Fanfic: MANUAL DA CONQUISTA - AyA - Adaptada - FINALIZADA. | Tema: AyA
Anahi andava de um lado para o outro do apartamento, como se fosse uma tigresa selvagem enjaulada.
Aquilo era ridículo! Era apenas sexo.
Bem, não. Não era apenas sexo. Na verdade, não havia sexo nenhum e esse era o motivo de sua frustração. Desejava Alfonso. Estava completamente confusa com ele.
— Será que ele é? — Não, não podia ser. Devia ter uns trinta anos. Seria impossível que nunca tivesse transado na vida.
No entanto, enquanto ela estava toda oferecida e desesperada por ele, Alfonso parecia indiferente, desinteressado, sem tomar qualquer iniciativa. Não era surpresa que precisasse de um livro para guiá-lo.
Desde a caminhada, no dia anterior, Anahi sentia-se estranha, inquieta, como se fosse sair da própria pele, saltar de seu corpo tamanho o seu desejo. Era uma loucura. Normalmente, eram os homens que tinham que lidar com o descontrole, quando estavam com ela. Era Anahi quem sempre dava as cartas. Bem, não desta vez.
Continuava andando de um lado a outro. Perguntava-se se aquela sensação angustiante seria crônica. Não hesitaria em tomar uma pílula, caso houvesse, para apagar aquele fogo contido. Porém sabia que só havia uma cura para o seu mal. Fazer amor com Alfonso. Quanto antes, melhor seria.
Não estava nem aí para os capítulos do manual, não ia esperar até sexta-feira. Alfonso não queria umas lições para aprender a satisfazer uma mulher? Pois iria aprender a maior de todas as lições.
Era uma ótima professora e sabia disso. Ele, por sua vez, havia provado ser um excelente aluno. Estava na hora de fazer o que se fazia com aprendizes avançados: acelerar na matéria.
Teria que planejar tudo muito bem. Homens eram criaturas que funcionavam com a visão e o tato, principalmente. Teria que enviar uma mensagem impossível de ser incompreendida, mostrando que ela o queria da forma mais íntima que uma mulher poderia querer um homem.
Parou de vagar como uma tigresa agoniada e esboçou um sorriso.
Foi direto para o banheiro e preparou um bom banho de banheira, com os óleos e as .essências preferidos, sendo que um deles, o ylang-ylang, especialmente para ajudar a libido.
Alfonso iria aprender uma lição inesquecível.
Alfonso estava incrédulo com o desfecho do passeio, mas, de alguma forma, a frustração havia acabado se transformando em criatividade. Por duas vezes, depois de chegar em casa, tinha aberto a porta da saída, com o intuito de ir atrás de Anahi. Já não estava nem aí para o livro.
Ainda sentia o fogo lhe queimando as entranhas. Ela havia ficado magnífica com os seios à mostra, iluminados pelo sol. Balançou a cabeça como um animal enjaulado.
Se continuasse em casa, sem dúvida, acabaria à porta de Anahi. Mas já havia ido longe demais e não podia desistir agora. Releu os capítulos três e quatro e tentaria usá-los ainda naquela semana, Até sexta-feira, com alguma sorte, já estaria brincando como gente grande, e finalmente, depois do capítulo seis, estaria no paraíso.
Tomou uma ducha rápida, vestiu jeans escuro, um blusão estilo havaiano de botões e foi andando para seu bar favorito, a poucas quadras de casa.
O cheiro de cerveja, misturado ao dos famosos hambúrgueres do lugar, formava a combinação prefeita. O Laszlo`s estava sempre lotado de gente bem-humorada e divertida. Sentou-se no bar, sem ignorar o número de mulheres que já se encontrava no recinto. Acenou para algumas pessoas que conhecia e pediu uma cerveja. Virou-se de costas para o balcão e ficou observando a movimentação, os diversos jogos de sedução que ocorriam concomitantemente, que eleja havia praticado tantas vezes e sobre os quais escrevera em seus artigos. Procurou uma mulher para que fosse a vítima da noite.
Do lado da porta da saída, viu uma de costas que lhe chamou a atenção. Cachos castanhos e bem delineados, curvas generosas. Era alta e demonstrava confiança, mesmo não podendo ver o rosto dela, Até parecia com... bastou cogitar a hipótese e a mulher se virou para falar com um cara ao lado, deixando claro que não era Anahi. E ele soube naquele instante que nenhuma mulher naquele bar iria poder ajudá-lo.
Pediu um hambúrguer, terminou a cerveja, bateu um papo com um colega que o cumprimentou e foi embora.
