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Fanfic: Ela é o Cara-LuAr | Tema: LuAr


Capítulo: .

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Ela é o Cara - Capitulo 5


Lua Pov. 


Seu olhar se tornou desconfiado e uma de suas sobrancelhas se ergueram. Droga.


- Eu to brincando idiota. - Sorri o mais naturalmente possível, eu precisava me controlar, sério.


- Aham - Droga, ele precisa acreditar. - Mas então, você quer que eu chame os meninos pra te ajudar aqui?


- Não precisa não, eu me viro. - Sorri e ele saiu despreocupado do quarto. Não que fosse muito difícil me fingir de lésbica mas é que.. pera, essa frase soou totalmente homossexual mas não foi isso que eu quis dizer. Eu quis dizer que se fingir de lésbica não é o problema, o problema é ter que aguentar esse “monte” de homem perto de mim. Esse Micael é uma delicia, esse Chay então, pelo amor de Deus. E esse Thur? É.. thur, porque o ar eu já perdi quando vi ele. Entenderam? Ar.. Thur. Entenderam? É.. eu sei que essa é péssima. 


Apesar da zona em que aquele quarto se encontrava eu tentava de todas as maneiras ajeitá-lo. Abri a imensa janela que havia no canto esquerdo do quarto, se não fosse pela casa do vizinho com certeza a vista dali seria incrível. A cama era de casal e ficava próxima a porta, os lençóis estavam bagunçados e eu retirei todos dali, vai saber o que as “visitas” não faziam em cima daquela cama. 


- Olha eu consegui trazer eles pra cá. - Arthur apareceu na porta do quarto, seguido por mais dois preguiçosos.


- Eu disse que não precisava Arthur. - Falei arrumando a cama, já era ruim ficar na mesma casa que eles, pior ainda era ficar no mesmo quarto.. pior e perigoso.


- Tudo bem Lua, a gente ajuda. - Micael entrou já se jogando na cama, Chay recolheu algumas roupas, que não eram minhas, e estavam no chão e saiu do quarto logo em seguida.


- Bom, se você quiser eu passo pano no chão. - Arthur falou já com um rodo na mão.


- Mas olha só que menino prendado. - Ele riu e revirou os olhos.


- Eu sei fazer coisas que te deixariam surpresa. - Pra que usar aquele tom de voz? Que desnecessário. Pra que se aproximar dessa maneira? Que desnecessário. Pra que ser tão gostoso? Que desnecessário.


- Pode passar pano então. - Voltei ao assunto e ele riu. A tarde seria longa, bem longa.


Já haviam se passado algumas semanas e o clima entre eu e os rapazes estava ótimo. Todos os dias eram basicamente iguais a hoje por exemplo, eles iam trabalhar de manhã e eu ia procurar emprego logo depois. Porém hoje eu resolvi não ir, tava muito complicado achar um trabalho que me pagasse o suficiente para me manter e ainda pagar o aluguel, nunca pensei que sair de casa me desse tanto prejuízo.


- Bom dia! - Quase engasguei com o pedaço de pão que eu comia quando Arthur apareceu na cozinha dando um tapa na minha bunda coberta apenas pela minha pequena calcinha branca, eu já não me importava mais em me cobrir inteira para ficar perto deles, parece que eles finalmente desencanaram de mim.. bom, nem todos.


- Você não vai trabalhar hoje? - Arthur desviou o olhar que antes estavam em meus seios mal cobertos pela blusa de alcinha rosa que eu usava e sorriu.


- Hoje nós estamos de folga. - Não, ele não está louco. Ele disse “nós” porque ele e os meninos trabalham no mesmo lugar, porém em áreas diferentes.


- Hoje eu também me dei folga. - Falei voltando a prestar atenção no meu prato.


- Tá difícil conseguir emprego? - Ele se sentou a minha frente e eu perdi um pouco o rumo da conversa, encarando seu peitoral nu.


- Digamos que eu não to conseguindo achar um que se encaixe na minha situação financeira atual. - Fiz um bico e ele riu negando com a cabeça.


- Se você quiser você pode trabalhar pra mim. - Mais essa agora. - Sabe, eu pagaria bem pra ter você toda noite. - Só podia.


- Pena que você esqueceu de um pequeno detalhe. - Tentei ignorar o nó que se formou abaixo do meu quadril só de me imaginar com ele toda noite. - Eu sou lésbica lembra?


- Infelizmente. - Suspirou falsamente e eu revirei os olhos.


- Bom dia! - Micael disse e deu um tapa na minha bunda, seguido por Chay que fez o mesmo movimento.


- Tá fácil assim é? - Tentei fazer uma voz ofendida. - É só chegar e bater.


- Para de ser chata. - Chay falou e eu sorri. Aqueles muleques estavam se tornando meus amigos, muito mais amigos que os de antes, se é que eu tinha amigos antes.


- Você não ia procurar emprego hoje Lu? - Micael me perguntou e antes que eu pudesse responder Arthur me cortou.


- Ela resolveu tirar o dia de folga, pode isso? - Apenas ergui meu dedo do meio e a cozinha se encheu de gargalhadas.


- Que tal a gente sair? - Chay deu a ideia e todos se animaram. - Uma balada, algum pub, qualquer lugar que tenha bebida e mulheres. - E homens completei mentalmente.


- Por mim tudo bem. - Todos concordaram, menos Arthur.


- Hoje eu não posso. - Entortou um pouco o lábio de uma maneira que eu achei extremamente fofa, droga. - Eu vou sair com uma amiga.


- Amiga Arthur? Conta outra. - Chay zoou e Arthur o ignorou, ótimo, melhor ainda ele não estar lá, ao menos eu posso dar alguma fugidinha e aproveitar minha noite, se é que me entendem.


- Eu vou com vocês, mas não volto. - Falei e todos arquearam a sobrancelha.


- Mais que menina insaciável. - Arthur falou com tom de deboche e eu mordi meu lábio inferior.


- Você não faz nem ideia.



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Autor(a): lauratedesco

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