Fanfics Brasil - Capitulo 34 Tarde Demais

Fanfic: Tarde Demais | Tema: Laliter; Quase Anjos


Capítulo: Capitulo 34

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Capitulo 34


 


Emília: Como assim morar com Peter? Minha filha, a gente mal chegou aqui.

Mariana tinha saído cedo da casa de Peter. Eram por volta das oito da manhã, quando ela passou em casa, para pegar sua pasta que tinha esquecido, antes de ir direto ao trabalho. Nicolas já tinha ido a empresa, e Emília já estava acordada, como de costume. Enquanto comia um rápido café da manhã preparado por Emília, Mariana aproveitou o momento a sós com a mãe, e avisou a noticia de sua mudança para casa de Peter, o que pareceu assustar completamente a mãe.

Mariana: Idai? -respondeu em forma natural, enquanto bebia um gole de seu café-com-leite- Você sabe que meu relacionamento com ele já é a mais de seis anos, não é?
Emília: Mas filha, essa é uma decisão importante, não pode ser tomada em uma noite envolvida pelo coração! Você tem que pensar direito nisso.
Mariana: Eu já pensei, mãe! E decidi que vou me mudar para lá.
Emília: Filha, pense bem.. -Emília falou, enquanto saia de trás da bancada da cozinha e sentava em uma das cadeiras ao lado de Mariana- .. Vocês ainda nem casados são para isso acontecer.
Mariana: Estamos em pleno século XXI, casamento pode esperar, não é? -deu de ombros, mordendo seu pão com manteiga- Vamos esperar Peter ficar bom dessa maldita doença, e ai podemos pensar em nos casar.
Emília: Ainda tem mais, ele está doente, Mariana.


Mariana: Mãe, vou fingir que não escutei isso, ok? -levantou o olhar, recriminando totalmente o comentário de Emília- Eu vou me mudar, porque Peter como eu, não quer mais ficar na casa dos pais. E não falamos isso, por causa que estamos de saco cheios de vocês, não mesmo. Falamos porque queremos ser independentes, sabe? E a tia Gime nunca deixaria o Peter voltar a morar sozinho com ele doente, e eu não tenho nenhum apartamento a vista, ainda. Juntamos o útil com o agradável. E estamos decididos a morar juntos, e eu estou sim disposta a cuidar dele, doente ou não, se é isso que você quer saber.
Emília: Tudo bem, filha, mas.. -soltou o ar com força, olhando para as unhas- Eu nunca morei sem você, e..
Mariana: Mãe, não seja boba -Mariana sorriu, segurando as mãos de Emília- .. a senhora poderá me visitar quando quiser! Um dia isso iria acontecer, não é mesmo?
Emília: Ia, mas não sabia que tão rápido! -Mariana pode ver algumas lágrimas se formarem no olhar de Emília, e puxou a mãe pelas mãos, dando um rápido beijo na bochecha dela- Mas tudo bem, se você ficar feliz e tem certeza do que está fazendo, eu vou te apoiar.
Mariana: Obrigada, mãe.
Emília: E o seu pai? Já sabe? 
Mariana: Falarei com ele hoje, na hora do almoço.
Emília: Visto que também terei que ver um apartamento -negou com a cabeça, limpando a solitária lagrima em seus olhos, antes que ela caísse- Não estou mais casada com seu pai, e não ficarei morando sozinha, com ele.
Mariana: E porque?
Emília: Porque não, né Mariana? 
Mariana: Bom, se a senhora quiser, eu posso procurar algum lugar com você, um apartamento até perto do Peter, e como sei que a senhora não trabalha, eu te ajudo em tudo, tudo bem? -Mariana sorriu terna, e depois limpou os cantos da boca com o guardanapo- Mas depois a gente vê isso .. -levantou da cadeira- .. Tenho que ir, já estou atrasada.
Emília: Ok filha, depois a gente vê tudo.


