Fanfics Brasil - A noiva e o soldado A garota e o soldado (Vondy)

Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy


Capítulo: A noiva e o soldado

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   Dulce apertava a mão de Juan assim que entrou e atravessou o corredor da igreja. Ela sentiu um nó imenso se formando em sua garganta e uma dor estranha apertou a boca de seu estômago, mas permaneceu com o sorriso perfeito e forçado espalhado pelo rosto. Suas pernas tremiam e seus pés mal se firmavam sobre o salto alto e ela sabia que se seu pai não estivesse a apoiando cono braço envolto no dela, a ruiva já teria caído na frente de toda aquela gente que lhe encarava como se ela fosse a pessoa mais esperada naquele momento. E ela era mesmo. Anahí olhava Dul em seu lugar de madrinha, com um vestido azul turquesa perfeito, e os olhos da loira se arregalaram de leve, como se ela não esperasse que Dulce chegaria a entrar na igreja. Ela contava fielmente com a atitude de Ucker de impedir Dul, acima de tudo, independente de qualquer coisa. Maite deu um leve cutucão na amiga ao lado, fazendo com que Annie fechasse a boca e mudasse a expressão de assustada.


   Juan colocou a mão de Dulce sobre a de Fernando num gesto bem tradicional e disse algo que pareceu “cuide bem dela”, mas Dul não conseguia fazer com que seu cérebro de concentrasse no que estava acontecendo diante de si. Ela ainda ouvia com clareza as palavras de Ucker em seus ouvidos e quando Fernando beijou a testa dela e a guiou pela mão até o altar diante do padre, Dul teve certeza que tinha que focar no que estava fazendo. Devia ser o momento mais feliz de sua vida, o mais aguardado, aquele momento que ela contaria para seus filhos e netos e se emocionaria ao lembrar, querendo revivê-lo e eternizá-lo para sempre. Mas não era assim que ela se sentia em relação aquilo. Parecia ter ligado um botão automático, como um robô.


   Todos se sentaram e o padre olhou para o casal. Dul olhou pro lado e aí que percebeu como Fernando estava bonito. O noivo sorriu para ela.


- Noivos caríssimos, viestes à casa da Igreja para que o vosso propósito de contrair Matrimônio seja firmado com o sagrado selo de Deus, perante o ministro da Igreja e na presença da comunidade cristã. – O padre disse, bem alto, sua voz soando pelo igreja inteira. – Dulce María e Fernando Marachez, viestes aqui para celebrar o vosso Matrimónio.  É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?


- É, sim. – Disseram os dois, e se olharam. Dul estava apreensiva.


- Se alguém tem algo contra essa união, que fale agora ou cale-se para sempre.


   “É o seu momento, Ucker. É a sua deixa”, pensava Anahí, batendo o pé de nervosismo. Se Ucker não entrasse, ela ia se pronunciar.


   Mas não foi necessário. A cena que se seguiu foi digna de filme: enquanto as palavras do padre ainda ecoavam na igreja inteira e as pessoas permaneciam caladas, observando, num alto estrondo mãos fortes abriram as grandes e altas portas de madeira, fazendo todos olharam para trás, inclusive os noivos. Um soldado fardado chamado Christopher Uckermann atravessou a porta, chamando atenção e parando no final do corredor, enquanto arrumava sua boina, ele disse:


- Eu!


   As vozes se elevaram na igreja e todos começaram a se perguntar o que estava acontecendo ali. As pessoas imaginavam que esse tipo de coisa só acontecia em filme de sessão da tarde, mas agora estavam presenciando uma cena clássica dessas rolando bem diante de seus olhos.


- Eu não posso deixar que isso aconteça. – Disse Ucker, enquanto caminhava pelo corredor. – Dulce Maria é minha mulher.


- Silêncio. – Disse o padre e as vozes se calaram. – O que está acontecendo aqui? Respeito, isso aqui é uma casa do Senhor.


- Ucker, o que você está fazendo? – Dul arregalou os olhos.


- Vim te buscar. Você pensou mesmo que eu deixaria você se casar com um homem que não fosse eu? Você me ama, Dul. – Ucker se aproximou.


- Sai de perto da minha noiva! – Gritou Fernando, parando ao lado de Dulce e olhando para Ucker.


   Ucker deu um sorriso presunçoso e abaixou-se, pegando Dul pelas pernas e a jogando no ombro, depois virou de costas e saiu caminhando em direção a saída da igreja. Fernando ficou paralisado, sem reação e quando pensou em seguir, Chris o impediu, parando na frente dele. Todos fizeram “ó” em uníssono quando viram Ucker jogar Dulce no ombro, e ela começou a se debater, batendo com o buquê nas costas dele, fazendo as flores caírem no chão.


- Me solta! – Gritava Dulce e Ucker parou-se no corredor, olhando para o altar novamente.


 - Poncho, me empresta seu carro aí!


   Poncho riu e jogou a chave do carro para Ucker, que alcançou com uma mão enquanto segurava Dul com o outro braço. Ele saiu, caminhando calmamente pelo tapete vermelho, sem ser impedido por ninguém.


