Fanfic: Extraña sencacíon - Portiñon | Tema: Portiñón

- Anahí -

Aquela idiota tinha perdido a cabeça, ainda bem que o segurança me tirou de lá, eu ia fazer um escândalo lá, mas não sairia dali com ela pra trocar nenhuma palavra. Eu fiquei tão transtornada ao vê-la que nem mesmo o seu toque me fez algum sentido, vê-la não mexeu comigo, me sentia mais segura a partir de agora!

Voltei no final da tarde pra casa e tinha que resolver milhares de coisas, tinha que voltar pra empresa no dia seguinte, meus trabalhos estavam acumulados, eu estava meio tensa também porque estava começando a organizar meu aniversario, que graças a Maite, me animou a comemorar, eu ia fazer uma festa em minha casa pros amigos mais íntimos, na verdade ia chamar quase todo mundo, queria casa cheia, muita gente se divertindo e bebendo.

O dia seguinte foi tenso, a empresa estava um caos, fiquei ocupada durante todo o dia, Angel ainda me vem dizer que eu tinha que fazer uma reunião com estagiários novos, pqp, la fui eu pra sala de reunião, olhei rapidamente para os presentes, estava sem paciência nenhuma, mas olhando melhor, mudei um pouco de idéia, depois de muito tempo, eu acabo de ver uma mulher bonita que me interessa de cara, uma loira muito seria, olhos cor de mel, estava olhando atentamente pra mim, obvio, eu era o centro ali, dei inicio a reunião, dei algumas dicas, não fui muito simpática, como de costume.

Sai da sala o mais rápido possível, sé perguntei rapidamente pra Angel quem era a loira, eu interessada por alguém? Haha vai chover! Enfim, eu estava tão atolada de trabalho, minha mente conseguiu abstrair todos as rasteiras que eu tomei nas ultimas semanas, eu estava reagindo bem agora, a piranha resolveu parar de me procurar, admito que sento um pouco falta dela se rastejando, mas era melhor assim, ela lá e eu cá.

A minha festa estava se aproximando, mas o trabalho me consumiu durante todos esses dias, Poncho e Chris estavam cuidando de toda a organização da ‘festinha’, eu inicialmente não queria nada muito grande, mas pelo que me disseram, ia se no mínimo 150 convidados, de onde saiu tanta gente eu não sei, como viado conhece gente. Mulheres eu conhecia milhares também, mas a maioria são ex, não rola ter reunião de ex mulher em festa de aniversario, mas acho que ia rolar isso. Sei que muitas não são minhas fãs, mas devem estar doidas achando que essa pode ser uma chance de me comer mais uma vez, que ilusão.

Os dias passam devagar, o fds da festa chegou, eu arrasada de tanta reunião, gente chata, velho argumentado, sem contar que Ucker não estava dando conta do trabalho sozinho, porra como aquela filha da puta faz falta no cargo. Só no cargo, eu tentava me iludir com isso a todo momento, nossa só de pensar nela meu corpo arrepiava, eu estava sem sexo desde que aquilo tudo aconteceu, meu corpo não conseguia entrar em contato com nenhum outro que não fosse o dela, me achava tão patética por isso. A estagiaria loira gostosa que tinha entrado na empresa estava me dando mole, mas mesmo ela sendo tudo isso, só de pensar em ir pra cama, beijar, fazer carinho em outra mulher que não seja aquela ruiva filha da puta, me enlouquecia.

Mas isso era pagina virada, eu tentava superar o golpe da melhor possível, não fiquei saindo, nem indo a festas, trabalhei, estive com Poncho, Mai e Chris, tomamos cerveja, conversamos, não fiquei louca por ae tentando suprir a falta que ela me fazia, até porque nada que eu fizesse ia ser suficiente pra isso, sair com alguém também não seria a solução.

O dia da festa chegou, eu super cansada, sábado a noite, geral já estava lá em casa, todo mundo super arrumado, eu escolhi um vestido curto azul celeste, era quase uma festa gay, tinham alguns heteros, como Ucker, Angel, a estagiaria, que Angel fez questão de levar com ela, que até então eu não tinha tanta certeza se era ou não gay, ela me dava mole, mas sei lá, nunca disse nada muito obvio, até porque sabia que eu era super séria, mas já sabia que eu era gay, a empresa toda agora sabia, graças a Dulce e meu amor idiota por ela, eu era assumida no trabalho, pra mamãe e papai.

