Fanfics Brasil - A garota do soldado A garota e o soldado (Vondy)

Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy


Capítulo: A garota do soldado

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   Angelina arregalou os olhos azuis, assustada ao ver a água ficando vermelha. A garota não tinha planejado direito, não imaginava que fosse ser tão sério, queria apenas dar um susto em Dulce. Tudo bem que no dia em que Ucker aceitara “dar uma voltinha” na floresta com ela, foi Dulce quem atrapalhou. Mas isso não era o suficiente pra Angelina querer fazer algum mal a ruiva, seu objetivo era afastá-la de Ucker e fisgar o soldado de vez. Não conseguiria isso se tornando uma vilã de novela das oito.


   Então, ela começou a gritar e viu quando Ucker se aproximou correndo, olhando pra água, confuso. Quando percebeu que era Dul, vendo os fios vermelhos no fundo da piscina, ele não pensou duas vezes e pulou, nadando até o fundo. Ela estava desmaiada, flutuando, os olhos fechados, o sangue a sua volta. Ele pegou Dulce no colo e subiu pra superfície, quando saiu todos já estavam em volta tentando entender o que estava acontecendo. Ucker saiu da piscina com ela nos braços e as pessoas abriram espaço pra que ele passasse e apoiasse ela no chão, ao lado da piscina. O salva-vidas se aproximou, tentando ajudar o soldado, mas Ucker lançou um olhar furioso pra ele e empurrou o homem.


- Você serve pra quê nessa po/rra? – Gritou ele e depois voltou o olhar para Dul. – Meu amor, meu amor, pelo amor de Deus, reaje. – Ele passou a mão no rosto dela, desesperado. Quando Ucker colocou a mão na cabeça dela, erguendo-a, sua mão foi tomada pelo sangue. – Ai, meu Deus. Rápido, precisamos ir pra um hospital agora!


   Dulce foi levada para o hospital mais próximo e ao chegar lá, foi levada com urgência pra dentro de uma sala, ainda desacordada na maca. Ela perdia muito sangue e havia um corte comprido no lado esquerdo da cabeça. Ucker sabia, seus instrutores no exército sempre diziam que se um companheiro cortasse ou batesse a cabeça, não podia deixá-lo dormir ou haveriam chances dele ter um coágulo. E Dul estava completamente insconsciente, isso não era nada bom. No corredor do hospital, esperando ansiosamente, estava Ucker, todo molhado, junto com Chris, Mai, Poncho e Annie. Anabella estava no colo do pai e choramingava, aquele clima tenso era desconfortável pra bebê e ela sentia-se mal em hospitais. Aliás, qualquer pessoa se sente mal em um hospital, ainda mais quando se tem um ente querido correndo algum tipo de risco.


   Eles esperaram alguns minutos, até que o médico surgiu com uma prancheta na mão. Ucker correu até ele, querendo notícias da namorada, não aguentava mais aquela agonia.


- Olha, ela perdeu muito sangue e precisa de uma transfusão. O único problema é que o tipo sanguíneo dela é um pouco difícil de encontrar, é nós não temos compatibilidade no nosso banco de sangue. Até requerer de um outro hospital, pode ser tarde. – O médico disse, franzindo o cenho e Ucker arregalou os olhos.


- Eu posso doar.


- O senhor sabe a sua tipagem sanguínea? – Perguntou o doutor.


- Claro que sei. – Murmurou ele, todo soldado sabia sua tipagem, levava isso colado na farda. Logo depois ele disse e o doutor assentiu.


- Muita sorte. É o mesmo tipo que o dela. Vem, precisamos fazer uns testes. Me acompanhe. – O doutor virou-se, mexendo nas folhas agarradas na prancheta.


   Ucker assentiu e olhou para os amigos, que assentiram também, tentando passar confiança pra ele. Ele entrou numa sala gelada com o doutor, que o guiou até uma maca, onde uma enfermeira veio e colheu uma amostra de seu sangue e depois, mediu a pressão arterial dele. Logo depois, o doutor Rafael, que Ucker leu o nome no jaleco, voltou e sentou ao lado do soldado, fazendo uma pequena entrevista com perguntas bem diretas sobre doenças, alergias, jejum. A última foi perguntando se Ucker já doou sangue alguma vez. Ele já havia doado sim, mas a experiência tido sido muito ruim, a sensação era horrível.


