Fanfic: Never Again | Tema: TVD, Casi Ángeles, RBD, PLL
- M-Maite?- ele silabou-
- Tyler -minha voz era firme, pelo menos era o que eu pretendia passar-
- Então não me enganei. Voltou quando? -sua voz estava quase imperceptível, de tão baixa-
- Há alguns dias. Por? -ele deu um suspiro e continuou-
- Você está bem?
Eu sabia qual era a pergunta que ele queria saber de verdade. Ele queria saber se eu tinha ficado bem, há sete anos atrás. Bem, pelo menos eu sobrevivi.
- Sim.
Minha resposta era objetiva, não queria estender o assunto. E parte de mim, a maioria, não conseguiria olhar para ele e saber que esteve bem todo esse tempo.
- Er .. -ele me olhou de cima a baixo- Você vai sair?
Ele me olhava com um certo desejo, eu percebi. Me senti vitoriosa, estava conseguindo fazê-lo sentir ,nem que seja uma pontinha, de desejo.
- Eu não vejo como minhas atitudes possam te atingir de alguma forma. Por que quer saber? -arqueei a sobrancelha- Temos algo e não fui avisada? -acredite, isso doeu muito em mim.
- Bem, er .. nós ..eu , ahn ...
- Não fique nervoso, Tyler Lee -enfatizando bem ao nome dele, sabendo que ele odiava que o chamassem desse modo.
- Eu queria lhe pedir desculpas -ele se aproximou e, por instinto, eu recuei- O que há com você? Está tão...
- Madura? –completei- Posso dizer que algumas coisinhas me fizeram amadurecer
- Eu ia dizer, diferente, mas se prefere...
- A morena - o interrompendo- Aquela morena com cara de modelo, é sua mulher ? -eu estava muito curiosa-
- Está falando da Troian? -eu revirei os olhos-
- Tem outra?
- Não sei -eu bufei, irritada-
- Se fosse para não responder eu não teria nem perguntado -percebo que o táxi chega, eu caminho até ele e Tyler pega em meu braço-
- Espera, Mai -ele me olhou.
- Maite -o corrigi- Se não se importa -eu dei um sorriso superficial-
- Maite -ele suspirou- Eu queria muito conversar com você, e a propósito, Troian é minha namorada.
- Que interessante -continuei sustentando o sorriso- Agora deixe-me ir, sim? -olhei para meu braço e ele seguiu meus olhos e me soltou- Obrigada. Até outro dia, Tyler
- Esse dia não vai demorar pra chegar, estou morando aqui agora. -ele me interrompeu. Eu voltei para olhá-lo novamente. Meu coração ainda descompassado tremia dentro do corpo.
- Bem, eu me mudei para o nosso apartamento, lembra? Mas não consegui ficar. Tudo me lembrava você, nossos planos.
- Poupe-me do blábláblá Tyler, por Deus! -eu revirei os olhos- Tenho que ir -eu me virei e abri a porta-
- Também teve a morte da minha mãe –eu parei bruscamente, Ellen era uma pessoa que eu apreciava muito.
- Ah, meus sentimentos – eu fui pega de surpresa, ela era tão sadia- Eu sinto muito mesmo.
- Eu sei. Ela te adorava. De qualquer modo, eu voltei para casa onde crescemos juntos. Estou aqui agora.
- Certo, eu tenho mesmo que ir – entrei no carro e o ouvi dizer:
- Adorei te reencontrar Maite
- Eu não posso dizer o mesmo -e entrei-
Não olhei para trás para ver seu rosto e fui assim durante todo o caminho. Me senti forte. Senti que nada, nem ele poderia me deixar para baixo de novo e ele não vai deixar. Ao chegar à casa de Rochi, vi Poncho, Nico e Joseph atentos à TV e Nina ao lado de Ian, lhe fazendo carinho nas costas.
- Mai! -Nina falou alto, para que os meninos escutassem- Que bom que chegou! -ela veio para meu lado me abraçar-
Olhei para a sala, mas já estava vazia, os meninos e Rochi vieram para me cumprimentar também. Nico estava com um perfume gostoso. Poncho estava mais másculo, sua barba, ainda que quase imperceptível, me arranhou gostosamente na face. Seu beijo foi lento em minha bochecha eu sorri para ele e não demorou para que eu visse os seus dentes brancos em seu lindo sorriso.