Alias minha mãe nem falar comigo falava mais, eu tentei procurar ela, estava na Europa, meu pai que me ligou um dia desses pra saber como eu estava, ele não ligava muito, mas nunca foi muito próximo de mim mesmo, então não fazia muita diferença.

A festa já estava bombando, foi feito tudo a beira da piscina, foi montada uma posta de dança no jardim, muitas mesas, muita bebida, gente se agarrando, algumas das minhas ex se pegando, algumas já no meu pé, eu tentava dar atenção a todos, tentava ser simpática, tentava sorrir, manter a casa cheia, enganar a solidão, na verdade eu não me reconhecia naquele lugar, na minha própria casa, avistei a loira gostosa da minha empresa depois de alguns goles de pro seco, fui me sentar com ela e Angel, conversamos um pouco, logo Angel arrumou o que fazer e eu fiquei sozinha com ela, não demorou muito e ela já tinha deixado bem claro o que queria, sentir que ela tinha receio por eu ser sua chefe, mas as fofocas já deviam ter chegado em seus ouvidos também, ela sabia que era muito problema pra mim me envolver com pessoas do trabalho, ela tem cara de aproveitadora, mas eu acho que nesse caso quem vai aproveitar mais aqui sou eu, coitada se ela acha que vai subir na empresa indo pra cama comigo. Eu num desses momentos sem noção a beijei, nossa, sabe quando você não sente nada beijando uma pessoa? Quando você parece escutar tudo que acontece ao seu redor porque aquele beijo não tinha o menos sentido? Pois é, era isso, não tinha o menor sentido, me separei do beijo e me levantei dizendo que ia falar com os convidados, nossa, nunca fui tão fria com uma mulher.

- Dulce -

Eu estava me remoendo em casa, sabia da festa, queria estar com ela, falar com ela, olhar pra ela, nem que fosse pra sentir seu desprezo mais uma vez, alias eu nunca quis tanto ser desprezada como agora, eu queria que ela me xingasse, me batesse, me odiasse, mas que não me ignorasse como estava fazendo, todos esses dias sem vê-la só me fez ter certeza da burrice que eu tinha feito, que alias eu continuava fazendo, desde aquele dia, eu e Claudia estávamos juntas, mesmo ela sabendo do meu amor por Any, ela queria ficar comigo, então eu estava com ela, namorando não, apenas juntas ou sei lá o que.

Depois de ficar horas andando de um lado pro outro dentro do meu apartamento resolvi colocar uma roupa decente, me arrumar e ir pra festa dela, ela ia me ouvir de qualquer jeito, eu estava decidida a fazer um escândalo na festa, sem direito algum, eu sei, mas ela tinha que me ouvir, não demorei a sair de casa.

- Anahí -

Quando eu ia saindo pra falar com os convidados, eu parei no meio do caminho e me lembrei da cena de Dulce com Claudia juntas naquela sala, eu senti raiva, agora já não doía mais, eu voltei a olhar pra loira gostosa e voltei pra mesa…

Any – desisti dos convidados… aqui esta bem melhor!

Bem, ficamos um pouco juntas, eu vi de cara que a mulher era safada, como eu também nos meus velhos tempos também era, resolvi me aproveitar da situação, a festa estava bombando, Poncho estava entretendo as pessoas, eu não precisava me preocupar, resolvi dar uma escapada ate o meu quarto com ela, como essas mulheres estão safadas, então já sabe neh?!

- Dulce -

Eu sei que eu ia chegar lá sem convite, seria barrada, então resolvi ligar pro Ucker, ele tinha que me ajudar.

Dulce – me ajuda?

Ucker – oi pra você também. Hahaha

Dulce – é serio, você já ta na festa dela?

Ucker – da Any ?

Dulce – é claro neh?

Ucker – estou saindo de casa agora pra ir pra lá…

Dulce – passa aqui e me pega, você vai me colocar dentro daquela casa.

