Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy

   Ucker e Dulce voltavam de carro pela estrada, em direção à casa dela. Eles riam e contavam histórias um pro outro, e a ruiva vinha com o cabelo voando na janela, olhando a paisagem. Há tempos que não se sentia feliz como estava agora, há muito tempo mesmo que ela não sabia o que era felicidade, o que era ter aquele sentimento maravilhoso transbordando em seu corpo. Que delícia era amar e ser amada e ter Ucker bem ali ao seu lado.

- No que está pensando, meu amor?

- Hum? – Ela virou o rosto pra ele, escapando de seus desvaneios.

- Tá distraída aí. Onde estão seus pensamentos?

- Estou feliz, é só isso mesmo. – Dul sorriu.

- Eu te amo tanto. – Ucker suspirou.

- Eu sei disso.

- E não pense que acabou, tá bom? – O soldado acariciou a coxa dela com uma das mãos.

   Dul gargalhou do sentido maldoso da frase.

- Eu preciso ligar pro Johnny, pedir pra ele mandar minhas roupas e o meu dinheiro ou eu vou ficar pelado pelo resto das férias. – Ucker pegou o celular no bolso.

- Não é uma má ideia. – Dul acariciou o peito dele. – Mas você veio como estava? – Ela se espantou.

- Sim. Quando você me falou que ia se casar, eu tomei um banho, me vestir e vim sem pensar duas vezes. Não podia deixar que isso acontecesse, não ia suportar te perder assim.

   Dul beijou o rosto dele, mas em seguida, ouviu Ucker freiando o carro em frente a casa dela. Foi tão inesperado que ela tomou um impulso pra frente e se segurou no painel do carro.

- O que foi? – Ela gritou de susto.

- Eu devia ter atropelado esse babaca. – Ucker apertou as mãos no volante e fechou a cara, até que Dul olhou pra frente e viu Fernando parado em frente ao carro.

- Eu quero falar com você, Dulce. – Disse Fernando, cruzando os braços.

- Sai da frente! – Gritou Ucker. – Sai agora!

   Ucker estava com o olhar diretamente focado em Fernando, mas ouviu com clareza quando Dul abriu a porta do carro.

- O que... o que você tá fazendo?

- Vou conversar com ele. – Sussurrou Dul.

- Como é que é? Deixa esse cara.

- Ucker, ele merece uma explicação...

- Mas, Dul...

- Não tem essa de reclamar. – Dul disse, séria. – Eu deixei ele plantado, sozinho na igreja. Eu estou errada e ele merece no mínimo, uma boa explicação.

   Ucker ficou em silêncio.

- Obrigada por me trazer pra casa. Eu te ligo.

- É assim? – Ucker perguntou, mas Dul já tinha saído do carro. Ele suspirou, respirando fundo pra não fazer nenhuma besteira, então deu ré e voltou para estrada.

   Dulce caminhava até Fernando e ele sentiu os olhos lacrimejarem, mas permaneceu com a expressão de raiva, não podia parecer mais fraco do que já tinha sido. Ela ainda estava com o vestido de noiva, mas o cabelo agora estava solto e cacheado. Dul parecia estar com vergonha quando se aproximou dele. Talvez estivesse mesmo.

- Oi. – Disse ela.

- É o melhor que você tem a dizer nesse momento?

- O que você quer que eu faça? Que eu peça desculpas? Não acho que você vá acreditar. – Ela se aproximou.

- Acho que você podia tentar.

- Me desculpe, Fernando. Não era... bom, eu não planejava magoar você.

- Não é o suficiente, Dul. Nunca vai ser. Por mais que você passe o resto da vida pedindo desculpa, nunca será o suficiente.

- Então o que quer que eu faça? – Ela abriu os braços.

- Ele te deixou, Dulce! – Fernando se aproximou e a segurou pelos braços. – Ele abandonou você, te deixou completamente perdida e você tem a coragem de deixar ele voltar pra sua vida? E eu, que estive sempre ao seu lado, que sequei suas lágrimas diversas vezes por causa dele, sou abandonado como um cachorro numa caixa?

- Não é assim, Fernando! Olha, eu sei que errei com você, me desculpa, tá legal? Não é o suficiente, mas é o que eu sinto. Eu sinto muito ter enganado você, mas acima de tudo, sinto muito ter me enganado. Você foi muito importante na minha vida, mas não é o homem que eu amo.

