Fanfic: MANUAL DA CONQUISTA - AyA - Adaptada - FINALIZADA. | Tema: AyA

Havia passado a vida toda evitando que uma mulher o achasse o homem dos seus sonhos. E agora sentia que se Anahi deixasse de pensar isso sua vida perderia o sentido.
— Estou com tanta raiva de você! — Ela fechou os punhos e Alfonso pôde ver que ela estava irada.
— Acabei de dizer que te amo. Que quero casar com você. Não significa nada?
— Significa que você é igual ao seu pai, que não sabe nada sobre o amor. Quando a gente ama, não mente, não usa a pessoa para uma experiência... para provar que um livro idiota funciona.
Ele largou os braços e rebateu.
— Chega. Você não acredita em mim. Eu desisto!
Ele escancarou a porta, ajeitou a mochila no ombro e saiu. Descia as escadas quando ouviu a porta se abrir novamente. Seu coração se encheu de esperança. Talvez, ela tivesse voltado atrás e decidido dar uma chance a ele. Virou-se e viu as rosas que havia comprado voarem porta afora.

CAPÍTULO DEZENOVE

Anahi nunca havia se sentido tão irada e indignada na vida. Aquilo havia sido tão traumático quanto perder o namorado para BJ. Na verdade, havia sido muito pior do que a traição de B.J.
Estava sofrendo muito. Havia melhorado da gripe, mas não tinha energia para nada. Conseguia disfarçar para os demais, no entanto, Therese sabia da verdade.
Era sexta-feira e foi se arrastando para casa. Só conseguia se lembrar de todas as sextas que passou junto com Alfonso desde a queda do livro no corredor. A raiva e o constrangimento a invadiam com as lembranças.
Tinha que sair, fazer alguma coisa, mas não estava com vontade. Conseguia fingir durante o dia, na escola, mas sair à noite já era demais.
Therese a havia convidado para ir ao cinema com ela e o novo "amigo" Brad. No entanto, não podia imaginar nada mais deprimente do que segurar vela de um casal apaixonado. Brad havia seguido os conselhos de Anahi e proposto ser apenas amigo de Therese. Agora, Therese reclamava que não estava conseguindo seduzi-lo.
Anahi estava feliz pelos dois. E se não estivesse sentido autopiedade, até acharia graça da ansiedade de Therese para voltar a ter a intimidade com o careça campeão olímpico da técnica do amor.
Lembrou-se da recente e divina experiência sexual e se contorceu, de humilhação.
Estava melhor sozinha. Era bom ir se acostumando, pensou desanimada. Provavelmente, acabaria comprando um gato para ter quem acariciar e lhe fazer companhia. Queria distância de homens.
Foi para casa e ouviu a secretária eletrônica. Silêncio. Melhor assim. Pelo menos, Alfonso não havia deixado mensagens. Devia ter entendido que ela falava sério. No entanto, o fato de ele não ter implorado perdão, tentado contato em dois dias provava que estava certa e que ele nunca a tinha amado.
Com certeza, já devia ter outra mulher na história. Ensinando-o a ser um bom amante. Cara-de-pau!
Jogou a bolsa no sofá e foi até o freezer. A comida congelada de sempre a deprimia, não sabia bem por quê. Não estava com fome, de qualquer forma.
Pensou em alugar um filme. Mas para quê? Ia acabar alugando uma comédia romântica em que o mocinho e a mocinha terminavam felizes para sempre. Ia acabar ficando com insônia, inventando mil maneiras de matar o herói da história.
Talvez, fosse melhor alugar um filme de guerra... com um monte de homens morrendo no final. Resolveu sair para comer em algum lugar. Voltou para pegar a bolsa e abriu a porta da rua. Bastou pôr os pés no corredor para ver que Alfonso estava lá.

Por que doía tanto voltar a vê-lo? E por que sentia vontade de se jogar nos braços dele e ao mesmo tempo chutá-lo no saco?