- Você não vai fazer nada, Fernando? – Gritou a mãe dele, revoltada.


- O que eu posso fazer, mamãe?


- Sossega aí, coroa. Eles tem muito o que conversar. – Murmurou Chris, sorrindo.


   Ucker saiu da igreja com Dulce em seu ombro e a essa altura ela já tinha desistido de lutar contra ele.


- Seu noivo é um otário mesmo, hein? – Ucker riu.


- Você tá me raptando?


- Claro que não. – Ele caminhou até o carro de Poncho, destravando. – Estou fazendo você cair na real. Esse casamento de mentira não ia durar muito, você sabe disso, né?


   Ucker colocou Dulce no banco do carona, e assumiu o lugar de motorista logo em seguida, batendo a porta e trancando o carro.


- Pra onde você está me levando? Pra França, com você?


- Não se preocupe com isso agora, amor.


- Não me chama de amor, Ucker. – Ela colocou os pés sobre o banco, apoiando a cabeça nos joelhos, parecendo magoada.


- Você quer parar de fazer isso?


- Fazer o quê? -  Dul olhou pra ele.


- Fingir que não se importa. – Ele falou, sério, as mãos apertando forte o volante.


   Dul revirou os olhos. É claro que se importava, mas não podia mais arriscar sua felicidade. E se ficasse com ele e Ucker decidisse terminar tudo novamente? Não podia tornar aquilo um ciclo vicioso. Ucker permaneceu dirigindo em silêncio por longos minutos. Dul olhava pela janela a paisagem passar, quando viu o carro ser estacionado próximo ao lago em formato de coração onde eles fizeram amor. Ucker tirou a chave e desceu.


- Você não vem? – Perguntou, olhando pela janela.


- Não. – Dul parecia uma criança pirracenta.


- Você sabe que vou te tirar daí de qualquer jeito, né? – Ucker suspirou. – Meu amor, colabora. – Ele revirou os olhos e estendeu a mão pra ela.


- Eu quero voltar pra igreja.


- Você quer mesmo voltar para aquela igreja, Dulce? Quer mesmo isso ou é só pra contrariar, pra me atingir e não se render? Não se vingue, Dul. – O soldado caminhou até a porta onde ela estava. – Você não ia levar esse casamento até o fim.


- Como pode ser tão auto-confiante? – Ela uniu as sobrancelhas quando ele abriu a porta do carona.


- Vai dizer que você não estava com nem um pouco de vontade de mer ver arrombar aquela porta e te levar embora?


   Dulce calou-se e Ucker a pegou novamente pelas pernas, jogando-a no ombro e fechando a porta do carro.


- Eu sei andar. – Bufou ela, mas Ucker a ignorou.


   Ele caminhou com ela calmamente pelo sol daquela tarde e Dulce fechou os olhos, entendiada. Ucker permaneceu caminhando com ela por uns dez minutos, antes de Dul começar a sentir um cheiro de madeira invadir seu nariz. Quando ela abriu os olhos, viu Ucker subindo os degraus de uma pequena varanda numa casa de madeira no meio da paisagem. Parecia uma casa abandona, mas a madeira rústica permanecia sustentando a casa. A pora rangeu quando ele a abriu e Dul percebeu que quem tinha saído dali, não levara nada. Móveis ainda estavam ali, claro que eram móveis antigos, mas permaneciam em bom estado.


- Como você conhece esse lugar? Eu brincava aqui quando criança. – Dul abriu os olhos.


- Fiz uma trilha com o Chris uma vez. Imaginei nós dois sozinhos aqui na hora.


   Ele caminhou pelos cômodos e Dulce foi reparando cada detalhe da casa, recordando de suas memórias infantis. Depois, percebeu que Ucker tinha entrado num cômodo bem menor, onde havia uma janela e uma cama com um colchão branco. O soldado jogou Dulce sobre a cama, com certa delicadeza. Depois, ele deitou sobre ela, o casal estava iluminado apenas pelos feixes de luz que invadiam a janela.


- Tá feliz, soldado? Cumpriu sua missão, roubou a noiva. – Ela murmurou, o rosto a centímetros do dele. Ainda estava com raiva, mas sabia que não ia durar muito tempo.


- É uma sensação de dever cumprido. – Ele riu e encostou a testa na dela, fechando os olhos.


- O que acontece agora? Qual é a cena a seguir?


- A cena que você cala a boca e me beija. – Sussurrou ele e depois, num momento magicamente perfeito, Ucker encostou seus lábios na boca de Dulce, enquanto as mãos dele tiravam o véu dela. Dul sentiu o coração explodir, vibrar, pular dentro do peito. Nada estava tão próximo da perfeição como aquele momento. Ela sentiu o perfume masculino dele invadir seus pulmões e seu gosto másculo invadir seus lábios. Tanto tempo sem sentir o fogo do beijo de Ucker, que Dul quase acreditou que era o primeiro beijo. Mas não era, de jeito nenhum. Ela sabia e reconhecia aquela sensação, porque sentira saudades, porque aquela sensação só acontecia com Ucker e com mais ninguém.


