Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy

   O clima parecia ter mudado e o sol amanheceu forte no céu, como se realizasse um pedido de Dulce para que a cachoeira fosse um programa divertido para todos naquele sábado maravilhoso. Eram quase oito da manhã quando Poncho, Chris e Ucker chegaram em frente a casa de Dulce e a viram, junto com mais um grupo de jovens. O loiro se misturou as pessoas, abraçando, reconhecendo e matando saudades do que pareciam velhos amigos. Alfonso encontrou Anahí e depois de apresentá-la para Ucker, os dois foram conversar num canto, sorridentes e apaixonados. Ucker de novo, ficou sozinho, meio de fora, mas não se sentiu mal, estava um pouquinho mais à vontade naquele dia. Sabia que não seria da noite pro dia que ele se tornaria um cara conhecido, que ele conheceria todo mundo assim, se entrosaria com tanta facilidade.

- Oi, Christopher. – Murmurou uma voz sensual atrás dele.

   Ucker virou-se, curioso e viu uma bela garota de cabelos lisos e castanhos, com os olhos azuis enigmáticos. Ela sorria abertamente e ele sorriu de volta, com o mesmo entusiasmo.

- Você sabe meu nome? – Ele riu.

- Quem não sabe, gato? – A menina passou os dedos pelo cabelo e Ucker percebeu que ela tinha um decote volumoso. – Eu sou a Angelina, é um prazer finalmente conhecer você, Christopher.

- Me chame de Ucker.

- Então você é um soldado também? Como o Christian...

- Sim, e você parece ter lido minha página no Wikipédia. – Zoou ele, rindo.

- Você tem uma página no Wikipédia? – Questionou Angelina.

- Nâo, era só...brincadeira. – Ele ergueu as sobrancelhas e percebeu que a bela garota não era muito inteligente. Mas tudo bem, era gostosa e com aquele corpo, não precisava ter cérebro. O macete era mantê-la com a boca sempre ocupada.

- Ah. – Suspirou ela. – Eu acho lindo homens de farda.

- Todo mundo acha. – Riu Ucker, brincalhão.

- Você quer que eu te mostre a floresta mais tarde? Tem umas trilhas bem legais, se você quiser me acompanhar... – Ela mordeu o lábio, sugestivamente e Ucker percebeu o quão atiradinha a garota era.

- É uma ótima ideia.

- Não é, não. – Intrometeu-se Dul, bem ao lado deles. – Angelina, eu vou contar pro seu irmão que você quer mostrar a floresta para um cara que deve ser dez anos mais velho que você. Agora, volta pra lá, volta.

   A garota corou, não sabia se era de raiva ou vergonha e voltou para o lugar de onde tinha vindo. Ucker encarou Dulce, que parecia séria.

- Obrigado. – Murmurou ele, ironicamente.

- Não tem de quê, livrei você da prisão. Ela tem quinze anos.

- Não parece. – Ele achou que o corpo dela parecia de uma garota de vinte anos, mas o rosto realmente ainda era de novinha. – E aliás, eu não sou dez anos mais velho que ela, eu tenho recém vinte e três. E você não deve ser muito mais velha que ela.

- Ha ha, bobinho. Tenho quase dezoito. – Dulce deu um sorrisinho irônico. – E você devia tomar mais cuidado, ou vai ser atacado nessa cidade, essas garotas adoram um soldado.

- Você não adora um soldado? – Rebateu ele, olhando pra ela, brincalhão.

- Acho que você devia começar a desacelerar, me conheceu ontem. – Dulce deu um tapinha no ombro dele e foi em direção a um grupo de pessoas que conversavam animadamente.

   Ele ficou olhando a bela garota, com um vestidinho rosa e os cachos vermelhos soltos nas costas e não entendeu o porquê daquela garota ter se tornado tão importante tão rápido. Não combinava com Ucker se deixar dominar por uma garota com tanta facilidade, mas era óbvio que entre eles rolava uma química diferente, um clima, uns olhares profundos. Ele tinha consciência disso e ela também deveria ter.

- Tira o olho. – Sussurrou Chris, ameaçador, no ouvido de Ucker.

- Não tava olhando pra ela.

- Ah, Ucker, por que você escolheu logo a Dulce?

- Que foi, cara? Tá viajando. – Ucker virou-se para ele, coçando a cabeça. – Não escolhi ninguém.

- Escolheu, só não sabe ainda. – Chris sorriu.

- Vai com calma, não é assim. – Ucker percebeu uma morena que encarava Christian sem disfarçar. – Aquela é a Maite?

- Shii, disfarça, idiota. – Chris o virou de costas para Mai. – Ela é linda, não é? E tá me olhando desde que a gente chegou.

- Você não vai falar com ela?

- Não, tá maluco? – O loiro fechou os olhos. – Se eu for falar com ela, vou ter um colapso nervoso.

- Você é um via/dinho mesmo, hein. Cagão.

- Se você amasse alguém, saberia.

- Você te falar uma coisa sobre o amor: essa doença, eu não pego. Não curto sofrer, sabe? – Ucker parecia convicto e disse seu discurso decorado de sempre.

- Sorte sua. Amar é uma merda. – Concluiu Chris.