De repente, não se sentia mais animado para tumulto e azaração. Caso continuasse lá, acabaria levando para a cama a primeira mulher que encontrasse, o que não ajudaria em nada.
Ele queria apenas uma mulher. E, ironicamente, a havia rejeitado naquele mesmo dia.
Ao entrar no apartamento, sabia que não conseguiria dormir. Ficou zapeando os canais de televisão. Nada lhe chamava a atenção. Fez algumas flexões no tapete e vários abdominais. Percebeu que estava pensando em Anahi e nos exercícios diários que ela fazia e no quanto desejava que ela estivesse por debaixo dele, naquele exato momento.
Era cedo demais para ir para a cama e no único lugar onde queria estar — no apartamento do andar de cima —, Alfonso sentia que não seria bem-vindo. Desesperado para distrair a cabeça, ligou o computador e abriu o arquivo do romance inacabado. Fazia tempo que não trabalhava no texto, principalmente por causa do guia, que havia consumido muito tempo para ser feito. Quem sabe naquela noite ele não conseguiria focar em algo que não fosse o desejo físico?
Sentou-se na cadeira e resolveu entreter-se com o livro por algumas horas. Era um romance de suspense psicológico, um projeto pessoal, que era levado a cabo entre um artigo e outro. Um dia se dedicaria apenas a escrever romances, mas, no momento, precisava do dinheiro que as revistas e jornais pagavam por seus textos.
Releu os primeiros quatro capítulos, até onde havia escrito. Havia parado na parte em que o herói, um policial estava a ponto de ter um colapso. Agora lembrava por que não tinha conseguido avançar. Havia posto o pobre coitado em um manicômio e não sabia como tirá-lo de lá... Parecia uma ironia do destino, pois, assim como o policial, Alfonso seguia as regras à risca, e agora precisava quebrar as normas para poder se libertar. Tinha que escapar da prisão que suas idéias preconcebidas haviam construído.
Claro! Subitamente, os dedos de Alfonso bailavam em ritmo frenético pelas teclas do computador. Tinha que acompanhar a velocidade de seus pensamentos.
Em determinada altura, sentiu o pescoço dolorido. Olhou o relógio. Eram quatro da manhã. No entanto, não estava nem um pouco cansando e o assassino estava prestes a atacar novamente. Uma das maravilhas de sua profissão era que ele podia fazer o próprio horário. Levantou-se, espreguiçou-se e foi até a cozinha preparar um café.
Em seguida, voltou ao trabalho.
Horas depois, o café havia acabado. Alfonso fez mais.
O tempo deixava de ter importância. O telefone tocou algumas vezes, mas ele ignorou. Seu herói ardia por justiça e por uma mulher — no caso a psiquiatra — personagem que, na história, era capaz de salvar ou arruinar com a vida do policial.
Alfonso fez uma pausa finalmente, sentindo os olhos dormentes. Os músculos estavam tensos, devido a horas em uma única posição e ao estresse de ter que lidar com assassinatos e com os problemas psíquicos de seu herói. Pelo menos, Alfonso já tinha novos e consistentes capítulos e um roteiro mais ou menos definido para o resto da história.
Recostou-se na cadeira e esfregou os olhos cansados Estava satisfeito. Claro, não tão satisfeito quanto se tivesse passado a noite toda fazendo amor com Anahi Portilla, mas ainda assim estava feliz com seu rompante de criatividade. Ficou olhando a tela do computador e uma onda de alegria o invadiu. E se aquela história não fosse apenas um hobby? E se o que escrevia fosse um suspense altamente vendável e lucrativo?
Levantou-se, animado e zonzo. Não virava a noite acordado desde a faculdade. Sete horas, mostrava o relógio. Por um instante bizarro, pensou que eram sete da manhã. Mas não, era noite. Ele havia trabalhado por mais de vinte e quatro horas, sem descanso. Havia ingerido café e nada mais.
Sorriu com gosto ao pensar que se continuasse tentando evitar a vizinha de cima, acabaria terminando uma série de histórias de suspense.
O estômago chiou com a falta de alimento e o excesso de café. Alfonso costumava comer bem, com pequenos intervalos. Precisava de uma comida decente, de um bom banho e de sua cama.
Sem pensar muito, saiu para comer algo. Sentia-se como um sobrevivente de um acidente de avião, no meio de uma terra estranha e exótica. O corpo permanecia em Seattle, mas sua mente estava no livro.
Ao passar pela padaria dinamarquesa, Alfonso se deu conta que havia ido longe demais. A padaria estava fechada. Os pães e tortas na vitrine fizeram o estômago revirar de fome. Resolveu voltar para casa, pois estava fraco demais para continuar procurando algum lugar. Tremia de fadiga e fome. Ao chegar em casa, arrastou-se até o chuveiro e resolveu ir a um bom restaurante antes de dormir.
