Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 5 MANUAL DA CONQUISTA - AyA - Adaptada - FINALIZADA.

Fanfic: MANUAL DA CONQUISTA - AyA - Adaptada - FINALIZADA. | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 5

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Esperou que ela fechasse a porta e começou a pular e comemorar em voz baixa. Anahi tinha aceitado! Anahi, a vizinha maravilhosa do andar de cima, tinha concordado em participar dos quatro primeiros capítulos de Sexo para idiotas completos. E o melhor, não tinha precisado mentir para convencê-la. Apenas havia pedido que praticasse os exercícios do livro com ele. Em nenhum momento dissera que precisava aprender as lições. Caso ela tivesse tirado conclusões precipitadas era problema dela.
Obviamente, havia um preço a pagar. Não era fã de casamentos. E tinha sido obrigado a comparecer aos quatro do pai. Era bem verdade que, no primeiro, havia estado presente ainda no útero e não teria como se lembrar. Mas o fato era que tinha tomado aversão a casamentos.
Estava convicto que nenhuma mulher o arrastaria para o altar. Nada de chuvas de arroz para Alfonso. Liberdade e privacidade eram suas melhores companhias.
Se o pai tivesse usado a cabeça em vez de ter se deixado levar pelos hormônios, certamente, pensaria como ele. Alguns homens não haviam nascido para ser homem de uma mulher só, para ser pai de família.
O pai era um desses homens. Nunca devia ter se casado. Alfonso também, porém, ao contrário do pai, era esperto o suficiente para não se deixar enganar pela armadilha do "felizes para sempre" e depois ter que agüentar ex-mulheres e filhos carentes.
Alfonso gostava e respeitava demais as mulheres para que se comprometesse com uma. Por essa razão, sempre havia sido franco com suas parceiras e houve poucas lágrimas no percurso. Tampouco existiram relacionamentos muito profundos. Mas como Alfonso costumava dizer: não se podia ter tudo nesta vida.
Havia doze capítulos na obra de Lance. Anahi tinha se comprometido a testar o livro por um mês. Claro que, se o livro valesse as folhas em que fora impresso, quatro semanas seriam suficientes para convencer uma mulher a querer experimentar o capítulo seguinte.
Ele já podia imaginar doze semanas passionais pela frente. Seria algo em torno de três meses. Um bom tempo, mais ou menos a quantidade necessária para ele começar a se entediar e querer cair fora, em busca de novidade.
Contanto que fosse sincero, não haveria mágoas ou ressentimentos. Ela teria a companhia que precisava para o casamento e ele iria descobrir se o livro era eficaz ou não. Os dois só tinham a ganhar.
Era uma idéia genial. O que poderia dar errado?
— Você está completamente louca? — Therese tinha os olhos arregalados e o queixo escancarado.
Estavam no banheiro reservado para professoras, durante um intervalo de aula. Anahi estava tão ansiosa para contar a novidade que não conseguiu esperar o fim do expediente.
— Você parece surpresa. Achei que ia adorar a notícia.
— Adorar a notícia de que vai brincar de professora com um cara que mal conhece?
Therese se olhou no espelho e abriu a bolsinha de maquiagem. Apanhou um brilho rosa e retocou os lábios. Um cheirinho de morango invadiu o ambiente e Anahi achou graça. Era o tipo de maquiagem que as adolescentes usavam. De alguma forma, caía bem em Therese, assim como as roupas joviais, o corte moderno e a maquiagem com cores vibrantes.
— Tem gosto de morango, também?
Therese passou a língua pelo lábio superior e fez que sim com a cabeça.
— Tem, quer provar?
— Não obrigada. Quero que você me diga por que não acha a idéia boa. Ele não é nem careca, nem baixinho ou gordo. Ele é um deus grego. Se conseguir ajudá-lo a dar os primeiros passos para ser um amante incrível, estarei fazendo um bem para a humanidade.
Therese apenas revirou os olhos e foi em busca da escova, também cor-de-rosa. Enquanto escovava os longos cabelos pretos, fitou a amiga.
— Para começar, quantos anos ele tem? Anahi deu de ombros.
— Acho que uns trinta?
— Quando foi que ele começou a se relacionar com mulheres?
— Sei lá.
—Aposto que deve ter uns dez ou quinze anos de prática e ainda não consegue satisfazer uma mulher. Modéstia à parte, estou no palco há muitos anos. Já me ouviu tocar uma nota errada?
Therese não era apenas uma mulher experiente, como também havia tido uma carreira de êxito, como música, em Montreal e Paris, antes de se tornar professora.
— Não, não toca, mas para isso teve que aprender e errar bastante.
— Querida, algumas pessoas, simplesmente, não têm ouvido. Nunca vão conseguir cantar sem desafinar. Outras não têm ritmo. Há os que não levam jeito para o esporte... — Ela deu de ombros.