- Mai, Lali ligou avisando que vai demorar mais um pouco. Cande está fechando a loja e já, já aparece- Rochi foi nos trazendo para a sala-
- O que vim fazer aqui, exatamente, Rochi? -eu a olhei-
- Não óbvio? Se embebedar e passar um ótimo tempo com seus amigos, oras! -ela deu uma gargalhada- É bonita, livre, o que mais pode querer? -ela me olhou divertida- Bem, não me responda agora -ela piscou- Pedi pizzas, a gente pode jogar cartas e ..
- Mas como? Sabe que sou péssima em cartas!
- Ah não se preocupe Mai, pode jogar comigo -Poncho se manifestou e me abraçou de lado- O melhor jogo é de Duplas -eu sorri, o abraçando também-
- Ok então Poncho -eu sorri para ele e me sentei ao seu lado.
Candice apareceu depois de uns trinta minutos e Peter e Lali bateram à porta logo depois. As pizzas haviam acabado de chegar. Fomos jogar cartas. Na primeira rodada jogamos em duplas, assim como Poncho tinha sugerido. Fomos em casais. Eu e Poncho vencemos 2 vezes ,mas os ganhadores foram Nina e Ian, com 4 vitorias ,ambos são os Nerds das cartas. Jogamos assim por um bom tempo. O placar final ficou assim: Rochi e Nico venceram 6 jogos, eu e Poncho ao todo ganhamos 7, Lali e Peter ficaram na lanterninha com 3 jogos ganhos. Candice e Joseph ganharam 8. Nina e Ian com 10 vitorias. Depois disso, ficamos cansados e o jogo estava muito monótono. - Eu te avisei que eu era péssima -disse a Alfonso, que estava embaralhando o bolo de cartas habilmente.
- Qual? – indagou Nina ,entusiasmada-
- Nos dividimos em 2 grupos ,homens e mulheres.
- Já estou adorando! – Nina disse, subitamente animada. Talvez fosse a bebida falando.
- Mas espere.. -ele abaixou o olhar ,e quando virou para me olhar de novo estava com uma expressão maliciosa- Vamos jogar Stripoker.
- QUE? -os olhos de Rochi saltaram- Vocês estão loucos? É claro que não!
- Rochi, amor, acho que não é tão sério assim -Nico comentou, calmo.
- Você só pode estar brincando. Você quer que eu fique nua na frente dos seus amigos? - a expressão calma de Nico tomou forma contrária subitamente, me fazendo segurar um riso.
- Não! Claro que não, a gente para antes -explicou ele, se adiantando.
- Para mim pode ser .. -Poncho se manifestou. A ideia de ver Alfonso Herrera sem camisa outra vez já tomava conta da minha imaginação. Eu não me importava muito em ficar com pouca roupa na frente deles, estávamos em confiança.
- Imagina que está de biquini, Rochi -Nina aconselhou, antes de virar o vinho de sua taça de uma só vez.
- Por mim está tudo bem - Joseph deu de ombros. Rochi, Cande e eu nos olhamos. Olhei para Nina e Lali, que estavam de certa forma conformadas.
- Estou tranquila também. -eu respondi, indiferente-
- Isso vai ser interessante – Peter disse com um tom malicioso.
Ian explicou as regras e começou a distribuir as cartas. Meus olhares de flerte iam desde Poncho até Nico, depois voltavam as cartas. O primeiro grupo a perder foi o nosso. Cada uma tinha que tirar algo que tinha no corpo. Eu me teria me ferrado se não fosse pela meia calça que usava. Tirei minhas sandálias primeiro, Lali tirou seu colar, Cande, sua pulseira. Rochi tirou seu enfeite de cabelo e Nina seu anel.
