – Anahí abriu os olhos e se apoiou nele. – Você está sozinho?

- Sim, o Ucker saiu com a Dul e o Chris foi no mercado. Vem, vamos entrar.

   Poncho ergueu Anahí nos braços e a levou no colo até a sala da casa, colocando-a deitada no sofá delicadamente. Ele foi até a cozinha, onde pegou um copo d’água para ela.

- Tá melhor? – Questionou Poncho, sentando ao lado dela e entregando o copo.

- Sim. – Annie deu dois goles na água e o olhou.

- Está com uma carinha... Algum problema, amor?

- Eu estou grávida, Poncho. Você vai ser pai.

   O moreno paralisou por um momento e teve que se lembrar de como respirava para formular uma resposta para a namorada, sentada a sua frente.

- Grávida? – Perguntou ele, em choque.

- Sim, amor, eu estou na quinta semana de gestação. E eu estou desesperada, porque... Eu não sei o que fazer... – Annie olhou pra ele, soluçando, deixando as lágrimas caírem pelas bochechas.

- Calma, princesa. – Poncho a abraçou e ela molhou a camisa dele com seu choro.

- Nós não planejamos isso. – Annie repetia. – Nós não vamos conseguir, Poncho. Essa criança só vai mudar tudo...

- Annie, nós vamos ter um filho. É fruto do nosso amor, é um presente divino. – O moreno sorriu levemente. – Eu vou ser pai e tenho certeza que você vai ser uma mãe maravilhosa. Eu entendo você estar com medo, mas tudo vai dar certo, eu estou do seu lado, minha linda. Eu vou cuidar desse bebê, nós dois vamos cuidar dele. Vamos ser muito feliz, amor, acredite em mim.

- Promete? – Pediu Anahí. – Promete que não vai me deixar?

- Eu prometo, Annie.

- E se o mundo ficar contra nós?

- Então seremos eu e você contra o mundo. Ou melhor, seremos nós três. – Ele acariciou a barriga dela e inclinou-se para beijar seu filho que crescia a cada dia na barriga de Annie. – Eu amo vocês, amo mais que tudo.

- Nós também te amamos, Poncho. Você é o melhor homem do mundo. – Respondeu ela, emocionada, deixando que suas lágrimas caíssem sobre o sorriso.

   Enquanto isso, no outro lado da cidade, Ucker estacionava o carro de Poncho na frente da casa de Dul. A ruiva ouviu as buzinas e saiu na porta de casa, trancando com a chave. Ela olhou e viu o soldado parado, com os braços fortes cruzados sobre o peito e um sorriso daqueles de tirar o fôlego estampando seu rosto perfeito. Ele a observou, admirado, vendo com os olhos cheios de desejo, a linda garota num vestido preto justinho, com um salto alto vermelho que contrastava com seu cabelo, preso num charmoso coque.

- Tá arrasando nas produções, hein. – Comentou ele, mordendo o lábio. – Mais linda do que nunca.

- Obrigada, você também. – Respondeu Dul, observando aquele homem charmoso com seu jeans escuro, sua blusa branca de botões e seu tênis preto quebrando o estilo social e dando aquele ar bem jovial.

- Dá uma voltinha, dá. – Ele riu e fez um gesto com o dedo indicador, girando-o.

   Ela sorriu e girou-se, fazendo com que Ucker visse que o vestido preto de Dulce deixava suas costas nuas e isso a tornava mais sexy ainda. Produzida daquele jeito, ela nem parecia uma garota de dezessete anos.

- Meu Deus, você está incrível. – Reforçou ele e Dul caminhou em sua direção.

- Tá começando a me deixar sem jeito.

- Não fique, você já sabe o quanto é bela. – Ucker a puxou pela cintura e ela riu, vendo os corpos se colarem. – Que sorte eu tenho, qual era a chance de eu vim parar numa cidade e conhecer a garota mais linda e simpática do mundo?

- A mesma que eu tinha de conhecer um soldado da Legião Estrangeira Francesa, que mora na Ilha de Córsega e decidiu passar um tempo na minha cidadezinha do interior. – Ela sorriu, os dentes brancos contrastando com o batom vermelho. – Foi bastante sorte.

- Não acho que tenha sido questão de sorte a gente se encontrar. – Rebateu ele.

- O quê, você acredita em destino?

- Não, mas eu acredito que alguma coisa muito forte e mágica uniu a gente. – Ucker passou a mão no rosto dela, delicadamente.

- Como é que você não lida bem com relacionamentos? Você é muito... perfeito.

- Eu não sei. – Ucker ergueu as sobrancelhas. – Não estou me reconhecendo mais, sabia? Eu não consigo tirar você da minha cabeça, sinto sua falta como se não visse você há anos e quando eu te vejo, é como se nada mais importasse. Dul, eu acho que... acho que estou...

- Ah. Meu. Deus. – Murmurou ela, palavra por palavra, perplexa.

- Eu estou apaixonado por você, Dul. E eu quero muito que você seja minha namorada.

   Dul sentiu seu coração acelerar e quase sair pela boca, mas permaceu em silêncio.

- O que você me diz?