— E alguns nunca serão bons amantes. É essa a mensagem?
Therese guardou a escova e fechou a bolsa.
— Só estou dizendo que ele teve tempo suficiente para aprender a lição.
— Minha mãe voltou para a faculdade aos sessenta anos para terminar o curso de história que sempre quis concluir. — A campainha anunciando o fim do intervalo tocou. — Está tirando ótimas notas — disse Anahi, abrindo a porta do banheiro e segurando-a para que a amiga passasse.
— Não estamos falando sobre história.
— Acho que qualquer um pode ser bom em alguma coisa se estiver disposto a se esforçar.
— Aposto cinqüentinha que você não vai agüentar um mês.
Ao se juntarem à massa de estudantes que se encaminhava para as salas, no corredor, Anahi sussurrou:
— Aposta aceita. Claro que Therese não sabia da outra parte da história.
Anahi já tinha um trato e tanto com Alfonso. Sé não conseguisse um espécime único de masculinidade, pelo menos já havia garantido um "namorado" com quem desfilar no casamento de B.J.
Não podia negar que havia ficado lisonjeada por Alfonso a ter escolhido para ser sua professora. Além da forte atração que sentia por ela, devia achar que Anahi fosse uma mulher cheia de experiência. Sorriu. Sabia que não era nenhuma femme fatale, mas tinha um ou dois talentos escondidos na manga. Alfonso, poderia ter escolhido muitas piores.
O barulho na sala de aula a recepcionou ao entrar. Guardou a bolsa, sentou-se na cadeira de madeira em frente à turma barulhenta e deu um longo suspiro antes de entoar em voz alta e clara:
— Que a morte não seja orgulhosa!
O silêncio ecoou pelo ambiente para a satisfação da professora. Os treze alunos se acomodaram em suas carteiras e olhavam Anahi com diferentes níveis de entusiasmo. Ela olhou ao redor e procurou uma vítima.
— Que a morte não seja orgulhosa! — Apontou para um aluno no extremo da sala, que olhava para o teto. Alguém não havia feito o dever de casa.
— Dylan, quero o resto da estrofe do poema de Donne, por favor.
John Donne não ficaria orgulhoso com a forma como sua poesia estava sendo tratada. No entanto, era importante introduzir aos mais jovens poemas tão divinos e atuais apesar de terem sido escritos séculos antes. Se um jovem se deixasse envolver pela magia de sua poesia, já seria uma grande vitória, pensava Anahi.
Ela amava poesia, mas lhe incomodava a forma como os alunos recitavam os versos, cheios de pausas, erros de pronúncia e entonação. Bem, pelo menos, estavam tentando. A próxima unidade ia ser bem mais fácil para os adolescentes. O currículo pedia uma pequena introdução aos textos jornalísticos. Anahi pensava em convidar algum jornalista para ir falar com a turma.
Ainda estava pensando nisso, quando chegou em casa. Levava uma sacola com verduras e iogurte natural. Do corredor, ouviu o telefone tocar. Abriu a porta rapidamente e correu para atender. Todos os músculos da perna doíam. Tinha exagerado nos exercícios físicos.
— Alô.
— Está ocupada? — A voz grossa e sensual tinha uma pitada de malícia. O coração de Anahi disparou. Era familiar e provocadora, como um tempero exótico que não conseguia identificar.
— Não, acabei de chegar em casa. — Queria que ele falasse por mais alguns segundos para descobrir quem era. Não seria difícil, já que não conhecia muitos homens e muito menos com uma voz tão cativante e sexy.
— Estou ligando para marcar um encontro.
— Encontro?
— Para o capítulo um.
— Sei, capítulo um. — Era Alfonso. As batidas do coração continuaram aceleradas. — Não imaginei que fôssemos começar tão cedo.
— Estou ansioso para começar logo. Estava pensando nesta sexta-feira, se você já não tiver outro compromisso.
— Sexta... — sabia muito bem que não tinha nada para fazer na sexta. Costumava sair com Therese, mas a amiga ia viajar no fim de semana e Anahi não tinha planos de sair à noite. Será que estava preparada para iniciar a maratona de Sexo para idiotas completos? Deu de ombros. Nunca estaria realmente preparada.
— Claro, sexta está bem para mim.
— Ótimo. Pode vir aqui em casa por volta das sete? —Ah, vai ser na sua casa? — De repente, ela já não tinha tanta certeza. — Pensei que podia ser aqui em casa.
— Podemos revezar. Que tal nesta semana no meu apartamento e na semana que vem, no seu?
— Parece justo. — Não podia deixar de pensar que aquela história era surreal é a culpa era toda de BJ. McLaren. Por que aquela mulher reapareceu das trevas para atormentá-la novamente?
— Ótimo, nos vemos na sexta.
— Alfonso?
— Sim?
— O que tem no capítulo um?
Ele deu uma risada gostosa. Era contagiante. Anahi adorava ouvi-lo rindo:
— Você vai descobrir na sexta.
Ela estreitou os olhos. O que esse menino travesso estava aprontando?
— Não vai passar do beijo, não é?
— Não se preocupe, pois não há nada além de beijos até o capítulo cinco.
— Está bem. Até sexta.
Alfonso ficou observando as velas que havia acabado de comprar. Sabia, por experiência, que as mulheres adoravam velas. Será que havia mencionado velas e vinho no primeiro capítulo? Que diabos tinha escrito, afinal?
Um pouco impaciente e nervoso com a primeira lição, achou melhor pegar o livro e revisar o primeiro capítulo.
A sedução começa, não com o corpo, mas com a mente.
Ele concordou, orgulhoso de seu alter ego.
— Esperto esse Lance.
Uma boa conversa é a preliminar ideal. Se conseguir fazer com que o parceiro se sinta desejado, ele ou ela irá retribuir o desejo e aumentar o interesse por você. E aí que você, caro principiante, deixa de ser visto dessa forma e passa a ser encarado como um possível amante. Esse livro é sobre como deixar de ser um bobo para se tornar um amante inigualável.
Achou melhor pular a introdução e ir direto para os exercícios, específicos para mulheres.
Exercício um: Vá para um bar lotado. Se estiver sozinho, escolha uma mulher que pareça ser simpática. Se já tiver uma parceira e se ambos acharem que precisam de ajuda, sugiro que volte para o início, como se tivessem se conhecido hoje. Não importa seja têm três filhos. Usem a criatividade. Olhe para sua mulher bem nos olhos. Concentre-se nessa pessoa que você acaba de conhecer. Pergunte a ela o que fez hoje, sobre o trabalho dela, o que gosta de fazer. Observe a linguagem corporal dela. Ela o convida a se aproximar? Manda mensagens pelo olhar?
Tente um movimento sutil, um toque de leve no braço, na mão, como se tivesse esbarrado, sem querer. Um toque acidental é sempre muito excitante. Mas não exagere. E não esqueça que deve ser um toque de leve. Na hora de ir embora, leve-a até o carro, o táxi, o ônibus, o que seja. Está louco para beijar, não é? Não vê a hora de entrar em ação? Pois, não faça nada! Pegue na mão dela, diga que a companhia foi ótima, tente conseguir o telefone dela ou dê o seu. Esse é o segredo: deixá-la querendo mais, à espera, ansiosa. E se houver clima, dê-lhe um beijo suave na face, olhe profundamente dentro de seus olhos e diga que vai ligar.
Alfonso largou o livro.
Droga, tinha esquecido. O primeiro exercício era fora de casa. Tinha comprado velas à toa. Olhou o relógio e ligou para Anahi.
— Alô? — A voz dela era suave e melosa ao telefone.
— Oi. Acabei de ler o capítulo um. Temos que nos encontrar pela primeira vez em um bar.
Houve um momento de silêncio.
— Que tipo de bar?
— O livro não diz.
— Você tem que ir para um bar, seduzir uma mulher, esse é o primeiro exercício?
— Acho que sim. Ela suspirou.
— Esse livro está me saindo pior do que a encomenda. Só podia ter sido escrito por um homem.
Não havia o que comentar a respeito.
— Não custa tentar, não é?
— Não gosto muito de bares. Onde marcar esse encontro?
Ele pensou um pouco. Nenhum lugar onde costumasse ir. Haveria muita gente conhecida, seria arriscado. Lembrou-se de um bistrô que ficava em um hotel próximo. Tinha música ao vivo, às sextas. Era tranqüilo, ideal para conversar. Pessoas solteiras costumavam ir lá. Com certeza, ela iria gostar.
— O Rainbow Room. Conhece?
— Conheço.
— Pode chegar lá, por volta das sete? Vou chegar um pouco mais tarde. Você tem que fingir que não me conhece.
— Isso é ridículo.
Alfonso mordeu os lábios. O pior era que concordava com ela. Ao escrever o primeiro exercício, nunca tinha imaginado que teria que praticar com a vizinha que morava no andar de cima. Teve medo que ela hesitasse e a tocou no calcanhar de Aquiles de Anahi.
— Ah, hoje passei na lavanderia e deixei o terno para lavar. Para garantir que vai estar impecável no dia do casamento.
— Vê se não demora muito a chegar, certo, porque do contrário corre o risco de outra pessoa chegar primeiro e acabar testando a lição do capítulo um.
Ele quase deixou escapar uma risada por causa do tom desafiador de Anahi. Algo lhe dizia que aquela noite seria muito divertida. Apenas não podia esquecer de seguir as instruções que ele mesmo havia criado. Nada de improvisar.
Se não estivesse tão compenetrado e determinado a fazer tudo como mandava o manual, teria caído na tentação de provocá-la pelo telefone. Anahi era segura de si e não tinha nenhum problema para colocá-lo em seu devido lugar. Mas não podia pular etapas.
— E, Alfonso — disse ela em um tom professoral que o deixou excitado. — Da próxima vez, faça seu dever de casa com antecedência.



