Fanfic: Never Again | Tema: TVD, Casi Ángeles, RBD, PLL
Poncho e eu paramos em frente ao portão. Ele sorriu para mim e conversamos sobre nossas vidas. Eu ficava mais a vontade a cada minuto. Ele de vez em quando roçava seus lábios em meu rosto, falava bem perto de mim. Ouvi um ronco de motor vindo detrás dele. Eu desviei minha cabeça para as costas de Poncho. De repente minha respiração encurtou, meu coração acelerou em poucos milésimos de segundo. Eu o vi. Seus fios castanhos saindo de dentro do Volvo. Sua roupa era sexy e elegante ao mesmo tempo. Ele estava todo de preto, com a camisa aberta nos primeiros botões, deixando a mostra uma parte de seu peitoral definido. Me afastei rapidamente de Poncho para ver melhor. Eu não podia acreditar que era ele ali na minha frente, depois de todos esses anos. Ele caminhava em nossa direção, vi então uma pessoa ao seu lado. Uma morena bonita, com um sorriso educado nos lábios. Ele a abraçou e a beijou muito rapidamente nos lábios, aquilo foi o suficiente para meu coração começar a sangrar novamente. Tudo parecia estar se movendo em câmera lenta. Seu perfume inundou minhas entranhas e um calor passou junto com o vento gelado da dor do passado. Eles entraram e ele nem me notou. Minha visão ficou embaçada, certamente por causa do choro que estava por vir. Olhei para Poncho e o abracei, abracei forte. Não queria chorar, não passar por isso de novo. As lembranças voltaram como uma cascada de dor que eu havia por muito tempo escondido no fundo de meus pensamentos.
Eu fiquei abraçada a Poncho não sei por quanto tempo. Ficamos em silencio. Meu choro cessou, eu o olhei envergonhada. Que mico eu havia pagado, o cara mais lindo ali na minha frente, e eu quase chorando feito criança ao ver o meu ex com outra.
- Perdão -eu me afastei lentamente- Eu sou uma louca não é? É o que deve estar achando, uma louca! -ele deu uma risadinha- Na verdade...
- Não precisa se explicar morena -ele pôs para trás uma mecha do meu cabelo que estava no olho- Foi a conversa sobre o passado? -eu assenti com a cabeça, mesmo que não fosse totalmente verdade- Ok, escuta, não precisa ficar assim.
- Eu sei e me desculpe, você me trouxe aqui para ficarmos juntos e eu acabo desse jeito. Bom -eu passei os dedos pelos meus olhos, tentando ajeitar a maquiagem-Pelo menos você não saiu correndo -ele riu- Ou seja, você é especial -eu sorri-
- Você também é muito especial, Mai. Quer que eu te leve para casa? Está se sentindo melhor? - ele pousou seus braços sobre meus ombros-
- Estou melhor sim. Não se incomode, eu vou sozinha para casa. Vou chamar as meninas -fiz menção de sair, mas ele me impediu delicadamente-
- Não! -exclamou ele- Digo, não vai atrapalhá-las né? Lali e Rochi estão com os namorados e Nina, também. Sabe-se lá Deus onde Joseph se enfiou com Candice -nós rimos-
- Ok, ainda vou levar um tempo para me acostumar com isso.
- Isso o quê?
- Isso de você conhecer meus amigos. Estranho eu nunca ter te visto.
- Logo quando terminei a faculdade, vim para esta cidade a negócios, foi mais ou menos 6, 7 anos atrás – condizia com o período em que fui para Paris- Me juntei com Tyler Hoechlin, que fez faculdade comigo e abrimos uma empresa que cuida de ações. – ele contava empolgado, mas ele não tinha noção de que meu chão tinha sumido e fiquei muda- Somos parceiros desde sempre. –eu pisquei algumas vezes para me acostumar com a ideia.
- Vo-você e Tyler Hoechlin? Sócios? –só podia ser praga do destino. O meu passado agarrado em mim.
- É, você conhece ele?
- Nós...nós fomos amigos, na verdade conhecidos. É. –eu fiz questão de afirmar no final, mas era para certificar a mim mesma da quase verdade, mais pra mentira.