Mariana: Minha pasta -pegou em cima de uma cadeira- Chave de casa -pegou no chaveiro- Celular e bolsa -pegou em cima da mesa- Esqueci alguma coisa? -olhou 
para Emília, coçando a cabeça-
Emília: Não, não -sorriu, negando com a cabeça- Vai logo, meu amor.

Mariana abriu um sorriso junto com a mãe, e foi até ela, recebendo um beijo na testa. E depois, foi para o trabalho


 


Nicolas: Morar junto com Peter? Você não acha que é cedo demais, não?

Nicolas perguntou calmamente para filha, após ser informado da mais nova notícia. Mariana aproveitou o momento que teve de folga, e foi até a sala do pai, não aguentando guardar a notícia até a hora do almoço.

Mariana: Não acho.. -suspirou.. todo mundo iria falar isso mesmo?-.. Ah enfim, já te expliquei tudo.
Nicolas: Pois sim, e eu te entendo -concordou, mexendo com a cabeça- Já falou com sua mãe?
Mariana: Já, hoje de manhã.
Nicolas: Então vou lhe privar de escutar o discurso de todas as responsabilidades que morar junto implica, acredito que Emília já tenha feito isso, sim?
Mariana: Exatamente -concordou, soltando um sorriso- E meus ouvidos serão eternamente gratos - os dois soltaram uma gargalhada-
Nicolas: Boba! -negou com a cabeça- Mas só fico insatisfeito com uma coisa. comentou, com um tom sério na voz-
Mariana: O que? -levantou as sobrancelhas, curiosa-
Nicolas: Veja bem, eu não vou lhe proibir de nada, e não vou interferir em você viver com Peter -falou, e Mariana concordou com a cabeça- Mas não vou lhe enganar, não me agrada nem um pouco filha minha sair de casa, para se juntar com outro homem, entende? -acabou de falar, e Mariana soltou um sorriso, negando a cabeça- Não ria.. porque vocês não se casam logo?
Mariana: Impressionante, mas eu já sabia que o senhor iria falar isso! -acabou de sorrir, e falou natural- A mesma coisa que expliquei a mamãe, eu vou me casar com Peter, e isso eu tenho quase certeza. Mas sei que ele quer esperar passar essa doença horrível que ele tem.
Nicolas: Se é assim, mas adianto que logo que Peter se curar eu quero receber o convite do casamento, tudo bem? -Mariana assentiu, sorrindo- Avisa para aquele marmanjo que não é tão fácil assim roubar minha filha da minha casa, ta?


Mariana: Pode deixar -negou com a cabeça, relaxando o corpo no sofá- Peter ficará intimidado quando souber disso.
Nicolas: Assim eu espero.

Os dois soltaram uma gargalhada juntos. Mariana suspirou.. seu pai era o melhor do mundo mesmo! Pensou, enquanto observava Nicolas sorrindo para ela. Mas logo escutou a voz grossa de seu pai soar mais uma vez.

Nicolas: Sabe, eu acho tão bonito o seu amor com o de Peter -comentou, fazendo Mariana abrir um sorriso terno- É coisa de novela mesmo, vocês se amam desde pequenos até hoje, com a mesma intensidade. De verdade, pensei que quando você fosse para a Espanha, passando um mês, você já ia nem mais lembrar o nome dele.
Mariana: Se fosse paixão, o senhor estaria certo. Mas o que eu sinto pelo Peter é amor, pai. -sorriu mais uma vez, ao ver Nicolas concordar com a cabeça- Nossa, estou me sentindo estranha em conversar isso com você.
Nicolas: E porque? Porque eu sou seu pai? -Mariana assentiu, sorrindo amarelo- Que besteira! -negou com a cabeça, revirando os olhos- Peter durante esse tempo que esteve longe, me contava toda a vida dele, sem nenhuma vergonha. Eu entendo a cabeça dos jovens, me sinto, as vezes, até um deles.
Mariana: Papai e Peter viraram best, é? -falou, depois de soltar uma gargalhada- Mas o que ele te contava, hein? -levantou a sobrancelha, com uma ruga de curiosidade, que fez Nicolas gargalhar- Conta, pai.
Nicolas: Nada demais, não seria justo eu te contar.
Mariana: Claro que seria! Eu sou sua filha, ele é só seu genro. -protestou, revirando os olhos-
Nicolas: Mas também é como um filho para mim.
Mariana: Chato! -mandou a língua para Nicolas, cruzando os braços-
Nicolas: Não se preocupe, não era nada demais! Peter te ama.
Mariana: Que bom, né? -comentou com uma divertida ironia, e Nicolas sorriu-
Nicolas: Mas falando nisso, não tive ainda tempo de lhe dizer o quanto orgulhoso estou de você.