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 26



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  • featanahi Postado em 29/09/2013 - 13:33:11

    Mds que lindo o final!! É uma pena que acabou :(( Sabia que ele ia mudar de opinião kkkk Vou sentir saudades da fic.

  • lisaponny123 Postado em 28/09/2013 - 20:48:33

    Final lindo amei já li todas as suas webs são lindas agora vou ler estas outras duas e bom das suas webs é que elas são histórias rapidas, e que vc posta uma atrás da outra

  • steph_maria Postado em 28/09/2013 - 15:35:41

    AMEIIIII a chamada das novas webs tbm, já sei que vou morrer com as duas ainda mais com a caça *--------* só é triste que Manual da conquista já vai acabar =/

  • isajuje Postado em 27/09/2013 - 13:40:07

    Aaai Dios, todo palpite que eu falo eu acho que erro KKKKKK já está no fim D: que coisa mais chata. Mas bem, eles vão se acertar né? O que vai acontecer? Eu não vou palpitar mais em nada, dessa vez eu fico quieta u.u K

  • lyu Postado em 26/09/2013 - 19:26:56

    ain q lindooo acredita nele any

  • isajuje Postado em 26/09/2013 - 10:48:31

    A Anahí vai para aquele casamento sem o Alfonso toda tristonha e quando ela chegar lá ele vai fazer uma surpresa, uma declaração de amor e pedir ela em casamento #CabeçaPonnyPensando KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' enfim, vamos ver no que vai dar.

  • belle_doll Postado em 25/09/2013 - 18:57:54

    Estou adorando a história! Sabia que enquanto eles estivessem bem algum mal entendido aconteceria.

  • flafeitoza Postado em 24/09/2013 - 01:15:22

    sdushduhsiudhsiuhduishdiushudhsuihd........... DEUS que confusão ...hshshh tomara que a any entenda logo poxa ... ele nunca tinha dito eu te amo pra ngm... lindinho demais ..eee burro por n ter contadoo [ahahhahah POSTA MAIS

  • lyu Postado em 22/09/2013 - 16:45:10

    pq quando ta beeem legal acaba?

  • featanahi Postado em 22/09/2013 - 01:46:58

    Mds ela vai querer matar ele kkkkk ele tem que explicar direito! aaaah posta mais


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