Na rodada seguinte perdemos de novo. Tirei minha pulseira, Nina tirou seus brincos. Lali tirou seus scarpins, Rochi e Cande seus anéis. Noutra foram os meninos, Poncho e Ian tiraram logo as camisetas. Nico tirou seus tênis. Peter fez o mesmo, e Joseph tirou a calça. Não demorou muitas rodadas até que ficássemos em uma situação constrangedora. Eu estava com apenas minha lingerie, calcinha e soutien, ambos pretos de bolinhas e rendinhas rosas pink. Meu cabelo estava nos ombros cobrindo ,ou tentando cobrir, parte do meu colo. Lali, Nina e Rochi estavam na mesma situação. Cande estava com sua saia e sem calcinha. Ela tinha preferido provocar Joseph a todo custo naquela noite. Os meninos estavam de meias e cueca. Combinamos que seria a ultima rodada. E nós, meninas ,perdemos. Não havia o que tirar, exceto uma das peças da lingerie. Eu dei uma olhada rápida pela sala . Muitas roupas jogadas de canto a canto. As caixas de pizzas estavam vazias, havia também 4 garrafas de vinho no chão. Três vazias e uma quase no fim. Olhei para Poncho e percebi que ele também me olhava. Nós sorrimos.
- Não vamos tirar nada ok? Já viram o suficiente! Até mais da conta, eu diria! -protestou Rochi-
- Mas jogo é jogo Rocío -lembrou Ian- É simples, vocês perderam, vocês tiram uma peça. Qual vai ser a sua?
- Ei! Presta atenção com a minha garota! Já viram muito por hoje – Nico disse indo em direção à namorada, a cobrindo com o corpo. Eu ri da cena. Talvez fosse o álcool subindo à cabeça.
- Sr. Somerhalder, abre o olho viu? –Nina jogou uma almofada nele fingindo ciúmes.
- Amor, calma! Eu só estou seguindo as regras do jogo –ele se defendeu- Vem cá, meu doce -ela fez menção de se afastar, mas Ian a puxou para cima dele e a abraçou forte e ali começou um beijo-
Começamos a jogar almofadas para separar o casal. Eu comecei a pegar meu vestido e minha meia-calça no chão e comecei a me vestir silenciosamente, entendendo o jogo como encerrado. Primeiro o vestido, depois a meia e assim sucessivamente. Poncho me acompanhou e procurou sua calça jeans e sua camiseta. Lali e Peter se sentaram no sofá onde Joseph tinha Candice em seu colo. Rochi e Nico tinham ido até a cozinha fazer sabe-se lá o quê. Ian e Nina se separaram e todos começaram a vestir suas roupas. Todos riam e zombavam um do outro enquanto se vestia. Eu sai à francesa e fui ao banheiro retocar minha maquiagem. Ao sair, dei de cara com Poncho sorrindo encantadoramente pra mim.
- Você aproveitou hoje né? Viu as mulheres de calcinha e soutien ..depois disso só a morte né? -eu dei uma risada, o olhando.
- Que nada, apesar de todas vocês terem um corpo lindo, só olhei pra uma -ele deu um passo em minha direção e senti meu coração bater mais forte contra minhas costelas.
- Eu espero que não tenha sido a Nina, porque o Ian é faixa preta no jiu-jitsu, ela me disse -eu brinquei, ele deu um risadinha abafada e se uniu mais a mim-
- Desse mau eu não morro Mai, quem eu olhei foi você -ele tocou em meu cabelo, acariciando meu rosto- Mas acho que você já sabe disso, não é?
- Acho que tinha uma ideia vaga sobre esse assunto -respondi ainda com meu tom de brincadeira.
- Isso é bom, quer dizer que eu estou no caminho certo -eu balancei de leve a cabeça e senti que ele se aproximava de mim.
Meu coração tamborilava forte dentro do meu corpo e abri um pouco minha boca em busca de ar. Durante todo o tempo em que nos falávamos, não desviávamos nossos olhares, isso era algo que sempre acontecia, eu simplesmente não conseguia desgrudar de seus olhos. Ele deu outro passo em minha direção e eu percebi nossa proximidade. Ele passou os braços envolta da minha cintura suavemente, como um carinho. Sua respiração agora estava perto demais da minha e eu podia sentir o hálito fraco de vinho vindo da pequena abertura de seus lábios. Senti minhas pálpebras se fecharem lentamente e depois só me lembro de sentir o calor dos lábios dele junto aos meus. Ele havia me beijado.