- Você deitou com ele com o vestido que eu te dei pra tornar-se minha esposa? – Fernando soltou ela. – Não acredito, Dulce. Eu esperava isso de qualquer pessoa no mundo, menos de você.

- Fernando. – Ela o segurou pelo braço.

- Me deixa, Dul. – Fernando puxou o braço. – Quer saber? Eu sou um completo idiota. Vai lá, seja feliz com o seu soldadinho do chumbo. Só não chora quando ele voltar pra guerrinha dele e te trocar pelas missões.

   Depois disso, Fernando virou-se e entrou no carro, dando a arrancada com raiva, sem olhar em nenhum momento pra ela. Dul secou as lágrimas, estava realmente triste por ele. Passou a mão nos braços e caminhou até sua casa, assim que abriu a porta, seu pai estava lá, deitado no sofá da sala, com o terno desarrumado.

- Oi, papai.

- Oi, minha querida. Vem cá, vem. – Juan sentou-se. – Precisamos conversar.

   Depois de uma longa conversa com seu pai, Dul subiu e tomou um banho longo e quente. Tirou o vestido e o guardou, depois colocou uma calça jeans apertadinha e uma regata branca bem simples, depois prendeu o cabelo num rabo de cavalo alto. Ligou para Ucker e depois de tocar incessantemente, caiu na caixa de mensagens. Ela então desceu para comer alguma coisa e aquela hora da noite, seu pai já tinha saído para o plantão. Dul recebeu uma mensagem do namorado enquanto esquentava no microondas o prato de comida e a mensagem dizia: “tô te esperando aqui, na casa do Poncho. Estou sozinho ;)”. Dulce riu e depois de comer e lavar a louça, apagou as luzes da casa e trancou a porta, depois saiu de casa, indo caminhando com calma até a casa de Poncho. Passou por algumas pessoas na rua, cumprimentou todas e quando chegou em frente a casa, Ucker estava no jardim fazendo flexões só de bermuda preta.

- Oi. – Ucker sorriu, levantando-se e batendo as mãos para limpá-las.

- Você não descansa mesmo dessa vida de soldado, hein? – Dul se aproximou, erguendo as sobrancelhas.

- Claro que não. Uma vez legionário, pra sempre legionário!

- Olha, sobre hoje...

- Shii, não fala nada não! Vem cá comigo. – Ucker a pegou pela mão e a guiou pra dentro da casa.

- De onde tirou essa bermuda?

- Tinha umas roupas minhas esquecidas aqui. – Ele riu, acendendo a luz da sala e a puxando.

- Que foi, que pressa é essa? – Ela riu.

- Fica aqui. Me espera aqui, tá bom?

   Dul assentiu e Ucker foi até o quarto, derrubando alguma coisa enquanto procurava algo. Depois, voltou e parou diante dela com os braços para trás.

- O que foi, Ucker? – Insistiu ela.

- Eu te amo, Dulce. Te amo tanto que, eu preciso ter certeza que você será minha pra sempre. – Ele disse, nervoso, sem-jeito.

- O que você tá fazendo? – Dul abriu os olhos, espantada, quando Ucker foi se abaixando pra ficar de joelhos. – Levanta! – Pediu ela, assustada pelo que ele estava prestes a fazer.

   Ele a ignorou e em sua mão direita surgiu uma caixinha vermelha felpuda, que em seguida, Ucker abriu e mostrou duas alianças douradas e perfeitamente desenhadas. O coração de Dul acelerou tanto que ela pensou que fosse capaz de ser escutado no outro lado do mundo.

- Dulce Maria Espinosa Saviñón, você quer se casar comigo e tornar-se a Sra. Uckermann? – Pediu ele, erguendo a caixa na direção dela.

   A ruiva colocou a mão sobre o peito, sem reação. Engoliu em seco. Quando ele tivera tempo pra armar tudo isso? Se ele tinha vindo do jeito que estava, como tinha comprado alianças? E quando tinha feito isso?

   Mas não era essa a pergunta mais importante do momento. Muito menos a que deveria ser respondida. Agora, Dulce tinha coisas mais importantes para responder. Estava prestes a decidir o que queria pra sua vida. 

Ainnnnnn, meeeeeu Deus ! *-*

Comentem, meninas ! <3333