   Depois de dez minutos aguardando, a enfermeira voltou com os materiais necessários, e Christopher teve que ser corajoso ao colocar o braço sobre a mesinha, vendo o tamanho da agulha que estava prestes a ser colocada em sua veia. A tontura começou a dominá-lo enquanto ele observava o sangue sair de seu corpo pelo tubo e cair na bolsa pendurada a sua frente. Depois de todo o processo, ele estava completamente tonto. O mundo estava rodando diante de seus olhos e a enfermeira colocou uma bandeja de metal com um sanduíche, um suco e uma maçã verde, dizendo algo parecido com “você tem que comer pra que a tontura passe. E não se levante até ter certeza que pode ficar de pé”. Ucker assentiu, fechando os olhos e sentindo um gosto ruim na boca, depois estendeu a mão e comeu com calma, até sentir-se melhor.


- Vocês são compatíveis. Isso não é estranho? Até os médicos acharam, poxa, isso às vezes não acontece nem em família. – Chris entrou na sala e parou ao lado do amigo.


- Não estamos na vida um do outro à toa. – Ucker tentou sorrir e olhou pra cima, estava bem melhor.


- Que foi, soldado? Tá fraco? – Chris brincou.


- Forte como um cavalo. – Ucker levantou-se e demorou alguns segundos pra dar o primeiro passo.


- Relaxa, vai ficar tudo bem. A Dulce é guerreira, é a garota do soldado. Vai sair dessa. – Chris passou o braço nos ombros do amigo, o segurando com firmeza.


- Eu sei, tenho certeza. – O soldado assentiu. – Só tem uma coisa que não se encaixa. Na hora eu nem pensei, estava uma confusão, mas agora... a Angelina estava muito perto da Dul, olhando sem fazer nada.


- O quê? Você acha que... Não, cara. Ninguém teria coragem de fazer isso. – Chris negou com a cabeça, confuso.


   Ucker assentiu e eles foram para o corredor, sentaram-se lá e ficaram aguardando mais notícias. Anabella estava deitada no colo de Annie, mas ao ver Ucker se jogou pra cima dele, estendendo os bracinhos gordinhos.


- Não, filha. O tio Ucker tá fraquinho, fica aqui. – Annie sussurrou pra ela, mas a menina resmungou e puxou um choro.


- Pode deixar, Annie. Eu já estive pior. – Ucker riu e pegou Anabella, então ela parou com a pirraça e sentou-se no colo de Ucker.


   Os minutos se passaram, e quase uma hora depois, doutor Rafael chegou, com uma cara menos preocupada. Tinha ocorrido tudo bem e agora ela estava estável, estava dormindo mas podia receber visitas. É claro que Ucker foi o primeiro a se prontificar a ir, ansioso pelo contato, queria muito ver Dulce bem, ver que ela estava com seus olhos castanhos abertos e cheios de vida.


   Ele caminhou pelo corredor e quando entrou no quarto, ela estava com os olhos fechados. O silêncio gritava na sala toda branca, somente o bipe do aparelho de batimentos cardíacos soava pelo ambiente e Dul estava deitada na cama com grades, o cabelo vermelho jogado sobre o vestido azul de hospital, o rosto abatido e pálido. Haviam tubos que entravam em seu nariz, auxiliando sua respiração.


   Ucker caminhou até a cadeira ao lado dela, sentou-se com os cotovelos apoiados nos joelhos, e abaixou a cabeça, respirando fundo. Estava sendo difícil passar por aquilo. Queria tanto que ela estivesse acordada para poder falar com ela, dizer o quanto a amava e o quanto tinha sentido medo de perdê-la. No instante seguinte, o soldado ouviu Dul suspirar e se mexer na cama, os dedos se movimentando. Ele a olhou e Dulce levou a mão até o aparelho, tentando tirá-lo.


- Não, não pode. – Os dedos dele pegaram a mão dela.


- Ucker? – Sussurrou Dul, abrindo os olhos devagar, cega com a luz branca e forte, brilhante. Ela virou a cabeça devagar e o rosto dele estava a centímetros do seu.


- Estou aqui, meu amor. Estou aqui.


- Ai. Está doendo. – Ela ergueu a mão para a cabeça, mas parou no meio do caminho. – O que aconteceu?


- Você escorregou na beira da piscina e caiu, bateu com a cabeça. Tomou alguns pontos, mas graças a Deus, agora tá tudo bem.


- Eu não me lembro disso. – Ela colocou a mão na testa. – Aliás, eu estou tão confusa e minha cabeça dói quando eu tento esclarecer.


   Ele passou a mão no rosto dela, mas logo depois, Dul se ajeitou na cama e se afastou.


- Me deixa sozinha, eu quero descansar. – Pediu ela, mas Ucker fez um biquinho.


- Mas amor, eu estava tão preocupado, quase ficando maluco. Eu quero ficar com você um pouquinho.


- Eu estou com dor, estou confusa. – Dul murmurou.