Ucker – ai Jesus, você não vai arrumar confusão neh Dulce?

Dulce – não, só vou conversar com ela, juro.

Ucker – ok, to passando ai em 15 minutos, ta pronta já?

Dulce – estou.

Ucker – ok bjus

Ucker demorou menos do que disse que ia demorar, tava todo lindinho, me dei um abraço apertado e disse que precisava de ajuda na empresa, não estava dando conta, eu prometi ajuda-lo.

Ucker – como você vai entrar? O pessoal da porta deve ter ordem pra te barrar.

Dulce – eu deito no banco de trás.

Quando estávamos perto da casa dela eu me deitei no banco de trás do carro, vidro fume, tranqüilo, nem deu nada, ele entrou e estacionou, agora era fácil, fui andando em direção a casa e mandei ele procurar ela, mas dei de cara com a empregada que me adorava.

Dulce – aonde a Any esta?

Empregada – a senhorita não deveria estar aqui não eh?

Dulce – ta tudo bem, você finge que não me viu, só diz pra ela vim resolver algo aqui dentro pra eu poder falar com ela.

Empregada – ela esta no quarto, mas não acho uma boa idéia você ir lá.

Dulce – não importa, deixa comigo.

Eu nem ouvi o que ela tentou me dizer, subi as escadas rapidamente e fui andando pelo corredor mais calma, minha respiração começou a falhar, olhei pra porta e ela estava entre aberta, fui abrindo devagar….

Eu acho que sei exatamente o que ela sentiu quando me viu com Claudia aquele dia, por que nesse momento eu sentia o mesmo, ou pior, havia uma mulher loira e que não era ela se vestindo de costas pra portar, eu fiquei estática vendo a cena e logo vi Any saindo do banheiro de calcinha, bem maquiada, a cama estava desarrumada, aquilo tudo na minha cabeça foi dando um nó, ela me viu e rapidamente pegou o vestido na cama, amulher se virou pois viu o susto que ela tomou…

Any – como você entrou aqui? (dizia ela irritada tentando se cobrir)

Mulher – quem é ela?

Any – não é ninguém… você já esta vestida? Vai descendo que eu já estou indo.(dizia ela colocando o vestido)

Mulher – ok, quer ajuda?

Any – não, é melhor você descer.

Mulher – te espero lá embaixo (a mulher deu um selinho nela)

Eu continuava estática na porta, apenas esperava aquela mulher sair dali pra desabar a chorar, eu nunca senti nada igual, ver a mulher que você ama com outra, ter certeza que há minutos atrás elas estavam deitadas juntas nessa cama, uma lagrima caiu, eu era o silencio e ela a duvida.

Any – você pode me dizer o que estava fazendo na minha casa? Quem deixou você entrar? Eu vou demitir todo mundo nessa porra. (ela dizia aquilo andando de um lado pro outro no quarto)

Dulce – desculpa ter entrado assim (eu dizia aquilo quase me engasgando) ninguém teve culpa, eu entrei sozinha, ninguém me viu.

Any – você não é invisível, tenho certeza que alguém permitiu isso, foi o Poncho?

Dulce – ninguém permitiu nada porra. Eu vim falar com você… vim pedir… perdão, mas acho que…

Any – eu não quero ouvir mais nenhuma palavra, saia da minha casa. (ela apontava pra fora, mas não chegava perto de mim)

Dulce – eu não vou sair. Se você tentar me tirar daqui, eu faço um escândalo na sua festa.

Any – hahahaha nossa, agora você resolveu virar psicopata, vai me prender no quarto também?

Dulce – se for preciso eu prendo.

Any - …….. olha aqui Dulce…

Dulce – perdão, perdão (eu fui me aproximando, as lagrimas caiam e ela me olhava incrédula)

Any – não chega perto de mim (eu parei próxima a ela, ela não queria proximidade mas não chegava pra trás)

Dulce – eu fiz a maio burrice da minha vida, eu sei, mas eu quero que você me perdoe… e você quiser me bater, me xingar… eu sei que você esta me odiando, não quer me ver, mas eu to aqui (me ajoelhei, comecei a me humilhar, segurei suas mãos) te pedindo perdão.