Fanfic: Extraña sencacíon - Portiñon | Tema: Portiñón

- Dulce -

Ela foi parando no acostamento, a estrada estava vazia, não passava carro nenhum, se virou pra mim com uma cara de interrogação…

Any – o que houve? Você não vai querer descer do carro por causa disso neh?

Ela falava pelos cotovelos mesmo, descer do carro? Ela realmente achava que eu tinha odiado o beijo, que não queria que tivesse acontecido, eu me soltei do cinto e soltei o cinto dela, ela apenas me olhava sem entender, eu puxei ela pra um beijo daqueles bem inconsequentes, ela surpresa com minha atitude apenas retribuiu, eu fui puxando ela pra mais perto de mim, eu senti que ela desligou o carro enquanto me beijava, foi indo pra cima de mim no banco do carona, que engraçado, a ultima vez que estivemos juntas foi dentro do meu carro e agora estávamos dentro do dela, começamos a perder a noção total de onde estávamos, ela foi aumentando o ritmo dos seus beijos…

Dulce – any… (ela beijava meu pescoço) olha aonde estamos…

Ela parou de me beijar e riu…

Any – foi você que mandou eu parar aqui…

Dulce – não faça tudo que eu te pedir…

Any – melhor a gente ir neh? (sorrindo, linda perfeita)

Dulce – infelizmente sim…vamos logo…

Ela riu mais uma vez e colocou o cinto, ligou o carro, fomos voltando pra cidade, ela me olhava rindo algumas vezes, pegou minha mão em algum momento e ficou segurando, só soltava pra passar a marcha, assim que chegamos…

Any – e agora?

Dulce – não sei, me leva pra casa do Ucker…lá eu digo a ele o que aconteceu…

Any – tem certeza que quer ir pra casa dele?

Meu coração quase tendo um piti nessa hora, como ela me dizia uma coisa dessa? Assim minha infidelidade vai dobrar na noite de hoje, na verdade minha infidelidade era a maior de todas, estar com uma mulher amando outra…

Dulce – Any… você sabe que isso não é o certo…

Any – não é o certo, mas é o que nosso coração quer…

Eu nada pude dizer, ela tinha razão, nosso coração queria aquilo, nós queríamos aquilo, necessitamos disso…

Dulce – eu não quero ir pra casa nenhuma… vamos beber em algum lugar?

Any – eu tenho uma idéia…

Com o carro fomos atrás de uma loja de conveniência, achamos uma, ela desceu do carro e entrou na loja, eu a esperei no carro, ela saiu sorridente da loja, trazia uma garrafa de vodka e uma de refrigerante, trouxe uns copos e mais cigarros, fomos em direção a praia que não era muito distante, estacionamos o carro e fomos pra areia, ela tinha pego uma canga que sempre deixava na mala do carro, sentamos na canga um pouco distante da água, misturamos a bebida com o refrigerante no copo,  riamos muito de nossas inconseqüências, minha mulher em casa e eu na praia com outra…

Dulce – any… só você mesmo pra me fazer essas loucuras…

Any – claro… se não fosse por mim, você não faria…

Dulce – hahaha ah eh? 

Any – eu sei que você só faz isso com sua namorada porque é comigo, não faria com outra…

Dulce – você nem se acha neh?

Any – eu tenho certeza…. que você me quer tanto quanto eu te quero…

Se aproximou de mim e meu deu um beijo calmo, sem nem nos tocarmos, apenas nossas bocas, nossas línguas se encontraram, ela colocou o copo plástico de vodka de lado e se aproximou mais de mim, eu coloquei o meu copo de lado também e a puxei pro meu colo, ela sentou em cima de mim, ficamos de frente uma pra outra nos beijando, minhas mãos desciam por suas costas, coloquei uma mão por baixo de sua blusa e fiquei acariciando suas costas que estavam arrepiadas, ela estava com os braços envolvidos no meu pescoço, suas pernas em volta do meu corpo, esquecemos totalmente aonde estávamos, a praia não era afastada nem nada, estávamos em frente ao calçadão, só estava vazio por causa da hora, mas era bem iluminado, tinha alguns quiosques que já estavam fechados, o único movimento era alguns carros que passavam em alta velocidade pela pista, muito entretidas com o beijo nem percebemos quando um homem se aproxima por trás de nós e toca meu ombro, com o susto que levamos ela pulou pra tras e eu olhei pra cima assustada com a presença daquele homem…

Homem – posso saber o que fazem aqui?