O telefone tocou, enquanto ele abria a porta, sem haver decidido se iria pedir massa ou carne. Checou o identificador de chamadas.
Anahi.
— Alô? — A voz estava incrivelmente rouca e Alfonso lembrou que não falava havia mais de vinte e quatro horas.
— Alfonso, é Anahi — ela soava estranha.
— Está tudo bem?
— Preciso que você venha aqui agora. — Foi tudo o que ela disse antes que a ligação fosse interrompida.
— Anahi? — Influenciado pelos assassinatos que o acompanharam durante toda a noite, Alfonso saiu correndo pelas escadas gritando o nome de Anahi. A porta da casa dela estava entreaberta. Ele entrou abruptamente. O assassino estava indo atrás da psiquiatra para atingir de maneira indireta o policial. Alfonso tinha que impedi-lo.
Foram necessários alguns segundos para que o pânico desse lugar ao assombro. Anahi Portilla estava no meio da sala de estar. Havia velas espelhadas pelo ambiente e um perfume erótico no ar.
Uma música suave tocava ao fundo, mas tudo aquilo foi registrado de leve na mente de Alfonso.
Pois Anahi estava espetacularmente, gloriosamente, nua.
Mesmo sem nenhuma energia, o sexo de Alfonso parecia um membro à parte do corpo, pois estava ereto e faceiro como nunca. Infelizmente, para ele, o desgaste com o trabalho cobrou seu preço, e a energia gasta para levantar os ânimos sexuais acabou faltando em outras partes. Ao caminhar na direção do corpo deslumbrante e excitante de Anahi, a visão falhou. Tudo ficou turvo, de repente.
— Alfonso — Anahi disse ao ver o rosto pálido dele. — Alfonso!
Os olhos se reviraram e ele tombou pesadamente no chão.
Alfonso acordou com náusea e uma dor de cabeça alucinante.
Autor(a): ayaremember
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Alfonso acordou com náusea e uma dor de cabeça alucinante.— Você está bem? — Anahi estava sentada de joelhos no chão ao lado dele. Ele conseguiu mover os olhos para constatar, com tristeza, que ela havia vestido um roupão. Não sabia dizer qual dos dois estava mais constrangido.— Não podia estar melhor. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 26
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featanahi Postado em 29/09/2013 - 13:33:11
Mds que lindo o final!! É uma pena que acabou :(( Sabia que ele ia mudar de opinião kkkk Vou sentir saudades da fic.
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lisaponny123 Postado em 28/09/2013 - 20:48:33
Final lindo amei já li todas as suas webs são lindas agora vou ler estas outras duas e bom das suas webs é que elas são histórias rapidas, e que vc posta uma atrás da outra
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steph_maria Postado em 28/09/2013 - 15:35:41
AMEIIIII a chamada das novas webs tbm, já sei que vou morrer com as duas ainda mais com a caça *--------* só é triste que Manual da conquista já vai acabar =/
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isajuje Postado em 27/09/2013 - 13:40:07
Aaai Dios, todo palpite que eu falo eu acho que erro KKKKKK já está no fim D: que coisa mais chata. Mas bem, eles vão se acertar né? O que vai acontecer? Eu não vou palpitar mais em nada, dessa vez eu fico quieta u.u K
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lyu Postado em 26/09/2013 - 19:26:56
ain q lindooo acredita nele any
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isajuje Postado em 26/09/2013 - 10:48:31
A Anahí vai para aquele casamento sem o Alfonso toda tristonha e quando ela chegar lá ele vai fazer uma surpresa, uma declaração de amor e pedir ela em casamento #CabeçaPonnyPensando KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' enfim, vamos ver no que vai dar.
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belle_doll Postado em 25/09/2013 - 18:57:54
Estou adorando a história! Sabia que enquanto eles estivessem bem algum mal entendido aconteceria.
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flafeitoza Postado em 24/09/2013 - 01:15:22
sdushduhsiudhsiuhduishdiushudhsuihd........... DEUS que confusão ...hshshh tomara que a any entenda logo poxa ... ele nunca tinha dito eu te amo pra ngm... lindinho demais ..eee burro por n ter contadoo [ahahhahah POSTA MAIS
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lyu Postado em 22/09/2013 - 16:45:10
pq quando ta beeem legal acaba?
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featanahi Postado em 22/09/2013 - 01:46:58
Mds ela vai querer matar ele kkkkk ele tem que explicar direito! aaaah posta mais