Fanfic: A garota e o soldado (Vondy) | Tema: RBD Vondy

   O pique de Ucker era inacreditável. Dul não sabia mais que hora era, tinha perdido completamente a noção do tempo e de quantos orgasmos já tinha tido. E o casal também não sabia mais quantas vezes já tinham transado naquela noite, mas a julgar pelo silêncio que se fazia lá fora, a madrugada já tinha adentrado. Ucker caiu de costas na cama e saiu de cima de Dulce, seu peito e suas costas estavam suados e ele a olhou ofegante.

- Me dê cinco minutos. – Ele levantou o dedo, enquanto buscava algum ar para seus pulmões.

- Você não cansa, não? – Dul arregalou os olhos. – Meu Deus, se não pararmos pra comer alguma coisa, vamos desmaiar no meio do ato. Eu já estou até com fraqueza nas pernas. – A ruiva riu e deu um apertão nas coxas, o músculo rígido e dolorido.

- É que transar contigo é tão gostoso que eu esqueço que somos humanos e precisamos nos alimentar. Por mim eu comia só você, mas eu preciso de comida também. – Ucker sentou na cama e pegou sua cueca no chão.

- Nossa, você é tão doce com suas palavras! – Ela exclamou, irônica.

   Ucker riu e levantou-se.

- Vem, vamos ingerir um pouco de proteínas ou seremos dois desnutridos ao amanhecer. – Ele estendeu a mão para ela.

- Minhas pernas estão doendo, eu não posso.

- Ai, meu Deus, como é dramática... – Ucker sorriu e passou os braços pelo corpo dela, a erguendo da cama em seu colo. – Eu te carrego, amor.

- Eu vou pelada? – Ela arregalou os olhos.

- Qual o problema? – Ucker parou no meio do caminho.

- Estamos na casa do Poncho, os meninos podem chegar.

- Relaxa, amor. O Chris tá na casa da Mai, ele foi dormir lá e o Poncho tá na casa da Annie cuidando da Aninha.

- Mas mesmo assim. – Dul colocou os pés no chão.

- Não há nada aí que eu não tinha visto. – Ele deu de ombros ao vê-la pergar a calcinha e o sutiã no chão. – Cada parte já foi minha.

- E por causa disso eu virei uma exposição pública?

- Particular. – Ele a abraçou quando ela estava vestida e os dois saíram do quarto, acendendo as luzes da casa e indo em direção a cozinha.

   Ucker caminhou até o armário e pegou dois pacotes de pipoca de microondas, escolhendo sabores para os dois enquanto Dulce preparava milk-shakes no liquidificador, jogando uma calda de morango que geralmente, poucas pessoas tinham em casa.

- Vocês só comem porcarias aqui, hein. Quem cozinha nessa casa? – Ela lambeu o dedo com a cauda.

- Nós três, mas eu cozinho bem melhor que eles, modéstia parte. – Ucker sorriu, ao lado do microondas, esperando os minutos encerrarem.

- Hum. – Ela abaixou o olhar com as mãos apoiadas no balcão do armário.

- Que foi?

- Nada. – Mentiu Dulce.

- Eu te conheço. – Ucker se aproximou e a abraçou por trás. – Conta pra mim, o que aconteceu que você fez essa carinha?

- Aquele negócio, que você me fez aceitar...

- O casamento. – Cortou ele, corrigindo-a.

- Sim. Era... hum, de verdade?

- Sim. Pra você não era?

   Dulce pensou por alguns segundos, hesitante.

- Por que você tem tanta aversão ao casamento? Não era assim que as coisas seriam na nossa vida, você ia se casar comigo um dia, não ia?

- É, claro que ia. Mas eu não sei, Ucker, eu tô com medo.

- Vou voltar atrás? – Ele a virou de frente. – Desistir do sim logo agora que já disse?

- Eu disse sim porque você estava me torturando com essa língua veloz... – Brincou ela.

- Só por isso? – Ucker franziu o cenho, bem sério.

   Ela calou-se.

- Eu tecnicamente, não posso me casar agora, só é permitido casamentos na Legião depois de cinco anos ou sendo sargento. Como eu ainda sou cabo...

- Você é cabo? – Dul se espantou.

- Sim, sou. Eu e o Chris.

- Pensei que fossem soldados.

- Subimos de patente. – Ucker deu de ombros. – Mas enfim, eu não posso agora. Mas eu quero uma certeza, é o meu último ano na Legião, depois disso, acabou. Imagina morar junto e acordar e dormir todo dia ao seu lado, não ter que dizer adeus e sofrer com a distância? Imagina a paz, o nosso final feliz? – Ele passou a mão pela cintura dela, beijando seu pescoço.

- Como um sonho... – Dul fechou os olhos, imaginando.

- Sim, exatamente, você não quer isso, amor? – Ucker beijou os lábios dela de leve.

- Agora está usando chantagem emocional?

- Tá funcionando? – Ele mordeu de leve o pescoço dela e tirou o sutiã de Dul, expondo os seios.

- Que isso? – Dul se espantou, mas nem deu tempo de reagir, a boca dele envolveu o seio dela com vontade.

   Ucker levantou o dedo até a boca dela e a calou, fazendo movimentos mais deliciosos com a língua.

- A pipoca... – Murmurou ela, sua voz sumindo. – Vai queimar, Ucker.

- A única coisa que vai queimar aqui somos nós. – Ele ergueu Dulce pelas pernas e a apoiou no balcão da cozinha, colocando a calcinha dela de lado e acariciando sua intimidade.

- Você é ninfomaníaco, sabia?

- Não. Meu vício é você mesmo. – Depois disso, Ucker retirou o membro da cueca e pincelou na entrada dela, arrancando suspiros e gemidos de Dul. – Minha futura esposa...

   Ela sorriu ao ouvir aquelas palavras, feliz em saber disso. Inexplicavelmente, um êxtase de alegria e desejo dominou seu corpo e o puxando pelo pescoço, Dulce o beijou. Com cheiro de pipoca e morango no ar, o casal transou em cima da bancada da cozinha.

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