Any – quem é você?

Homem – eu sou da policia… (ele pegou minha mão pra cheirar e fez o mesmo com Any, queria saber se a gente tava fumando maconha)

Dulce – não estamos fazendo nada de mais…

Homem – (ele nos olhando seria) só queria saber se não estavam fazendo nada errado…fiquem tranqüila, eu sempre fico aqui na área disfarçado…

Any – tudo bem senhor… a gente só estava bebendo nossa vodka e namorando um pouquinho, isso pode neh?

Homem – isso pode hahaha vou deixar vocês a vontade…

Dulce – aqui não é perigoso?

Homem – não é não, so que muitos jovens ficam fumando por aqui, então eu fico de olho….

Ele foi embora e nós rimos da situação, alem de estarmos bêbada, levamos um puta susto…

Dulce – porra imagina se a gente ta fumando maconha, alem de ser detida, como a gente ia explicar pras nossas namoradas o que estávamos fazendo aqui? Haha

Any – nem me fale… hahaha porra que susto cara…

Pegamos nossos copos e voltamos a beber, ainda rindo da situação, a vodka era um problema, começamos a ficar tão bêbadas que minha visão ficou completamente embaçada, ela idem, não conseguíamos levantar da areia, depois de meter pra dentro mais da metade da garrafa de vodka, me deitei na canga, ela  ficou sentada ao meu lado ainda bebendo, se deitou com metade do corpo em cima de mim, tentava beijar meu pescoço, só que a gente estava tão alcoolizada, que nem que quiséssemos conseguiríamos fazer alguma coisa, no Maximo trocamos algum beijo e demos uma desmaiada básica, perdemos a noção total de onde estávamos, acordei ouvindo um som bem distante, era o celular dela tocando, não tinha se passado muito tempo desde a hora que apagamos, eu tentava achar o celular dela, estava no bolso de trás da calça dela, eu consegui pegar e vi que quem ligava pra ela era sua namorada, não podia atender, tentei acordar ela, em vão, coitada, parecia uma pedra dormindo, ignorei a ligação, coloquei no silencioso e guardei o celular no meu bolso, tentei sair de baixo dela sem acordá-la, em vão também, ai ela acordou, agora que não precisava mais, não falava nada com nada, estava bem pior que eu…

Dulce – any, a gente precisa sair dessa praia…

Any – aham…amanha…

Dulce – gatinha, ta frio, a gente ta bêbada no meio da rua, sua namorada ta ligando…

Any – ai não…quero ficar abraçada com você…

Dulce – você pode ficar abraçada comigo, mas não aqui na praia…

Any – posso?

Dulce – pode…

Ela se levantou contrariada, lembrou de pegar a garrafa de vodka, eu peguei a canga e fomos andando, ou pelo menos tentando, chegamos no carro caindo, ela não conseguia andar, muito menos dirigir, eu idem, mas estava um pouco melhor que ela…

Dulce – senta no carona….eu dirijo…

Any – ta…a gente vai pra onde?

Dulce - ………… não tenho idéia.

Any – vamos pra minha casa?

Dulce – pode ser…

Entrei no carro, o celular dela voltou a vibrar no meu bolso, mas eu resolvi não dizer isso a ela, eu não queria que ela falasse com a namorada mesmo, ela nem lembrava do celular, então estava ótimo. Fomos em direção a sua casa, eu ia bem devagar pois estava muito bêbada, chegamos lá um pouco depois, estacionei o carro de qualquer jeito, ela veio dormindo o caminho todo, acordei ela e fomos entrando, subimos as escadas segurando uma na outra, eu nunca tinha visto ela tão bêbada na vida, ela chegou no quarto e se jogou na cama de roupa mesmo, eu fui tirar a roupa dela que estava cheia de areia, puxei sua calça com uma dificuldade enorme…

Any – humm você esta tirando minha roupa..(delirando)

Dulce – to sim any hahaha

Any – hum isso é bom….

Dulce – bom pra você dormir melhor…

Any – ahhhhhhhhh (ela balbuciava essas coisas de olhos fechados)

Tirei sua blusa também, ela ficou de calcinha e sutian, nossa que saudade desse corpo, uma tentação, pena que as duas não tinham condição de nada, eu tirei a minha roupa também e fiquei do mesmo jeito que ela, ela me abraçou por trás, adormecemos desse jeito, duas bêbadas.