- Pode dormir, eu fico aqui bem quietinho. Só quero ficar com você. Ver você bem, respirando. – Ucker passou a mão na dela, fazendo carinho.


- Será que dá pra me deixar em paz? Eu quero ficar sozinha. – Dulce disse, o tom de voz alto, puxando a mão. – Não quero você aqui.


- Se for por causa da nossa discussão...


- Vá embora, Ucker! – Dul virou o rosto para o lado contrário e fungou o nariz.


   Ele então, assentiu, abaixando a cabeça e levantando-se. Nunca sentira-se tão mal, nunca havia sido tratado assim, principalmente por Dulce. Tudo bem que ela estava confusa e exausta, mas ele não merecia aquilo, no mínimo um pouco de consideração com tudo que ele passou. Ele não queria um obrigado por ter salvo a vida dela, nem uma medalha de bravura, era praticamente um de seus deveres como soldado. E principalmente, como namorado. Mas estava cansado daquela vida de arriscar-se e lutar, pra depois ser completamente dispensado. E seu discurso decorado era esse: “sempre perguntam quantas pessoas matamos. Nunca perguntam quantas pessoas salvamos”.


 



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Autor(a): princesinha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 623



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  • rosasilva Postado em 08/01/2019 - 02:56:46

    Jesus chama o bombeiro ... Jesus me abana

  • thaymara Postado em 25/10/2016 - 21:04:18

    Eu escrevo fanfics, então sei como é satisfatório quando agradamos o leitor. Então sinta-se orgulhosa de si mesma, porque você fez um ótimo trabalho com essa fanfic. Acho até mesmo que você poderia publicá-la em um livro. Você teria já 200 fãs fieis, então invista! Você tem realmente um talento incrível. Parabéns! A história foi maravilhosa. Amei de verdade. Nota? 10.

  • thaymara Postado em 25/10/2016 - 21:01:55

    Primeiramente, meu amor você escreve maravilhosamente bem e olha, sinceramente, você tem um nível de criatividade absurdamente incrível. Você conseguiu criar N situações dentro de uma só história. Segundo que essa fanfic foi completamente emocionante. Tinha dias que eu dormia pensando nela e acordava pensando nela. Por conta da minha rotina, e por não estar lendo apenas essa fanfic, eu demorei um pouco para concluí-la, mas posso afirmar que se fosse nas minhas férias eu teria terminado em apenas 1 dia. Não sei se você vai chegar a ler o meu comentário, porque essa fanfic já tem um tempinho que você postou (ou um tempão), mas eu com certeza recomendarei e não desfavoritarei. Ficará guardada para as minhas listas de recomendações. Você é um arraso e já acho que deveria publicar um ou dez mil livros. Você tem talento e acho que deve investir. É um prazer quando lemos algo e não nos arrependemos no final e acredito que mais prazeroso ainda pra quem escreve ++

  • thaymara Postado em 22/10/2016 - 09:01:25

    Eu só espero que o Uckermann não morra nessa fanfic!

  • thaymara Postado em 19/10/2016 - 12:09:00

    Gente eu tô chocada!

  • thaymara Postado em 02/09/2016 - 03:10:31

    Só vou pedir uma coisinha!!! Não mata o Ucker nessa fanfic pelo amor de Deus. Sei que já está finalizada mas eu tenho medo do que possa vir pela frente.

  • thaymara Postado em 02/09/2016 - 01:59:04

    MENINAAAAAA QUE CAPITULO FOI ESSEEEEE?

  • thaymara Postado em 02/09/2016 - 01:32:03

    Dulce tbm faz um doce hein! Que eu não tenho paciência.

  • thaymara Postado em 31/08/2016 - 13:58:40

    Meninaaaaa eu to chocadaaaaa!!! NÃO ME ARRASA NÃO! Eu ia esperar pra comentar apenas no final da fanfic, até porque a mesma já está finalizada, mas Mulher eu tive que comentar esse capítulo "Existem vários tipos de mágica" MULHER, vc quer acabar com os meu sentimentos? Tua sorte é que a fic está finalizada se não eu não ia deixar vc dormir até postar o próximo capítulo kkkkkkkk, eu to adorando e estou só guardando cada comentário dentro de mim para fazer um mega textão no final da fanfic. Por favor!!!!!!! Não me decepcione! Eu to adorando essa fanfic.

  • Anaportillarbd Postado em 29/06/2015 - 17:34:25

    Aiaiaia que fic perfeita.Ri,chorei me emocionei!!nossa parabéns garota super amei mesmo fi tudo tão lindo!!Ai ai tata para vou chorar parabéns!!Naõ sei mais adoraria se no futuro achasse um livro da sua autoria e que tenha se torando uma grande escritora.porque vc merece!!PALMAS,PALMAS!!


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