   Uma noiva e um soldado. Deitados numa cama, numa casinha de madeira no meio do nada. Presos num beijo perfeito, num sentimento verdadeiro. Como um sonho.


   Dul desabotou os botões da farda, tendo a sensação maravilhosa de despir seu soldado mais uma vez.


- Eu te amo, soldado. – Murmurou ela, quando eles se afastaram para respirar.


- Eu te amo pra cara/lho. – Ucker respondeu, ofegante, olhando profundamente nos olhos dela.


   Ele ia desabotoar cada botão, desamarrar cada fita, abrir cada zíper daquele vestido, tirar cada parte daquele tecido branco de Dulce para deixá-la nua para ele. O soldado ia fazer isso. Era sua próxima missão.


 


 


Gostaram? <333 


Comentem ! Beijos e obrigada, até parece que vocês amam mesmo essa história.



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Autor(a): princesinha

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   Estavam todos em frente a igreja. Fernando estava sentado num degrau da pequena escada, com o gravata frouxa, sem o terno e com as mangas da blusa enroladas até o cotovelo. No rosto, coitado, uma expressão de abandono com cara de quem não sabe o que fazer. Os convidados também não sabiam o que dizer quando se aproximavam dele. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 623



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  • rosasilva Postado em 08/01/2019 - 02:56:46

    Jesus chama o bombeiro ... Jesus me abana

  • thaymara Postado em 25/10/2016 - 21:04:18

    Eu escrevo fanfics, então sei como é satisfatório quando agradamos o leitor. Então sinta-se orgulhosa de si mesma, porque você fez um ótimo trabalho com essa fanfic. Acho até mesmo que você poderia publicá-la em um livro. Você teria já 200 fãs fieis, então invista! Você tem realmente um talento incrível. Parabéns! A história foi maravilhosa. Amei de verdade. Nota? 10.

  • thaymara Postado em 25/10/2016 - 21:01:55

    Primeiramente, meu amor você escreve maravilhosamente bem e olha, sinceramente, você tem um nível de criatividade absurdamente incrível. Você conseguiu criar N situações dentro de uma só história. Segundo que essa fanfic foi completamente emocionante. Tinha dias que eu dormia pensando nela e acordava pensando nela. Por conta da minha rotina, e por não estar lendo apenas essa fanfic, eu demorei um pouco para concluí-la, mas posso afirmar que se fosse nas minhas férias eu teria terminado em apenas 1 dia. Não sei se você vai chegar a ler o meu comentário, porque essa fanfic já tem um tempinho que você postou (ou um tempão), mas eu com certeza recomendarei e não desfavoritarei. Ficará guardada para as minhas listas de recomendações. Você é um arraso e já acho que deveria publicar um ou dez mil livros. Você tem talento e acho que deve investir. É um prazer quando lemos algo e não nos arrependemos no final e acredito que mais prazeroso ainda pra quem escreve ++

  • thaymara Postado em 22/10/2016 - 09:01:25

    Eu só espero que o Uckermann não morra nessa fanfic!

  • thaymara Postado em 19/10/2016 - 12:09:00

    Gente eu tô chocada!

  • thaymara Postado em 02/09/2016 - 03:10:31

    Só vou pedir uma coisinha!!! Não mata o Ucker nessa fanfic pelo amor de Deus. Sei que já está finalizada mas eu tenho medo do que possa vir pela frente.

  • thaymara Postado em 02/09/2016 - 01:59:04

    MENINAAAAAA QUE CAPITULO FOI ESSEEEEE?

  • thaymara Postado em 02/09/2016 - 01:32:03

    Dulce tbm faz um doce hein! Que eu não tenho paciência.

  • thaymara Postado em 31/08/2016 - 13:58:40

    Meninaaaaa eu to chocadaaaaa!!! NÃO ME ARRASA NÃO! Eu ia esperar pra comentar apenas no final da fanfic, até porque a mesma já está finalizada, mas Mulher eu tive que comentar esse capítulo &quot;Existem vários tipos de mágica&quot; MULHER, vc quer acabar com os meu sentimentos? Tua sorte é que a fic está finalizada se não eu não ia deixar vc dormir até postar o próximo capítulo kkkkkkkk, eu to adorando e estou só guardando cada comentário dentro de mim para fazer um mega textão no final da fanfic. Por favor!!!!!!! Não me decepcione! Eu to adorando essa fanfic.

  • Anaportillarbd Postado em 29/06/2015 - 17:34:25

    Aiaiaia que fic perfeita.Ri,chorei me emocionei!!nossa parabéns garota super amei mesmo fi tudo tão lindo!!Ai ai tata para vou chorar parabéns!!Naõ sei mais adoraria se no futuro achasse um livro da sua autoria e que tenha se torando uma grande escritora.porque vc merece!!PALMAS,PALMAS!!


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