Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy

   “Tá todo mundo me olhando”. Foi só isso que passou na cabeça de Ucker, era só nisso que ele conseguia pensar assim que entrou no parque de diversões acompanhado de Chris e Poncho. Era o que realmente parecia, todo mundo encarava ele com os olhos curiosos, como se ele fosse algum tipo de extraterrestre invasor. As garotas só faltavam babar e os meninos, por incrível que pareça, também. Isso era estranho, tinha tanta gente bonita naquela cidade, mas todo mundo estava admirado com Ucker. E olha que ele sequer havia feito a barba naquele dia.

- Assustado? – Brincou Poncho, sussurrando para seu mais novo amigo.

- Que nada, só estou me sentindo como uma experiência de laboratório. – Ele riu e deu de ombros. – Sério, qual é o problema dessa gente?

- Gostam de uma novidade. – Chris bateu no ombro dele.

   Ele sorriu, se sentindo agora um peixe fora d’água, completamente perdido, sem conhecer ninguém direito. Só tinha intimidade com Christian e agora com Poncho, com quem tinha se identificado no instante em que conversou pela primeira vez. Ele não gostava muito de ser observado daquele jeito, não sabia o que estavam pensando sobre ele e claro, ninguém gosta de não se sentir bem-vindo. Mas assim que Ucker percebeu as garotas sorrindo, e encarando, e piscando, e fazendo todos aqueles sinais e aqueles “psius”, começou a sentir a confiança dominando seu corpo e simplesmente deixou o Christopher Uckermann aflorar. Ele viu Alfonso se afastar e abraçar uma garota loira maravilhosa, beijando-a calorosamente, que deveria ser a tal noiva que haviam falado.

- Aquela é a Anahí? – Questionou ele.

- Sim, ele é um sortudo, não é?                                  

- Ei, Chris! – Gritou alguma garota e quando Ucker virou-se para ver, a mesma abraçou seu amigo loiro e alto e o abraço foi recíproco. Chris rodou a menina levemente e sorriu e Ucker ficou imaginando que eles deviam ser velhos amigos, porque pareciam verdadeiramente íntimos.

- E aí, baixinha? Como é que você está? – Chris a pôs no chão.

- Eu estou bem, você que tá sumido. Andam dizendo que ficou metido por causa da França e esqueceu as origens.

- Ah, que idiotice. Estou ralando muito mesmo. – O loiro puxou Ucker para o seu lado. – Esse é meu amigo, ele também é da Legião, soldado Christopher Uckermann.

- Não escuta esse maluco. – Brincou Ucker, rindo. – Prazer, pode me chamar de Ucker.

- Ah, claro. – Exclamou a ruiva, olhando fixamente para ele. – O cara do ônibus. Você estava no ônibus mais cedo, certo? Eu te vi.

- Eu também vi você. – Murmurou Ucker, lembrando da garota ruiva que havia sentado ao seu lado.

- Peraí, vocês se conhecem, é?

- Não, só de vista.

- Ela estava no ônibus hoje. – Acrescentou Ucker.

- Eu estava ao lado dele, dormindo. – Riu Chris. – Você não me viu, né?

- Só ouvi seu ronco. – Brincou Dul e os três riram. – Brincadeira. Eu sou a Dulce, mas me chame de Dul, é mais fácil. Seja bem-vindo à nossa cidade, você vai adorar isso aqui, Ucker.

- Já estou adorando. – Riu ele e Chris percebeu a indireta, mas Dul não.

- Eu preciso ir, não dormi bem essa noite. Passem lá em casa amanhã, eu e um pessoal marcamos de ir na cachoeira bem cedo. O Poncho vai também.

- Pode deixar. – Confirmou Christian.

- É sério, Chris. Sentimos sua falta. Vai mesmo, pra gente colocar as novidades em dia. – Dulce passou a mão no cabelo, que acompanhava o vento. – Você também Ucker, pra conhecer melhor o pessoal, vai ser maneiro.

- Claro, a gente vai sim.

- Então tá. Eu...vou indo. – A ruiva ainda encarava Ucker, pensando em como ele era lindo.

- Espera, Dul. – Chris a segurou pelo braço e mudou sua expressão. – E a Maite? Como ela tá? Viajou de novo?

- Não, ela tá aí. Quero dizer, na cidade. Mas saiu com a mãe.

- Ela vai passar as férias na cidade? – Chris sentiu o coração parar por um segundo e depois bater acelerado.

- É. – Dulce percebeu a reação dele. – Mas vá com calma, ela ainda é um pouco fragilizada quando o assunto é você.

   A ruiva deu uma piscadinha e depois foi embora, acenando para eles uma última vez. Ucker não precisou perguntar nada, sabia da história de Chris com Maite muito bem, ele havia terminado com ela quando conseguiu realizar seu sonho de ingressar na Legião Estrangeira Francesa e parecia sofrer com essa culpa ainda.

- Ah, agora entendi porque você tava animadinho mais cedo, com aquele papo de ótimas férias. – Chris exclamou, animado de repente, mudando de assunto. – Tinha visto a Dulce, né?

- Desculpa, não era do meu conhecimento que a ruiva era sua amiga de infância.

- É, isso mesmo, acho bom você direcionar essa sniper pra outro alvo. A Dul é minha amiga desde que eu usava fraldas e ela é muito maneira, tá? E nem deve ter dezoito ainda.

- Relaxa, Chris. Sou nenhum bicho, não. – Ucker riu. – Só achei ela bonita, só isso. E ela também parece ter me marcado, não é? Fazer o que se eu sou gostoso?

- Cala a boca, não fala merda. Cara novo na cidade é assim mesmo, não se iluda.

- Chris, você sabe o meu poder sobre as mulheres, não sabe? – Ele provocava o amigo, zoando como sempre.

- Já não mandei você calar a boca? Isso é uma ordem, soldado.

- Vamos pra cachoeira amanhã, certo? Eu não perco a chance de ver essas garotas de biquíni de jeito nenhum.

- Porque você não se joga do alto da roda gigante e para de falar? – Chris revirou os olhos, zombeteiro e Ucker riu.

- Fica tranquilo, a Dul é sua protegida.

   “Por enquanto”, pensou Ucker, mas guardou para si, não queria provocar o amigo mais ainda.

 Só continuo se comentarem, não sei como estou indo :(