Eu não poderia acreditar na armadilha que a vida havia armado para mim. Eu sabia que que Tyler ainda estava na cidade e tinha feito uma carreira consolidada, mas nunca imaginei que eu estaria cara a cara com seu sócio e amigo. E pior, eu estava ligeiramente interessada em Alfonso! Isso nunca daria certo. Afinal, eu não poderia chegar nele e já ir falando: Tyler? Claro! Aquele com quem ia me casar e no dia do casamento disse um grande e bem redondo “não” na frente de todo mundo? Claro que conheço. Só que não.
- Ok, deixa essa história pra lá, você realmente conhece mais pessoas do que eu imaginava. –tentei forçar um sorriso e acho que funcionou- Você me convenceu. Vou com você. Me faz um favor?
- Todos! -ele abriu um largo sorriso-
- Pede para Lali lhe entregar minha bolsa e meu casaco, deixei com ela.
- Pode deixar -ele piscou- Já volto ok? -ele se retirou-
Me encostei ao lado da porta de saída. Digitei uma sms coletiva para as meninas, dizendo que não precisavam se preocupar e que eu estava saindo com Poncho. Não se foram nem cinco minutos e Poncho estava ao meu lado novamente. Ele disse que havia avisado as meninas que estava indo me levar em casa e foi informado que já tinham sido avisadas. Ele foi me levando para o carro dele enquanto conversávamos. O clima ficou mais leve e fomos conversando sobre nossos tempos de escola pelo caminho. Eu lhe disse que era meio nerd com rebelde. A gente riu, contando anedotas sobre o ensino fundamental e os sufocos da faculdade. Fui lhe dando as direções de casa e ele se surpreendeu ao saber que eu ainda morava com minha mãe. Falei que era por pouco tempo, pois eu já estava em busca de um novo apartamento. Ele deu alguns nomes de corretores e eu respondi dizendo que não lembraria nem a inicial do nome no dia seguinte. Chegamos em casa e eu me virei para ele, agora com um olhar mais alegre.
- Obrigada por tudo Poncho, apesar da minha pequena cena, você foi uma ótima companhia -sorri-
- Você que me presenteou com a sua, Mai . -ele passou a mão em meu cabelo- Adorei ter te conhecido.
- Eu também -ele se aproximou e deu um beijo lento em minha bochecha, mas sabia que ele queria mesmo eram meus lábios-
- Vamos nos ver amanhã? Podemos dar uma caminhada do parque aqui perto. Posso te mostrar uns prédios ótimos que abriram
recentemente -sugeriu ele-
- Claro, por que não? Eu preciso voltar a fazer exercícios mesmo, depois eu nem passo mais na porta de casa. -ele riu junto
comigo-
- Isso nunca poderia se passar contigo, Mai você
é linda, esbelta, tem um corpo lindo, com todo o respeito -ele piscou-
- Claro ,claro -eu disse ainda sorrindo- Bom, preciso entrar -apontei com minha mão para a casa toda apagada-
- Eu te ligo amanhã pode ser?
- Tem meu numero?- eu indaguei, surpresa-
- Peguei com Nina antes de sair da festa de Peter –nós sorrimos. Isso só podia ser obra daquela garota mesmo- Então, posso?
-assenti que sim- Ok, até amanhã ,boa noite -ele me deu um beijo na testa e saí do carro de luxo escuro.
Tirei minhas sandálias logo antes de entrar em casa. Ao passar pelo quarto de Joshua vi que ele ainda não tinha chego da festa. Vi também várias roupas jogadas no chão, algumas revistas, uns cd`s de rock nacional e internacional. Continuei a andar e ao chegar no meu quarto, acendi a luz e fui tirando minha roupa para um banho, coloquei meu roupão e saí para o banheiro. Tomei um gostoso banho relaxante e voltei com os cabelos feitos um coque. Vesti uma camisola de seda e me deitei.