Ele pressionou seus lábios contra os meus movimentando lentamente e sugou meu lábio inferior. Pude sentir sua barba roçando em minha pele e me aproximei ainda mais a ele. Senti sua língua pedindo passagem na entrada da minha boca, onde ele deslizava-a entre meus lábios, me fazendo arrepiar. Um toque tão diferente, tão único, não poderia me deixar espaço para pensar em nada mais. Era ele quem tinha esse toque, quem tinha esses lábios suaves e rústicos ao mesmo tempo. Quando sua língua tocou a minha, eu senti que um gemido prazeroso queria sair a todo custo, mas o reprimi. Não ser ter sido beijada há muito tempo acho que ajudava nas sensações que sentia agora, talvez fosse só carência. É o que eu quero acreditar agora, eu não posso deixar meu coração aberto para que alguém o quebre outra vez. O beijo era calmo, cuidadoso e muito prazeroso. Não havia nada a se comparar ao de Christopher. Oh Christopher.
"... - Adorei te reencontrar Maite
- Eu não posso dizer o mesmo ..."
Essa frase foi o suficiente para que eu abrisse os olhos rapidamente, como se um choque elétrico tivesse percorrido meu corpo naquele momento. Me afastei de Poncho abruptamente e nos olhamos por questão de milésimos de segundos até que eu saísse correndo para a sala. Droga de passado.
Depois de alguns segundos, quando já havia me enfiado sem perceber entre Rochi e Nico, senti remorso. Ele deve estar morrendo de ódio de mim. Vi um vulto caminhar na minha frente, mas não tive coragem de encará-lo. Continuei com a cabeça baixa. Rochi sussurrou que devíamos ir para o banheiro conversar. Eu levantei mecanicamente e fui sem olhar para ninguém. Os meninos conversavam animados e pude ouvir, assim que deixei a sala, a voz de Poncho no meio da conversa. Entramos todas no banheiro espaçoso dos meninos.
- O que houve Mai? O Poncho e você apareceram com uma cara horrível lá na sala, me conta já! -exigiu Lali, fechando a porta do banheiro atrás de si. O ambiente havia ficado um pouco apertado com tanta gente.
- Eu .. -eu levantei os olhos e as encarei rapidamente- Eu meio que beijei ele
- Mas isso é ótimo! – Nina disse, animada.
- E ele beija bem? – Candice quis saber
- Tem a pegada? – Rochi perguntou também interessada.
- Para tudo! Se houve beijo, por que então apareceram com aquela cara na sala? – Lali interviu, entendendo a situação
- Obrigada por perguntar, Lali. A verdade é que não deu para saber se ele beija bem porque acabou tudo muito rápido.
- Por quê disso? - Candice perguntou.
- Mas como? Ele beija mal? Tem bafo?Ele não tem cara de que tem bafo. Ele é um partidão.- Lali começou.
- E que partido hein! -Nina cutucou Lali com um dos cotovelos, rindo maliciosamente
- Lali! - Agora eu quem a olhei assustada.
- Mas por quê o espanto? Não posso mais olhar os homens, não? Eu hein! -ela deu de ombros e eu ri-
- Mas me conte, por que?
- Vocês não vão gostar de saber. Sério – elas protestaram um pouco então eu continuei- Christopher -soltei em um suspiro cansado e envergonhado.
- Sério mesmo, Mai? -Rochi apenas revirou os olhos.
A verdade é que eu não queria que ele interferisse mais em minha vida, em nada que eu fizesse, mas desde quando eu voltei, sinto que ele ainda faz parte de mim e hoje que eu o vi, só confirmou o que eu sentia. Eu pensei que fosse mais fácil com ele longe. Mesmo quando eu ficava até altas horas desenhando roupas para me distrair da lembrança que me perseguia todas as noites, eu ainda sentia falta dele. Demorou alguns anos para que eu pudesse tirá-lo dos meus sonhos. E mais alguns para que eu pudesse afastá-lo de meus pensamentos. Pensando bem, desses creio que ele não saia mais. Isso me amedronta. Mas Alfonso, ele conseguia afastar esses meus pensamentos, ele conseguia me fazer esquece-lo, ainda que por alguns instantes. Ele, com seu jeito todo carinhoso e cuidadoso já havia tomado conta de mim.
Autor(a): thatapermann
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
- Meninas, vocês acham que o Poncho vai me perdoar por ter saído que nem uma louca? - Ai, deixa de ser boba, mas é claro! Você sabe como ele é fofo e tudo mais. Acho que ele está curtindo você Mai - Candice sorriu- - Cande tem razão. Ele está caidinho por você, ele vai te perdoar com certeza, mas acho ...
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