Mariana: Eu sei que sou um exemplo, mas de quais meus dotes você ficou orgulhoso? -comentou modesta-
Nicolas: Convencida! - Nicolas sorriu, negando a cabeça- Mas é sério. Eu queria dizer que achei muito nobre da sua parte abandonar sua vida de Barcelona para vir morar aqui. Quando te liguei para avisar da doença de Peter, não pensei que você 
viria.
Mariana: Pai, ele está doente! Como poderia ficar em Barcelona sabendo que Peter estava com tuberculose e poderia até, Deus me livre, morrer? E também fiquei com dó de Peter, ele ia enfrentar uma barra, e eu me vi na obrigação de enfrentar com ele. 

Na mesma hora que Mariana acabou de falar, escutou a porta batendo com força. Ela olhou para trás, assustada, juntamente com Nicolas. Quem esteve ali? A pergunta passou na cabeça de ambos, que logo voltaram a se olhar, com os cenhos franzidos.

Mariana: Vou ver quem era, pai.

Nicolas assentiu, e Mariana levantou da cadeira. Abriu a porta da sala, olhou para os lados, mas apenas o que viu foi o elevador da empresa se fechando com alguém dentro. Alguém que ela, mesmo de longe, jurou ser Peter. Mas era impossível. Olhou para o outro lado, e viu Alice, secretária de Nicolas, encarando o elevador com o cenho franzindo. Mariana fechou a porta da sala, e caminhou até Alice.

Mariana: Alice, quem era que fechou a porta da sala do meu pai?
Alice: Era o Peter, senhorita -respondeu, e tirou os olhos do elevador-
Mariana: Peter? -Assustou-se, franzindo o cenho- E porque ele não entrou?


Alice: Foi estranho! -comentou, parecendo ainda confusa- Ele chegou com um sorriso de orelha a orelha, me deu bom dia, e foi até sua sala, mas eu avisei que você estava conversando com seu pai. Ele foi até a sala do senhor Nicolas, e quando abriu a porta, ficou um tempo parado escutando, creio que a conversa de vocês. Depois pareceu escutar algo que não gostou, fechou a porta e saiu daqui com uma cara de raiva, que eu me assustei. Não querendo me intrometer, mas a senhorita estava conversando com seu pai algo que Peter não poderia saber?
Mariana: Não, creio que.. 

Parou de falar, quando veio em mente uma parte da conversa.

E também fiquei com dó de Peter, ele ia enfrentar uma barra, e eu me vi na obrigação de enfrentar com ele.

Droga! Mil vezes droga! Foi o que Mariana pensou, batendo firme o pé no chão. Peter com certeza tinha ficado chateado por ela ter falado que tinha dó dele. Sabia como era o ego do mesmo, e compaixão ou sentir pena dele, eram coisas que ele odiava. Respirou fundo, e agradeceu para Alice voltando para sala de seu pai.

Nicolas: Quem era, filha?
Mariana: Peter! Acho que aconteceu um mal entendido.
Nicolas: Peter aqui? -estranhou- Como assim? E mal entendido?
Mariana: A parte dele vir até aqui eu não entendi, mas acho que ele escutou a parte da conversa que falei que estava com dó dele, e creio que ele não tenha gostado.
Nicolas: Relaxa filha, bobeira isso! Vai trabalhar que depois você conversa com ele e vocês se entendem, tá? -Mariana forçou um sorriso, assentindo- Agora volta para o trabalho, que te espera, ouviu? Já ficou muito tempo de conversa.
Mariana: Tudo bem, senhor Nicolas.