O sono, por mais que eu chamasse com vários bocejos, meu pensamento estava bem acordado, pensando em Tyler. Eu dava graças a Deus ele não ter visto a mim e ao Poncho na entrada da casa de Peter, estava tão escuro e tinha tantas pessoas na frente da casa que seria difícil identificar alguém no meio da multidão. Ele não havia mudado muita coisa, seu cabelo antes era um castanho-claro e agora os trocou por fios mais escuros ainda. Sua postura elegante e ao mesmo tempo irresistível era difícil não gostar. E seu perfume delicioso e másculo não havia mudado. Era o mesmo cheiro de homem que senti durante todo o tempo que estive com ele. O que eu queria mesmo saber era se ele ainda se lembrava de mim, mas não como uma lembrança qualquer, afinal ele ia se casar comigo. Deve ter restado algo meu nele, assim como restou algo dele em mim.
Mas o que importa agora? Se ele está com outra. Certamente estão casados. Ele não deve ter demorado muito para achar uma vadia como ela. A roupa que ela usava. Um vestido elegante com um toque vintage. Não podia deixar de notar que ela tinha gosto para moda. Pela altura e pelo porte, poderia dizer que é uma modelo. Seu cabelo castanho estava em um penteado meio bagunçado-arrumado. A maquiagem suave, realçava seu rosto magro e modelado, escondia um olhar penetrante e poderoso. Isso deve tê-lo enfeitiçado. Quando estávamos juntos, eu não me vestia como ela. Eu era uma garota simples. Era um jeans surrado e uma blusinha básica.
Eu lembro quando fomos para Texas, passar as férias de primavera, o tempo estava limpo e fomos cavalgar no campo de sua tia Meredith. Coloquei minha melhor bota até os joelhos, feita de camurça e couro legítimo. Paramos embaixo de uma macieira enorme no meio do pasto e ficamos ali, namorando, esquecendo do mundo por alguns instantes.
"- Mai , eu te amo, você sabe. Quero passar o resto da minha vida ao teu lado
- Ty, não sabe o quanto isso é importante para mim! Eu também quero ficar o resto da minha ao teu lado. Vamos nos casar algum dia, não vamos? -eu encostei minha cabeça em seu colo, acariciando seu toráx rigido-
- Claro! Não quero passar um minuto sequer sem você.
- Uma pena estarmos jovens, ainda tenho 17 anos, mal posso sair de casa -levantei o olhar para os dele-
- Vamos esperar, -ele pôs uma mecha de meu cabelo atrás da orelha- Te prometo fazer a mulher mais feliz dessa vida! -ele me beijou lentamente os lábios- Te amo minha princesa-
- Eu também te amo Ty, mais do que a mim mesma -eu o beijei-"
Abri bem os olhos, olhei as estrelinhas cintilantes fluorescentes no teto do meu quarto. Meus olhos ardiam pelas lágrimas quentes que rolavam. Virei de lado, olhando para a sacada, olhando o céu escuro com apenas algumas estrelas. Durante todos esses 7 anos, não pude esquecê-lo nenhum minuto sequer. Ele fazia parte de mim, assim como uma tatuagem é para o corpo. Ele estava tatuado em um lugar onde nenhum laser, ou nenhuma cirurgia poderia tirá-lo. Estava tatuado no lugar mais fundo do meu coração. Eu tentava afastá-lo de meus pensamentos, eu até conseguia, mas sabia que todas as noites eu choraria por ele, tentando inutilmente expor toda a dor que havia acumulado durante o dia. Talvez voltar não tenha sido o melhor de minhas escolhas. Aqui estou mais próxima dele. Bem, eu o vi. E foi o suficiente para liberar toda aquela adrenalina esquecida no fundo do meu corpo. Todo o meu corpo resetou ao vê-lo. Senti desde calafrios, até a excitação. Custou muito para o inconsciente me dominar e eu finalmente poder esquecer tudo.
Autor(a): thatapermann
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Despertei com os raios de sol sobre meu rosto. Abri um olho de cada vez, para me acostumar com a claridade. Olhei as horas e vi que eram apenas 7:45 am. Levantei e lentamente fui para o banheiro e ouvi meu celular tocar.- Alô? -com a voz rouca de sono-- Bom dia Mai! É o Poncho, tudo bem? -disse ele numa voz animada e ao mesmo tempo ...
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