Falou com um certo sarcasmo que fez Nicolas gargalhar. Mariana soprou um beijo para o pai, e saiu da sala dele, voltando para sua.


 


Peter dirigia de volta para casa, transtornado. De manhã, tinha tido uma consulta com seu médico, que tinha o liberado do repouso absoluto, e que podia agora sair de vez enquanto, devido o êxito do tratamento. Ele, feliz, foi direto ao seu trabalho. Sabia que não ia trabalhar, mas pelo menos queria ver Mariana e lhe dizer a grande noticia. Mas no final, quem acabou recebendo outra noticia foi ele. E uma noticia nada agradável, diga-se de passagem. 

E também fiquei com dó de Peter, ele ia enfrentar uma barra, e eu me vi na obrigação de enfrentar com ele.

As palavras de Mariana voltaram a martelar na cabeça de Peter. Ele deu um soco no volante de seu carro, soltando o ar com força. Então era isso que Mariana sentia por ele? Ele devia ser um idiota mesmo por achar que alguma mulher ia querer se prender a um tuberculoso. Teria que passar a aceitar a ideia que agora o que as pessoas 
mais sentiriam por ele era pena. Pena.. pena.. pena.. Essa palavra era tão dura e o machucava tanto. Ele não precisava da compaixão de ninguém e muito menos queria que alguém se sentisse na obrigação de estar com ele por causa de sua doença. Ia lutar sozinho, ia vencer sozinho. Ninguém era obrigado a passar por todas dificuldades com ele. Ninguém merecia ter que viver ao lado de um tuberculoso, e muito menos Mariana. Jovem, linda e .. Maldita Mariana! Suspirou, sentindo já seu coração apertar e um nó se formar em sua garganta. Porque tinha que amá-la? 

Estacionou na garagem de seu prédio e foi andando com passos mortos até o elevador, apertando o botão do sétimo andar, de sua cobertura. Virou-se, olhando seu reflexo pelo espelho que tinha dentro do elevador, e soltou outro suspiro de decepção. Como podia achar que Mariana ficar com ele daquele estado? Estava mais magro, pálido, com o rosto afinado, olheiras e .. Nossa! Ele estava acabado.


 



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Autor(a): 08mar10

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 792



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  • hayunlugar Postado em 20/10/2015 - 20:03:00

    desistiu da web? :'(

  • catherinyalves Postado em 14/08/2015 - 23:01:00

    Posta !!!

  • jucinairaespozani Postado em 03/08/2015 - 18:40:45

    Posta mais, o Peter é um fofo

  • rodriguescidinha Postado em 14/05/2015 - 00:36:38

    Continue...Que lindos!!!Tive um contra tempo com o not...Mas voltei li todos cap em altas horas....Realmentes as web laliter estão poucas

  • Maria Clara Postado em 08/05/2015 - 19:54:29

    Aiiii tadinho do Gaston, não merecia isso, ele devia ser forte. Amei a Lali e do Peter terem se resolvido. E eu amei saber que o Peter está se cuidando <3 Amei os capitulos *-*

  • thali47 Postado em 24/04/2015 - 13:18:12

    Que inconveniente esse pablo em

  • Maria Clara Postado em 23/04/2015 - 21:26:50

    Oieeee, voltei e que bom te ter de volta também!! Amei os capitulos, todos divos, amando Laliter ainda mais <3

  • thali47 Postado em 23/04/2015 - 20:59:51

    continua

  • thali47 Postado em 22/04/2015 - 14:34:04

    maaais

  • thaynaoll Postado em 19/02/2015 - 13:13:49

    oieee, sumi mas voltei..... q bom, eu ainda nao passei :( coitado do Peter e estou super feliz pela Lali ter voltado


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